terça-feira, 7 de outubro de 2008

FILAE - O ÚLTIMO TEMPLO PAGÃO





FILAE - O ÚLTIMO TEMPLO PAGÃO de Christian Jacq

Páginas - 420


Templo milenar e a tomada de poder do cristianismo no Egito são os motes do novo romance do autor da consagrada série Ramsés Ísis, a sacerdotisa do culto ancestral de Osíris, é a superiora de uma comunidade que tem uma difícil missão: resistir ao avanço do cristianismo. Em Filae: O último templo pagão, o escritor Christian Jacq – o mais reconhecido em nível mundial na ficção de egiptologia – narra as dificuldades enfrentadas pelo povo egípcio para manter suas tradições e costumes frente a uma nova religião que usa violência, persegue, exila e destrói. O livro trata da história romanceada do último templo da sabedoria egípcia a cair nas mãos ambiciosas e cruéis do cristianismo.

Como resistir a tantas adversidades? Somente o templo de Filae parece ter encontrado a resposta. Contando com o vigor da juventude e com a sabedoria dos grandes mistérios, Ísis se recusa a aceitar a destruição de tudo o que constituía sua vida. Mas os desafios não seriam fáceis: a Igreja lhe impingiria a fome e tentaria se apossar do território de sua comunidade; os fiéis de Filae ficariam abatidos e desanimados.

Mesmo assim, a superiora não perde a sua fé. E com a ajuda de Sabni, a quem estava ligada por um amor eterno, consegue recuperar a confiança dos adeptos dos Antigos Mistérios e, assim, reúne forças contra tudo e todos que ameaçavam a sobrevivência do templo.
Filae é um romance que celebra a resistência deste templo pagão, eterno sobrevivente e pilar da cultura do Antigo Egito.

Um lançamento

LAÇOS DE FOGO



LAÇOS DE FOGO de Nora Roberts
Páginas - 322


Mulheres modernas, belíssimas e à procura de uma grande paixão. É o que têm em comum as protagonistas da Trilogia da fraternidade Maggie, Brianna e Shannon. Composta pelos volumes, Laços de fogo, Laços de gelo e Laços de pecado, o primeiro, Laços de fogo, chega às livrarias em setembro de 2008.

O cenário? Irlanda, país de origem dos ancestrais de Nora Roberts. A decisão da autora de retratar esta trilogia em sua “terra progenitora” foi imediata ao momento em que pela primeira vez caminhava pelas ruas do país.

Inspiração foi o que não faltou a Nora Roberts naquela década de 1990. Ao pisar as terras irlandesas com a família, decidiu que retrataria uma família de mulheres fortes, impetuosas e modernas. Como se não bastasse, Margaret Mary Concannon, a irmã mais velha, ainda é artista. Dona de um espírito libertário, Maggie é especialista na arte em vidro. Seus trabalhos transmitem mais que beleza, são reflexos de sua essência, de sua natureza feminina.

Mas a vida de Maggie sofre uma turbulência que abala a rotina de seu trabalho. Surge um homem em sua vida, o marchand Rogan Sweeney, que a ajuda a construir uma sólida carreira e a apresenta ao sucesso.

Paixão arrebatadora em vista, especialidade de Nora Roberts. E isso é apenas o começo desta saga familiar.

UM LANÇAMENTO

Esculturas de Jair Fantin em exposição na Casa Culpi


Da madeira surgem formas inusitadas, reveladas pelas mãos habilidosas do artista que faz da escultura e da poesia seus meios de expressão.



Nesta quarta-feira (8), às 19h, inaugura na Casa Culpi a exposição Troncos, que reúne 38 esculturas do artista plástico Jair Fantin. De madeiras como imbuia, cedro, canjerana e sassafrás, surgem formas enigmáticas e figuras humanas que revelam a sensibilidade do artista. A mostra permanece aberta ao público até o dia 9 de novembro, com entrada franca.

Nascido em São Mateus do Sul (PR), José Jair Sass Fantin foi criado na também paranaense cidade da Lapa. Depois de anos trabalhando na lavoura, descobriu na madeira e nas letras o seu talento. Desde 1993, Jair Fantin trilha os caminhos das artes plásticas e da literatura, como escultor, poeta e trovador. Com suas poesias já obteve várias premiações, além de ter mostrado suas esculturas em importantes espaços culturais.

Sobre o artista, diz a professora de história da arte, Ana Sílvia Paraná Mariano: “Fantin capta, transforma, deixando apenas o essencial do suporte que escolheu como meio de expressão artística, a madeira”. A apreciação completa-se com o comentário da curadora da mostra, Ana Itália Paraná Mariano: “Sua arte vem evoluindo numa verticalidade quase dançante e traz à tona, dos recônditos do inconsciente, intrincados detalhes que a estrutura interna da madeira lhe oferece para serem moldados por seus instrumentos”.


Serviço: Exposição Troncos, com 38 esculturas em madeira do artista plástico Jair Fantin Local: Casa Culpi – Memorial da Imigração Italiana (Avenida Manoel Ribas, 8.450 – Santa Felicidade) Data: de 8 de outubro (abertura às 19h) a 9 de novembro de 2008 Horário de visitas: de terça a sexta-feira, das 10h às 18h; sábados e domingos, das 9h às 15h. Entrada franca.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

55 OBRAS-PRIMAS DOS MELHORES ESCRITORES E JORNALISTAS



55 OBRAS-PRIMAS DOS MELHORES ESCRITORES E JORNALISTAS Editado por Jon E. Lewis

Páginas - 378

O grande livro do jornalismo (Editora José Olympio), editado por Jon E. Lewis, reúne 55 dos mais emblemáticos textos jornalísticos de todos os tempos. De “Um homem é guilhotinado em Roma”, escrito por Charles Dickens em 1845, a “O relógio marcava 7h55 – precisamente o momento em que o míssil explodiu”, de Robert Fisk, sobre a eclosão da Guerra do Iraque, em 2003, reúne a elite do jornalismo e exibe uma lição de seriedade, competência e talento. O volume traz ainda reportagens assinadas por Mark Twain, Jack London, John Reed, Dorothy Parker, Elliott V. Bell, John Dos Passos, John Steinbeck, George Orwell, Relman Morin, Merriman Smith, Norman Mailer, Hunter S. Thompson, Gore Vidal e Jon Krakauer, entre outros.

Tudo começou em Roma, em 59 a.C., quando as autoridades emitiam a Acta Diurna, um apanhado informativo, destinado aos cidadãos, de importantes acontecimentos sociais e políticos. “Alguns diriam que a partir de então foi tudo por água abaixo, pois o jornalismo, sejamos francos, não é considerado um trabalho de muito prestígio”, escreve Lewis na apresentação. “Às vezes é propaganda oficial, e com, demasiada freqüência, sinistro e muitíssimo improvável divertimento, tal como ‘Eu fui fruto do amor de marcianos’. (...) Existe, é claro, uma espécie absolutamente diferente de jornalismo, e é esta que nos interessa aqui. É a reportagem (...). O jornalismo deve apresentar um relato objetivo – mas de uma forma muito particular. Em outras palavras, a melhor reportagem é a verdade, nada mais que a verdade, refletida no talento lingüístico do jornalista.”

Para o jornalista e escritor Cícero Sandroni, da Academia Brasileira de Letras, “os textos reunidos neste livro demonstram que a reportagem, a crônica, o folhetim e até o pequeno ensaio, desde que escritos por jornalistas talentosos, para jornais e revistas, sobre temas e fatos do passado, resistem ao passar do tempo e permanecem vivos e atuais para o leitor do século XXI”.

As reportagens compiladas por Jon E. Lewis abrangem uma variadíssima gama de assuntos, da queda da bolsa de Nova York ao casamento de Grace Kelly, passando pelo estouro dos Beatles, o assassinato de John Kennedy e a insurreição do Talibã no Afeganistão, mas estão unidas pela qualidade de seus textos. Nesse sentido, O grande livro do jornalismo funciona como um verdadeiro manual de redação e estilo.
Sobre o organizador

Jon E. Lewis nasceu em Hereford, Inglaterra, em 1961, e atualmente mora no sul do País de Gales, onde trabalha como editor e crítico freelance. Seus livros anteriores incluem várias antologias, como Os melhores contos de faroeste, publicado pela Editora José Olympio.

