quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

MONÓLOGO COM GREGÓRIO DUVIVIER NA CAIXA CULTURAL CURITIBA



Comédia premiada de João Falcão, “Uma Noite na Lua” recebe remontagem estrelada por um dos criadores do portal de humor Porta dos Fundos





A CAIXA Cultural Curitiba apresenta, de sexta-feira a domingo, a remontagem de “Uma Noite na Lua”, peça de maior sucesso de público e crítica do autor e diretor teatral João Falcão. Encenada pela primeira vez em 1998, o monólogo cômico protagonizado por Marco Nanini recebeu o prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte, o Shell de melhor autor e o Sharp de melhor espetáculo. Na nova montagem, quem encarna “um homem em cima de um palco pensando alto” é o ator Gregório Duvivier, um dos roteiristas e criadores do portal de humor Porta dos Fundos. O papel já lhe rendeu o Prêmio da Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro – APTR 2013 de Melhor Ator.

Duvivier encara o desafio de, sozinho em cena, passear pela imensa gama de emoções que surgem a todo instante a partir do acelerado fluxo de pensamento do personagem – um escritor sem obras que luta para, enfim, terminar uma peça sobre um homem solitário que processa suas ideias em cima de um palco e vive às turras com a recordação de Berenice, sua ex-mulher. Experiente no universo do humor, o ator tem a oportunidade de exercitar sua verve cômica na plenitude, desta vez sob a direção de uma figura familiar: João Falcão, pai de sua namorada, a atriz Clarice Falcão – os três já foram parceiros em outros trabalhos, como na série “Louco Por Elas”, da TV Globo, escrita pelo casal e dirigida por João Falcão. “A peça é cômica, poética, dramática e romântica ao mesmo tempo. É hilariante e arrebatadora. É o texto mais completo que eu já li”, avalia Duvivier.

Este é o primeiro monólogo do ator, cria do Tablado, onde encenava produções com elenco numeroso. “A peça fala da dificuldade de se pensar numa coisa quando você só pensa em outra. Não somos uma pessoa só, mas uma multidão de pessoas, sós, e a peça transpõe para o palco a balbúrdia dessa multidão. Nesse sentido, não se parece com um monólogo, mas com uma peça enorme, com números musicais e grande elenco”, avalia o intérprete, que vem do sucesso “Inbox”, comédia romântica teatral escrita em parceria com a namorada, e estrelada por ele e pela atriz Maria Eduarda.

Ao contrário da montagem anterior, de cenário grandioso e cheia de efeitos visuais, o novo espetáculo de 60 minutos foi pensado com opções minimalistas. Para encarar o desafio de entreter a plateia em um palco sem cenário ou pirotecnias, Duvivier contou com a preparação corporal de Gilvan Gomes, acrobata e um dos criadores do AfroCirco (circo do AfroReggae). A direção musical do espetáculo é de Dani Black, parceiro de Maria Gadu, e Maycon Ananias, e a iluminação ficou por conta do diretor João Falcão.

Sobre o diretor:
Depois de iniciar a carreira no Recife no início dos anos 80, o diretor e autor teatral João Falcão fez do Rio de Janeiro sua casa: ali, na década de 90, estreou o musical infantil “A Ver Estrelas” e, a partir de então, enfileirou um número considerável de peças de sucesso, entre adaptações, textos de sua autoria e direções como “O Burguês Ridículo”, “A Dona da História”, “Uma Noite na Lua”, “A Máquina”, “Mamãe Não Pode Saber”, “Ensina-me a Viver” e, mais recentemente, “Clandestinos”. No cinema, dirigiu dois longas-metragens, as adaptações homônimas das peças “A Máquina” e “Fica Comigo Esta Noite”. Na TV, firmou parcerias com o diretor Guel Arraes, como é o caso de “O Auto da Compadecida”, “Clandestinos – O Sonho Começou” e “Louco por Elas”.

Confira o vídeo “teaser” da peça:
http://www.youtube.com/watch?v=dcofnAk0EN4

Serviço:
Teatro: Uma Noite na Lua
Data: de 07 a 09 de fevereiro de 2014 (sexta-feira a domingo)
Hora: sexta-feira e sábado às 20h e domingo às 19h
Local: CAIXA Cultural Curitiba – Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Centro – Curitiba (PR)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia – conforme legislação e correntista CAIXA)
Bilheteria: (41) 2118-5111 (de terça a sexta-feira, das 12h às 20h, sábado das 16h às 20h e domingo, das 16h às 19h)
Classificação etária: Não recomendado para menores de 12 anos
Lotação máxima do teatro: 125 lugares (2 para cadeirantes)

Ano novo chinês: Ano novo, língua nova

Ano novo chinês: Ano novo, língua nova


Aproveitando a data comemorativa da cultura chinesa - celebrada no próximo dia 31 -, especialistas desmistificam algumas lendas em torno do mandarim. Segundo eles, é possível, sim, aprender rápido e começar a falar o idioma com confiança

São Paulo, 29 de janeiro de 2014 - O estudo da língua chinesa assusta a muitos: “Muito complexa, hermética, tão diferente do português... e, como se não bastasse, é quase impossível alcançar a fluência necessária”. Essas são algumas das queixas mais frequentes. Entretanto, como ano novo é tempo de língua nova, especialistas aproveitam a chegada do Ano Novo Chinês - desta vez, o Ano do Cavalo - para dissipar equívocos como esses e auxiliar o aluno a ir em frente com sua resolução de aprender mandarim em 2014, agregando valor a seu currículo profissional.
Diferente do que muitos acreditam, o chinês é sim uma língua possível de ser dominada de forma relativamente rápida. “Entendemos que o chinês é um idioma bastante intrigante, mas apenas porque é, de certa forma, bem diferente do português. No entanto, também é uma língua muito lógica, quase matemática, o que ajuda muito no processo de aprendizado”, afirmou Gustaf Nordback, gerente geral da divisão de Varejo da Rosetta Stone no Brasil.
A gramática chinesa não requer conjugação e, frequentemente, suprime verbos e sujeitos quando falada. Por exemplo, “em chinês, dizemos ‘Ni Hao’. A expressão quer dizer ‘Olá!’, mas traduzida literalmente é ‘Você bem?’, que seria o equivalente em português a ‘Você está bem?’, isto é, funciona sem o verbo”, exemplificou Nordback.
Os caracteres chineses e suas letras/ palavras peculiares também assombram. Mas o idioma pode ser ensinado usando o alfabeto latino. Esse método é chamado Pinyin. No entanto, caso queira, o aluno que planeja morar na China, por exemplo, pode se concentrar em aprender a ler e escrever somente o essencial em caracteres do mandarim. Experts afirmam que uma base de 400 caracteres permite a comunicação na vida cotidiana. Já para ler o jornal sem muita dificuldade, sugerem de dois mil a três mil caracteres. O que é uma quantidade bem menor do que os 50 mil caracteres existentes no idioma.
TONS

Outro fantasma são os temidos tons da língua. O chinês é uma língua fácil e monossilábica, mas tonal. Por isso, muitos estudantes desanimam por acreditar erroneamente que nossa audição latina não é capaz de reconhecer os sons chineses. O idioma usa quatro diferentes “tons” essenciais para entender e distinguir as palavras. Por exemplo, a palavra “Yao”. Seu significado altera drasticamente dependendo do tom. No primeiro tom significa “um”, no segundo é o “alto”, no terceiro o verbo “querer” e no quarto “remédio”.

