Um rosto bonito
The wife's tale
de Lori Lansens
Tradutor: Fal Azededo
Páginas: 403
Lori Lansens é conhecida internacionalmente por romances que levantam assuntos importantes. Em seu primeiro livro, trata do abandono de crianças pelos pais; no segundo, do nascimento de irmãs siamesas. Em Um rosto bonito, Lori apresenta a questão da obesidade e do amor próprio, mostrando que o sucesso está sempre na mão de cada um e que rótulos foram feitos para serem quebrados.
Mary trabalha numa farmácia, tem 43 anos, 1,67 metro de altura, pesa 150 quilos e está se preparando para a comemoração de bodas de prata com o alto e bonito Jimmy Gooch. Contudo, ele desaparece, deixando-lhe um estranho bilhete e uma conta com razoável quantia. Assustada e sem compreender o porquê de tal atitude, Mary sai em busca de seu amado. Para muitos pode parecer normal, mas ela nunca esteve em um aeroporto, não sabe usar celular e se assusta com qualquer problema financeiro.
Apesar do isolamento do mundo e da inércia em virtude, sobretudo, das gozações que recebe na vizinhança, a determinação e a meiguice da protagonista vão conquistar o leitor desde o início, fazendo-o se divertir, até mesmo, com os desejos alimentares que a atingem durante todo o dia.
Lori Lansens trata de questões importantes, como a busca incessante pelo corpo perfeito e a não aceitação das pessoas diante de quem escolhe não seguir um script “ideal”. Além disso, traz à tona o debate sobre estar ou não apaixonado. Muitos leitores pensarão que Mary é louca pelo marido. Outros, que ela se acostumou com a vida e que tem medo de mudanças profundas. Qual será a verdade?
A CRÍTICA
“Eu prometo: você nunca esquecerá essa história extraordinária [...] a mistura de comédia e tragédia que Lori Lansens produz tocará o leitor profundamente.” (Isabel Allende)
“Um relato sensível mas cômico da luta de Mary contra a obesidade. Um rosto bonito nos traz mais do que a luta pelo autoaperfeiçoamento: há reflexões sobre o amor e a família. Lansens tem muito a dizer.” (New York Sunday Times Book Review)
Lori Lansens era uma roteirista de sucesso antes que ela estourasse na cena literária em 2002 com seu primeiro romance Road Home Rush. Traduzido para oito línguas e publicado em onze países, Rush Road Home recebeu elogios ao redor do mundo. Seu romance
The Girls, foi um sucesso internacional, também. Os direitos foram vendidos em 13 territórios, e considerado book-club pick by Richard & Judy no Reino Unido, vendendo 300.000 cópias. Nascida e criada em Chatham, Ontario, Lori Lansens agora reside em Los Angeles com o marido e dois filhos.
A AUTORA
Lori Lansens nasceu e foi criada em Chatham, Ontario, uma pequena cidade no Canadá, com uma história notável e uma coleção de personagens excêntricos. Vivendo com sua família no sul da Califórnia, ela não poderia resistir ao apelo de seu fictício condado de Baldoon quando começou a escrever Um rosto bonito, seu livro de estreia no Brasil. Lori tem escrito diversos roteiros.
segunda-feira, 12 de março de 2012
Um rosto bonito The wife's tale de Lori Lansens
Filosofia sentimental: Ensaios de lucidez
“Viver bem não é necessariamente viver.” (Frédéric Schiffter)
Filosofia sentimental: Ensaios de lucidez
Título Original: Philosophie sentimentale
de Frédéric Schiffter
Tradutor: Nicia Adan Bonatti
Páginas: 160
Após anos de estudo e pesquisa, Frédéric Schiffter apresenta Filosofia sentimental: Ensaios de lucidez, ensaio em que, para explicar sua teoria, só admite como parâmetros os pensadores que escreveram sobre a própria experiência pessoal.
No livro Schiffter lança mão dos autores que marcaram sua vida e, a partir de aforismos, aborda temas que afligem a humanidade – amor, sofrimento, sabedoria, morte, tempo e carga de trabalho, pessimismo para enfrentar o caos, tristeza, vulgaridade da massa, nihilismo como consequência aguda do trágico e outras reflexões que auxiliarão o leitor a examinar seu próprio cotidiano. Uma obra séria e íntima, não uma filosofia de sentimento ou uma sentimentalização do filósofo.
