Autor Felipe Sant’Angelo e diretor Bruno Guida retomam parceria de sucesso em
"O Silêncio que veio do Céu"
Texto parte de um amor proibido para provocar a Igreja.
Humor extremamente corrosivo permeia as
revelações bombásticas e as reviravoltas típicas dos melodramas.
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Estreia dia 1º de julho no Teatro João Caetano
Sem papas na língua, o irreverente dramaturgo Felipe Sant’Angelo volta a trabalhar com o diretor Bruno Guida em seu novo, e polêmico, trabalho: "O silencio que veio do céu”, uma blasfêmia melodramática.
O amor proibido de um padre por uma órfã é ponto de partida para uma história que se desenrola de forma surpreendente, com as revelações bombásticas e as reviravoltas típicas dos melodramas, mas com um humor extremamente corrosivo e provocador sobre os dogmas da Igreja e da religião.
A montagem de "O silencio que veio do céu” é o primeiro trabalho que o diretor Bruno Guida realiza após uma temporada em Paris, na França, onde pesquisou o gênero Melodrama com o especialista e mestre Philippe Gaulier.
Guida e Felipe Sant’Angelo trabalharam juntos em 2005 na peça "Antunes ou Seis atrizes em busca de uma personagem principal", um sucesso no underground paulistano com 4 temporadas e remontagens em escolas de teatro.
O resultado deste novo encontro, desta polêmica religiosa melodramática, pode ser visto a partir do dia 1º de julho, no Teatro João Caetano. E que venham as palavras do céu.
Sinopse
Uma criança é abandonada por sua desesperada mãe em uma igreja. Encontrada por Padre Paulo, ela é batizada Maria de Nazaré, e torna-se uma pessoa cheia de bondade e fé. O problema é que Padre Paulo desenvolve por ela um amor que não é apenas de pai e filha e não consegue conter seus mais baixos instintos. As conseqüências dessa relação proibida são trágicas e abalam a fé dessa paróquia.
Sobre o autor
Felipe Sant’Angelo já teve textos publicados nas revistas da MTV, Entrelivros e na Folha de S. Paulo. Escreveu suas primeiras obras sob o pseudônimo Waldemar Neves, e recebeu a mostra "Trilogia Imunda de Waldemar Neves" no CCSP em 2007. Lançou o livro de contos "Inspetor Tavares - cada caso e um caso" e ganhou o concurso "Nelson Rodrigues" de contos na FLIP 2007. Foi dramaturgo do grupo IVO 60 e escreveu e dirigiu o premiado curta "Nossos Parabéns ao Freitas", sucesso em festivais de cinema e no youtube. Mais sobre o autor: http://felipaoms.wordpress.com/
Serviço
"O Silêncio que veio do Céu”
blasfêmia melodramática de Felipe Sant’Angelo
ESTRÉIA: 1º de julho
TEMPORADA: De 1º a 24 de julho. Sextas e sábados, 21h, domingos, 19h.
LOCAL: Teatro João Caetano - Rua Borges Lagoa, 650 - Vila Clementino - São Paulo / SP
TELEFONE: (11) 5573.3774 e 5549.1744
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos
DURAÇÃO: 50 minutos
LUGARES: 438
INGRESSOS: R$ 10,00 inteira, R$ 5,00 meia
BILHETERIA: de terça a domingo, das 14h às 19h30.
Em dias de espetáculos, a bilheteria funciona até 20 min após o início da sessão.
Ou pelo tel. 4003-2050 (Ingresso Rápido) ou pelo site www.ingressorapido.com.br
Ar condicionado/ acessibilidade parcial
Ficha Técnica
TEXTO: Felipe Sant’Angelo
DIREÇÃO: Bruno Guida
ELENCO: Ana Nero, Ernani Sanchez, Gabriela Caraffa, Marcelo Selingardi, Rennan Winnubust
CENOGRAFIA: Rennan Winnubus
sexta-feira, 17 de junho de 2011
evento - teatro - 1º/7 ESTREIA O SILÊNCIO QUE VEIO DO CÉU
Notícia - Volta do diploma não é de interesse da imprensa
"Volta do diploma não é de interesse da imprensa", critica político
Após quase dois anos da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que extinguiu a obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo, a imprensa pouco tem falado do assunto. “A volta do diploma não é de interesse da imprensa, não é interesse jornalístico. Os jornalistas cobrem tudo, mas não falam da situação deles”, critica o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), autor da PEC 386/09, que pede a volta da exigência da graduação específica em jornalismo.
De acordo com o parlamentar, a proposta só foi aprovada em todas as Comissões da Câmara pelo barulho nas redes sociais, nas faculdades de jornalismo e pelo trabalho nas bases políticas.
O deputado também critica a postura dos jornalistas e veículos de comunicação que não se sentem parte da questão. “O jornalista que está no mercado acredita que não é um problema para ele e existe a pressão das empresas também. O pano de fundo por trás de tudo isso é a questão da força econômica. Os grandes grupos de comunicação - que cada vez mais diversificam suas atividades, abrem seus capitais - a informação é uma mercadoria como qualquer outra, igual ao cara que vende laranja, vendo atum, vende feijão. Eles vendem informação”.
Pimenta acredita que nesses quase dois anos da queda do diploma, que serão completados nesta sexta-feira (17/6), muitas questões devem ser respondidas. “Aumentou a liberdade de expressão?, o sigilo da fonte será para todos? E como ficará o credenciamento dos jornalistas na Copa e Olimpíadas aqui no Brasil, já que todos podem ser jornalistas?”, questiona.
A expectativa do deputado é que a PEC possa ser votada até o final deste ano, trazendo novamente a exigência do diploma para o exercício da profissão. Outra PEC, a 33/09, de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), aguarda para ser votada no Senado.
escreveu Izabela Vasconcelos do Comunique-se
ATENÇÃO - ultimo dia
TERMINAM NESTA SEXTA-FEIRA (17) AS INSCRIÇÕES PARA EDITAIS DA CAIXA DE PATROCÍNIO À CULTURA
Serão patrocinados projetos culturais em teatro, dança, música, artes plásticas, artesanato e festivais
Os interessados em receber patrocínio cultural da Caixa Econômica Federal têm até às 23h59min de sexta-feira (17) para se inscrever nos três editais de apoio a projetos culturais para 2012, no sítio da CAIXA Cultural, www.caixa.gov.br/caixacultural ou no hotsite dos editais, www.ccinscricaodeprojetos.com.br. Os programas são: Ocupação dos Espaços da CAIXA Cultural, de Apoio ao Artesanato Brasileiro e de Festivais de Teatro e Dança.
