Diário Íntimo
de Henri-Frédéric Amiel
Tradução: Mário Ferreira dos Santos
Formato: 16 x 23 cm
Número de Páginas: 592
Acabamento: Brochura
“Das minhas quatorze mil páginas de Diário, que se salvem quinhentas, é muito, é talvez demais.” Assim Amiel descreve sua própria obra em 1876, sem saber que tal empreitada traria o enorme renome que, dois ou três anos depois de sua morte, lhe seria atribuído a partir das primeiras edições publicadas na forma de dois pequenos volumes.
O QUE PENSAVA
Henri-Frédéric Amiel
"O homem está sempre mais descontente com os outros quando se acha menos contente consigo próprio." Tema - Satisfação
"Fazer o bem é o mais suave prazer que se pode experimentar." Tema - Bondade
"Quando o meu amigo está infeliz, vou ao seu encontro; quando está feliz, espero por ele." Tema - Amizade
"O dever é a necessidade voluntária, a carta de nobreza de um homem." Tema - Dever
"Um erro é tanto mais perigoso quanto mais verdade contém." Tema - Erro
"Vê duas vezes para veres com exactidão; vê apenas uma vez para veres com beleza." Tema - Lucidez
"Há
dois graus no orgulho: um, em que nos aprovamos a nós próprios, o
outro, em que não podemos aceitar-nos. Este provavelmente o mais
requintado." Tema - Orgulho
"A inconstância deita tudo a perder, na medida em que não deixa germinar nenhuma semente." Tema - Perseverança
"A divagação é o domingo do pensamento." Tema - Sonho
"Teria sonhado todas as vidas para me consolar de não haver vivido nenhuma." Tema - Sonho
O QUE FALARAM SOBRE A OBRA DE
Henri-Frédéric Amiel
“Tudo o que Amiel publicou e a que deu acabamento final – palestras, ensaios, poemas – está morto; mas seu Diário, onde, sem pensar na forma, falava apenas a si mesmo, está cheio de vida, sabedoria, instrução, consolo, e continuará entre os melhores livros que já nos foram legados, acidentalmente, por homens como Marco Aurélio, Pascal e Epicteto.”
Liev Tolstói, Introdução à edição russa do Diário de Amiel
“O diário de Amiel doeu-me sempre por minha causa. Quando cheguei àquele ponto em que ele diz que sobre ele desceu o fruto do espírito como sendo ‘a consciência da consciência’, senti uma referência direta à minha alma.”
Fernando Pessoa, Livro do Desassossego
“O seu meio genuíno de expressão era a prosa do seu diário.”
Otto Maria Carpea ux, História da Literatura Ocidental
“O exemplo clássico de diário íntimo nos oferece H. F. Amiel (...): o seu Journal Intime (...) estende-se por um vasto manuscrito, (...) encerrando minudente e dolorosa introspecção no âmago do eu, retrato de uma alma hipersensível, romântica, a debater-se entre a clarividência das próprias limitações e o anseio idealista de impossíveis realizações.”
Massaud Moisés, Dicionário de Termos Literários
Veja aqui algumas páginas
QUEM FOI
Henri-Frédéric Amiel
Professor de Estética e de Filosofia em Genebra, foi um poeta e crítico literário perceptivo, mas sua reputação repousa sobre este Diário Íntimo, uma peça que se tornou referência para uma série de escritores, inclusive alguns brasileiros.
Filósofo e crítico suíço-francês, Henri Frédéric Amiel nasceu a 27 de setembro de 1821, na cidade de Genebra. Oriundo de uma família de huguenotes franceses refugiados na Suíça, era filho de um comerciante.
Perdeu ambos os progenitores bastante cedo. Quando contava apenas onze anos de idade, faleceu-lhe a mãe, vítima de tuberculose. Sucumbindo ao desgosto, o pai acabou por se suicidar, pelo que o jovem Henri foi confiado aos cuidados de um tio paterno.
Após ter sido aceite pela Universidade de Genebra para iniciar os estudos propedêuticos aos dezasseis anos de idade, acabou por se licenciar em 1941. Nesse mesmo ano, decidiu empreender uma viagem, pelo que deambulou durante sete meses por recantos europeus como Napóles, Roma, Malta, Livorno, Florença e Bolonha.
Regressou então a Genebra, mas o seu espírito irrequieto fê-lo de novo viajar, desta feita passando pela França, pela Bélgica e pela Alemanha. Matriculou-se no curso de Filosofia da Universidade de Berlim em 1844, realçando também as riquezas da Filologia, da História, da Antropologia, da Psicologia, da Estética e da Teologia.
Nos finais de 1848 apresentou uma tese de doutoramento à Universidade de Genebra, consagrada aos movimentos literários da Suíça francófona, o que lhe valeu, no ano seguinte, a nomeação de professor catedrático de Estética e Literatura pela mesma instituição. Passou depois a lecionar Filosofia, cadeira pela qual nutria o mais firme entusiasmo, embora tivesse mantido durante toda a sua vida a convicção de ser um professor medíocre e enfadonho.
Alimentando no entanto grandes aspirações literárias, publicou vários estudos, como L'Academie de Genève (1859), Madame de Staël (1876) e Caractéristique Gènèrale de Rousseau (1879), algumas obras poéticas, como Grains de Mil (1854), Il Penseroso (1858) La Part Du Rêve (1863) e Jour à Jour (1880). Não obstante, é relembrado apenas através das reflexões contidas no seu diário, Journal Intime, publicado postumamente em fragmentos a partir de 1886.
Henri Frédéric Amiel faleceu a 9 de março de 1881, em Genebra.
Extracts from Personal Journal (Audio Book) - Henri-Frédéric Amiel
Library of the World's Best Literature, Ancient and Modern volume 1
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