Outros reclamam por acharem que é impossível aprender um idioma em que não há nenhuma referência - diferente de línguas irmãs, como o espanhol, ou, até mesmo, o inglês e seu vasto vocabulário latino. Por isso, motivação e imersão são fundamentais no estudo do mandarim.
“Esse é um dos pontos no quais o método de ensino online de idiomas da Rosetta Stone - que suprime totalmente a língua materna do aluno durante as aulas, sem traduções nem memorizações - totalmente imersivo é o mais indicado. Para realmente aprender essa língua - pois o mandarim é completamente diferente de qualquer uma das línguas com que se tem contato de forma mais frequente -, o estudante deve imergir no idioma e em uma maneira completamente diferente de pensar”, alertou o executivo.
Outro ponto é o temor do “candidato” a estudante de chinês que, mesmo já começando a acreditar que é possível aprender, acha que passará anos ainda sem poder iniciar a comunicação na língua e acaba desanimando. “Esse é outro mito. Se o aluno leva o estudo a sério e está motivado, por meio do método online da Rosetta Stone, pode aprender o chinês - em um nível suficiente para enfrentar, por exemplo, uma teleconferência - de uma forma muito rápida e já começar a se comunicar na língua desde a primeira aula”, adicionou Nordback.
A Rosetta Stone - uma líder mundial em ensino com base em tecnologia e presente em 150 países - oferece cursos em 24 idiomas, incluindo chinês (mandarim). Com o método, o aluno aprende de um modo imersivo, sem tradução, da mesma forma que aprendeu sua língua materna. O foco está em todas nas habilidades principais de comunicação, incluindo fala e escrita. O método possui um sistema de ativação de fala proprietário que inclui um espectrograma (http://rosettastonebrasil.com/store/rstbr/pt_BR/html/ThemeID.36393000/pbPage.Method#, desenvolvido especialmente para o ensino de línguas - como o mandarim - nas quais a pronúncia correta é um dos maiores desafios.

Sobre a Rosetta Stone
Presente no Brasil desde 2011 por meio da divisão de Enterprise & Education e com escritório nacional sediado em São Paulo, a Rosetta Stone já estabeleceu parceria com empresas e instituições de ensino nacionais de porte. Com atuação recente no varejo no Brasil, a companhia fornece uma tecnologia de ponta interativa que está mudando a forma como o mundo aprende idiomas. As técnicas de ensino desenvolvidas e patenteadas pela companhia - aclamadas por seu poder de desbloquear a capacidade natural de aprendizado em línguas - são utilizadas por 20 mil instituições de ensino, oito mil empresas, nove mil organizações governamentais e milhões de pessoas em todo o mundo. A Rosetta Stone oferece cursos em 24 idiomas, dos mais comumente falados (como inglês, espanhol e mandarim) aos menos frequentes (incluindo sueco). A empresa foi fundada em 1992, sobre os preceitos fundamentais de que aprender a falar uma língua deve ser um processo natural e instintivo, bem como que a tecnologia interativa pode ser usada poderosamente como forma de ativação do método de imersão em idiomas para aprendizes de qualquer idade. A Rosetta Stone tem matriz sediada em Arlington (Virgínia, Estados Unidos) e escritórios também em Harrisonburg (Virgínia), Boulder (Colorado), San Francisco (Califórnia), Seattle (Washington), Austin (Texas), Tóquio, Seul, Londres, Dubai, Phoenix (US), Beijing e Changai (China), Paris (França), Itália e Espanha.

A4 Comunicação - 
Franciane Barbosa - 


Ano Novo Chinês - ALGUMAS CURIOSIDADES


1. Para desejar “Feliz ano novo!” em chinês, diga: “Ma Nian Kuia Le!”. A frase em mandarim significa literalmente “Feliz ano do cavalo!”

2. Intrigantes tons
Há um poema em chinês antigo no qual alguém escreveu o texto na íntegra usando a “mesma” palavra - “shi”, porém em diferentes tons.
Na latinização em pinyin, a poesia fica da seguinte forma:
“shi2 shi4 shi1 shi4 shi1 shi4 shi4 shi1. shi4 shi2 shi2 shi1. shi4 shi2 shi2 shi4 shi4 shi4 shi1 shi2 shi2. shi4 shi2 shi1 shi4 shi4 shi4 shi2. shi4 shi1 shi4 shi4 shi4 shi4 shi4 shi4 shi2 shi1. shi4 shi3 shi4 shi3 shi4 shi2 shi1 shi4 shi4 shi4 shi2 shi4 shi2 shi1shi1. shi4 shi2 shi4 shi2 shi4 shi1. shi4 shi3 shi4 shi4 shi2 shi4 shi2 shi4 shi4. shi4 shi3 shi4 shi2 shi4 shi2 shi1 shi1 shi2 shi2. shi3 shi4 shi3 shi2 shi1 shi1 shi2 shi2 shi2 shi1 shi1 shi4 shi4 shi4 shi4”

A tradução seria como:
“Um poeta de nome Shih Shih, que vivia em uma toca de pedra, gostava muito de leões. Como tinha jurado comer dez leões, ele saiu para o mercado, todos os dias, às 10 horas, para procurar leões. Em um dado momento, de repente, dez leões foram ao mercado na mesma hora em que Shih Shih. Confiando em seu arco e flechas, ele matou os 10 leões. Shih pegou os cadáveres desses dez leões e foi para seu refúgio de pedra, que estava úmida. Shih encontrou a toca varrida por seu servo. Como a caverna de pedra estava limpa, Shih iniciou sua refeição, começando. Quando começou a comer os cadáveres dos 10 leões, percebeu que esses 10 leões mortos, na verdade, eram 10 cadáveres de leões de pedra e tentou se livrar disto.”

Últimos dias para ver a mostra "Brasil – Um País, Um Mundo"



A exposição Brasil – Um País, Um Mundo, que acontece no Memorial de Curitiba, no Largo da Ordem fica aberta ao público até o próximo domingo, dia 2 de fevereiro. Curitiba foi a segunda cidade a receber a mostra que já recebeu mais de 15 mil visitantes, desde o dia 8 de janeiro, e que passará por todas as doze cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. O evento conta com apoio do governo federal, da Prefeitura de Curitiba, governo estadual e patrocinadores.

A exposição revela um grandioso e exclusivo acervo de peças históricas do futebol brasileiro no decorrer dos anos. Através de fotos, objetos e instalações interativas, o público tem a possibilidade de conhecer a história e a evolução de materiais esportivos como chuteira, bolas e camisas e também de equipamentos relacionados ao mundo da bola, como a estrutura de estádios utilizados no decorrer das copas. “O material exposto é resultado de anos de pesquisa. Conta com peças de diversas coleções e são itens que realmente foram utilizados em jogos pelos atletas”, explicou Ana Gonçalves, uma das organizadoras da mostra. “Foram anos de planejamento para montarmos a exposição. Este projeto visa resgatar o orgulho do brasileiro em relação às Copas do Mundo. Mas a exposição é muito mais que futebol, já que revela aspectos da cultura e arte do nosso país”, complementou Marco Scabia, também organizador do evento.