As inscrições para os projetos de todos os programas são feitas exclusivamente por meio de formulário eletrônico. Todas as informações necessárias para a inscrição estarão disponíveis no regulamento de cada programa, no sítio da CAIXA Cultural. Somente as inscrições preenchidas corretamente serão acatadas, não sendo aceitos projetos enviados pelos Correios ou por quaisquer outros meios.
As dúvidas relacionadas aos regulamentos deverão ser encaminhadas para a CAIXA, por meio da ferramenta Fale Conosco, disponibilizada no sítio de inscrições de projetos, e também através do número 0800-727-0241, de segunda a sábado, de 8h às 20h. Os resultados de todos os editais serão divulgados até o dia 31 de outubro de 2011, no sítio da CAIXA Cultural.
O Programa de Ocupação dos Espaços da CAIXA Cultural selecionará projetos para a formação das pautas a serem realizadas no período de março de 2012 a fevereiro de 2013, nas unidades da CAIXA Cultural localizadas em Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. O valor máximo de patrocínio por projeto será de R$ 300 mil.
Os projetos para ocupação dos espaços podem ser nas áreas de artes visuais (fotografia, escultura, pintura, gravura, desenho, instalação, objeto, vídeo-instalação, intervenção e novas tecnologias ou performances), artes cênicas (teatro, dança e performance de palco), música e cinema. Além destas modalidades, estão contempladas ainda palestras, encontros, cursos, workshops, oficinas e lançamento de livros.
O Programa CAIXA de Apoio ao Artesanato Brasileiro selecionará projetos a serem realizados ao longo de 2012 que visem ao desenvolvimento de comunidades artesãs e à valorização do artesanato tradicional e da cultura brasileira, contemplando várias etapas do processo produtivo. Em 2012, o valor máximo de patrocínio por projeto será R$ 50 mil.
O Programa CAIXA de Apoio a Festivais de Teatro e Dança selecionará projetos de festivais de teatro e dança que acontecerão em todo o território nacional, no período de janeiro a dezembro de 2012. O valor máximo de patrocínio por projeto será de R$ 200 mil.
Projetos realizados em 2011
Em 2010, a CAIXA lançou os regulamentos para seleção de projetos que estão acontecendo desde o início de 2011, perfazendo um investimento total de R$ 33 milhões, com recursos próprios. No Programa CAIXA de Apoio a Festivais de Teatro e Dança, foram selecionados 54 projetos, representando um investimento total de quase R$ 3,7 milhões. No Programa CAIXA de Apoio ao Artesanato Brasileiro, 26 selecionados, num investimento de R$ 600 mil. O Programa de Ocupação dos Espaços da CAIXA Cultural soma mais de R$ 26 milhões em investimentos, destinados aos 330 projetos selecionados.
Esses números retratam o diálogo permanente que a CAIXA mantém com as raízes culturais brasileiras, fomentando a diversidade e patrocinando a realização de eventos em seus espaços.
SERVIÇO
Editais de Patrocínio à Cultura
Os editais estarão disponíveis no sítio da CAIXA Cultural, www.caixa.gov.br/caixacultural~www.ccinscricaodeprojetos.com.br
evento - teatro - A peça “Bruta Flor”
A peça “Bruta Flor” passeia pelos estágios do amor e da dor na CAIXA Cultural
Espetáculo teatral apresenta reflexões sobre temas universais como o amor e o abandono
A CAIXA Cultural apresenta o espetáculo “Bruta Flor”, de 17 a 19 de junho, do texto original e inédito “De como fiquei bruta flor – espasmos literários de um coração desvairado”, de Claudia Schapira. A peça conta a jornada de uma mulher que busca si mesma, abordando o amor e o abandono numa linguagem lírica, por meio de uma encenação com uma estrutura de jogo épica. Dirigido por Cibele Forjaz, tendo Cris Lozano e Lucienne Guedes no elenco, ”Bruta Flor” é o resultado do encontro artístico de integrantes de diferentes grupos teatrais de São Paulo (Cia. Livre, Cia. 8 Nova Dança, Cia. São Jorge de Variedades e Núcleo Argonautas).
O espetáculo fala sobre o amor e o difícil processo de separação. O texto foi escrito como um poema teatral pela dramaturga, com base em sua obra “De como fiquei bruta flor – espasmos literários de um coração desvairado”, e é a base do jogo que compõe a peça. As duas atrizes se revezam na representação de uma pessoa abandonada, que deve passar por dez estágios antes de recomeçar e reencontrar o amor.
“Bruta Flor” é uma peça destinada a todos aqueles que já viveram um grande amor. A idéia nasceu do desejo de criar uma cena de potência dramática capaz de traduzir a poética da dramaturga Claudia Schapira, que há alguns anos desenvolve sua premiada dramaturgia.
A força da linguagem corporal é essencial para esta montagem, especialmente por se tratar de um texto de natureza poética. Todos os elementos da cena são enredados em um jogo de teatralidade explícita, que dá suporte à forte experiência emocional vivida pelas atrizes. O sentido final do espetáculo é descoberto pelo compartilhamento com a plateia de um universo de extrema intimidade, gerando ao mesmo tempo memórias pessoais, fortes emoções e a reflexão sobre o amor e seus sentidos, para cada um dos presentes.
Ficha Técnica
Atrizes-jogadoras: Lucienne Guedes e Cris Lozano
Atrizes Criadoras: Lucienne Guedes, Mariana Senne e Cris Lozano
Coreografia e preparação corporal: Lu Favoreto
Preparação vocal: Andrea Drigo
Trilha Sonora: Eugenio Lima e Andrea Drigo
Vídeo: Tatiana Lohmann
Luz: Alessandra Domingues e Cibele Forjaz
Figurino: Claudia Schapira
Dramaturgia: Claudia Schapira
Direção: Cibele Forjaz
Duração: 90 minutos
Serviço
Teatro: Bruta Flor
Local: Teatro da CAIXA – Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Curitiba/PR
Data: de 17 a 19 de junho
Hora: sexta e sábado 21h e domingo 19h
Ingressos: R$10 e R$5 (meia – conforme legislação e correntista CAIXA)
Bilheteria: (41)2118-5111(de terça a sexta, das 12 às 19h, sábado e domingo, as 16 às 19h)
Classificação etária: Não recomendado para menores de 12 anos
Lotação máxima: 125 lugares (02 para cadeirantes)
www.caixa.gov.br/caixacultural
evento - musica -show acústico de Lucas Santtana
CAIXA Cultural apresenta o show acústico de Lucas Santtana
A apresentação comemora os 10 anos de carreira do cantor
A CAIXA Cultural apresenta, de 24 a 26 de junho, o cantor Lucas Santtana em um show acústico que comemora 10 anos de carreira. No repertório estão músicas de seu último disco, “Sem Nostalgia”, e composições significativas da sua trajetória, como “Amor em Jacuma”, “Cira Regina e Nana” e “Mensagem do Amor”. Regis Damasceno (Violão - Cidadão Instigado e Mr. Spaceman) e Bruno Buarque (Percussão - Céu e Barbatuques), acompanham Lucas no palco.