UM LANÇAMENTO

Georg Lukács - Etapas de seu pensamento




Georg Lukács - Etapas de seu pensamento
estético
de Nicolas Tertulian
Páginas: 304

Além de influenciar gerações de intelectuais no século XX e ter tido um papel fundamental para a compreensão e renascimento dos ideais marxistas, Georg Lukács também transformou a crítica literária em arte. Uma faceta que não fora explorada de modo exaustivo até o romeno Nicolas Tertulian reunir seus ensaios em Georg Lukács - Etapas de seu pensamento estético, livro escrito em 1980 e que a Editora Unesp agora traz ao Brasil.

Tertulian, que era amigo de Lukács e o considerava o principal pensador neokantiano da modernidade, acompanha a evolução do pensamento do húngaro desde sua juventude até uma idade mais avançada, ou seja, mais de cinco décadas de produção literária. Mas o foco mais atento é com as obras de síntese escritas por um Lukács maduro, em que a riqueza de suas idéias são mais perceptíveis e completas.

Georg Lukács - Etapas de seu pensamento estético abre a possibilidade de diálogo sobre a representação do filósofo e da importância de seus textos, priorizando sua forma estética. Lukács ganhou o título de teórico do realismo, por conta de seus pensamentos que abordavam a realidade empírica e absoluta. Também visava uma liberdade pura, que só seria conquistada longe de um mundo capitalista. O último capítulo do livro é a compilação de artigos escritos pelo romeno, ainda sobre a obra de Lukács, que traz comparações, por exemplo, entre as divergências dos pensamentos do filósofo e de Kant.

Georg Lukács - Etapas de seu pensamento estético é um estudo ininterrupto a respeito das condições humanas e das histórias que os acompanham.

Sobre o autor - Nicolas Tertulian nasceu na Romênia, em 1929. Sua tese de doutorado, defendida naquele país, foi sobre a estética de Croce e Lukács. Foi pesquisador na Universidade de Heidelberg, onde esteve por vários períodos. Por diversas vezes, foi convidado a ministrar cursos e proferir palestras em várias instituições de ensino e pesquisa em Paris. Desde o início da década de 1980 radicou-se em Paris, tendo sido diretor de estudos da École de Hautes Études en Sciences Sociales. Atualmente, aposentado, continua a presidir seminários nessa instituição de ensino e pesquisa, conhecida internacionalmente.

UM LANÇAMENTO

domingo, 5 de outubro de 2008

3a MOSTRA CINEMA E DIREITOS HUMANOS NA AMÉRICA DO SUL

De 7 a 15 de Outubro de 2008
Cinemateca de Curitiba
Entrada Franca

Realização
Secretaria Especial dos Direitos Humanos do Governo Federal

Produção
Cinemateca Brasileira
Serviço Social do Comércio (SP)

Apoio
Ministério das Relações Exteriores
TV Brasil
Sociedade Amigos da Cinemateca/SP
Cinemateca de Curitiba


Patrocínio
Cinemateca de Curitiba


Dia 07 – terça –feira – 19h30 - Sessão de abertura – Programa 3
Entre Cores e Navalhas – Catarina Accioly e Iberê Carvalho (Brasil, 14 min, 2007, fic)
Café com Leite – Daniel Ribeiro (Brasil, 18 min, 2007, fic)
Deserto Feliz – Paulo Caldas (Brasil, 88 min, 2007, fic)
* Classificação indicativa: 16 anos

Dia 08 – quarta-feira –
18h30 – Programa 2
Cidade de Papel – Claudia Sepúlveda (Chile, 112 min, 2007, doc)
* Classificação indicativa: livre

20h30 – Programa 14
Couro de Gato – Joaquim Pedro de Andrade (Brasil, 12 min, 1960, fic)
Delinqüente – Ciro Durán (Colômbia, 110 min, 1978, fic)
* Classificação indicativa: 12 anos

Dia 09 – quinta-feira
18h30 – Programa 7
MBYA, Terra Vermelha – Philip Cox e Valeria Mapelman (Argentina/Inglaterra, 68 min, 2006, doc)
América Minada – Vinicius Souza e Maria Eugênia de Souza (Brasil, 27 min, 2007, doc)
* Classificação indicativa: 12 anos

20h30 – Programa 10
Crônica de um Sonho – Mariana Viñoles e Stefano Tononi (Uruguai, 95 min, 2005, doc)
* Classificação indicativa: livre

Dia 10 – sexta-feira

14h30 – Sessão especial para Deficientes Visuais: Exibição do filme OS ESQUECIDOS (Los Olvidados), México, 1950, direção de Luis Buñuel – 88’ – Entrada franca

18h30 – Programa 21
Eu, Madre Alice – Alberto Marquardt (Argentina-França, 74 min, 2001, doc)
* Classificação indicativa: 12 anos

20h30 – Programa 6
Marco Universal – Vários diretores (Brasil, 108 min, 2007, doc)
* Classificação indicativa: 12 anos

Dia 11 – sábado
14h30 – Programa 9
Férias sem Volta – Marta Lucía Vélez (Colômbia, 52 min, 2007, doc)
Os Esquecidos – Jaime Aguirre (Bolívia, 31 min, 2006, doc)
Vestígios de um Sonho – Eric Fischer (Paraguai, 12 min, 2006, doc)
Do Outro Lado da Ausência – Daniel Rodríguez (Colômbia, 06 min, 2007, doc)
* Classificação indicativa: 12 anos

16h30 – Programa 15
Palace II – Fernando Meirelles e Kátia Lund (Brasil, 21 min, 2001, fic)
Os Esquecidos – Luis Buñuel (México, 88 min, 1950, fic)
* Classificação indicativa: 16 anos

18h30 – Programa 18
H.I.J.O.S., a Alma em Dois – Marcelo Céspedes e Carmen Guarini (Argentina, 80 min, 2002, doc)
* Classificação indicativa: 12 anos

20h30 – Programa 11
Coração de Tangerina – Juliana Psaros e Natajsa Berzoini (Brasil, 15 min, 2007, fic)
O Prisioneiro – Eric Laurence (Brasil, 16 min, 2002, fic)
Procura-se Janaína – Miriam Chnaiderman (Brasil, 54 min, 2007, doc)
* Classificação indicativa: 12 anos

Dia 12 – domingo
14h30 – Programa 12
Território Vermelho – Kiko Goifman (Brasil, 12 min, 2004, doc)
Radicais Livre(o)s – Marcus Vinicius Fainer Bastos (Brasil, 14 min, 2007, doc)
Vitimas da Democracia – Stella Jacobs (Venezuela, 43 min, 2007, doc)
* Classificação indicativa: 12 anos

16h30 – Programa 16
Meninos de Rua – Marlene França (Brasil, 27 min, 1988, doc)
Ratos e Rueiros – Sebastián Cordero (Equador, 107 min, 1999, fic)
* Classificação indicativa: 16 anos

18h30 – Programa 20
Pulqui, um Instante na Pátria da Felicidade – Alejandro Fernández Mouján (Argentina, 85 min, 2007, doc)
* Classificação indicativa: 12 anos

20h30 – Programa 1
Tibira é Gay – Emílio Gallo (Brasil, 10 min, 2007, doc)
O Aborto dos Outros – Carla Gallo (Brasil, 72 min, 2008, doc)
* Classificação indicativa: 12 anos

Dia 13 – segunda-feira
18h30 – Programa 17
Pivete – Lucila Meirelles e Geraldo Anhaia Mello (Brasil, 06 min, 1987,doc)
Vam’ Pra Disneylândia – Nelson Xavier (Brasil, 11 min, 1985, doc)
A Vendedora de Rosas – Victor Gaviria (Colômbia, 110 min, 1998, fic)
* Classificação indicativa: 16 anos

20h30 – Programa 4
Oficina Perdiz – Marcelo Diaz (Brasil, 20 min, 2006, doc)
Dia de Festa – Toni Venturi e Pablo Georgieff (Brasil, 77 min, 2006, doc)
* Classificação indicativa: livre