O pentacampeonato da Seleção Brasileira de futebol nas copas com as conquistas de 1958, 62, 70, 94 e 2002 também é o tema da mostra que  convida o público para interação. Por meio de um painel multimídia,  os visitantes podem montar a sua seleção brasileira ideal de todos os tempos. “A exposição é o primeiro grande gol do Brasil antes do início da Copa. É um projeto que dá possibilidade às pessoas de conhecer um pouquinho daquilo que vivemos (dentro de campo)”, afirmou o ex-jogador Clodoaldo. “É a oportunidade para que o povo brasileiro participe mais desse importante evento que será realizado em nosso país. O projeto resgata o orgulho de ser brasileiro. É uma exposição única”, complementou Cafu.
Serviço:
Exposição Brasil – Um País, Um Mundo
Data: até dia 2 de fevereiro (domingo)
Local: Memorial de Curitiba
Horário(s): 9h às 18h (3ª a 6ª feira) e 9h às 15h (sábados, domingos e feriados)
Ingresso: gratuito

A Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos


A Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos


Começou nesse dia 28, em Cuba, a segunda reunião da Celac, uma realização até então inédita de união dos estados latino-americanos e caribenhos. A proposta do encontro é discutir ações conjuntas que possam ser defendidas por todos os envolvidos e que avancem na consolidação da soberania dos povos, tal como instigou Hugo Chávez, em dezembro de 2011, na instalação da Comunidade: “União, esse caminho é o único caminho. Com suas variantes, com suas diversidades. A unidade entre nossos povos, entre nossos estados, nossas repúblicas, nossos governos. Aceitando, insisto, e respeitando nossas diferenças. Mas, sem permitir que a intriga vingue entre nós. Sem permitir que a cizânia venenosa venha impedir, mais uma vez, o esforço unitário. Estou seguro de isso não vai descarrilhar, que não vai triunfar a intriga que permitiu ao monroísmo impor-se e sepultar bem fundo o projeto de Bolívar, Morelos, Artigas, Juana Azurduy e Manuela Saenz”.
A história da unidade 
O sonho de uma integração latino-americana e caribenha paradoxalmente foi gerado pelo invasor. Antes de 1492 – quando Cristóvão Colombo aportou em Santo Domingo - o continente abrigava inúmeros povos, alguns conformando gigantescos impérios. Há notícias de que muitos desses povos se comunicavam, se visitavam, intercambiavam mercadorias, e até guerreavam. E, talvez, por não identificarem nenhum inimigo forâneo, não há, pelos menos até agora, registros de que buscassem algum tipo de integração. Cada povo conservava seus deuses, sua cultura, sua língua. Mas, os “estranhos barbudos” que aportaram no Caribe mudaram toda a maneira de ver o mundo que existia em Abya Yala.

O primeiro morador dessas terras a tomar consciência de que havia um inimigo poderoso a exigir uma união das gentes foi o cacique Hatuey, da etnia Taíno, que habitava a ilha de Quisqueya, chamada de “A Espanhola” por Colombo, e depois de Santo Domingo. Pois, Hatuey, observando a selvageria dos espanhóis decidiu rebelar-se contra eles e uma de suas primeiras ações de solidariedade com as demais gentes do continente foi remar até a ilha de Guanahany (Cuba) para avisar os moradores sobre os invasores e iniciar uma aliança. Segundo Bartolomé de las Casas, essa era a fala do cacique taíno: "Nos dizem esses tiranos que adoram a um deus de paz e igualdade, mas usurpam nossas terras e nos fazem de escravos. Eles nos falam de uma alma imortal, de suas recompensas e castigos eternos, mas roubam nossos pertences, seduzem nossas mulheres, violam nossas filhas. Incapazes de se igualarem a nós em valor, esses covardes se cobrem com ferro que nossas armas não podem romper… Por isso temos de atirá-los ao mar”.

E Hatuey fez a guerra aos espanhóis, que o capturaram e o queimaram vivo. Contam que, na fogueira, um padre perguntou se ele queria se converter. Hatuey perguntou se, convertido ele iria ao céu cristão. – Sim, respondeu o padre. E o cacique taino, cuspindo de nojo, replicou: - Então não, prefiro o inferno, onde não encontrarei gente tão cruel como vós.

Depois dele, muitos outros povos se rebelaram contra a invasão, mas, derrotados, sucumbiram a opressão e Abya Ayala virou uma grande colônia pertencente aos reinados espanhol e português. Foi só em 1780 que, a partir do grito de Tupac Amaru II e Tupac Katari, mais uma vez os povos originários tentaram uma guerra – envolvendo aliança com outras etnias - contra os espanhóis. Foi um momento memorável que chegou a juntar milhares de índios em batalhas gigantescas. Mas, também aí foram derrotados.  Dez anos depois, Francisco de Miranda, agora das fileiras criollas (espanhóis nascidos na América) apresentou um plano no qual propunha juntar toda a América espanhola numa espécie de confederação. Esse sonho de Miranda foi levado a concretização por Simón Bolívar, nas lutas de independência iniciadas em 1815. Desde a Jamaica, para onde fora exilado, depois da primeira tentativa de libertar a Venezuela, que não deu certo, Simón percebeu que a liberdade não poderia vir isolada, numa única província. Era preciso uma integração e foi aí que conclamou aos povos do continente: “Temos de formar uma só nação, com um só vínculo, que una suas partes entre sí e com o todo”. A Pátria Grande.

E foi com essa ideia na cabeça que ele peleou por várias regiões da América até conquistar a expulsão dos espanhóis em 1824. Em 1826 fez sua primeria tentativa diplomática para garantir a integração das províncias recém liberadas e convidou todos a um Congresso no Panamá. Queria fundar ali uma confederação das repúblicas, a Pátria Grande, enfim, buscando garantir, inclusive, a libertação de Cuba e Porto Rico. Mas, Simón encontrou resistência entre os seus próprios generais que, mordidos pela mosca do poder, não queriam abrir mão de suas repúblicas. Foi traído nesse sonho e acabou morto, fugindo de seus ex-aliados.  Com ele, também morreu a ideia de uma América integrada e unida. Até porque, no norte, crescia o germe daquilo que mais tarde viria a ser outro foco de opressão: o imperialismo dos Estados Unidos.

E foi a partir dos Estados Unidos e seu projeto de dominação que nasceu o Panamericanismo, a consolidação da proposta de Monroe: a América para os americanos, e aqui, a América era, na verdade, a do Norte, Central e  do Sul. O bolivarianismo colocado “patas arriba”. Para o governo dos EUA, a união dos países se dava na dominação por um só: ele mesmo. Foi assim que a Primeira Conferência dos Estados Americanos, realizada em 1889, na capital dos Estados Unidos, já buscava impor aos governos latino-americanos um tribunal de discussão territorial, relações de comércio unificadas e até uma moeda de circulação regional, tudo coordenado pelos EUA. Sobre esse evento, que cobriu como jornalista, o grande poeta cubano José Martí escreveu: “Podem os Estados Unidos convidar a américa espanhola para uma união sincera e útil? Convêm a américa espanhola uma união econômica e política com os EUA?” Ele sabia que não. Tanto que, mais tarde, conclamou seu povo à luta contra o monstro que principiava a dominar tudo abaixo do Rio Bravo. E Martí não ficou nas palavras, partiu para a luta armada, na qual caiu morto.

O século XX foi o período de crescimento e expansão do império estadunidense, consolidado justamente com a ideia de “união”. Foi assim que nasceu, inclusive a Organização dos Estados Americanos, logo depois da segunda grande guerra, sempre com a promessa de proteção e ajuda.  Assim, o sonho de Hatuey, Tupac, Miranda e  Bolíviar ia ficando cada vez mais longe. Uma dominação trocada por outra. Nada de soberania, ou no máximo, uma soberania tutelada, na qual as elites locais seguiam no poder, mas sob o comando dos EUA.

E a vida corria tranquila para os Estados Unidos no seu projeto de tomar toda a Abya Ayala para si. Não contavam com a bravura de alguns jovens cubanos que, articulados com movimentos de resistência na ilha de Martí, decidiram afrontar o domínio estadunidense fazendo explodir uma revolução em pleno Caribe, então considerado como um quintal, um espaço de festa e diversão para os ricos dos EUA. Desde as montanhas de Sierrra Maestra, os “barbudos” impuseram uma derrota espetacular aos Estados Unidos, liberando Cuba de uma ditatura e abrindo novamente a caixa do sonho integracionista, tão decantado pelo mentor de toda a luta: José Martí.  Desde aí, 1959, essa “rugosidade” no plano do império inspirou dezenas de lutas de libertação numa América Latina que seguia dominada. Ainda assim, apesar da resistência da ilha de Cuba e de uma série de movimentos revolucionários que explodiram no continente, os Estados Unidos conseguiram garantir a hegemonia política e econômica. A integração proposta agora por Fidel, não conseguia se fazer. Os demais países acabaram sucumbindo às ameças estadunidenses, impondo, inclusive, um bloqueio a Cuba, que já dura mais de 60 anos.  Nesse meio tempo os EUA também garantiram governos amigos e de mão-dura em praticamente todo o continente. E, devagar, também foi inculcando a proposta de uma união de todos, mas sob a sua batuta. Assim, no início dos anos 90 surge a proposta da ALCA (Área de Livre Comércio das América), na qual haveria porteira aberta em todas as fronteiras, ainda que só numa direção. Os Estados Unidos comandariam e manteriam as suas porteiras bem fechadas, afinal, livre comércio é bom para os outros.