Discussões com filósofos, bem como pequenas lições da vida de um autor pessimista sem amor excessivo por seus contemporâneos, estes capítulos curtos são também reflexões sobre ângulos particulares do trabalho de importantes filósofos.
A análise do autor é feita com base em 10 intelectuais: Friedrich Nietzsche, Fernando Pessoa, Marcel Proust, Arthur Schopenhauer, Eclesiastes, Michel de Montaigne, Chamfort, Sigmund Freud, Clément Rosset e José Ortega y Gasset.
TRIXMIX 2012 Estreia no dia 5 de abril, no estúdio Emme, em edições quinzenais
“SEXY AND AUDACIOUS” Time Out SP
“SURPREENDENTE E DIVERTIDO” Época SP
“ATMOSFERA DA BELLE EPOC” Veja Online
“O CABARÉ MAIS BADALADO DE SÃO PAULO” Estadão
O Trixmix é um projeto que há 5 anos reúne consagrados
artistas da cena circense, burlesca e cômica para apresentações autorais.
Uma experiência única, onde a surpresa, o humor,
a beleza e o inusitado compõem uma noite especial.
Em 2012 as edições serão quinzenais,
sempre as quintas-feiras, no Estúdio Emme.
A edição de estreia reúne um time especial,
que inclui a ilusionista brasileira Diny,
Dom Paulinho Lima , com seu funk e soul music e Tomate,
artista argentino que vem especialmente para a estreia.
Ele apresenta um imperdível número balões.
Artistas que se apresentarão na noite de estreia
Fabricia Ouriveis – A mestre de cerimônias para comandar o show
Diny – A ilusionista brasileira pela primeira vez no Trixmix
Claudio Carneiro – Traz seu inesquecível número de humor
Cheesecake –Stripchic com toda classe e sensualidade
Mix Girls – As belas bailarinas estão de volta
Irmãos Sabatino – Desafiando as leis da física e da gravidade na barra fixa
Dom Paulinho Lima – Com muito funk e soul music
TRIXMIX
Abertura da casa: 20h00 com DJ e drinks
Início do Show: 21h30
Duração do espetáculo: 90 minutos
Festa depois do show com DJ Kefing
Local: Estúdio Emme
Av. Pedroso de Morais, 1036
Recomendação: 18 anos
INGRESSOS R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada)
Entrada e assentos para deficientes / Serviço de Bar
Estacionamento R$ 20,00 - serviço de valet.
Os Criadores
Entre 2003 e 2006, Emiliano Pedro e Raquel Rosmaninho desenvolveram seu trabalho artístico em Londres, onde estudaram técnicas de acrobalance e malabarismo na The Circus Space e participaram de eventos e montagens performáticas na Europa e no Oriente Médio.
De volta ao Brasil em 2007, dividiram seu tempo com a realização do Trixmix Cabaret e com seus treinos acrobáticos. Em 2008 a dupla foi contemplada com o prêmio Funarte de Fomento ao Circo para criação de novo número circense, o qual integrou a programação de entretenimento do Live Stage em Dubai. Em dezembro do mesmo ano, a convite do Corpus Acrobatics Theatre, eles se apresentaram no evento HP Software Universe, em Viena, Austria.
Desde 2009 a dupla decidiu dedicar-se totalmente para consolidação do Trixmix Cabaret e da agência Trixmix no mercado cultural de São Paulo. O ano de 2010 foi um ano de expansão da rede de artistas e clientes. 2011 começa com trabalho e dedicação para manter o Trixmix Cabaret em cartaz permanente em São Paulo e fomentar a cena de variedades e circo contemporâneo no Brasil.
Emiliano Pedro - Diretor artístico e curador do Trixmix Cabaret. Iniciou sua formação circense no começo dos anos 90, como integrante do Grupo Acrobático Fratelli (1992-1996) e no Circo Escola Picadeiro. Em 1995, junto com Daniel Pedro e Guga Aranha, fundou o Circodélico, grupo que conquistou prêmios (APCA e PANAMCO-2000) e atuou no Japão, México e França. Como artista circense, já atuou na Europa, Ásia e Américas em companhias como GandiniJuggling Project, Ornintorrinco e Corpus Acrobatics Theatre. Foi professor e coordenador do curso de acrobacia do Youth Circus Programme, na The Circus Space de 2004 a 2006 (Londres) e professor de técnicas circenses em 2007/2008 no CEFAC (São Paulo). Graduado em Educação Física pela Universidade de São Paulo (USP).