Dia 14 – terça-feira
18h30 – Programa 19
O Diabo entre as Flores – Carmen Guarini (Argentina, 26 min, 2004, doc)
Jaime de Nevares, a Última Viagem – Marcelo Céspedes e Carmen Guarini (Argentina, 70 min, 1995, doc). * Classificação indicativa: 12 anos

20h30 - Programa 8
Sonhos Distantes – Alejandro Legaspi (Peru, 52 min, 2006, doc)
Zumbi Somos Nós – Frente 3 de Fevereiro (Brasil, 52 min, 2007, doc)
* Classificação indicativa: livre

Dia 15 – quarta-feira
18h30 - Programa 13
Tire Dié – Fernando Birri (Argentina, 33 min, 1960, doc)
Crônica de um Menino Só – Leonardo Favio (Argentina, 70 min, 1964, fic)
* Classificação indicativa: livre

20h30 – Programa 5
Bem Vigiado – Santiago Dellape (Brasil, 14 min, 2007, fic)
O Juízo – Maria Augusta Ramos (Brasil, 90 min, 2007, doc)
* Classificação indicativa: livre

Uma breve história da filosofia moderna



Uma breve história da filosofia moderna
de Roger Scruton

Páginas - 378

Uma breve história da filosofia moderna é um dos mais conceituados trabalhos a abordar a jornada do pensamento contemporâneo. Assinado pelo especialista Roger Scruton, consiste em um estudo direcionado a todos os públicos – estudiosos, especialistas, curiosos. Proporciona uma verdadeira viagem através idéias de Descartes, tido como o fundador da filosofia moderna, aos mais influentes pensadores dos últimos séculos: Wittgenstein, Spinoza, Leibniz, Locke, Hobbes, Hume, Hegel, Kant, Schopenhauer, Kierkegaard, Nietzsche, Marx e Sartre, entre outros.

“Este livro apresenta uma visão sintética da história da filosofia moderna, a partir de uma perspectiva analítica”, escreve o autor no prefácio. “É necessariamente seletiva, mas espero ter identificado as principais figuras e as principais preocupações intelectuais que, desde Descartes, vêm formando a filosofia ocidental. Acredito que seja proveitoso abordar essas questões do ponto de vista da filosofia analítica, a qual, em anos recentes, passou a interessar-se pela história, que havia ignorado durante tanto tempo, e a buscar restabelecer suas ligações com a tradição intelectual do Ocidente.”

Muito bem sucedido na empreitada de propor um estudo da filosofia moderna adequado a todos os públicos, Scruton resume claramente as idéias de cada grande pensador e expõe as maiores preocupações intelectuais da filosofia ocidental. Além disso, explicita diversas vertentes como o Racionalismo, o Empiricismo e o Idealismo, chegando às correntes filosóficas mais recentes. Ao final de Uma breve história da filosofia moderna, Roger Scruton ainda sugere uma bibliografia para uma leitura mais abrangente dos temas de cada capítulo.

Para Alan Ryan, autor de Bertrand Russell: A political life, biografia de um dos maiores difusores da filosofia de todos os tempos, “Scruton escreve com uma clareza e fluência pouco usuais, e sua leitura é sempre um prazer (...) Esse é certamente um livro que pode ser dado a qualquer um com curiosidade sobre a filosofia.”

Sobre o autor

Roger Scruton nasceu em 1944 na Inglaterra, onde mora até hoje. Além de filósofo, é escritor e jornalista. Foi editor da Salisbury Review e colabora com o British Journal of Aestethics e com o OpenDemocracy.net. Considerado um dos grandes nomes da filosofia contemporânea, tem como uma de suas grandes preocupações o entendimento dos alcances da cultura ocidental. Entre seus livros estão: Philosophy: principles and problems, Spinoza, German philosophers, Aestethics of music, The meaning of conservatism e The west and the rest.

UM LANÇAMENTO

BOCA DO LIXO



BOCA DO LIXO
de Nuno Cesar Abreu


Páginas - 224


Obra que aborda o ciclo da Boca do Lixo, um processo de produção cinematográfica que desenvolveu formas econômicas, artísticas e de relacionamento com características próprias, nos anos 70, no centro de São Paulo. Através de pesquisa bibliográfica, levantamento de filmografia, comentários sobre filmes e, principalmente, entrevistas, o autor busca compreender o papel que o ciclo desempenhou no interior da indústria cultural e sua formação a partir da afluência de um contingente egresso de classes populares que ali se profissionalizou.

Um lançamento

sábado, 4 de outubro de 2008

Espaços da Fundação Cultural têm horários especiais no domingo

Confira o que abre e fecha no dia das Eleições em CURITIBA

CINEMATECA (Rua Carlos Cavalcanti, 1.174 – São Francisco) – sala de exibição com funcionamento normal.

CINE LUZ (Rua 15 de Novembro, 822 – Centro) – sala de exibição com funcionamento normal.

CASA HOFFMANN (Rua Claudino dos Santos, 58 – Setor Histórico) Aberta para apresentação da mostra pública de Estruturação Coreográfica “Mábile e o Móbile – Síndrome da Dúvida Absoluta” com Mábile Borsatto, às 19h

TEATRO CLEON JACQUES - (Centro de Criatividade de Curitiba – Parque São Lourenço) – fechado.

TEATRO NOVELAS CURITIBANAS (Rua Carlos Cavalcanti, 1.222 – São Francisco) – Aberto para apresentação da peça novas embalagens

MEMORIAL DE CURITIBA (Rua Claudino dos Santos, 79 – Setor Histórico) – Aberta apenas a Praça do Iguaçu. Salas de exposições - fechadas

CASA CULPI – MEMORIAL DA IMIGRAÇÃO ITALIANA (Av. Manoel Ribas, 8.450) – aberta das 9h às 15h.

CASA ROMÁRIO MARTINS (Largo da Ordem, 30 – Setor Histórico) – Fechada.

MUSEU DE ARTE SACRA DE CURITIBA – MASAC (Largo da Ordem, anexo à Igreja da Ordem) - Fechado

MEMORIAL POLONÊS (Bosque do Papa – Rua Mateus Leme) – Aberto das 9h às 18h.

MEMORIAL UCRANIANO (Parque Tingüi) – Aberto das 9h às 18h.

SOLAR DO BARÃO (Museu da Gravura, Museu da Fotografia e Gibiteca de Curitiba) Fechado.

ESPAÇO CULTURAL FRANS KRAJCBERG - (Jardim Botânico – Rua Eng°. Ostoja Roguski, s/n). Fechado



ÓPERA DE ARAME E PEDREIRA PAULO LEMINSKI (Rua João Gava, s/n – Pilarzinho) – Aberta das 8h às 22h.

TEATRO DA MARIA (Rua Batista Ganz, s/n° - Parque Barigui) – Aberto para apresentação da peça infantil Òpera de Carvão e Flor – 16h.

TEATRO DO PÍÁ (Praça Garibaldi, 7 – Centro) – Aberto para a apresentação da peça Visitantes Incomuns – 11h.


Permanecerão fechados também os seguintes espaços: Teatro Paiol, Casa da Leitura, Palacete Wolf, Centro de Criatividade de Curitiba e Conservatório de Música Popular Brasileira.

PLATÃO - DIÁLOGOS
























Tradução direto do grego de Carlos Alberto Nunes

Estamos falando desta vez de um clássico e muito especialmente desta edição que faz parte de uma segunda edição completa das obras de Platão organizada por Benedito Nunes e estruturada em 1980. São 14 volumes.




Platão de Atenas (428/27–347 a.C.) filósofo grego discípulo de Sócrates, fundador da Academia e mestre de Aristóteles. Acredita-se que seu nome verdadeiro tenha sido Arístocles; Platão era um apelido que, provavelmente, fazia referência à sua caracteristica física, tal como o porte atlético ou os ombros largos, ou ainda a sua ampla capacidade intelectual de tratar de diferentes temas. Πλάτος (plátos) em grego significa amplitude, dimensão, largura. Sua filosofia é de grande importância e influência. Platão ocupou-se com vários temas, entre eles ética, política, metafísica e teoria do conhecimento.