O músico soteropolitano trabalhou como instrumentista com Gilberto Gil (gravou o álbum “Unplugged”, tocando flauta e saxofone), Marisa Monte (no álbum “Memórias, Crônicas e Declarações de Amor”, na guitarra e no violão) e Chico Science (em “Afrociberdelia”). Além disso, Lucas teve composições gravadas por Fernanda Abreu, Daniela Mercury, Adriana Calcanhoto, pela própria Marisa Monte, entre outros.
Lucas declara não possuir rótulos para seu estilo. “Não classifico meu som. É uma mistura de muitas coisas”, afirma. É uma mistura de tudo que gosta, transitando com facilidade entre o chorinho e o rock. Nasceu em meio à uma efervescente cena musical baiana, sendo parte de sua história o tropicalismo e as experiências musicais dos Novos Baianos. Filho do produtor musical Roberto Santtana e primo de Tom Zé, Lucas tem em seu currículo os discos “Eletro Bem Dodô” (2000), “Parada de Lucas” (2003), “3 Sessions in a Greenhouse” (2006) e “Sem Nostalgia” (2010). Suas composições explicitam a ligação com a música popular brasileira, com influências do afrobeat, dance, música eletrônica, dub e o funk carioca.
O músico ministra ainda um workshop no dia 25 de junho, sábado às 16h. Lucas fala sobre as mudanças no atual mercado da música, as razões dessas mudanças e de que maneiras os jovens músicos podem produzir e divulgar os seus trabalhos nesse novo meio em construção.
Serviço
Música: Show acústico de Lucas Santtana
Local: CAIXA Cultural – Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Curitiba/PR
Data: de 24 a 26 de junho
Hora: sexta e sábado 21h e domingo 19h
Ingressos: R$10 e R$5 (meia – conforme legislação e correntista CAIXA)
Bilheteria: (41)2118-5111(de terça a sexta, das 12 às 19h, sábado e domingo, as 16 às 19h)
Classificação etária: Livre para todos os públicos
Lotação máxima: 125 lugares (02 para cadeirantes)
www.caixa.gov.br/caixacultural
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Lançamento -Mais Aventuras do Menino com Monstros nos Dedos
Mais Aventuras do Menino com Monstros nos Dedos
de Almir Correia e
ilustrado por
Victor Tavares
Assunto: os medos infantis abordados com humor.
Interdisciplinaridade: Psicologia, Língua Portuguesa, Literatura e Arte.
Transversalidade : afetividade, identidade e autonomia e ética e cidadania.
Proposta: cada criança desenha um personagem misterioso ou horripilante em uma folha de papel. Em seguida, redige falas para esses personagens. Após isso, apresenta o personagem ao conjunto da turma e reproduz oralmente as falas do personagem, interpretando-o.
Indicação: séries iniciais e intermediárias do Ensino Fundamental
O menino com monstros nos dedos volta para mais uma aventura. Desta vez, Rico enfrentará uma caçada para derrotar doze cópias de si mesmo, Chega a conclusão que viver no mundo da fantasia pode ser perigoso, mas é muiiiiiiiiitooooooo mais divertido.
Lançamento - Arte - Contando a Arte
Contando a Arte - Ferreira
Contando a Arte - Dalmau
42 páginas
Uma obra de arte é como um texto. Tem suas belezas e seus mistérios.
Para desfrutarmos dessas belezas e desvendarmos esses mistérios, precisamos compreender o alfabeto por meio do qual esse texto é escrito – esse alfabeto que é feito de cores e formas. Esta série CONTANDO A ARTE oferece ao leitor uma forma simples, prazerosa e eficiente de aprender a ler as obras de arte, por meio de reproduções de excelente qualidade e de textos críticos que chamam a atenção para a beleza das formas e cores, esclarecendo alguns dos muitos segredos escondidos nos quadros e esculturas dos mais importantes artistas brasileiros.
Com isso, tanto habilidades de leitura do texto visual, quanto aquelas relacionadas ao texto escrito mais sofisticado – o texto crítico – são mobilizadas simultânea e articuladamente. Comparando o texto verbal com as belas reproduções das obras de arte, ambos no espaço da mesma página, o leitor desenvolverá a um só tempo sua percepção e acuidade visual, suas habilidades de leitor do texto verbal e suas habilidades críticas, propiciadas pelo exercício comparativo.
Lançamento - LIÇÕES DE SADE de Eliane Robert Moraes
LIÇÕES DE SADE
de Eliane Robert Moraes
No de Paginas:
164
Dotados de rara clareza, os ensaios de Eliane Robert Moraes configuram um olhar que privilegia a força imaginativa de Sade.
Publicada na clandestinidade, sentenciada ao fogo, proibida ou censurada, a obra do marquês de Sade restou condenada ao silêncio por quase dois séculos. Até hoje - quando o escritor "maldito" parece ter cedido vez ao "clássico" -, a indomável ficção sadiana ainda dá margem a especulações que, não raro, desembocam em equívocos. Desvios de tal natureza costumam reduzir o autor à idéia de sadismo, ora incorporada por discursos científicos, ora explorada pelo mercado. Visões comprometidas, sobretudo se prescindem da leitura atenta do mestre de todas as libertinagens. Nada mais oportuno, portanto, do que voltar às raízes do pensamento e da vida do polêmico marquês para compreender a trama perversa do seu imaginário - tão difícil de ser qualificado. Dotados de rara clareza, os ensaios de Eliane Robert Moraes configuram um olhar que privilegia a força imaginativa de Sade. Propositor de um erotismo sem precedentes, o criador da "Sociedade dos Amigos do Crime" funda um domínio único de expressão literária, marcado pelo excesso, cujos personagens devem ser compreendidos para além de qualquer alusão realista. Procurando contemplar essa visão, as reflexões aqui apresentadas circulam entre a literatura, a filosofia e a história, voltando atenção especial aos detalhes que constituem a impressionante arquitetura erótica proposta pelo escritor francês. Por isso mesmo, justifica-se o destaque dado a temas inesperados como as sociedades secretas da libertinagem, a alimentação dos devassos, ou a paisagem noir dos castelos do deboche. Essa diversidade também está presente nos comentários sobre as repercussões da obra sadiana, que constituem verdadeiro testemunho do seu efeito perturbador. Da exaltação do "divino marquês", promovida pelos surrealistas, às reflexões que lhe dedicaram Octavio Paz ou Roland Barthes, o que se percebe é a notável e seminal influência da imaginação libertina sobre muitos autores que lhe sucederam. Lidos em conjunto, os textos de Lições de Sade expõem o aprendizado de uma leitora exigente, que vem freqüentando a literatura libertina há duas décadas. Eliane Robert Moraes, dotada de estilo sagaz e elegante, revela uma sintonia fina com os ensinamentos sintetizados na frase de um dos mais lascivos personagens do marquês: "Toda a felicidade do homem está na imaginação". O mesmo vale para os leitores destas lições.