Chávez e o bolivarianismo insurgente

Mas num continente que já finalizara – na maioria - sua libertação das ditaduras, os movimentos sociais se levantaram firmes. Muitas foram as lutas, em todos os países, contra essa proposta de neocolonialismo. E, no meio dessa batalha que envolvia uma visão dominadora do processo de integração, inclusive, reduzido a sua dimensão econômica, aparece aquele que iria retomar as propostas de uma integração em outros moldes, com soberania e com equidade: Hugo Chávez.

Aliado às lutas já desencadeadas pelos movimentos sociais de todo o continente, ele se integrou a batalha contra a Alca. E aí, não eram mais só os “baderneiros” de sempre – como costumam chamar os lutadores sociais. Era um estado livre e soberano que começava, na prática, a atuar em consequência de um outro tipo de integração. Foi assim que ele propôs a ALBA, para se contrapor ao projeto de dominação dos Estados Unidos. A ALBA seria a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América. Não apenas trabalhando com elementos da economia, mas garantindo a parceria política e as trocas culturais. Na esteira dessa aliança Chávez propôs a PetroCaribe, um plano de cooperação com os países empobrecidos do Caribe de troca de alimentos por petróleo, a Telesul – uma televisão integradora da vida e da cultura latino-americana, o Banco do Sul, para se contrapor ao FMI, trabalhando de forma a garantir a equidade e a justiça nas relações econômica. E assim, em 2005, ele mesmo, Chávez, foi a televisão para dizer do seu modo peculiar: “La Alca se fue al carajo!” E era verdade.

Logo em seguida, outros países da América Latina começaram a eleger presidentes que se alinhavam com as ideias de Chávez. Lula, no Brasil, Rafael Correa, no Equador, Nestor Kirchner, na Argentina, Evo Morales, na Bolívia. Com eles foi sendo consolidada outra vez a ideia de uma integração aos moldes do que sonhara Bolívar. Encontros foram acontecendo até que culminaram na criação da Unasul – União das Nações Latino-Americanas, uma entidade autônoma sem a participação dos Estados Unidos.

Mas a Unasul ainda era um mecanismo de integração só das nações sul-americanas e era preciso avançar mais, incluir o Caribe, o México. Assim em fevereiro de 2010 foi criada a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos, com instalação em dezembro de 2011 na Venezuela, na realização de sua primeira reunião. Muitas coisas começaram a mudar a partir daí. Cuba teve de ser incluída em outros organismos, por conta da força de todos os países unidos e vários planos de desenvolvimento passaram a ser traçados envolvendo os países como um bloco. Mas, em 2012, quando a presidência do órgão esteve com o Chile, a Celac teve de enfrentar a interferência dos Estados Unidos, que não poderia deixar barato essa ideia. Como Sebastián Piñeda não era um governante afinado com o processo bolivariano, o projeto claudicou, com a comunidade tendo mais um caráter de fórum consultivo. Agora, com a direção de Cuba, a entidade se institucionalizou e está tentando produzir documentos que realmente venha interferir no andamento das políticas.  

Hoje teve início a II reunião da Celac, desta vez em Havana, Cuba, com a presença de 33 nações. E é a primeira sem Chávez, aquele que impulsionou e revigorou o conceito de bolivarianismo, dentro do qual a soberania e a união das nações era ponto fundamental. O tema central do encontro capitaneado por Cuba é a soberania. Segundo Raul Castro, o documento mais importante que está sendo produzido visa declarar a região como um espaço de paz, livre de armas nucleares. A ideia é, com isso, discutir a presença das bases militares estadunidenses na América Latina, que já chegam a 33. Certamente esse será um ponto altamente polêmico, se considerarmos que a Colômbia, sozinha, tem sete delas e é uma aliada dos Estados Unidos.

A presença de  José Miguel Insulza, o secretário geral da Organización de Estados Americanos (OEA), pode ser um elemento perturbador, como foi a de Edward James Dawkins, no Congresso Anfictionico do Panamá, chamado por Bolívar. Representando a Grã Bretanha, que foi como observadora, ele acabou fazendo negociações em separado com os países e de todo aquele encontro foi o que mais lucrou em negócios e acordos. A medida de chamar Insulza pode parecer simpática, mas ele pode muito bem ser um cavalo de Tróia.  

Outro ponto que a reunião deverá tratar é a luta contra a pobreza, a fome e a desigualdade. Como disse Raul Castro, na abertura, os 10% mais ricos da população latino-americana recebem 32% dos investimentos, enquanto os 40% mais pobres recebem apenas 15%. Tendo mais de 15% de toda a superfície terrestre, com 8,5% da população total, a região tem reservas consideráveis de minerais não renováveis, um terço das reservas de água doce, 12% da área cultivável, 21% de bosques naturais e o maior potencial em produção de alimentos. Talvez, nesse tema, muitos dos presidentes progressistas tenham de explicar por que, ao mesmo tempo em que praticam algumas políticas importantes de distribuição de renda, insistem em destruir comunidades em nome do lucro, como é o caso do Equador, que desaloja gente para atender mineradoras; e o caso do Brasil que tem permitido crescer os conflitos indígenas, dando margem para que os latifundiários, monocultores, sigam exercendo seu poder. Também aí, as divergências deverão aparecer. Muitos dos países na região são os maiores do mundo em produção de minério. Chile, com o cobre, Brasil, com o ferro, México, com a prata, Bolívia e Peru, com o estanho. A região tem ainda 65% das reservas mundiais de lítio, 42% de toda a prata, 38% do cobre, 33% do estanho, 18% de bauxita e 14% de níquel, isso sem contar o petróleo e os mais importantes aquiferos do mundo.

Essas riquezas são as causas da cobiça e ao mesmo tempo poderiam ser a salvação, se utilizadas de maneira a não destruir o ambiente e em favor das gentes. E aí não se trata de transplantar a lógica do desenvolvimento sustentável, que não existe no capitalismo. Haveria que se caminhar para outras alternativas de desenvolvimento, que levasse em conta o equilíbrio do planeta. É fato que mesmo com toda essa riqueza, a América Latina tem 47 milhões de pessoas na condição de famintas. Segundo pesquisas da ONU esse número diminuiu em três milhões desde 2008, mas ainda assim, é gente demais passando fome, com os pés em tantos recursos. Além do mais é a região que mais produz comida, podendo alimentar o mundo inteiro. Nada justifica esse paradoxo.

De qualquer sorte, mesmo com tantas diferenças, a Comunidade de Estados Latino-Americanas e Caribenhas é uma preciosa novidade, desde o grito de Hatuey. E o desafio sempre será encontrar caminhos de ação conjunta – nesse território de 20 milhões, 453 mil e oito quilômetros quadrados  - em defesa não apenas das economias, mas também das gentes que conformam essas nações. O perfil do encontro, sem a presença abrumadora de Chávez, já veremos, tão logo sejam divulgados os documentos.

Fontes :  Abel Gonzáles Santamaria - El destino común de Nuestra América: la unidad, Agencia de Informação Frei Tito para América Latina, Digna Castañeda, História do Caribe.