Platão escreveu, principalmente, na forma de diálogos. Esses escritos, considerados autênticos, são, em uma ordem cronológica provável :


1. Hípias (menor): trata do agir humano;
2. Alcibíades (Primeiro): trata da doutrina socrática do auto-conhecimento;
1. Alcibíades (Segundo): trata do conhecimento;
3. Apologia de
Sócrates: relata o discurso de defesa de Sócrates no tribunal de Atenas;
4. Eutífron:
trata dos conceitos de piedade e impiedade;
5. Críton: trata da justiça;
6. Hípias (maior): discussão estética;
7. Laques:
trata da coragem;
8. Lísis: trata da amizade/amor;
9. Cármides: d
iálogo ético;
10. Protágoras: trata do conceito e natureza da virtude;
11. Górgias: tra
ta do verdadeiro filósofo em oposição aos sofistas;
12. Mênon: tra
ta do ensino da virtude;
13. Fédon: relata o julgamento e morte de Sócrates e trata da imortalidade da alma;
14. O Banquete: trata da origem, as diferentes manifestações e o significado do amor sensual;
15. Fedro: trata
da retórica e do amor sensual;
16. Íon: tra
ta de poesia;
17. Menêxeno: elogio da morte no campo de batalha;
18. Eutidemo
: crítica aos sofistas;
19. Crátilo: trata da natureza dos nomes;
20. A República: aborda vários temas, mas todos subordinados à questão central da justiça;
21. Parmênides: trata da ontologia. É neste diálogo que o jovem Sócrates, a personagem, defende
a teoria das formas que é duramente criticada por Parmênides;
22. Teeteto: trata exclusivamente da Teoria do Conhecimento;
23. Sofista
: diálogo de caráter ontológico, discute o problema da imagem, do falso e do não-ser;
24. Político: trata do perfil do homem político;
25. Filebo: versa sobre o bom e o belo e como o homem pode viver melhor;
26. Timeu: trata da origem do universo.
27. Crítias: Platão narra aqui mito de Atlântida através de Crítias (seu avô). É um diálogo inacabado;
28. Leis: aborda vários temas da esfera política e jurídica. É o último (inacabado), mais longo e complexo diálogo de Platão;

29. Epidômite
30. Cartas (dentre as quais, somente a de número 7 (sete) é considerada realmente autêntica)


Você encontra esses livros através de nosso parceiro LIVRARIA JOAQUIM

contato - info@joaquimlivraria.com.br


UM LANÇAMENTO DA
Editora Universitária UFPA

A BAGACEIRA



Livro: A bagaceira

de José Américo de Almeida

Páginas - 294

“... livro renovador até da língua literária e também explosão de quem o escreveu sensível a circunstâncias sociais; e exprimindo um desejo, no caso nada demagógico, de influir sobre o social; de denunciar desajustes socialmente dramáticos; e de assim fazer por sentir-se parte de um nós regionalmente brasileiro.” (Gilberto Freyre)

A bagaceira, romance de José Américo de Almeida (1887-1980) publicado em 1928, é considerado o marco inicial do regionalismo brasileiro. Nas palavras de Guimarães Rosa, José Américo de Almeida “abriu para todos nós o caminho do moderno romance brasileiro”. É uma trágica história de amor que funciona como uma denúncia contra a questão social no Nordeste. A narrativa é precedida por introdução e estudo crítico de M. Cavalcanti Proença. Esta nova edição, a 43ª, é comemorativa dos 80 anos de seu lançamento.

As orelhas são assinadas por André Seffrin, que afirma que “este romance de sucesso, como é sabido, prenunciou o chamado romance de 30 no que ele tem de mais característico, isto é, o apego ao regional e o registro de um mundo em decadência (o da sociedade patriarcal), com a ‘luta de classes’ na berlinda dos novos tempos. Representativo, como aponta agudamente Wilson Martins, mais pela ‘moral estética’ que impôs do que propriamente pela influência. Mas é de se indagar, com Martins, se os romances de José Lins do Rego seriam os mesmos sem a presença deste livro fundador de José Américo de Almeida.”

Em manuscrito reproduzido nesta edição, o autor explica o processo de elaboração do romance: “Primeiro fiz um monstro de todos os materiais que, conforme eu sentia, eram partes do seu corpo e da sua alma: o Sol, a lama, os instintos, o destino... Depois guardei-o, envergonhado, até me esquecer dele. (...) Já não era o autor, mas o crítico de mim mesmo. Desbastei-o, então, com a rasoura cruel de que não tem pena de sacrificar o que é seu. E guardei-o, novamente, para repetir a experiência duas, três vezes, até que ficou no que é.”

A bagaceira, enfim, foi o precursor da grande literatura brasileira do século 20 – Rachel de Queiroz, Jorge Amado, José Lins do Rego, Armando Fontes, Lúcio Cardoso e Guimarães Rosa inclusos.

Sobre o autor

José Américo de Almeida nasceu a 10 de janeiro de 1887 no engenho Olha-d´’Água, em Areia, Paraíba. Aos 14 anos ingressou no Seminário da Paraíba, onde permaneceu três anos. Em seguida matriculou-se na Faculdade de Direito de Recife, onde concluiu o curso aos 21 anos de idade. Em 1911 foi nomeado procurador-geral do estado, cargo que exerceu durante 11 anos. Foi ainda secretário de governo, deputado federal, interventor, ministro da Viação e Obras Públicas nos dois governos de Getúlio Vargas, senador, ministro do Tributal de Contas da União, governador da Paraíba e fundador da Universidade Federal da Paraíba. Foi eleito em 1966 para a Academia Brasileira de Letras. Faleceu a 10 de março de 1980, aos 93 anos, no seu retiro de Tambaú, sendo sepultado com honras de ministro de Estado.

UM LANÇAMENTO

Beth Lopes faz releitura de grandes nomes da MPB


Show no Teatro Paiol traz no repertório composições de Ivan Lins, Lenine, Milton Nascimento, Rita Lee, Djavan, entre outros.



A próxima sessão da Terça Brasileira, no Teatro Paiol, às 20h de terça-feira (7), será dedicada à releitura de canções de compositores consagrados, na voz de Beth Lopes. Batizado de Farofa Brasileira, o espetáculo tem como proposta colocar em cena os temperos musicais de fina procedência. “Tudo bem misturadinho”, adianta a cantora. Nos condimentos sonoros estão composições de Ivan Lins, Lenine, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Cazuza, Milton Nascimento, Rita Lee, Djavan e outros mais.

Beth Lopes é curitibana. Quando menina, acompanhava o avô nas animações de festas com o alto-falante que ele carregava. O gosto musical levou-a a cantar em igrejas, participar da gravação de CDs e também atuar na direção vocal e backings para artistas renomados do meio religioso. Atualmente integra o Vocal Brasileirão. Com registro de contralto, faz parte de alguns grupos vocais, como o quarteto Vocal Ellas, no momento às voltas com a gravação de um CD.

Beth Lopes já esteve no programa Terça Brasileira, quando apresentou o show Pérola negra, cantando somente músicas de compositores negros.


Serviço: Programa Terça Brasileira apresenta Farofa Brasileira, com a cantora Beth Lopes Data: dia 7 de outubro de 2008 (terça-feira), às 20h Local: Teatro do Paiol (Praça Guido Viaro, s/n – Prado Velho) Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (estudantes) Informações: (41) 3213-1340

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A DISTINÇÃO : Crítica Social do Julgamento

A DISTINÇÃO :
Crítica Social do Julgamento
de BOURDIEU, Pierre
trad. Kern, Daniela; TEIXEIRA, Guilherme João de Freitas

Nº de Páginas - 560



Obra central na carreira sociológica do autor, este livro constrói uma correspondência entre práticas culturais e classes sociais, evidenciando as relações de poder como categorias de dominação pelo capital cultural. Violência simbólica que aparece na ação sutil de comer, vestir, cuidar do corpo, ouvir música ou até mesmo na ação de apreciar uma obra de arte.

Ao longo dos anos 1970, Bourdieu se dedica a várias pesquisas sobre o processo de diferenciação social, visando elaborar uma teoria geral das classes sociais. A Distinção aparece como síntese desse período e é considerada, por vários autores, como a obra central na carreira sociológica de Bourdieu. Com um subtítulo importante, “crítica social do julgamento”, ele tenta construir a correspondência entre práticas culturais e classes sociais, assim como o princípio que legitima a hierarquia aí implícita.