Leia um trecho do livro sobre o escritor francês publicado pela editora Iluminuras
O ponto de partida do ateísmo de Sade é o desamparo humano. Ninguém nasce livre; o homem, lançado ao mundo como qualquer outro animal, está “acorrentado à natureza”, sujeitando-se como um “escravo” às suas leis; “hoje homem, amanhã verme, depois de amanhã mosca” -tal é a condenação que paira sobre a “infeliz humanidade”. Ciente de que as religiões nascem desse sofrimento, o devasso sadiano prefere admiti-lo sem escapatórias para elaborar seu sistema. “Não bastará dar uma olhada em nossa miserável espécie humana, para melhor nos convencer de que nada nela anuncia a imortalidade?”, conclui ele no opúsculo “Do Inferno”. Contudo, como se antecipasse a célebre fórmula gramsciana -“pessimismo da razão, otimismo da ação”-, o libertino procura superar esse desamparo primordial explorando os prazeres do corpo até suas derradeiras potencialidades. A volúpia, ensina o devasso do “Diálogo” ao padre, é “o único modo que a natureza oferece para dobrar ou prolongar tua existência”. Apenas ela pode substituir a consolação que a promessa de vida eterna encerra para atenuar o sofrimento humano, assegurando ao ateu uma outra forma de permanência no mundo. “Tens a loucura da imortalidade?”, pergunta Madame de Saint-Ange a Eugénie em “La Philosophie dans le Boudoir”, lembrando que só o desregramento dos sentidos pode perpetuar o homem no universo. Sem a ilusão de encontrar outro mundo depois de morto, o moribundo do “Diálogo” transforma seu leito de morte em palco do prazer, onde a sensação de imortalidade deixa de ser uma quimera para alcançar o status de experiência. Fantasia derradeira que se produz no corpo do devasso, essa experiência cumpre o que a religião mantém apenas como promessa, realizando a sua loucura. Ao padre, uma vez convertido à libertinagem, resta a tarefa de dar continuidade -de corpo e alma- à subversão das leis humanas e divinas. Eis o que Sade chamará mais tarde, ao escrever “Justine”, de “o triunfo da filosofia”.
A AUTORA
Eliane Robert Moraes
É crítica literária e professora de estética e literatura na PUC-SP e no Centro Universitário Senac-SP. Publicou, entre outros, "Sade - A Felicidade Libertina" (Imago), "O Corpo Impossível" (Iluminuras/Fapesp, 2002) e "Lições de Sade - Ensaios Sobre a Imaginação Libertina" (Iluminuras, 2006).
É professora de Literatura Brasileira no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da FFLCH da Universidade de São Paulo (USP), onde se graduou em Ciências Sociais (1984), e defendeu mestrado (1990) e doutorado (1996) em Filosofia. Foi professora titular da Faculdade de Comunicação e Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e também atuou como professora e pesquisadora visitante nas universidades da California em Los Angeles (UCLA, USA), de Perpignan Via Domitia (FR) e Nova de Lisboa (PT). Suas pesquisas concentram-se na interface entre Literatura e Erotismo e atualmente se dedica a investigar a erótica literária brasileira.
UM LANÇAMENTO
Lançamento - Perseverança de Margaret J. Wheatley
de Margaret J. Wheatley
Neste livro inspirador e ricamente ilustrado (que logo se tornou um best seller nos EUA, entrando para a lista dos mais vendidos do New York Times), Margaret Wheatley, uma das mais renomadas ativistas e pensadoras da atualidade, orienta o leitor a superar desafios onde quer que eles se encontrem: na vida pessoal, no trabalho, espiritualmente. Ela busca sempre oferecer uma nova visão: transformar o caos vigente em beleza e superação.
A ideia de escrever a obra surgiu após Margaret ter recebido uma mensagem de texto de uma amiga (na época responsável por uma organização sem fins lucrativos no Golfo do México), após a passagem do furacão Katrina. Ela a fechava com a seguinte afirmação: todo dia eu faço uma escolha consciente de não desistir.
Perseverança é composto de uma série de ensaios curtos e autosuficientes, que podem ser lidos de um só fôlego ou escolhidos segundo o que atrair o leitor no momento. Complementando-os, há poemas e citações tiradas de diversas culturas e tradições do mundo e ao longo da História. Este não é um livro que aborda experiências de diversas pessoas; Margaret quer que o exemplo seja aquele que vier de seu leitor rumo à mudança, após a leitura de Perseverança.
Margaret J. Wheatley, renomada autora, pensadora e ativista da atualidade, discursa sobre Perseverança, tema de seu novo livro, publicado no Brasil pela Qualitymark Editora
UM LANÇAMENTO
Lançamento - Branca Como o Leite, Vermelha Como o Sangue
de Alessandro D'Avenia.
Leo é um garoto de dezesseis anos como tantos: adora o papo com os amigos, o futebol, as corridas de motoneta, e vive em perfeita simbiose com seu iPod. As horas passadas na escola são uma tortura, e os professores, imbecis.
Um romance sobre o ano mais intenso na vida de um jovem, em que ele aprende a lidar com os próprios sentimentos e, consequentemente, com seu amadurecimento.
Um traço interessante do livro é a técnica de utilizar cores para descrever os sentimentos e as sensações do menino Leo; por exemplo, o branco, sinônimo de solidão e silêncio.
Apesar de toda a rebeldia, ele tem um sonho que se chama Beatriz. E, quando descobre que ela está terrivelmente doente, Leo deverá escavar profundamente dentro de si, sangrar e renascer para a vida adulta que o espera.
Sucesso de crítica na Itália, sendo adotado em escolas e faculdades. Apesar de não ser um livro juvenil, tornou-se “queridinho” dos jovens, tanto dos meninos quanto das meninas.
midianews - Portal iG demite 30 profissionais das redações em SP e RJ
O portal iG demitiu 30 jornalistas nesta segunda-feira (13/6). Três profissionais de economia estão na lista dos colaboradores que foram desligados do site: Daniela Almeida, repórter da coluna Guilherme Barros; o editor Nelson Rocco; e a repórter Sabrina Lorenzi, da sucursal no Rio de Janeiro. Todas as vagas serão congeladas.
"A justificativa é que todos os provedores recebiam uma verba de conexão de banda larga do governo federal e essa verba foi cortada no inicio do mês de maio", informou uma fonte, que preferiu que sua identidade não fosse revelada. Segundo a informante, a receita do iG caiu 70% com o corte da tal verba.
