sexta-feira, 30 de maio de 2008

A Mulher de Pilatos




de Antoinette May

400 páginas

Com riqueza de detalhes e magistral ambientação histórica, A mulher de Pilatos transporta o leitor para o centro do conturbado Império Romano. Recorrendo à sua experiência como biógrafa para reconstituir a vida de Cláudia Prócula, Antoinette May cria uma emocionante história em que ficção e realidade se misturam com perfeição.

Acompanhando a trajetória de Cláudia, o livro apresenta o surpreendente ponto de vista feminino de uma sociedade particularmente machista, além de acompanhar os romances, os conflitos, as angústias e as transgressões das mulheres na época de Cristo.

Nascida com o dom da premonição, Cláudia era atormentada por visões de guerra e morte desde a infância. Apesar de não poder interferir no curso da história, ela faz de tudo para evitar um dos mais trágicos acontecimentos de todos os tempos: a crucificação de Jesus.

Ao saber da paixão de sua amiga Miriam de Magdala por um religioso radical chamado Jesus de Nazaré, Cláudia prevê um futuro terrível. Quando Jesus é preso, ela suplica ao marido Pôncio Pilatos que o inocente. Mas, cedendo à vontade do povo, Pilatos lava as mãos e o condena.

Mesmo casada, Cláudia se apaixona perdidamente pelo gladiador Holtan, mas continua lutando ao lado do marido para manter a ordem na sociedade romana, tomada pelo caos político e social.

Repleto de romance, religião, aventura e suspense, este livro apresenta a possível vida dessa misteriosa mulher que, apesar de aparecer uma única vez na Bíblia, está profundamente ligada à história do cristianismo.

***

Numa época marcada por agitação social, atrocidades políticas e conflitos religiosos, Cláudia Prócula lutava para encontrar a felicidade e sobreviver à tirania do Império Romano.

Dotada de dons premonitórios, ela teve uma vida marcada por tragédias. O destino a conduz a diferentes direções: do templo de Ísis à Vila dos Mistérios, do infame covil das serpentes aos braços de Pôncio Pilatos. Seu coração, porém, parece estar sempre em outro lugar.

Enquanto Pilatos se vê cada vez mais envolvido com a política – e com casos extraconjugais –, a solidão de Cláudia a aproxima do poderoso gladiador Holtan, com quem passa a viver um romance secreto.

Quando sua amiga Miriam de Magdala lhe conta sobre seu amor por Jesus, ela prevê revoluções, injustiças e assassinatos, e percebe que aquele é um momento decisivo.

Numa mistura bem dosada de ficção e realidade, A mulher de Pilatos narra a trajetória de uma personagem real que viveu na época de Cristo, convivendo com o imperador Tibério, o instável Calígula e a polêmica Maria Madalena, entre muitos outros.

Com um texto envolvente e uma trama bem amarrada, a jornalista Antoinette May recria a sociedade pré-cristã, revelando as lutas pelo poder, o culto aos deuses antigos, os abomináveis duelos de gladiadores e os costumes e tradições de um dos períodos mais importantes de nossa história.

Escrito com base em 14 anos de pesquisas, o livro apresenta o Império Romano sob um novo prisma, revelando as mais secretas armações por trás do jogo do poder e do jogo do amor.


um lançamento da

LANÇAMENTO SÁ EDITORA NA LIVRARIA MARTINS FONTES

PSICANÁLISE E EDUCAÇÃO




CONSTRUÇÃO DO VÍNCULO E DESENVOLVIMENTO DO PENSAR

de
MARGARIDA AZEVEDO DUPAS

A questão central deste livro é como a Psicanálise pode contribuir com a Educação no
processo que vai da imaturidade à maturidade, construindo vínculos e diminuindo
agravos. Sua fundamentação está no pensamento de Sigmund Freud como teoria, método
terapêutico e de investigação do inconsciente, e principalmente nas idéias de Wilfred
Bion sobre o vínculo entre pensamento e emoção.
Renato Mezan (Psicanalista e professor titular da PUC/SP) escreveu - 
"Que as dificuldades na aprendizagem constituem sintomas das dificuldades emocionais da
criança é uma descoberta antiga da Psicanálise. Mas, por vários motivos, o
aproveitamento dela para minorar problemas em sala de aula ainda não se tornou
freqüente - e é precisamente este o tema do livro que o leitor tem em mãos.