Raquel Rosmaninho diretora geral e curadora do Trixmix Cabaret. Iniciou sua carreira artística em 2000, no Circo Escola Picadeiro e com o Grupo Circodélico. Atuou no Brasil, Europa e Ásia junto ao projeto Trixmix e em companhias como Corpus Acrobatics Theatre, MLC, Ocean Village Cruise Ship, David Atkins Enterprise. Foi professora do curso de acrobalance do Youth Circus Programme na The Circus Space (Londres) entre 2004 e 2006. Entre 2007 e 2009 foi consultora temática de circo do Programa Fábricas de Cultura da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo.
É bacharel em artes circenses pela The Circus Spaceem colaboração com a The Central School of Speech and Drama (Londres), em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduada em Linguagens da Arte no Centro Maria Antônia (USP).
Festival das Artes Cênicas apresenta 40 espetáculos de companhias dos nove estados nordestinos
O VI Festival das Artes Cênicas, realizado pelo Banco do Nordeste, apresentará um elenco diversificado de atividades orientadas para o teatro, o circo e a dança, no período de 15 a 31 deste mês. Com entrada franca, o Festival acontecerá nos três Centros Culturais Banco do Nordeste (Fortaleza; Cariri, em Juazeiro do Norte, no sul do Ceará; e Sousa, no alto sertão paraibano).
Nesta sexta edição, serão realizadas cinco mostras (Palco, Rua, Primeiro Ato, Dança e Infantil), totalizando mais de 40 espetáculos de companhias dos nove estados nordestinos (Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas e Sergipe), além de encenações vindas de outros estados brasileiros (Rio de Janeiro e São Paulo).
A programação contemplará também ações formativas, como as oficinas de formação artística voltadas para o público adulto e as oficinas de iniciação para o público, além de um curso de apreciação de arte e debates nos programas Papo XXI e Conversas Filosóficas.
O espetáculo de abertura será o "Circo dos Beatles", com o coletivo cearense Tembiú - Alimento de Alma, na próxima quinta-feira, 15, às 18h30. "Circo dos Beatles" é um espetáculo cênico-musical que reúne elementos do circo, teatro, vídeo e rock'n'roll. Influenciada pelo repertório da banda britânica The Beatles, a cantora e atriz Soledad Brandão agregou em torno das canções de Lennon, McCartney, Harrison e Starr uma partitura especial: palhaços, malabaristas, tecido aéreo, pernas de pau, vídeo-mapping e músicos tocando Beatles. Uma magia contagiante transcendente que certamente tomará conta de todos. Um paraíso cercado de muitas cores e sons. Um lugar fantasioso e psicodélico.
A Mostra Palco traz dez espetáculos, sendo seis cearenses e os outros quatro do Maranhão, Paraíba, Alagoas e Sergipe. São eles: "A triste história de Catarina e Bily Macarrão", com a Cia. Epidemia de Bonecos (CE), no dia 15, às 12h e 15h; "Diwan de Lorca", com a Cia. Palmas (CE); "Duas histórias de amor", com o grupo sergipano Caixa Cênica, no dia 22 (quinta-feira), às 15h e 18h; "Meias Irmãs", com a Cartaxo Produções, da Paraíba, no dia 23 (sexta-feira), às 15h e 18h (este espetáculo circulará nos três CCBNBs); "A saga de Lampião pelos reinos da assombração", com a Cia. de Teatro Lua (CE), nos dias 24 (sábado), às 15h e 18h, no CCBNB-Fortaleza, e no dia 31 (sábado), às 18h, no CUCA Che Guevara; "Reis do Sol", com a companhia Nega Fulô, das Alagoas, no dia 27 (terça-feira), às 15h e 18h; "A assassina", com o grupo Teatro Elo (CE), no dia 28 (quarta-feira), às 15h e 18h; "Otelo", com o Coletivo Cambada (CE), no dia 29 (quinta-feira), às 12h e 15h; "Pai & Filho", da Pequena Cia. de Teatro, do Maranhão, no dia 30 (sexta-feira), às 15h e 18h; e "Retrato", da Cia. Yoko de Teatro (Crato-CE), no dia 31 (sábado), às 12h e 14h.