De acordo com a fonte, com o corte, projetos que foram programados há um ano, entre a direção do veículo e a redação, foram extintos. Ainda conforme declarado pelo funcionário, haverá uma sobrecarga de trabalho para os jornalistas que permaneceram na empresa.
O presidente do iG, Pedro Ripper, divulgou uma nota aos funcionários em que diz que algumas decisões difíceis devem ser tomadas para garantir o crescimento do portal de forma sustentável.
A direção de jornalismo do portal iG foi procurada pelo Comunique-se, mas ainda não se manifestou sobre as demissões.
Leia a íntegra da nota enviada aos funcionários:
Equipe do iG,
Com o objetivo de continuarmos crescendo com rentabilidade de forma sustentável, mesmo após a mudança para o modelo de provedor gratuito, temos trabalhado duro para evoluir o modelo de negócio do iG.
No contexto desse movimento, algumas decisões difíceis se fazem necessárias. Mais do que um movimento isolado de gratuidade de um serviço que até então era pago, esta mudança marca um novo ciclo onde o iG gradualmente se desvincula do negócio de acesso e se foca exclusivamente no que é o seu futuro: serviços e conteúdos online.
Para tanto, nosso modelo de gestão precisa evoluir, balanceando resultados no curto, médio e longo prazo.
Amanhã, todos os executivos do iG estarão reunidos para compartilharmos o nosso planejamento para os próximos anos e discutirmos o que se espera de cada um de nós nesta jornada.
Abs,
Pedro Ripper.
evento - dança - Companhia Flutuante
Companhia Flutuante estreia o espetáculo de dança
FLUTUANTE
Depois de uma trajetória de solos, a diretora Letícia Sekito
assina coreografia para um trio.
O espetáculo é inspirado nas gravuras japonesas antigas Ukyio-ê
e discute a relação entre sensualidade e erotismo no corpo.
Estreia dia 5 de julho - 3 apresentações no Tuca
Dias 14, 15 e 16 de julho na Galeria Olido
Espetáculos Gratuitos
Flutuante é o novo projeto da companhia de dança homônima. Depois de uma trajetória de solos, a diretora Letícia Sekito assina esta coreografia para um trio, em que divide a cena com Priscila Jorge e Alex Ratton. A estreia acontece no dia 5 de julho, na Sala de ensaio do TUCA.
O espetáculo aborda e discute a relação entre sensualidade e erotismo no corpo. Ele procura aproximar a experiência do erotismo e do prazer ao público através da sensação de que podemos flutuar e usufruir de pequenos-grandes prazeres no nosso dia a dia.
A nova produção se inspira nas gravuras antigas japonesas, chamadas “Ukiyo-ê”, que retratam o universo idílico e fantasioso do “Mundo Flutuante”, do período histórico Edo (1603-1868). Além de ter tem como referências filmes que se conectam com o tema, como “Utamaru e suas 5 mulheres”, “Duplo suicídio em Amijima”, “O livro de cabeceira”, “Amor à flor da pele”, “Exótica”, entre outros.
A composição coreográfica é composta por quadros-cenas, que sugerem situações de relações íntimas de forma sutil e delicada, ampliando a noção do que pode ser sensual e/ou erótico no momento de encontro entre corpos, pessoas e paisagens.
Flutuante foi contemplado pelo 9º Edital do Programa Municipal de Fomento à Dança da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. A montagem do espetáculo tem caráter intimista e é direcionada para platéias com um número pequeno de pessoas, seguindo a proposta estética que vem sendo trabalhada pela Companhia Flutuante.
SERVIÇO
Flutuante
Temporada no TUCA
Estreia dia 5 de julho
Data: de 05 a 07 de julho
Horário: 20 horas
Local: Sala de ensaio do TUCA (3° andar) - Rua: Monte Alegre, 1024, Perdizes
Capacidade: 30 lugares
Classificação etária: 15 anos
Duração: 60 minutos
Espetáculo gratuito
Bilheteria abre 1 hora antes do espetáculo
Não será permitida a entrada do público após o início do espetáculo.
Após a estreia, no dia 05 de julho, haverá bate-papo com Marcela Canizo e lançamento do Making of de Cynthia Domenico.
Temporada na Galeria Olido
Data: de 14 a 17/07
Horário: de quinta a sábado 20h, domingo 19h
Local: Sala Paissandu - Avenida São João, 473, Centro
Capacidade: 30 lugares
Classificação etária: 15 anos
Duração: 60 minutos
Espetáculo gratuito
Bilheteria abre 1 hora antes do espetáculo
Não será permitida a entrada do público após o início do espetáculo.
Classificação etária: 15 anos
Duração: 60 minutos
Não será permitida a entrada do público após o início do espetáculo.
“Projeto contemplado pelo 9º Edital do Programa Municipal de Fomento à Dança”
Ficha Técnica
Projeto da Companhia Flutuante
Concepção e direção: Leticia Sekito
Performance: Alex Ratton, Leticia Sekito, Priscila Jorge
Cenografia: Suiá Burger Ferlauto
Figurino: Fernanda Yamamoto
Iluminação: Ligia Chaim
Trilha sonora ao vivo: Sandra Ximenez
Preparação Corporal: Alex Ratton, Ivan Marcos Okuyama Sensei, Leticia Sekito
Orientação teórica e consultoria cinematográfica: Marcela Canizo
Produção: Independente Produção e Arte / Vanessa Lopes
Assistente de produção: Maíra Silvestre
Fotos: Inês Corrêa
Making of: Cynthia Domenico/soma realizações
Identidade visual e design gráfico: Paula Viana
Apoio Cultural: Cantina e Pizzaria da Conchetta, Casa de Franciscos, Lado B Digital Filmes, LCM Bolas e Sala Crisantempo.
Agradecimentos: Ana Salles, Artistas da Flow On - mostra virtual de video, Caio Costa, Centro de Estudos Orientais, Jo Takahashi, José João Coelho Barbosa, Nirvana Marinho/Acervo Mariposa, Núcleo de Fomento à Dança, Mônica Siedler, Peti Costa, Roberto Freitas, Rogério Ortiz, Rosa Hércoles, Simona Mariotto e Solução Web.
Companhia Flutuante - www.companhiaflutuante.com
Criada e dirigida pela artista de dança contemporânea Letícia Sekito, de São Paulo – capital, a companhia desenvolve criações coreográficas, performances, vídeos-arte e ateliês de criação em dança contemporânea e encontros de improvisação/jam sessions. Há um interesse artístico em desenvolver trabalhos que envolvam a relação entre corpo e cultura, identidade e hibridismo cultural, como podemos ver na trilogia para solo composta por: "Disseram que eu era japonesa" (CCBB-2004), "E Eu disse:" (Rumos Dança Itaú Cultural 2007) e “O Japão está aqui?” (Exposição Tokyogaqui 2008), na performance “Experimento Portátil – uma ação sob encomenda” (2007/09) e “Instantâneo (2006/10). Recebeu prêmios brasileiros como Bolsa Rede Stagium 97, Proac 2006 e 2009, Rumos Dança Itaú Cultural 2006/07, Funarte Dança 2009 e Fomento Dança 2010. Companhia convidada da Bienal internacional do Porto Santo de 2011/Portugal. Entre 2004 e 2009, também recebeu apoio cultural da Fundação Japão/São Paulo para dar continuidade ao seu processo artístico.