Os julgamentos de gostos e de preferências não são o reflexo da estrutura social, mas um meio de afirmar ou de conformar uma vinculação social. Na Distinção, ele expõe duas idéias centrais e originais: de um lado, as relações de poder como categoria de dominação são analisadas pela metáfora do capital cultural – no qual se apóia o princípio de reprodução social –, de outro, o entrecruzamento das relações de poder com as várias formas de ações organizadas favorece a capacidade dos indivíduos para elaborar estratégias que, todavia, não ultrapassam as relações de desigualdades sociais.

Pierre Bourdieu elabora, assim, um sistema teórico que afirma que as condições de participação social baseiam-se na herança social. O acúmulo de bens simbólicos e outros estão inscritos nas estruturas do pensamento (mas também no corpo) e são constitutivos do habitus através do qual os indivíduos elaboram suas trajetórias e asseguram a reprodução social. Esta não pode se realizar sem a ação sutil dos agentes e das instituições, preservando as funções sociais pela violência simbólica exercida sobre os indivíduos e com a adesão deles.

Maria Drosila Vasconcellos
Profa de sociologia na Université Lille 3


A Distinção aparece como síntese das pesquisas que Bourdieu desenvolveu ao longo dos anos de 1970 sobre o processo de diferenciação social, e é considerada como a obra central na sua carreira sociológica. Neste livro, ele procura construir a correspondência entre práticas culturais e classes sociais, e o princípio que legitima a hierarquia aí implícita. Os julgamentos de gostos e de preferências não são o reflexo da estrutura social, mas um meio de afirmar ou de conformar uma vinculação social, elaborando, assim, um sistema teórico que afirma que as condições de participação social baseiam-se na herança social. É assim que a arte e o consumo artístico estão predispostos a desempenhar, independentemente da nossa vontade e de nosso saber, uma função social de legitimação das diferenças sociais, sintetiza o autor no prefácio.

UM LANÇAMENTO CONJUNTO


TEATRO JUVENIL







LEIA AQUI OS LANÇAMENTOS DA

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Sabor Literário



Sabor Literário

A coleção Sabor Literário, lançada em 2006 pela Editora José Olympio,

chega ao 20º título e apresenta novidades


A coleção Sabor Literário, lançada em 2006 pela Editora José Olympio com a finalidade de disponibilizar aos leitores brasileiros textos inéditos, esquecidos ou inusitados de grandes escritores de todo o mundo, chega ao seu 20º lançamento com O real e seu duplo: Ensaio sobre a ilusão, de Clément Rosset. O livro, que tem tradução e apresentação assinada pelo doutor em filosofia José Thomaz Brum, é um pequeno clássico de um dos mais importantes pensadores franceses da atualidade.

A série tem como símbolo uma cerejinha, termo pelo qual já foi carinhosamente apelidada pelos leitores. “É um ícone delicado, charmoso”, afirma Maria Amélia Mello, diretora editorial da José Olympio. “É como ‘a cereja do bolo’, o toque especial, o detalhe que faz a diferença.”

Já foram lançadas obras de Fernando Pessoa, Virginia Woolf, Nathaniel Hawthorne, Kaváfis, Melville, H. D. Thoreau, Jim Dodge, Harpo Marx, Gertrude Stein, Henry Miller, Chamfort, Ferreira Gullar, Manuel Bandeira, João do Rio, William Henry May, Patrícia Galvão, Willem Elsschot, Chamfort, Campos de Carvalho e Antonio Callado.

Em junho, dois lançamentos marcam o centenário da morte de Machado de Assis: O ideal do crítico, que compila ensaios do autor sobre crítica literária e obras de escritores como José de Alencar, Álvares de Azevedo e Eça de Queirós, e Machado de Assis: Seis contos selecionados e comentados por José Mindin, no qual o ilustre bibliófilo, em entrevista a Manuel da Costa Pinto, destaca os textos curtos do “bruxo do Cosme Velho” que mais o marcaram.

Um outro, Mulheres viajantes no Brasil (1764-1820), reúne textos de mulheres que, no Brasil Colônia, acompanhavam seus maridos em peregrinações ou cargos oficiais, em atividades comerciais, militares ou diplomáticas, e que souberam registrar, com fina sensibilidade, suas impressões de viagem. O volume é organizado e traduzido pelo historiador Jean Marcel Carvalho França.

UM LANÇAMENTO





Recital Música Indiana no Govardhana


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1968 - O ano que abalou o mundo



1968 - O ano que abalou o mundo

de Mark Kurlansky

No livro 1968 – O ano que abalou o mundo, o pesquisador Mark Kurlansky revive detalhadamente toda a história política e cultural desses doze meses cruciais para a sociedade contemporânea. Foi uma época de mudanças extremas, onde tudo – música, política, cinema, comportamento, economia, imprensa – foi posto abaixo para ser reconstruído de maneiras absolutamente novas. Da invasão da Checoslováquia à queda de Nixon, Kurlansky analisa o dia-a-dia desse ano fervilhante e turbulento através de uma perspectiva global e um texto atraente.

Dando a entender que seria um ano bem ordenado, 1968 começou numa segunda-feira. O Papa Paulo VI declarou que aquele 1º de janeiro seria um dia de paz, motivando uma trégua na Guerra do Vietnã. Ao mesmo tempo, a manchete da primeira página do jornal The New York Times dizia: “O mundo dá adeus a um ano violento”. Tudo isso, no entanto, não passava de um alarme falso. A verdade é que nunca houve ano mais atribulado do que 1968: a guerra tornou-se mais terrível do que nunca, Martin Luther King e Robert Kennedy foram assassinados, a Convenção Nacional Democrata de Chicago resultou em tumultos generalizados, o Festival de Cannes e a Bienal de Veneza foram fechados, a União Soviética começou a ruir, o concurso de Miss América foi interrompido por manifestações feministas...

O que mais impressiona durante a leitura de 1968 – O ano que abalou o mundo é o fato de, num planeta ainda distante daquilo que ficou conhecido como “globalização”, ter ocorrido o que o autor considera uma “combustão espontânea de espíritos rebeldes no mundo inteiro”: habitantes dos mais diversos lugares (de Nova York a Paris, passando por Praga, Roma, Berlim, Varsóvia, Tóquio e Cidade do México) se rebelaram em torno de diferentes questões, tendo como objetivo comum a necessidade de derrubar a ordem estabelecida. Nada foi planejado ou organizado; simplesmente aconteceu. Com o surgimento da televisão via satélite, a juventude tinha pela primeira vez a consciência daquilo que Marshall McLuhan chamou de “aldeia global”. Ao mesmo tempo em que se deslumbravam com as transmissões das conquistas espaciais pessoas do mundo inteiro podiam assistir ao vivo em suas salas de estar aos massacres no Vietnã e às cenas de estudantes desarmados intimidando o exército soviético na Checoslováquia.

Para o jornal The Capital Times, “Kurlansky escreveu a obra definitiva sobre a história popular do ano que realmente abalou o mundo”. Dan Rather, da CBS News, afirmou que o autor “apresenta as razões para que 1968 tenha uma relevância permanente para os Estados Unidos e para o mundo inteiro. Concorde ou não o leitor com seus pontos de vista, a leitura, de qualquer forma, é fascinante.” 1968 – O ano que abalou o mundo, a obra mais importante de Mark Kurlansky, é uma leitura essencial para todas as pessoas que querem entender um pouco mais sobre o mundo em que vivem. É, como revela o autor, um livro dedicado a todos os que disseram “Não!” – e, especialmente, a todos os que ainda estão dizendo.

Sobre o autor

Mark Kurlansky é o vencedor do Prêmio James A. Beard e autor dos best-sellers Bacalhau: A história do peixe que mudou o mundo; Sal: Uma história do mundo (ambos publicados no Brasil); The Basque History of the World; A Chosen Few: The Ressurection of European Jewry; A Continent of Islands: Searching for the Caribbean Destiny; uma coletânea de contos, The White Man in the Tree; e um livro infantil, The Cod’s Tale; bem como editor de Choice Cuts: A Savory Selection of Food Writing from Around the World and Throughout History. Ele mora na cidade de Nova York.