Por sua vez, a Mostra Rua apresenta quatro espetáculos, sendo dois cearenses, um carioca e outro piauiense. "Romeu e Julieta: o encontro de Shakespeare com a cultura popular", será encenado pelo Grupo Garajal (Maracanaú-CE), no dia 16 (sexta-feira), às 17h, na Praça Murilo Borges (ao lado do CCBNB-Fortaleza), e no dia 23 (sexta-feira), às 17h, em frente ao Theatro José de Alencar (este espetáculo também será apresentado no Cariri); "Errar é umano", com a Cia. Sinequanon, do Rio de Janeiro, no dia 21 (quarta-feira), às 17h, na Praça Murilo Borges (este espetáculo circulará nos três CCBNBs); "Picadeiro", com o Grupo Fuzuê (CE), no dia 27, às 17h, no CCBNB-Fortaleza; e "O auto da folia de reis", com o grupo Corpos Teatro Independente, do Piauí, no dia 30 (sexta-feira), às 17h, na Praça Murilo Borges.
Os seis espetáculos da Mostra Primeiro Ato, que traz peças de grupos novos mas já com algum traquejo em termos de linguagem teatral, serão todos apresentados no dia 17 (sábado). "Quando as máquinas param", da Universidade Federal do Ceará, às 11h; "Ferocidades adormecidas", do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), às 14h; "Contradizes", do Curso Princípios Básicos de Teatro (do Theatro José de Alencar - TJA), às 15h; "Público", do IFCE, no Parque das Crianças, às 16h; "Plastic Wood", do Curso Princípios Básicos de Teatro (TJA), às 17h; e "E Se...", também com o Curso Princípios Básicos de Teatro, às 18h30.
Cinco espetáculos abrilhantam a Mostra Dança: "A delicadeza da loucura", com a Cia. Arreios, de Trairi (CE), no dia 16 (sexta-feira), às 15h; "Anatomia das coisas encalhadas", com Silvia Moura, também no dia 16, às 18h; "Graça - evidências de percurso nº 1", com a Cia. da Arte Andanças (CE), no dia 20 (terça-feira), às 15h e 18h; "Cordões", com o Grupo Peleja, da Bahia, no dia 21 (quarta-feira), às 15h e 18h; e "Brincar de quê", com o grupo Expressart (CE), no dia 27 (terça-feira), às 12h.
Os três espetáculos da Mostra Infantil serão apresentados em três domingos: "Confia em mim", com a Residência Artística de Sapateado (CE), no dia 11, às 14h e 16h; "Flúvio e o Mar", com o grupo Atores à Deriva, do Rio Grande do Norte, no dia 18, às 15h e 17h (este espetáculo também será apresentado no CCBNB-Cariri); e "As Levianas", com Cia. Animé, de Pernambuco, no dia 25, às 15h e 17h (este espetáculo circulará nos três CCBNBs).
Exposições marcam os 25 anos dos ateliês do Museu da Gravura de Curitiba
Os museus da Gravura e da Fotografia de Curitiba, instalados no Solar do Barão, inauguram novas exposições nesta terça-feira (13), às 19h, com um convite ao público para mergulhar na criatividade de artistas que transitam pelo universo dos elementos visuais. A programação, que abre o calendário de atividades desses espaços mantidos pela Fundação Cultural de Curitiba, tem entrada franca e pode ser conferida até o dia 20 de maio de 2012.
As salas do Museu da Gravura de Curitiba abrigam mostras com diferentes propostas, entre elas “Ateliês no Tempo” e “Múltiplos Ateliês”, que comemoram os 25 anos dos ateliês do Museu da Gravura; ao lado de “Derrapagens”, da gaúcha Regina Silveira; “Hacklab Solar”, de Guilherme Soares e Simone Bittencourt; “Videomódulos e Planopinturas Iconográficas”, de Tony Camargo; e “Era uma vez...”, com histórias em quadrinhos de Fúlvio Pacheco.
No Museu da Fotografia de Curitiba o cartaz é “5 Lagos”, uma proposta artístico-curatorial de Claudia Washington e Lúcio de Araújo, com montagem de Janice Martins Sitya Appel. E, na Loja da Gravura, acontece a exposição “Museu da Gravura em Ensaio”, da fotógrafa Priscila Forone, que registra em 13 imagens detalhes das marcas deixadas pelos artistas que ocuparam, ao longo do tempo, o Museu da Gravura.
Vinil nas paredes – A artista plástica gaúcha Regina Silveira, um dos principais nomes da arte contemporânea brasileira, consagrada não apenas no Brasil, mas também no exterior, responde pela exposição “Derrapagens”. Na elaboração da mostra, a artista partiu de fotografias de modelos de pneus para gerar imagens digitais de grande formato, posteriormente executadas como recorte de vinil adesivo e coladas sobre as paredes da sala de exposição.