Ela é flutuante porque:
é uma companhia que não possui um corpo de artistas estável, somente Letícia Sekito permanece em todas as suas ações, seja como diretora, coreógrafa e/ou dançarina, e, conforme o perfil do projeto incorpora diferentes artistas e colaboradores, como o dançarino, ator e diretor Alex Ratton, a atriz e performer Priscila Jorge, a cantora e compositora Sandra Ximenez, o sonoplasta Jorge Peña, a iluminadora Ligia Chaim, a artista e produtora Cynthia Domenico, a cenógrafa e bailiarina Suiá Burger Ferlautto, os fotógrafos Gil Grossi e Inês Correa, a video artista Kika Nicolela, a produtora Vanessa Lopes, a pesquisadora Marcela Canizo e o professor de Aikidô Ivan Marcos Okuyama;
é uma companhia independente que fica sujeita as flutuações do mercado econômico-financeiro;
é uma companhia que se interessa pelo hibridismo cultural, se inspira em elementos estéticos japoneses e no “Mundo Flutuante”, onde o corpo, o prazer, a fruição do momento e a imaginação ocupam um espaço significativo nas suas reflexões e produções artísticas.
ROSA COMPARADO
Brasileiro radicado nos EUA analisa obra de Guimarães Rosa em diálogo com nomes como Faulkner, Calvino e Tolstoi
Itamar Rigueira Jr. - Boletim UFMG
“Os textos literários verdadeiramente inovadores resistem às obsessões individuais e aos contextos locais que os originaram, ao mesmo tempo em que se inserem numa série histórica na qual, inevitavelmente, introduzem transformações”, afirma Luiz Fernando Valente, professor da americana Brown University. Segundo ele, é essa dialética entre a tradição e o talento individual – nas palavras de T.S. Eliot –, e não a ênfase em supostas características permanentes da chamada condição humana, que torna universais as grandes obras e justifica a prática comparativa.
Valente se refere ao trabalho que acaba de publicar, pela Editora UFMG: Mundivivências: leituras comparadas de Guimarães Rosa. Resultado de mais de três décadas de reflexão sobre a obra do escritor mineiro, o livro parte de conceitos estabelecidos por Valente para propor um diálogo entre vários textos de Rosa e obras de William Faulkner, Ítalo Calvino, Leon Tolstoi, Carl Jung e Paul Ricoeur.
“A obra de Guimarães Rosa, produto de sua vasta cultura humanística, está enraizada na tradição literária e filosófica ocidental, com a qual dialoga autoconscientemente”, diz o pesquisador. “Não há, portanto, como não ler sua obra comparativamente.”
Para Luiz Fernando Valente, as narrativas de Guimarães Rosa rejeitam a literatura como mera representação e estimulam o leitor, por meio de intenso diálogo com o texto – que ele qualifica como “afetivo” –, a vislumbrar novas possibilidades e “estabelecer conexões inusitadas para além da racionalidade e da lógica”, como acontece de forma paradigmática com o conto A terceira margem do rio.
Nova abordagem
Nascido no Rio de Janeiro e educado entre o Brasil e os Estados Unidos, Luiz Fernando Valente conta que, entre seus estudos de graduação e pós-graduação, dedicou-se à leitura de Rosa e Faulkner, dois autores que sempre o intrigaram. Ao tempo em que se apaixonava por suas obras, chegava à conclusão de que o método estruturalista no qual havia sido treinado não dava conta dos dois autores. Na mesma época, descobriu as ideias de Wolfgang Iser, que “acenava com a possibilidade de um novo tipo de abordagem, centrada na resposta afetiva do leitor ao texto”. Dali saiu a tese de doutorado, desenvolvida na Brown University, e parte da base de sua prática crítica e interpretativa, alimentada também por teóricos como Paul Ricoeur e Dominick LaCapra.
Em Mundivivências, a partir de releitura dos prefácios de obras como Grande sertão: veredas e Tutameia, Valente define conceitos, como a “poética do diálogo”, fundamentais para a compreensão da obra rosiana. Ou seja, o arcabouço teórico e crítico do livro é construído de forma indutiva a partir dos próprios textos de Guimarães Rosa. Seguem-se, então, as análises envolvendo os autores estrangeiros.
Em apresentação para o volume, a professora da PUC-RS Regina Zilberman destaca que Valente posiciona Rosa “no centro da reflexão comparatista”, invertendo a “equação da dependência”, segundo a qual autores de países como o Brasil são investigados à sombra dos grandes escritores europeus e norte-americanos. “Fundamento em características e tendências da obra rosiana os confrontos com textos oriundos das tradições ‘centrais’”, completa Valente, professor de literatura brasileira e comparada, e diretor do Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros da Brown University.
Embora não pretenda deixar as pesquisas em torno do escritor de Cordisburgo, o brasileiro radicado no leste americano se dedica a temas como o relacionamento entre história e ficção e à história intelectual brasileira no século 20. Além disso, completa estudo sobre Euclides da Cunha, outro autor que sempre o fascinou e sobre o qual tem ensaios publicados.
Livro: Mundivivências: leituras comparadas de Guimarães Rosa
De Luiz Fernando Valente
Editora UFMG
QUÂNTICA sem mistério
Professores do Coltec lançam livro com experimentos científicos para iniciantes
João Kleber Mattos - Boletim UFMG
Com experimentos simples, como a construção de alarme de incêndio ou de controle remoto para pôr um pequeno motor em movimento, os professores Helder de Paula, Alfredo Luis Mateus e Esdras Alves revelam que a química e a física quântica podem ser bem menos misteriosas do que se supõe e abrem um largo horizonte para que professores e alunos de ciências conheçam melhor esse universo.
Algumas dessas possibilidades estão descritas no livro Quântica para iniciantes: investigações e projetos, recém-lançado pela Editora UFMG. Trata-se de material paradidático para ser usado nas salas de aula e feiras de ciência. “Com o livro, esperamos contribuir para que os alunos tenham mais motivação para aprender ciência. A experimentação está na alma das ciências”, argumenta Helder de Paula, professor de física no Coltec. Seu colega da área de química, Alfredo Luis Mateus, lembra que a obra contém diagramas e imagens que tornam a narrativa científica bem mais assimilável. “Nosso livro mostra a ciência no dia a dia, faz da quântica um conhecimento acessível.” O terceiro autor, Esdras Alves, é mestrando na Faculdade de Educação, professor de física e trabalha na produção de kits para experimentos destinados ao ensino de ciências.