Por elaine tavares  - jornalista

Lucas Santtana disponibiliza clipe da música “Dia de Furar Onda no Mar”


Músico faz homenagem ao filho em clipe dirigido por Ava Rocha

Lucas Santtana lança, nesta terça (28), o clipe de “Dia de Furar Onda no Mar”, canção composta pelo artista em parceria com seu filho Josué. A faixa faz parte do álbum “O Deus Que Devasta Mas Também Cura”.
Gravado na praia do Arpoador, Rio de janeiro, o videoclipe nasceu da casualidade do encontro da cineasta e cantora Ava Rocha com o músico no dia do aniversário de 11 anos de Josué, comemorado na Praia do Arpoador. O clipe tem participação especial e também casual de Luciana Fróes.
Ava Rocha assina direção, fotografia e edição.
Assista o clipe: http://vimeo.com/m/79072641

Abujamra e Badulaque em simbiose no Teatro do Paiol



No último dia de janeiro e no primeiro de fevereiro, o palco do Teatro do Paiol recebe o espetáculo "BADU ABU – Badulaque convida André Abujamra". As apresentações especiais, que fazem parte do projeto Música no Paiol, marcam a reunião do grupo Badulaque. No dia 31, ainda, a banda e o artista participam de um bate-papo no Conservatório de MPB.

Desde que se formou nos corredores da Faculdade de Artes do Paraná (FAP), em 1999, o grupo chama atenção pelas suas peculiaridades estéticas. Suas performances transformam sons em aventuras repletas de emoção, com influências teatrais e tecnológicas.

Após uma pausa de 10 anos no trabalho, seus integrantes Paulo de Nadal, Pedro Solak, Janio ED Rodrigues, Eliane Campelli, Val Ofílio e Marcelo Pereira – todos atuantes na cena artística de Curitiba – decidiram convidar para o show o multiartista André Abujamra, que atuou recentemente no remake da novela global Saramandaia (2013).

No espetáculo, os artistas conduzem o público por uma viagem pop bem-humorada, numa simbiose de versões Badulaqueiras de sucessos de Abujamra como Alma não Tem Cor, O Mundo, Juvenar e Imaginação, e versões com a pitada “abujâmrica” no repertório do Badulaque.

BADU ABU – BADULAQUE CONVIDA ANDRÉ ABUJAMRA
Datas: 31 de janeiro e 1º de fevereiro 
Horário: 20h30
Local: Teatro do Paiol
Ingresso: R$20 e R$10
BATE-PAPO COM ANDRÉ ABUJAMRA E BADULAQUE
Mediação de Heitor Humberto
Data: 31 de janeiro
Horário: 12h30
Local: Conservatório de MPB
Ingresso: gratuito

Banda instrumental Hurtmold vem a Curitiba para lançar álbum em vinil







Um ano após lotar o Paiol, grupo paulista volta à cidade para novo show

O sexteto Hurtmold já tem data para voltar a Curitiba e mostrar suas composições instrumentais, repletas de camadas e ambiências. A banda apresenta-se no dia 8 de fevereiro, sábado, às 21h, no Teatro do Paiol. O show marca o lançamento do seu disco mais recente, "Mils Crianças", em vinil.

No ano passado, a banda lotou o Teatro do Paiol. Também pudera, o público curitibano havia ficado seis anos sem ver a banda na cidade. Agora, com uma ausência bem mais curta, o Hurtmold volta para apresentar seu som com base no rock, mas empilhando outras diversas referências (musicais ou não). O grupo se utiliza de inúmeros instrumentos, resultando numa sonoridade de forte caráter orgânico, recheado de texturas, ora tensas, ora delicadas e sempre aberta a improvisações.

Formado em 1998, o sexteto também é conhecido por acompanhar o músico carioca Marcelo Camelo, do Los Hermanos, como banda de apoio em shows e gravações. Entre outros nomes com quem o Hurtmold já dividiu o palco estão o norte-americano Rob Mazurek, o brasileiro  Paulo Santos (Uakti) e o suíço Thomas Rohrer. Individualmente, seus integrantes colaboraram com os artistas Naná Vasconcelos, Pharoah Sanders, Bill Dixon, Roscoe Mitchell, Prefuse 73, Dan Bitney (Tortoise), Joe Lally (Fugazi), Mike Ladd, High Priest, entre outros.

"Mils Crianças" foi gravado no Estudio El Rocha em São Paulo por Fernando Sanches e mixado por Scotty Hard no Ingua Recording, em Nova York. O sexteto é formado por Fernando Cappi (guitarra), Mário Cappi (guitarra), Guilherme Granado (teclado e vibrafone), Marcos Gerez (baixo), Mauricio Takara (bateria e trompete) e Rogério Martins (percussão e clarone).

Serviço:
Hurtmold - lançamento do vinil "Mils Crianças"
Dia 8 de fevereiro, 21h
R$ 30 e R$ 15 (somente dinheiro)
Teatro do Paiol - Praça Guido Viaro, s/n
Pontos de venda:
- Bilheteria do Paiol: terça a sexta, das 13h30 às 19h. Sábado e domingo: das 15h até o horário do evento
- Restaurante Mezanino das Artes - Al. Dr. Carlos de Carvalho, 805 - Batel, de segunda à sábado, das 11h30 às 23h
Informações: 3213-1340

Produção: Santa! Produção e Fineza Comunicação & Cultura
Apoio: Prefeitura Municipal de Curitiba, Fundação Cultural de Curitiba, Restaurante Mezanino das Artes, Fidel Bar, Adega Boulevard, Blog Tudo o que você (ou)vê.

Clash Club apresenta o projeto "EDM" dia 31 de janeiro



No auge da explosão da música eletrônica mundial, o Clash Club apresenta sua noite dedicada à EDM - Electronic Dance Music.

A principal atração será o DJ Adriano Pagani (https://soundcloud.com/adrianopagani), um dos grandes embaixadores da EDM de São Paulo, residente do Clash Club, Sirena, da rádio Energia 97 e de diversos eventos itinerantes, sempre arrasta uma legião de fãs e admiradores por onde passa.

Já o garoto E-cologyk (https://soundcloud.com/e-cologyk) é uma das novas sensações da eletrônica brasileira com seu carisma singular e produções rodando o mundo nos cases de artistas como W&W (#16 do mundo pela DJ Mag).

Padovan9 (https://soundcloud.com/guz-3) e RDT (https://www.facebook.com/pages/RDT/356114891176965) completam o line desse projeto cujo intuito é reunir grandes artistas nacionais e internacionais e seus diversos estilos musicais, sem barreiras, com qualidade e, principalmente, foco na pista de dança.

Serviço
EDM no Clash Club
Line Up: Adriano Pagani, E-cologyk, Padovan9 e RDT
Local: Clash Club - Rua Barra Funda, 969 - Barra Funda - São Paulo/SP
Data: 31 de janeiro (sexta)
Horário: 23h
Preço:
- PISTA
Mulheres:
Com lista: VIP
Sem lista: R$20 entrada ou R$40 consumação
Homens:
Com lista: R$35 entrada ou R$70 consumação
Sem lista: R$45 entrada ou R$90 consumação
- CAMAROTES
Palco 10 pessoas R$3.500
Lateral 10 pessoas R$2.500
Mezanino 10 pessoas R$2.000
Mesa 4 pessoas lateral R$1.000
Mesa 4 pessoas mezanino R$800
Avulso feminino pista R$100
Avulso masculino pista R$250
Avulso feminino mezanino R$80
Avulso masculino mezanino R$200
Avulso masculino palco R$350
Capacidade: 500 pessoas
Censura: 18 anos
Informações e lista: http://www.clashclub.com.br/
Tel: (11) 3661-1500
Estacionamento: R$20

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Onze:20 é destaque no “Mix Verão 2014” dia 1


Banda participa das gravações do “Parada Mix”, programa exibido na Mix tv

A banda mineira Onze:20 participa do “Mix Verão 2014”, nesse sábado (1), às 17h, na praia de Maresias. Durante a gravação do programa “Parada Mix”, os músicos tocam sucessos de sua trajetória e conversam com o apresentador Caco de Castro.