A obra resultante simula vestígios de pneus de automóveis e motocicletas, como se tivessem passado pelas paredes num espaço isento de gravidade. As trilhas de pneus se sobrepõem e se atravessam, insinuando movimento aleatório e imprimindo efeito de temporalidades diversas, de automóveis que passam pelo mesmo caminho em momentos e rotas distintos.
Completa a exposição a peça “Derrapando”, maquete da obra apresentada no Centro Cultural Espanha (Montevidéu / Uruguai), em 2004. Produzidas desde os anos 1980, as maquetes das intervenções arquitetônicas já realizadas por Regina, no Brasil e no exterior, são, de acordo com a própria artista, um modo de “sonhar a permanência de obras que desapareciam quase sempre em um par de meses, ou pouco mais”.
A curadora da exposição, Regina Kaminski, formada em Artes Visuais e doutora em História, destaca que, nas intervenções criadas especialmente para dialogar com o Museu da Gravura, “há também a impressão de ordem e regularidade nos percursos insinuados pelas motocicletas de brinquedo das Snakes, articulando, no conjunto, o caos e a organização que paradoxalmente compõem o trânsito urbano, o movimento repetitivo e o acidental, o labiríntico, o trajeto individual e o coletivo”.
Antecedendo a abertura de “Derrapagens”, Regina Silveira comanda, às 17h, na Sala Scabi do Solar do Barão, uma conversa com o público sobre sua produção artística, desenvolvida há mais de quatro décadas. Nascida em Porto Alegre (RS), em 1939, Regina Silveira é artista intermídia, com incursões pela pintura, desenho e gravura. Tendo estudado com grandes nomes das artes plásticas, também lecionou em instituições brasileiras e estrangeiras. Desde os anos 60 exibe sua obra em numerosas mostras individuais e coletivas, em todo o mundo.
Entre as diversas premiações obtidas por Regina Silveira estão os prêmios Sergio Motta para Arte e Tecnologia (2000), Bravo Prime de Artes Plásticas (2008), Artes para Pintura/Vida e Obra da Fundação Bunge (2009), e o Grande Premio da Crítica da APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte (2011).
Caminho da gravura – Os ateliês do Museu da Gravura de Curitiba completam 25 anos de existência como importante espaço público para o conhecimento, acesso e desenvolvimento de trabalhos nas técnicas da arte da gravura. Para marcar a data, acontece a exposição “Ateliês no Tempo”, que reúne obras de diversos artistas que trabalharam ou ministraram cursos e palestras naqueles locais. As obras pertencem ao acervo municipal.
As técnicas milenares da gravura – xilogravura, gravura em metal, litografia e serigrafia – foram alguns dos meios responsáveis pela transmissão de conhecimento, em diferentes períodos da história da humanidade. Embora acrescidas de métodos mais ágeis de reprodução, desde o início do século XX, tais técnicas permanecem em atividade como meio de expressão artística, fazendo com que artistas continuem a utilizá-las, reafirmando seu espaço na arte contemporânea.
“Acompanhando tendências da arte mundial através dos tempos, manifestações envolvendo gravura dilataram-se e continuam a discutir questões de interesse atual, pois a expansão da arte para outros campos do conhecimento não desabilita referências anteriores, mas transforma-as ao atualizar suas funções”, destaca Ana González, coordenadora do Museu da Gravura de Curitiba.
Para ela, “a existência dos ateliês do Museu da Gravura é a garantia de acesso às origens da gráfica atual, tão cara à arte de hoje, profundamente contaminada e mediada pela informação e pela imagem. Os ateliês são parte viva do Museu da Gravura Cidade de Curitiba, um espaço no qual se conserva a memória de um processo de conhecimento continuamente renovado”.
Memória artística – Outra exposição diretamente ligada à gravura, em nossa cidade, é “Múltiplos Ateliês”, que apresenta obras encartadas no livro “Solar da Gravura – 25 Anos dos Ateliês do Museu da Gravura Cidade de Curitiba”, com lançamento na abertura da mostra, nesta terça-feira (13). Participam do projeto os artistas Fernando Rosenbaum, Denise Roman, Rettamozo, Lahir Ramos, Eliane Prolik, Nelson Hohmann, Carlos Henrique Tullio, Glauco Menta, Ana González e Helio Fervenza.