UM LANÇAMENTO DA

Almanaque Armorial



Almanaque Armorial

de Ariano Suassuna

Páginas - 294

O grande autor de clássicos da ficção, teatro e poesia brasileiras Ariano Suassuna vem produzindo, há quase seis décadas, ensaios relevantes acerca de diversos temas – arte, religião, filosofia e até mesmo política. Almanaque Armorial, com seleção e organização de Carlos Newton Júnior, é a primeira compilação desses textos, que formam um amplo painel do pensamento de Suassuna, expondo de forma única sua maneira de interpretar o mundo. Este é, nas palavras do próprio autor, o “grande logogrifo brasileiro da arte, do real e da beleza, contendo idéias, enigmas, lembranças, informações, comentários e a narração de casos acontecidos ou inventados, escritos em prosa e verso e reunidos, num Livro Negro do Cotidiano, pelo bacharel em filosofia e licenciado em artes Ariano Suassuna.”

“O que nós temos aqui, portanto, essencialmente, é a visão de um grande artista, de um grande criador, sobre a criação artística em geral e algumas obras em particular, obras que lhe proporcionam o choque estético sem o qual não conseguiria se reportar a elas com a ardência necessária para a geração de um texto”, afirma Carlos Newton. “Se o ensaio pode ser entendido como um tipo de texto em que a escritura rivaliza com a análise, Suassuna escreve ensaios da melhor qualidade, criando imagens que a todo instante corroboram para ressaltar a lucidez das suas interpretações, procurando ser fiel, ao mesmo tempo, ao conhecimento e à beleza, como ocorre, aliás, com todo escritor de almanaques que se preza.”

“Armorial” é o nome do movimento criado por Ariano, que defende uma arte erudita que, baseada na cultura popular, é tão nacional quanto a arte popular em si, elevando-se à importância desta e conseguindo manter, com ela, uma unidade fundamental para combater o processo de vulgarização de descaracterização da cultura brasileira. Almanaque Armorial, tem, portanto, a função de manter vivo este ideal.

Sobre o autor

Ariano Suassuna é dramaturgo, romancista, poeta, ensaísta, defensor incansável da cultura popular, das raízes brasileiras e, especialmente, nordestina. Nasceu na cidade de Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa, na Paraíba, no dia 16 de junho de 1927. Escreveu, aos vinte anos, sua primeira peça, Uma mulher vestida de sol. Foi membro fundador do Conselho Federal de Cultura, do qual fez parte de 1967 a 1973, e do Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco, no período de 1968 a 1972. No dia 18 de outubro de 1970, lançou o Movimento Armorial, com o concerto Três séculos de música nordestina: do barroco ao armorial, na Igreja de São Pedro dos Clérigos, e uma exposição de gravura, pintura e escultura. De 1975 a 1978 foi Secretário de Educação e Cultura do Recife, retornando ao cargo em 2007. Doutorou-se em História pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1976. Em agosto de 1989, foi eleito por aclamação para a Academia Brasileira de Letras. Do autor, a José Olympio também publica O casamento suspeitoso, A farsa da boa preguiça, O santo e a porca, Uma mulher vestida de sol, Iniciação à estética, A história do amor de Fernando e Isaura, Romance d’A Pedra do Reino e Seleta em prosa & verso, além do perfil biográfico ABC de Ariano Suassuna, assinado por Bráulio Tavares.

UM LANÇAMENTO


Inscrições abertas para a série Terça Brasileira no Paiol

Grupos musicais de Curitiba e Região Metropolitana podem participar do Edital Música em Pauta, que seleciona shows para o Teatro Paiol.


A Fundação Cultural de Curitiba avisa que, até 31 de outubro, permanecem abertas as inscrições para o Edital Música em Pauta – Série Terça Brasileira no Paiol. Dedicada à música popular brasileira, a série contemplará somente grupos musicais de Curitiba e Região Metropolitana. Serão selecionados sete projetos que obtiverem as melhores notas na análise documental e avaliação de mérito.

Para participar, os interessados devem preencher o formulário disponível na secretaria do Instituto Curitiba de Arte e Cultura – ICAC (Rua Conselheiro Laurindo, 273 – Centro). Posteriormente, o formulário preenchido, o projeto e os documentos solicitados deverão ser enviados exclusivamente por Sedex, para o endereço do ICAC. As propostas serão avaliadas por uma comissão formada por profissionais ligados à área musical.

O resultado será divulgado até o dia 21 de novembro, apenas nos sites www.fccdigital.com.br e www.icac.org.br. As apresentações acontecerão às terças-feiras, no Teatro Paiol, no período de abril a julho de 2009, em datas a serem definidas pela coordenação de música do ICAC.



Serviço:

Inscrições para o Edital Música em Pauta – Série Terça Brasileira no Paiol

Data: até 31 de outubro de 2008

Local: secretaria do Instituto Curitiba de Arte e Cultura – ICAC (Rua Conselheiro Laurindo, 273 – Curitiba – Centro)
Informações pelos telefones (41) 3321-2844, com Maricléia, e (41) 3321-2847, com Carol

VOTE NÃO: Lei Rouanet ameaçada, verba da cultura vai para igrejas

Lei Rouanet ameaçada, verba da cultura vai para igrejas

ASSINEM A PETIÇÃO para impedir que a pouca verba federal destinada à cultura passe a ser usada para financiar a construção e reforma de templos religiosos e o pagamento de pastores.
"Não podemos permitir que isso vá adiante!


O Senador Marcelo Crivela, pastor e politico, está prestes a aprovar, no Senado Federal, uma emenda à Lei Rouanet que permite a construção, reforma de templos religiosos e pagamento de 'pastores' com renúncia fiscal, passando a disputar verbas com a cultura.

Quem for contra e quiser se manifestar, assine a petição no site abaixo. Vamos lutar para manter as poucas verbas para as artes e a cultura brasileira contra sanha por dinheiro de alguns 'pastores' .

Repasse a informação a seus amigos gerando uma corrente na qual preservaremos a cultura e as Artes no Brasil.


Para assinar clique em http://www.petitiononline.com/cult2007/petition.html

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Neto de Thomas Mann faz leitura no Palacete Wolf

 
Frido Mann lê trechos de sua autobiografia, “Achterbahn”,
 recém-lançada na Europa.
 
O escritor suíço Frido Mann, o neto mais querido de Thomas Mann, e um dos grandes escritores europeus, estará no Palacete Wolf, às 15h deste sábado (4), participando de uma sessão de leitura de seu último livro, o autobiográfico Achterbahn, recém-lançado na Europa. O encontro literário, com tradução simultânea, tem entrada franca.
O evento, que recebeu o nome de Frido Mann: Diálogos e encontros com o Brasil, é uma promoção conjunta do Instituto Goethe, Centro de Cooperação da Universidade Federal do Paraná e Fundação Cultural de Curitiba. Trata-se de uma avant-première no Brasil da obra Achterbahn (montanha russa, em alemão). Lançado há poucos meses pela centenária editora alemã Rowohlt, o livro teve sua primeira edição esgotada na semana em que chegou às livrarias. 

O mergulho nas vidas que se entrelaçam entre os Mann soa como uma “arqueologia dessa família de escritores”, segundo o professor Paulo Soethe, catedrático de Língua e Literatura Alemã da Universidade Federal do Paraná, amigo de Frido Mann. Ao relatar sua existência, o autor resgata outros destinos de um clã voltado à literatura, história, música – e com invulgar talento para os dramas existenciais.

  O Brasil está presente na obra porque Julia Mann, mãe de Thomas e de Heinrich, é uma personagem importante na família. Ela nasceu em Parati (Rio de Janeiro), no ano de 1851, e, com a morte de sua mãe, poucos anos depois, mudou-se com o pai para a Alemanha. Nunca mais regressaria à pátria que seu bisneto Frido, mais de um século após, chamaria de a “mátria” do autor de A montanha mágica.

Em 2003 Frido Mann esteve em Curitiba, como um dos destaques do festival literário Perhappiness daquele ano. Mais recentemente, fundou um centro de intercâmbio cultural na antiga casa de Parati, no Rio de Janeiro, onde viveu sua bisavó Júlia. Coube a ele, que teve intenso convívio com o avô até os 15 anos de idade, quando Thomas falece, cuidar desse resgate dos Mann.
 