O livro se divide em três partes. A primeira, Experimentos e investigações, apresenta conceitos como temperatura, corrente alternada e direta, condução de eletricidade e Diodo Emissor de Luz (LED). Já a segunda parte, Explicações e modelos, é composta de base teórica que busca explicar os fenômenos quânticos, enquanto a última, Projetos e aplicações, propõe aplicações tecnológicas. De acordo com os professores do Coltec, a obra foi escrita para alunos do ensino médio, mas pessoas de todas as idades e escolaridades podem se aventurar.
O trabalho dos três professores ainda se insere no rol de raridades pedagógicas no Brasil. “Ainda é bem incipiente o investimento em livros de experimentos”, afirma Helder de Paula, que critica cultura arraigada no Brasil segundo a qual “é possível aprender ciência só lendo e ouvindo”.
Quântica para iniciantes surgiu de um trabalho apresentado em 2007 no XVII Simpósio Nacional de Ensino de Física, realizado em São Luís, no Maranhão, e levado posteriormente a uma escola pública de Contagem, onde a prática nas salas de aula legitimou as atividades propostas pelos autores. Em 2008, eles criaram o Projeto Pontociência 2008, apoiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Trata-se de portal que abriga acervo digital com atividades práticas de Química, Biologia e Física.
Difração
Os professores contam que os materiais necessários para a realização dos experimentos são de baixo custo e fácil aquisição. “As peças podem ser compradas em lojas de produtos eletrônicos; em geral são muito baratas. Com R$ 5 e uma bateria simples, é possível movimentar um pequeno motor com controle remoto”, esclarece Helder de Paula.
Na parte interna de sua contracapa, o livro traz um pedaço de rede de difração, importada dos Estados Unidos, útil para realização de alguns projetos. Entre eles, a construção de um aparelho para analisar a luz. A proposta é montar um espectroscópio de papel-cartão a partir de molde disponível para download no site do pontociência. Por meio do dispositvo, o aluno poderá analisar a luz emitida por uma lâmpada incandescente, por uma chama e por LEDs.
O trio vai oferecer, a partir de julho, um curso de extensão (www.cursoseeventos.ufmg.br) para pôr em prática os experimentos propostos neste livro e no Química na cabeça, outra obra publicada pela Editora UFMG em parceria com o Pontociência. Os inscritos ganharão um exemplar de Quântica para iniciantes e terão à disposição todos os materiais para fazer as atividades.
Livro: Quântica para iniciantes: investigações e projetosDe Helder de Paula, Esdras Garcia Alves e Alfredo Luis Mateus
Editora UFMG
Obra lançada pela Editora UFMG tem análise inspirada no 'Artigo dos vaga-lumes', de Pasolini
Sobrevivência dos vaga-lumes, livro de Georges Didi-Huberman, é o novo lançamento da Editora UFMG. A partir do Artigo dos vaga-lumes, escrito por Píer Paolo Pasolini em 1975, o filósofo Didi-Huberman defende a sobrevivência da experiência e da imagem, estabelecendo conexões com o pensamento de outros intelectuais, especialmente com Giorgio Agamben.
Didi-Huberman é também historiador, crítico de arte e professor na École de Hautes Études em Sciences Sociales, de Paris. É autor das obras Ser crânio e O que vemos, o que nos olha.
Os vaga-lumes do título representam as diversas formas de resistência da cultura, do pensamento e do corpo diante das luzes ofuscantes do poder da política, da mídia e da mercadoria.
A visão apocalíptica de Pasolini, expressa em sua afirmativa “não existem mais seres humanos”, e a de Agamben, segundo o qual o homem contemporâneo está “desprovido de sua experiência”, constituem um dos eixos da discussão estabelecida por Didi-Huberman.
O autor também recorre à Imagem dialética, trabalho de Walter Benjamim, para demonstrar que a experiência ainda é possível no mundo contemporâneo. Com 160 páginas, o livro tem preço sugerido por R$ 32.
(Com assessoria de imprensa da Editora UFMG)
Tem post novo no Blog do Le-Heitor.
Tem post novo no Blog do Le-Heitor.
Heitor foi à livraria, encontrou um livro juvenil do Paul Auster, leu e conta tudo no seu blog: http://blogdoleheitor.
midianews - Conheça os fakes do Twitter que enganaram a imprensa
No começo de 2010, uma repórter da Rádio Jovem Pan noticiou que a apresentadora Hebe Camargo, na época internada para tratamento de um câncer, corria de cadeira de rodas pelo hospital, no entanto, era o que dizia o perfil falso da apresentadora no microblog (@hebecamargo).
Segundo Gustavo Braun, autor do perfil @nairbello, uma repórter da Globo chegou a perguntar se o perfil era verdadeiro. “Não vou citar nomes, mas depois disso fiquei sabendo que ela foi demitida”, contou.
Na metade de 2010, o perfil @matidefederico causou alvoroço entre a imprensa esportiva. Alguns portais como Lance!Net e GloboEsporte.com caíram na armadilha em que o falso perfil do jogador do Corithians, Matias Defederico, atualmente emprestado para o time argentino Independiente, não iria se encontrar com o técnico do River Plate, Angel Cappa, além de ter negado propostas de empréstimos para o Botafogo e Vitória.
Após a publicação das notícias, um estudante de história, autor do perfi, esclareceu o caso. "Bom, primeiramente perdão a todos, é q a coisa se tornou algo tão grande que foi difícil não continuar. (...) Só pra esclarecer, nunca quis tirar proveito desse twitter...apenas o usei para aumentar o carinho que todos vocês sentem pelo Defederico”.
No final do ano passado, foi a vez da assessoria de imprensa da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que confirmou à imprensa a veracidade do perfil @Bope_RJ, que criticava a cobertura da Globo e Record nos conflitos entre traficantes e policiais na Vila Cruzeiro, em novembro de 2010. Na realidade, o perfil era falso, e foi desmentido pela Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro.
Este mês, o UOL caiu no fake da apresentadora Ana Paula Padrão (@anapauIapadrao), após a jornalista confundir seu telejornal, o Jornal da Record, com o Jornal Nacional, da concorrente TV Globo. No perfil falso, a apresentadora dizia que colegas da Record riram de sua gafe.
evento - Lançamento da Agência de Imagens REVELAR Brasil
Mônica Maia e Armazém Piola convidam para a Festa de Lançamento
da Agência de Imagens REVELAR Brasil e abertura da galeria IMPRESSÕES
com uma exposição coletiva com 21 fotógrafos.