Sobre o “Mix Verão 2014” :


Grupo Mix anuncia o “Mix Verão 2014”. Totalmente desenvolvido pelo grupo, o projeto conta com o “Mix Beach Club”, espaço temático na praia de Maresias, dicas de verão na rádio Mix, novas atrações na Mix tv e novidades no portal MIXME. Música, eventos esportivos, notícias, dicas de baladas, atividades gratuitas e convidados exclusivos vão dar o tom da Mix neste verão.

Dentre as novidades, o “Mix Beach Club” terá diversas atividades esportivas, culturais e musicais. Dentre as que o público poderá participar estão: slackline, festas, gravações dos programas da Mix tv com artistas convidados: CPM 22, Aliados, Onze:20; NX Zero e Mika. O espaço conta com o patrocínio da Itaipava, a produção cenográfica da Bola Da Vez e a produção executiva da Lowndes+.
Já a rádio Mix transmite boletins diários com informações do “Mix Beach Club” com dicas das praias, eventos esportivos e baladas que estão fazendo sucesso pelo país.
O portal MIXME, neste verão traz uma roupagem especial com conteúdos exclusivos, promoções e toda programação da Mix tv e da rádio Mix, reunidos em um hotsite idealizado especialmente para a nova estação.
Os apresentadores da Mix tv trocam os estúdios, em São Paulo, pelas areias das praias do Brasil. A emissora exibe novos programas em sua grade com uma roupagem que é a cara do verão. Dentre as novas atrações da Mix tv, Caco de Castro apresenta o “Parada Mix”, um programa divertido, onde o apresentador vai às praias do litoral norte de São Paulo e conversa com o público presente e com artistas convidados. A atração conta com uma seleção de clipes da programação da tv.

“Mix Verão 2014”:

Mix Beach Club – De 17 de janeiro a 16 de fevereiro
                          Horários: 10h às 22h
                          Local: Av. Francisco Loup, 621 – Maresias/ SP
Convidados do Programa Parada Mix de Verão: 
01/02- Onze:20;
08/02- NXZero;
15/02 – Mika
Horário das gravações:  17h
Confira 

Transatlantic envia mensagem aos fãs sul-americanos



O Transatlantic, verdadeiro dream team do rock progressivo mundial, enviou mensagem aos fãs para prestigiarem os shows pela América do Sul. Banda faz única apresentação no Brasil, no próximo dia 13 de fevereiro, no Carioca Club, em São Paulo. Restam poucos ingressos! 


Banda desembarca no Brasil para tão aguardada performance – foto: divulgação


Prestes a desembarcar pela primeira vez na América do Sul, o Transatlantic, verdadeiro dream team do rock progressivo mundial, fez questão de não esconder a expectativa de debutar no Continente. Os ícones Neal Morse (vocal/guitarra/teclado – ex-Spock's Beard), Mike Portnoy (bateria – ex-Dream Theater), Roine Stolt (vocal/guitarra – The Flower Kings) e Pete Trewavas (baixo – Marillion) se apresentam, no próximo dia 13 de fevereiro, no Carioca Club, em São Paulo. Esta será a única exibição no Brasil e os ingressos estão quase esgotados.

O renomado baixista Pete Trewavas convidou os fãs sul-americanos para prestigiarem os shows em video publicado no YouTube. Confira em http://www.youtube.com/watch?v=cIjw8gxrPSk.

O público interessado em conferir a histórica performance, pode garantir presença nos sites Ticket Brasil e Clube do Ingresso, nas bilheterias do Carioca Club, Galeria do Rock (loja Hole), CadaQual (Jardim Paulista), Shopping Oriente 500 (Brás), Santo André (Metal Music) e São Bernardo (Age Of Dreams) pelos seguintes valores: R$ 100,00* (pista meia-entrada), R$ 140,00* (pista promocional), R$ 150,00* (camarote meia-entrada) e R$ 200,00* (camarote promocional). Mais informações no serviço abaixo.

"Kaleidoscope", quarto disco do super grupo, chega ao mercado, no dia 27 de Janeiro, via InsideOut Music. Recentemente, a banda liberou videoclipe da balada “Shine”. Este é o primeiro clipe da história do grupo. Confira emhttp://youtu.be/tU4EdoD30Kg. Além disso, Mike Portnoy lançará um DVD chamado "Kaleidodrums". Uma prévia deste DVD está disponível abaixo em http://www.youtube.com/watch?v=5vfNNMkKB78.

Links relacionados:
http://www.transatlanticweb.com
https://www.facebook.com/TransatlanticMusic
http://www.showmastertours.com
https://www.facebook.com/UltimateMusicPR

Serviço São Paulo
Showmaster orgulhosamente apresenta Transatlantic no Brasil
Data: 13 de fevereiro de 2014
Local: Carioca Club
End: Rua Cardeal Arcoverde, 2899 – Pinheiros
Abertura da casa: 18h
Inicio show: 19h30
Classificação etária: A partir de 16 anos
Valores (2º Lote):
PISTA (meia-entrada): R$ 100,00 + taxa | PISTA (promocional): R$ 140,00 + taxa
CAMAROTE (meia-entrada): R$ 150,00 + taxa | CAMAROTE (promocional): R$ 200, + taxa

Ingressos online:
https://ticketbrasil.com.br/show/transatlantic-sp/
http://www.clubedoingresso.com/transatlantic
Pontos de venda:
Bilheterias do Carioca Club (SEM TAXA DE CONVENIÊNCIA) - Tel: 3813-8598
Formas de pagamento: Somente dinheiro.

Hole - Galeria do Rock*
Av. São João, 439 - 1º andar loja 275 - São Paulo - SP
Horário: Segunda à sábado das 10h às 19h.
Formas de pagamento: Dinheiro, Débito e Crédito à vista nos cartões Visa, MasterCard, American,Express, Diners Club International, Elo.

CadaQual*
Rua Augusta, 2171 - Jardim Paulista - São Paulo - SP
Horário: Segunda à sábado das 11h às 20h.
Formas de pagamento: Dinheiro, Débito e Crédito à vista nos cartões Visa, MasterCard, American
Express, Diners Club International, Elo.

Metal Music - Santo André*
Rua Dona Elisa Fláquer, 184 - Centro - Santo André - SP
Horário: Segunda à sexta das 10h às 18h30, sábado das 10h às 17h30.
Formas de pagamento: Dinheiro, Débito e Crédito à vista nos cartões Visa, MasterCard, American

Age Of Dreams - São Bernardo*
Av. Marechal Deodoro, 1754 - 2º Andar loja 33/36 - Centro - São Bernardo do Campo - SP
Horário: Segunda à sábado das 9h às 19h.
Formas de pagamento: Somente dinheiro

Shopping Oriente 500*
Rua Oriente, 500 2º andar - Brás - São Paulo - SP
Horário: Segunda à sexta das 9h às 17h, sábados das 9h às 13h30.
Formas de pagamento: Dinheiro, Débito e Crédito à vista nos cartões Visa, MasterCard, American, Express, Diners Club International, Elo.
*Ponto de venda sujeito a taxa de conveniência

Capacidade: 1.500 pessoas
Acesso para portadores de necessidades especiais
Ar condicionado
Estacionamentos na região: de R$ 20,00 a R$ 30,00 o período
Chapelaria no local: R$ 5,00

Desfile de carnaval volta acontecer na Marechal Deodoro



Depois de 15 carnavais o desfile das escolas de samba do Carnaval de Curitiba volta, este ano (no sábado, dia 1º de março), ao local onde teve seu auge, a Marechal Deodoro. O anúncio foi feito hoje pelo presidente da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Marcos Cordiolli, em entrevista coletiva. Também estiveram presentes na oportunidade representantes das Escolas de Samba de Curitiba, do Bloco Garibaldis e Sacis e do Psycho Carnival.