Serviço:
O escritor Frido Mann lê trechos de sua obra Achterbahn, no evento Frido Mann: Diálogos e encontros com o Brasil
Data e horário: 4 de outubro de 2008 (sábado), às 15h
Local: Palacete Wolf (Praça Garibaldi, 7 – Setor Histórico)
Entrada franca

Um ironismo como outro qualquer - a ironia na poesia de José Paulo Paes



Um ironismo como outro qualquer - a ironia 
na poesia de José Paulo Paes

de João Carlos Biella

Páginas - 168 

A irreverência de José Paulo Paes

Este livro apresenta uma discussão mais ampla sobre o procedimento corrosivo empregado pelo poeta José Paulo Paes e sua relação com a ironia, o humor e a sátira, de Novas cartas chilenas (1954) a A poesia está morta mas juro que não fui eu (1988), período de produção intervalar entre uma poesia inicial caracterizada pela aprendizagem de uma tradição e uma terminal da qual são tiradas como lições a atenção à memória e a reflexão sobre a temporalidade.


Um ironismo como outro qualquer - a ironia na poesia de José Paulo Paes, ensaio sobre o legado literário de José Paulo Paes lançado pela Editora Unesp, discute os "modos considerados não sérios" (a ironia, o humor e a sátira) da linguagem estética. A irreverência de suas poesias é discutida com base nos documentos de importantes críticos da produção de Paes, como Alfredo Bosi, Davi Arrigucci Jr., Flora Süssekind e Flávio Aguiar, e pela análise do "princípio-corrosão" de sua poética.

João Carlos Biella segue, a partir de leituras dos estudos de Richard Rorty e Northrop Frey, delineando um possível projeto satírico de Paes, destacando de forma aguda a qualidade estética de um autor que rearranja o mundo por meio de jogos de linguagem e esforços de autocriação. 

Em Um ironismo como outro qualquer vemos como se deu a opção pela sátira, já no primeiro momento, quando é clara a influência de Oswald de Andrade e Carlos Drummond de Andrade. Depois com Epigramas, sua obra de poesia mais irônica, expõe parágrafos que têm o objetivo de tentar mudar a maneira de pensar do homem, ou seja, constrói críticas sociais e passa longe da questão estética, embora não abandone o chiste. Passamos pela fase de plenitude, onde encontramos inclusive o corrosivo A poesia está morta mas juro que não fui eu. E chegamos à fase concretista do poeta, de uma força poética intensa. Em todas essas fases, exemplos do trabalho de Paes garantem o sorriso sarcástico daqueles que os lêem.

Sobre o autor - João Carlos Biella é doutor em 
Estudos Literários pela Faculdade de Ciências e Letras da 
UNESP, campus de Araraquara. Natural de Itápolis (SP), 
atualmente é professor de Literatura e Redação no Ensino 
Médio. 

UM LANÇAMENTO

Lançamento de Restos de Mário Araujo

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SEIS ELEFANTES CEGOS - I e II

Conta uma lenda hindu que num vilarejo da Índia viviam sete cegos que competiam para descobrir quem era o mais sábio. Um deles, cansado da disputa, saiu da cidade e voltou montado em um elefante. Dispostos a entender que bicho era aquele, os outros cegos tatearam-no, apalpando partes diferentes. Assim, cada um imaginou um animal distinto, e logo se puseram a discutir. Para esclarecer a questão, um menino desenhou o elefante, e, sentindo o contorno do desenho, os cegos perceberam que todos estavam certos. Então, o sábio que abandonara a cidade afirmou: “É assim que os homens se comportam perante a verdade. Pegam apenas uma parte, pensam que é o todo, e continuam tolos!”


SEIS ELEFANTES CEGOS – Volume 1 - Princípios fundamentais de abrangência e categoria na programação neurolingüística
de Steve Andreas

Com base nessa lenda, Steve Andreas cria a fábula sobre os seis elefantes cegos, reproduzida na abertura do livro, cuja moral é: nossa percepção distorcida das coisas pode tornar a vida bem mais difícil do que ela já é. Este volume mostra como os conceitos de abrangência e categoria afetam o pensamento e o comportamento, fornecendo ferramentas para compreender e expandir o raciocínio por meio da programação neurolingüística. Como em seus outros livros, o autor transforma de modo poderoso e bem-humorado a experiência do leitor com as palavras e a comunicação.

Este livro explica os conceitos de abrangência e categoria, mostrando como sua compreensão pode nos ajudar a resolver problemas e dilemas do cotidiano. Usando exemplos reais e muito instrutivos, o autor explica como podemos mudar nossa visão para que as experiências advindas delas também se transformem.


Seis elefantes cegos - volume 2
Aplicações e explorações de abrangência e categoria na programação neurolingüística
de Steve Andreas

Este segundo volume ensina a aplicar os conceitos apreendidos no primeiro livro,
especialmente no

que se refere a padrões de comunicação que às vezes nos confundem. A obra também
pode servir de guia para

promover mudanças positivas de comportamento, como a mudança do sentimento
de raiva para o de perdão.



um lançamento da




Atlântida - Pequena história de um mito platônico



Atlântida - Pequena história de um mito platônico
Organizador -  Pierre Vidal Naquet


Páginas - 216 



Este livro explora as origens do mito da Atlântida, com Platão, e seus desdobramentos na Antiguidade greco-romana e bizantina,  na Renascença e na Idade Moderna. Vidal-Naquet consegue uma proeza pouco comum: ser erudito e agradável, mostrar domínio da História antiga, moderna e contemporânea, analisar documentos e esclarecer suas conexões com a política e o imaginário social. Apresenta, ainda, um conjunto fascinante de imagens, assim como passagens de inúmeros autores, traduzidos e comentados. As percepções populares mesclam-se às abordagens científicas, em um caleidoscópio original e sempre em mutação. Vidal-Naquet most
ra, de forma magistral, como se formam os mitos e como continuam a ocupar lugar de destaque em nossa época.

Pierre Vidal-Naquet, o grande historiador francês do último meio século, volta-se, em Atlântida, para esse mito secular e persistente na História do ocidente. Surgida como uma historieta, em Platão (424-347 a.C.), Atlântida teve uma trajetória insuspeitada pelo filósofo grego e tornou-se um tema recorrente nos séculos posteriores. Já na Antigüidade, foi retomada por autores gregos e latinos, mas foram os modernos que contribuíram para difundir uma miríade de interpretações da misteriosa ilha. Com a chegada dos europeus à América, multiplicaram-se as imagens. O Iluminismo irá debruçar-se sobre o mundo, e Atlântida também serviu para contestar a visão histórica cristã.   

Desta forma, um mito esteve a serviço da ciência. À luz da Guerra do Peloponeso, de Tucídides (século V a.C.), a leitura de Platão pôde mostrar a sofisticação de uma interpretação política do mito. Era da vida política que tratava Atlântida, uma metáfora das relações de poder. A grande virada aconteceu no final do século XVIII e na primeira metade do século XIX, que resultaria na transformação da atlantomania de mito em romance. O nacionalismo não hesitaria em abusar da ilha imaginária e mesmo o nazismo fez uso pseudocientífico de Atlântida, para os fins mais opressivos.

Vidal-Naquet consegue uma proeza pouco comum: ser erudito e agradável, mostrar domínio da História antiga, moderna e contemporânea, analisar documentos e esclarecer suas conexões com a política e o imaginário social. Apresenta, ainda, um conjunto fascinante de imagens, assim como passagens de inúmeros autores, traduzidos e comentados. As percepções populares mesclam-se às abordagens científicas, em um caleidoscópio 
original e sempre em mutação. Vidal-Naquet mostra, de forma magistral, como se formam os mitos e como continuam a ocupar lugar de destaque em nossa época. 
Pedro Paulo A. Funari
Professor-titular do Departamento de História da Unicamp e coordenador do Núcleo de 
Estudos Estratégicos (NEE/Unicamp)


Cidade perdida de Atlântida emerge em livro Em Timeu e Critias, Platão narra a terrível, mas 
eletrizante história de como um irado Zeus submergiu a fabulosa Atlântida. Nascia, nesses escritos, um mito duradouro, que atravessou a Antigüidade, a Id
ade Média e o Iluminismo para ainda hoje despertar a imaginação dos homens que debatem as mais variadas interpretações 
possíveis sobre o desaparecimento da misteriosa ilha. Grande parte dos textos sobre a história é revelada, nesta análise de escritos de filósofos, pensadores e historiadores de 360 a.C até o século XX. Pierre Vidal-Naquet constrói uma narrativa erudita que jamais deixa de ser agradável,mostrando domínio da história antiga, moderna e contemporânea, e estabelecendo suas conexões com a política e o imaginário social. Apresenta, ainda, um conjunto fascinante de imagens, assim como passagens de inúmeros autores, traduzidos e comentados. As percepções populares mesclam-s
e às abordagens científicas, em um caleidoscópio original e sempre em 
mutação. 