A publicação, incentivada pelo Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – PAIC da Prefeitura de Curitiba, é composta por textos realizados a partir de pesquisa historiográfica sobre a trajetória dos ateliês, vivenciada pelos autores Ana González, Andréia Las, Artur Freitas e Maria Ivone dos Santos. A obra foi idealizada plasticamente como um "livro de artista” e inclui uma série de intervenções, encartadas no livro em forma de lâminas avulsas. Na quarta-feira, 14 de março, às 19h, os autores conversam com o público, em encontro na Sala Scabi do Solar do Barão, com entrada franca.
Cultura digital – O público terá oportunidade de conhecer o “Hacklab Solar”, uma espécie de laboratório de pesquisas sobre cultura digital e uso criativo de tecnologias, instalado no Solar do Barão desde novembro de 2011. O laboratório funcionará temporariamente numa das salas do Museu da Gravura, durante o período de execução do projeto nacional “Jardins de Volts”, contemplado com o Prêmio de Cultura Digital 2010 do Ministério da Cultura.
O Hacklab Solar é um dos três núcleos desse projeto, desenvolvido também em Cachoeira (BA) e Olinda (PE). O Hacklab Solar é coordenado pelos pesquisadores Guilherme Soares e Simone Bittencourt, que têm recebido o público para o acompanhamento de suas pesquisas e oferecido oficinas intituladas “Introdução à Computação Poética”.
Pesquisas artísticas – Em “Videomódulos e Planopinturas Iconográficas”, o artista plástico Tony Camargo apresenta duas séries de trabalhos que constituem pesquisas artísticas paralelas. Sua proposta é instigar a reflexão sobre a autonomia do trabalho de arte. O artista se propõe a apresentar várias “unidades neutras”, mas concorda que duas pesquisas formais distintas podem estar em busca de um mesmo sentido.
Marcas nos ateliês – O Museu da Gravura é tema do ensaio fotográfico realizado pela fotógrafa Priscila Forone. As 13 imagens apresentadas na exposição põem em foco detalhes das marcas deixadas pelos artistas nos ateliês, ocupado durante mais de 20 anos para a produção de gravuras. Na mostra “Museu da Gravura em Ensaio”, a presença física do Museu é incorporada às fotografias pela utilização de chassis de matrizes de serigrafia, utilizados por diversos artistas durante anos, como moldura para as imagens.
Quadrinhos – Fúlvio Pacheco apresenta a série inédita de quadrinhos “Era uma vez...”. A exposição é mais uma oportunidade de conhecer os personagens criados por um dos cartunistas mais atuantes do Paraná. Autor das revistas “Kika”, “Fantasias Urbanas” e “Lobo da Estrada”, Fúlvio Pacheco é quadrinista, grafiteiro, professor de quadrinhos na Gibiteca de Curitiba, na biblioteca da Praça do Japão e no Centro Guido Viaro, e professor de arte em várias instituições de ensino.
Proposta artística – O Museu da Fotografia abriga a exposição “5 Lagos”, uma proposta artística dos fotógrafos Claudia Washington e Lúcio de Araújo, com montagem de Janice Martins Sitya Appel. As imagens, resultado de um trabalho realizado na fronteira entre Brasil e Paraguai, são apresentadas em cinco ambientes distintos: Travessia, Anunciación, Rádio Marangatu, Vila C e Outras Palavras.
No dia 14 de março (quarta-feira), às 17h, Janice Appel fará uma palestra sobre “Montagem e Museografia em Artes Visuais: Poéticas e Espaço Expositivo”, quando tratará do projeto “5 Lagos” e a montagem para o Museu da Fotografia Cidade de Curitiba. No dia 15 de março (quinta-feira), às 19h, será lançado e distribuído o livro “Rohayhu/Todavia” e realizada a palestra “Desencadeamentos Poéticos em 5 Lagos”, com Claudia Washington e Lúcio de Araújo. Essas duas atividades também fazem parte da Semana dos Museus.
Serviço:
Exposições no Museu da Gravura Cidade de Curitiba e no Museu da Fotografia Cidade de Curitiba (Solar do Barão – Rua Carlos Cavalcanti, 533 – Centro)
Data e horário: abertura às 19h do dia 13 de março (terça-feira), permanecendo até o dia 20 de maio de 2012.
Relação das exposições: “Derrapagens”, “Ateliês do Tempo”, “Múltiplos Ateliês”, “Era uma vez...”, “Hacklab Solar”, “Videomódulos e Planopinturas Iconográficas”, “5 Lagos”, “Museu da Gravura em Ensaio”
Horário de visitação: de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 12h às 18h
Entrada franca