Segundo Cordiolli a decisão foi tomada com base em pedidos das próprias escolas, que consideram o espaço mais adequado que o Centro Cívico.


“Pesaram também a tradição e o caráter mais popular que a festa ganha na Marechal”, lembra o presidente da FCC, Marcos Cordiolli. A escolha, lembra ele, também foi feita em conjunto com outros órgãos públicos e privados, como a Associação Comercial do Paraná, e levou em conta a disponibilidade de transporte, rotas de fuga, espaço para arquibancadas e concentração das escolas, conforto e segurança dos foliões.


Este ano, as escolas que desfilam pelo Grupo A são a Acadêmicos da Realeza – campeã do ano passado –, a Mocidade Azul, a Embaixadores da Alegria e a Leões da Mocidade. No Grupo B estão as escolas Os Internautas, Unidos de Pinhais, Unidos do Bairro Alto e Imperatriz da Liberdade, que desfila como escola ingressante. O tradicional Rancho das Flores também marca presença.


Bloco – Outro desfile que migra para a Marechal Deodoro é o do Bloco Garibaldis e Sacis, que esquenta o carnaval nos três domingos que antecedem o feriado (dias 9, 16 e 23). Os motivos da saída do Largo da Ordem são parecidos. Como o bloco vem crescendo muito a cada ano, optou-se por um local que comportasse melhor o grande público. Mas os membros do bloco garantem que a animação e a “zoeira” continuarão as mesmas, com as antigas marchinhas de Carnaval e outras criadas especialmente para Curitiba, além de outros ritmos. No dia 22 (sábado), o bloco passa, pelo segundo ano seguido, pelo Sítio Cercado.


Rock – A capital também ganha, no período, um novo evento dedicado ao rock e à música independente. O Curitiba Rock Carnival será uma ampliação do Psycho Carnival, recebendo outras vertentes do rock – sem perder, é claro, o espírito alternativo. Bandas curitibanas como Pelebrói Não Sei e de outros locais, como os potiguares da Camarones Orquestra Guitarrística, estão confirmadas.


“A edição deste ano é importante porque o público terá acesso gratuito a mais shows. Isso vem de encontro com o interesse do festival, que é conseguir passar esse tipo de música para mais pessoas. A FCC acertou em cheio com essa proposta”, afirma o produtor do evento, Vlad Urban.


O festival acontece em frente à Câmara Municipal de Curitiba entre os dias 1º e 3 de março (de sábado a 2ª feira). No domingo (dia 2), quem desfila da Boca Maldita até os arredores da Praça Eufrásio Corrêa é o “bloco zumbi” da ZombieWalk. A mostra de filmes de horror Grotesc-o-Vision também está confirmada (confira a programação na seção de Cinema do Guia Curitiba Apresenta). À noite, o velho PsychoCarnival também acontece, no espaço fechado do Jokers.


Realização e apoios - O Carnaval 2014 é uma realização da Prefeitura Municipal de Curitiba, da Fundação Cultural de Curitiba e do Instituto Curitiba de Arte e Cultura (ICAC), com o apoio da Câmara Municipal de Curitiba e da Associação Comercial do Paraná, através do Programa Centro Vivo.


PROGRAMAÇÃO

7 DE FEVEREIRO
ESCOLHA DO CORTEJO REAL
ELEIÇÃO DO REI MOMO, RAINHA E PRINCESAS DO CARNAVAL. INSCRIÇÕES ATÉ O DIA 4 NOS NÚCLEOS REGIONAIS E ATÉ O DIA 7 NA SEDE ADMINISTRATIVA DA FCC, NO MOINHO REBOUÇAS
Horário: 21h
Local: Memorial de Curitiba
Ingresso: gratuito

9, 16 E 23 DE FEVEREIRO

BLOCO GARIBALDIS E SACIS
O GRUPO QUE AGITA HÁ 15 ANOS O PRÉ-CARNAVAL CURITIBANO DESFILA AGORA EM NOVO LOCAL, MAS COM A ANIMAÇÃO DE SEMPRE. NO DIA 9, A ORQUESTRA CONTEMPORÂNEA DE OLINDA TAMBÉM DESFILA
Horário: 14h às 19h
Local: Avenida Marechal Deodoro
Ingresso: gratuito

22 DE FEVEREIRO

BLOCO GARIBALDIS E SACIS NO SÍTIO CERCADO
PELO SEGUNDO ANO SEGUIDO O BLOCO LEVA SEU TRIO ELÉTRICO PARA O BAIRRO
Horário: 14h às 19h
Local: Rua São José dos Pinhais, Bairro Sítio Cercado
Ingresso: gratuito

DE 28 DE FEVEREIRO A 3 DE MARÇO

GROTESC-O-VISION
Local: Cinemateca de Curitiba
Ingressos: R$10 e R$5
Mais informações: www.vigormortis.com.br

PSYCHO CARNIVAL

SICK SICK SINNERS, CRAZY HORSES, SUPER JAM COM OVOS PRESLEY, CWBILLYS, THE BROWN VAMPIRE KATZ, DEGOLADOS, BURNING ACES (ÁUSTRIA) E SALIDOS DE LA CRIPTA (COLÔMBIA) SÃO ALGUMAS DAS BANDAS CONFIRMADAS
Horário: 22h
Local: Jokers
Ingresso: R$35 por noite, R$100 (pacote três noites) e R$120 (quatro noites)

1º DE MARÇO

DESFILES DAS ESCOLAS DE SAMBA
Horário: a partir das 18h
Local: Avenida Marechal Deodoro, entre a Barão do Rio Branco e a Marechal Floriano Peixoto
Ingresso: gratuito

1º A 3 DE MARÇO

CURITIBA ROCK CARNIVAL
ATRAÇÕES COMO ABRASKADABRA, DIABLO (PORTO ALEGRE), CAMARONES ORQUESTRA GUITARRÍSTICA (NATAL), RADIO CADÁVER, CADELA MALDITA, HILLBILLY RAWHIDE E PELEBRÓI NÃO SEI
Horários: 13h às 22h
Local: Rua Barão do Rio Branco, esquina com Visconde de Guarapuava (em frente à Câmara Municipal)
Ingresso: gratuito

2 DE MARÇO

ZOMBIE WALK
Horário: 12h (concentração) e 14h (saída)
Local: Boca Maldita (saída)
Ingresso: gratuito
APURAÇÃO DOS VOTOS DOS DESFILES
Horário: 13h
Local: Memorial de Curitiba
Ingresso: gratuito

3 E 4 DE MARÇO

BAILE INFANTIL
Horário: 15h às 19h
Local:Ginásio de Esportes Bairro Novo
Ingresso:gratuito
BAILE ADULTO
Horário: 20h à meia-noite
Local: Ginásio de Esportes Bairro Novo
Ingresso: gratuito
__
ENSAIOS DAS ESCOLAS
MOCIDADE AZUL
Horário: 20h30 às 22h30 (5ª feiras a sábados) e 17h às 21h (domingos)
Local: Associação dos Moradores do Santa Mônica e São Fernando – Amasemo – Anexo ao Estádio Algacy Tulio (R. Waldemar Cavanha, 2000, Fazendinha)
Ingresso: gratuito

LEÕES DA MOCIDADE

Horário: 20h30 às 23h (3as e 6as feiras)
Local: Rua São Bento, 607- Armazém da Vila – Vila Hauer
Ingresso: gratuito