Sobre o autor - Pierre Vidal-Naquet (1930 - 2006) 
era historiador francês, especializado na Grécia Antiga. 
Escreveu Mito e Tragédia na Grécia Antiga, O mundo de 
Homero, além de sua autobiografia. Intelectual engajado, 
membro do Partido Comunista, lutava a favor dos direitos 
do homem e contra a prática da tortura. 

um lançamento

Da Cabula


Da Cabula
Autor - Allan da Rosa

Nº de Páginas - 96

Filomena da Cabula não agüenta mais ser empregada doméstica e passar humilhação. O patrão desdenhava de sua vontade de aprender a ler e escrever. Por isso, ela pede as contas e segue seu desejo: ter um canto pra morar e um negocinho só seu.

Uma barraca pra vender quinquilharias, a condução lotada e demorada e seu quarto-e-cozinha. Essa é a vida nova de dona Filó, que é movida pelo sonho de aprender a ler e escrever. Nos sonhos, ela realiza seu desejo visceral e a urgência de fazer poesia e criar uma história. Na escrita, constrói outra história para si e para seus familiares. Para Filomena, só lhe resta a liberdade vivida nessa redação imaginária, que pontua seu cotidiano.


Dona Filomena da Cabula, mulher negra do povo, dona do sonho e do direito de aprender, é a protagonista desta peça teatral de Allan da Rosa. Com este texto, o autor ganhou o II Prêmio Nacional de Dramaturgia Negra Ruth de Souza.



UM LANÇAMENTO

Coro da Camerata faz homenagem ao compositor Bernstein, no fim de semana


Sob a regência de Ricardo Bologna, o coro apresenta “West Side Story” e “Chichester Psalms”, com a participação de meninos cantores. No programa também a estréia mundial da obra “Tecendo a Manhã”, de Eduardo Guimarães Álvares.



Um concerto com múltiplas atrações marca a agenda musical do fim de semana. Na sexta-feira (3), às 20h, e no sábado (4), às 18h30, na Capela Santa Maria – Espaço Cultural, o Coro da Camerata Antiqua de Curitiba, sob a regência do maestro Ricardo Bologna, faz apresentações em homenagem aos 90 anos de nascimento de Leonard Bernstein (1918 – 1990). O programa conta com a participação do grupo paulista Percorso Ensemble e dos meninos cantores Matheus de Castro Okraska e Leonardo Adamante, além da estréia mundial da obra Tecendo a Manhã, de Eduardo Guimarães Álvares.

O repertório escolhido para o concerto, dentro da temporada 2008 de espetáculos do Coro da Camerata Antiqua de Curitiba, sob o patrocínio da Volvo, exigiu uma preparação especial. Os solistas Matheus de Castro Okraska e Leonardo Adamante, de 12 anos de idade, são integrantes do grupo Canarinhos de Campo Largo e foram selecionados por meio de uma audição. Os meninos receberam orientação do maestro Théo de Petrus e terão participação importante na obra Chichester Psalms, de Leonard Bernstein, ao lado de Ana Vargas (soprano), Mirta Schmitt (contralto), Alexandre Mousquer (tenor) e José Brazil (baixo).

A homenagem a Leonard Bernstein, compositor norte-americano que rompeu fronteiras entre a cultura erudita e a popular, completa-se com a execução da peça West Side Story – Medley. O programa prossegue com a famosa composição do também norte-americano Samuel Barber, Adágio para cordas, Op 11 (transcrita para Coro misto), e a estréia mundial da obra Tecendo a Manhã, do compositor paulista Eduardo Guimarães Álvares, que exibe no currículo diversos prêmios, além da criação e comando de espetáculos de música cênica. Nessa obra, Álvares trabalhou sobre poema de João Cabral de Melo Neto.

O evento musical conta ainda com o grupo Percorso Ensemble, formado pelos instrumentistas Diogo Maia (clarineta), Douglas Kier (violoncelo), Liuba Klevtsova (harpa), Sérgio Carvalho (órgão), Elizabeth Fadel (piano) e Alfredo Lima (percussão), integrantes da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP). Criado em 2002, o grupo apresenta-se com formação variada, podendo ir de um simples duo até uma pequena orquestra.

O Percorso Ensemble tem por objetivo divulgar obras dos séculos XX e XXI, com ênfase nas primeiras audições mundiais, além de desenvolver trabalhos que envolvem outras formas artísticas, como a dança, teatro, meios eletrônicos e multimídia. Com várias apresentações no currículo, o grupo gravou o primeiro CD em 2007, sob o título “Berio +”, e prepara o lançamento do segundo, com obras de jovens compositores brasileiros.



O maestro – Nascido em São Paulo, Ricardo Bologna obteve o mestrado em 1995, no Conservatório de Música de Genebra (Suíça), junto com o “Prêmio de Virtuosidade”. Em 1997, terminou a especialização em Marimba, no Conservatório de Rotterdam (Holanda), no único curso voltado exclusivamente ao ensino desse instrumento. Como regente, estudou em Genebra, com o maestro Laurent Gay (99); no Rio de Janeiro, com o maestro Roberto Duarte (2000-01); e em São Paulo, com o maestro Ronaldo Bologna.

Em 1990, Ricardo Bologna fundou o Duo Contexto (de percussão), com o percussionista Eduardo Leandro. Com várias premiações, desde 1999 o duo vem realizando concertos na Europa, Estados Unidos e América Latina, ao lado da flautista Verena Bosshart, especializada no repertório contemporâneo. Vencedor do I Concurso Nacional Eleazar de Carvalho para Jovens Regentes (2002), Bologna fundou naquele mesmo ano o grupo Percorso Ensemble, do qual é regente e diretor artístico. Atua também como percussionista da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e professor no Departamento de Música da ECA-USP.



Os meninos cantores – O concerto do Coro da Camerata Antiqua de Curitiba, neste fim de semana, tem a participação dos contraltos solistas Matheus de Castro Okraska e Leonardo Adamante. Nascido em Campo Largo (PR), em 1996, Matheus iniciou os estudos musicais com oito anos de idade, aplicando-se nas aulas de teoria, técnica vocal e flauta doce com o maestro Théo de Petrus, regente dos Canarinhos de Campo Largo. Hoje, paralelamente às atividades de canto-coral, continua o aperfeiçoamento em flauta doce com o professor Geovani Dallagrana.

Também de Campo Largo (PR), onde nasceu em 1995, Leonardo Adamante tem o mesmo histórico musical de Matheus, tendo se iniciado na música aos oito anos, com ênfase em teoria, técnica vocal e flauta doce, também sob a orientação do maestro Théo de Petrus. O menino une o canto-coral aos estudos de violino, com o professor John Théo, e flauta doce com o professor Geovani Dallagrana. Leonardo participa também do Quinteto de Flautas Doce do Instituto de Canto e Música São Domingos Sávio.



Serviço: Concerto do Coro da Camerata Antiqua de Curitiba, com o patrocínio da Volvo. Apresentações sob a regência de Ricardo Bologna, com a participação dos meninos cantores Matheus de Castro Okraska e Leonardo Adamante, na homenagem ao compositor Leonard Bernstein. O evento conta, ainda, com o grupo paulista Percorso Ensemble e a estréia mundial da peça Tecendo a Manhã, de Eduardo Guimarães Álvares.

Datas e horários: 3 outubro de 2008 (sexta-feira), às 20h, e 4 de outubro de 2008 (sábado), às 18h30 Local: Capela Santa Maria – Espaço Cultural (Rua Conselheiro Laurindo, 273 – Centro – telefone: 3321-2840) Ingressos: R$10 ou R$5 (mais um quilo de alimento não perecível)