Entre eles: Patrícia Araujo, Marlene Bergamo,
Juan Esteves, Na Lata, Jéssica Mangaba, Daigo Oliva,
João Wainer e Lalo de Almeida."
dia 21 de junho, a partir das 20h, no Armazém Piola
A fotógrafa e editora de fotografia Mônica Maia,
lança no dia 21 de junho a REVELAR Brasil,
uma agência de imagens que trabalha com Fotojornalismo,
Imagens Históricas, Ensaios Documentais,
Trabalhos Pessoais e Ilustrações.
A REVELAR Brasil nasce com a missão de divulgar
e difundir o trabalho dos fotógrafos
e dos artistas visuais brasileiros.
A agência vai prover ao mercado a garantia
de que a foto seja um instante no tempo
resgatável a qualquer hora de qualquer lugar.
Na data, será inaugurada a Galeria IMPRESSÕES,
com a exposição de 21 imagens ampliadas em papel algodão,
de jovens artistas e experientes profissionais. Todas estarão à venda.
IMPRESSÕES é uma galeria onde as imagens
estarão disponíveis em diversos suportes, além do papel algodão com obras numeradas. Ela pode ser acessada pelo site
Farão parte da coletiva os fotógrafos:
LALO de Almeida, PATRÍCIA Araujo, ROGÉRIO Assis,
MARLENE Bergamo, PEDRO Bonacina, MARCELLA Camillo,
FERNANDO Donasci, JUAN Esteves, FERNANDA Fava,
ANA CAROLINA Fernandes, CLÓVIS Ferreira,
MAURA Grimaldi, NA LATA, ADI Leite, JÉSSICA Mangaba,
DAIGO Oliva, PAULO Pampolin, DENILSO Takedo, ED Viggiani,
JOÃO Wainer, HELENA Wolfenson e MÔNICA Zarattini.
imagem João Wainer
A REVELAR Brasil acredita que compartilhar a memória através de imagens de diferentes autores e de várias épocas, é possibilitar o retorno constante ao que foi criado, com o propósito de colaborar com as futuras produções de histórias que refletem nosso tempo.
O site será aberto para que os fotógrafos abram seus ARQUIVOS com o propósito de criarmos um grande banco de imagens do Brasil.
Lançamento do site REVELAR Brasil e
abertura da Galeria IMPRESSÕES
Horário: 20h
Exposição: de 14 de junho a 14 de julho
Local: Armazém Piola
Rua Aspicuelta, 547 - Vila Madalena
Mônica Maia, há 25 anos na área de fotografia.
Brasil, São Paulo (SP), 11/06/1963
Formação:
- Graduação em Artes Plásticas na FAAP, 1985
Experiência Profissional:
Revelar Brasil (2011)
Criação de banco de imagens próprio para representar comercialmente arquivos de vários fotógrafos: www.revelarbrasil.com.br
Folha de São Paulo (set de 2008 à dez 2010)
Editora de fotografia do Núcleo de Revistas da Folha de São Paulo. Atuação nas publicações: Top of Mind 2008/2009/2010, Guia de Livros (mensal), Guia da Folha (semanal), Melhor de São Paulo 2009 e 2010, Revista da Folha e revista sãopaulo.
Agência Estado (1987 à 2007)
1987/1989 – Fotógrafa do jornal O Estado de São Paulo e Jornal da Tarde.
1990/2007 – Editora de Fotografia da Agência Estado.
Revista Afinal (1986/1987)
Laboratorista, arquivista e fotógrafa.
Outros: Em 1999 foi a primeira brasileira a ser jurada do World Press Photo, maior prêmio mundial de fotojornalismo, que acontece anualmente em Amsterdã. Foi também jurada dos prêmios de fotografia: Prêmio Esso de Jornalismo, Leica, Ayrton Senna e New Holland.
evento - musica - Helinho Sant'Ana lança livro com show na CAIXA Cultural
Helinho Sant'Ana lança livro com show na CAIXA Cultural
O livro “Arte Sonora” ensina a confeccionar instrumentos musicais com materiais alternativos
A CAIXA Cultural apresenta, no dia 21 de junho as 19h30, o show de lançamento do livro “Arte Sonora – Instrumentos Musicais Confeccionados com Materiais Alternativos”, de Helinho Sant'Ana. Além do livro Arte Sonora, o artista também fará o lançamento do CD “Afro Brincante” e do livro e CD “Cuicante – A Família das Cuícas Cantantes”. A apresentação conta com a participação de músicos convidados, como Marcelo Oliveira, Leandro Leal, Caio Guimarães, Felipe Mery e o grupo Batukelas. O projeto conta com incentivo da CAIXA pela lei de mecenato municipal. O trabalho gráfico é de Marcia Széliga e as fotografias de Lauro Borges.
O livro “Arte Sonora – Instrumentos Musicais Confeccionados com Materiais Alternativos” traz 160 páginas de textos explicativos, partituras e fotos, sobre o fazer artístico voltado à confecção dos instrumentos musicais. O CD “Afro Brincante” traz 13 músicas, compostas especialmente para serem executadas com os instrumentos musicais de materiais alternativos. Já o livro infantil e o CD “Cuicante – A Família das Cuícas Cantantes” contam uma pequena estória onde os personagens são os próprios instrumentos musicais. O álbum apresenta a narração de Rosy Greca.
Helinho Sant’Ana
Helinho Sant’Ana é músico, compositor, produtor cultural e arte educador, graduado em Educação Artística e Licenciatura Plena em Música pela FEMP (atual FAP). É diretor presidente da Arte Sonora Produções Artísticas, e fundador da Cores da Rua – Associação Artística de Educação Informal, entidade sem fins lucrativos que desenvolve projetos artísticos sociais, com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade econômica e/ou social.
Ao longo de sua carreira, tem atuado como músico, em peças de teatro, shows e estúdios de áudio. Como produtor artístico, compositor e arranjador, Helinho realizou os espetáculos autorais: “Sincronicidade”; “Alegria”; “Blinc Blom Blum” e “Folguedeira”, além de espetáculos realizados pela Cores da Rua, como “Tamborango”; “Congolelê”; “Cores da Cidade” e “Batukelas”. Como arte-educador, tem realizado oficinas, workshops e palestras sobre confecção de instrumentos musicais com materiais alternativos.
Serviço:
Livro: Lançamento do projeto Arte Sonora, de Helinho Sant’Ana
Local: CAIXA Cultural – Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Centro Curitiba/PR
Show: teatro da CAIXA Cultural – 19h30 – Retirar os ingressos na bilheteria a partir das 18h30
Data: 21 de junho
Horário: Terça 19h30
Ingressos: Entrada franca.
Informações: (41)2118-5111(de terça a sexta, das 12 às 19h, sábado e domingo, as 16 às 19h)
Classificação etária: Livre para todos os públicos
www.caixa.gov.br/caixacultural