EMBAIXADORES DA ALEGRIA

Horário: 20h às 2h (6as feiras e sábados)
Local: Rua Capiberibe, 851 – Santa Quitéria
Ingresso: gratuito

ACADÊMICOS DA REALEZA

Horário: 20h à meia-noite (3as e 5as feiras)
Local: Novo Vasquinho (Rua Dr. Roberto Barroso, 1190, Bom Retiro)
Ingresso:R$5

OS INTERNAUTAS

Horário: 20h às 22h30 (5as e 6as feiras), 19h às 22h30 (sábados) e 16h às 20h (domingos)
Local: Barracão (Rua Rio Solimões, 938, Jardim Weisópolis, Pinhais)
Ingresso: gratuito

IMPERATRIZ DA LIBERDADE

Horário: 19h às 23h (4as feiras) e 15h às 20h (sábados)
Local: 3º Mundo (Rua Maestro Carlos Frank, 2050, Boqueirão)
Ingresso: gratuito

UNIDOS DE PINHAIS

Horários e locais a serem definidos

UNIDOS DO BAIRRO ALTO

Horários e locais a serem definidos

BLOCO CARNAVALESCO DERREPENT

Horários e locais a serem definidos

O mito da democracia racial no Brasil foi tema de encontro entre artistas e intelectuais do Brasil, África do Sul e EUA

O mito da democracia racial no Brasil foi tema de encontro entre artistas e intelectuais do Brasil, África do Sul e EUA
Último dia do workshop Summer Conversations aconteceu em espaço expositivo do 18º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil com painel aberto ao público e exibição de obras do Acervo Videobrasil.

Em debate realizado no sábado (25/1), aniversário de São Paulo, a Associação Cultural Videobrasil em parceria com o Sesc São Paulo e o Goethe Institut apresentou o Painel Público da primeira edição realizada em São Paulo do workshop “Summer Conversations”, uma prévia do Johannesburg Workshop in Theory and Criticism, think tank sul-africano que trata de problemas globais considerando a posição dos países do Sul, realizado em parceria com a Universidade de Witwatersrand (África do Sul), Universidade Johns Hopkins (EUA) e o Instituto de Pesquisa em Humanidades da Universidade da Califórnia. Em São Paulo foi debatido o tema Arquivos sobre o Não-Racialismo.
Partindo de duas premissas principais – “É possível vislumbrar uma sociedade em que a raça não seja um fator predominante?” “Que desafios enfrentamos para que cheguemos a essa visão e como ela seria?” – a discussão foi realizada a partir de dois dias de debates e reuniões na sede doGoethe Institut que contou com a participação de artistas e intelectuais do Brasil, África do Sul e Estados Unidos.
O debate, realizado no Galpão do Sesc Pompeia, onde acontece a exposição 30 Anos, do 18º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil, contou com a participação do cineasta e pesquisador Joel Zito Araújo; a historiadora da USP Marina de Souza e Mello; o diretor do Humanities Research Institute da Universidade da California (UCLA), David Goldberg; apesquisadora da Universidade de Witwatersrand, da África do Sul, Danai Mupotsa, e a professora assistente da UCLA,Nádia Fadil. O debate teve mediação daantropóloga da Universidade de Witwatersrand, Kelly Gillespie.
Diretor dos filmes Raça, Negação do Brasil e O Negro na TV Pública Brasileira, Joel Zito afirmou que o pós-racialismo, um dos temas debatidos, surge no Brasil na década de 1930 quando as elites intelectuais do país começam a discutir a questão da raça sob esse viés, afirmando que o Brasil é uma “democracia racial”, ideia que ainda hoje marca o imaginário sobre o país. A realidade, e a prática, porém, eram outras. “A ideologia da miscigenação se contradiz com a ideia de branqueamento que norteou o Brasil desde a independência”, disse. “O discurso da miscigenação foi e é usado como uma forma de desmobilizar as necessidades históricas das populações negra e índia.”
Historiadora e especialista em história africana e afro-brasileira, Marina de Mello e Souza concorda com Joel Zito de que a questão da raça foi o meio pelo qual o Brasil se estruturou enquanto nação. “Você queria branquear a sociedade, livrá-la da herança africana”, afirmou. O objetivo era construir uma sociedade com ares europeus, o que se viu, também, na arquitetura dos grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, e nos círculos artísticos e intelectuais.
Para ela, porém, a questão do pós-racialismo no Brasil, “embora a genética, a ciência mostrem que a raça é uma questão superada”, “não faz sentido” em virtude da desigualdade social do país. “No momento em que o pós-racialismo se coloca, nós nos firmamos na raça para conquistar a igualdade social. A questão da igualdade para nós passa a ser uma questão de cidadania”, disse a historiadora que, apesar de reconhecer os avanços sociais do Brasil na última década, afirmou que a desigualdade entre as raças persiste.
Sul-africana, Danai Mupotsa vai no mesmo tom que Marina. “A questão do antirracialismo implodiu. Há um retorno para a questão da raça”, disse.
Para a professora Nádia Fadil, a questão da “raça é uma estrutura social organizada”, um meio pelo qual a sociedade se estrutura, constrói sua identidade étnica e diz quem faz e quem não faz parte dela, “o que é humano, o que não é humano”. “Se você pensa em Paris, você pensa na Champs Elysée e não em um lugar em que a imigração é muito forte”, afirmou.
Segundo ela, o secularismo, que tem crescido em sociedades europeias como a França e a Espanha, “é uma maneira que as sociedades têm usado para manterem-se brancas.” Isso ocorre, ela afirma, em virtude da imigração árabe para o continente. “O islamismo é a maneira pela qual o racismo é debatido na Europa”, disse.
Professor da UCLA, o americano David Goldberg afirmou que “a raça emergiu como conceito no século 19” quando a Europa começa a se proteger “daqueles que não eram considerados europeus, os negros e judeus”.
Hoje, ele disse,“a questão da raça foi substituída pela questão da cor” e que, por irônico que seja, “nós não deveríamos mais falar do racialismo, mas falamos disso o tempo todo.” Isso ocorre em partes por conta do aumento da desigualdade social nos países do Norte e com relação a regiões como a África. “A diferença racial representa as diferenças no mundo. 85 pessoas têm o mesmo dinheiro que o equivalente a 3,5 bilhões de pessoas.”
Presente no evento, o ex-secretário de cultura de São Paulo, nas gestões Serra (2005-2006) e Kassab (2006-2012), Carlos Augusto Calil elogiou a iniciativa de realizar o “Summer Conversations” em São Paulo e da realização do debate e da produção intelectual no Eixo Sul sem a anuência dos Estados Unidos e da Europa. “Os sul-africanos estavam cansados dessa intermediação europeia e americana. Espero que encontrem no Brasil um ‘eco’ para a proposta”, afirma.
Sobre o debate, ele afirmou que é importante o Brasil e São Paulo olharem não apenas para a questão do negro, mas também para a do índio. “Há índios aqui mesmo em São Paulo, em Parelheiros (na Zona Sul), que vivem em uma situação terrível, de miséria”, contou.
Foram exibidos antes do debate vídeos do acervo VB que tratam da questão racial, entre eles a performance O Samba do Crioulo Doido, de Luiz de Abreu, ganhadora do Grande Prêmio da 18ª edição, e Barrueco, de Ayrson Heráclito, ganhador do prêmio de residência Sesc_Videobrasil da atual edição, por FunFun (2012). Ayrson participou também dos dois dias de workshop “Summer Conversations” em São Paulo.
Além do artista e dos debates presentes no encontro, participaram dos dois dias de workshop a historiadora e antropólogaLilia Schwarcz; a pesquisadora da Associação Museu Afro Brasil Juliana Bevilacqua; o fotógrafo mineiro Eustáquio Neves; a artista Marie Ange Bordas, editora do Caderno 09 Sesc_Videobrasil Geografias em Movimento, entre outros.