A formação em Pedagogia e Psicanálise de Margarida Dupas, somada a uma longa
experiência como professora em vários níveis de ensino, psicopedagoga e analista de
crianças, adolescentes e adultos, confere singular riqueza ao seu trabalho -
originalmente uma dissertação de Mestrado em Psicologia Clínica que tive o privilégio
de orientar na PUC/SP.


Por que o fracasso escolar se torna, em certas circunstâncias, preferível ao sucesso? O
que a criança quer comunicar através dele, e a quem? E com que meios procede ao ataque
à sua capacidade intelectual, assim como aos vínculos que a ligam a seus pais e
professores? Para responder a essas perguntas, Margarida toma duas direções:
primeiramente, apresenta de modo claro e minucioso as bases teóricas em que se apóia
(Freud, Melanie Klein e Wilfred Bion); em seguida, entrevista professoras do ensino pré-
escolar, e reflete sobre algumas experiências de pacientes (crianças e adultos) em
conexão com o tema do qual se ocupa.

O material empírico assim colhido ilustra sua tese central: muitas dificuldades
escolares correspondem a falhas precoces no processo de simbolização, por sua vez
motivadas por tropeços na relação da criança com seus pais (particularmente com a mãe)
e com o "impulso de ser curioso", como Bion designa o que Freud chamava de Wisstrieb
(pulsão epistemofílica).

Uma das descobertas da autora - confirmada por estudos de outros analistas, como Marcia
Neder Bacha - é que na relação com os alunos são mobilizadas fantasias e ansiedades
infantis do próprio professor. Daí o interesse - para ele, para a escola e para a
criança - de que elas sejam identificadas, e em certos casos neutralizadas. Abre-se
assim uma via promissora para a colaboração entre analistas e educadores, pois é na
formação continuada que o professor pode se dar conta de que sua atividade está
inevitavelmente permeada por fatores inconscientes, cujo papel nos problemas com se
defronta em classe pode não ser nada desprezível.


São questões de inegável atualidade - e o livro de Margarida Dupas não oculta a
complexidade delas. Mas, como dizia Freud, "ver claramente os pontos obscuros já é um
grande avanço." E sem dúvida Psicanálise e Educação representa uma contribuição de
primeira ordem para enxergarmos com mais nitidez os "pontos obscuros" numa área tão
sensível quanto a educação de nossos filhos."

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"Este livro é uma reflexão sobre a experiência percorrida pela autora a respeito da
contribuição da Psicanálise à Educação. Diante do conflito apontado por Freud, que
antagonizaria o indivíduo e a sociedade, a saída viria da valorização do pensar - tal
como o concebe W. Bion - conciliando a criança com o social. A autora fundamenta-se
principalmente no modelo bioniano de reverie materno, capaz de acolher, metabolizar e
devolver transformadas as experiências afetivas primitivas; e, assim, imprimir uma
matriz à organização psíquica da criança através da autocontinência emocional".


Marcia Neder Bacha, psicanalista, professora da UFMS, pós-doutoranda da PUC/SP

O tema que a autora aborda neste livro é instigante, atual e constitui um desafio para
o nosso tempo: diagnosticar e tratar os graves sintomas que a realidade educacional
brasileira vem apresentando. Margarida convida educadores e psicanalistas a darem as
mãos de modo que Educação e Psicanálise tentem juntas cuidar da família e da escola -
os principais envolvidos nessa tarefa transformadora - resgatando a verdade e a
responsabilidade de cada uma delas: devolver à família o que lhe é próprio; e convocar
a escola, seus mestres e alunos a refazer os elos entre aprendizagem e subjetividade.
Para tanto, informa o leitor sobre o uso de vários vértices teóricos psicanalíticos
clássicos combinados aos mais recentes, ilustra com vinhetas clínicas, fatos que unem
esses dois campos visando iluminar as vicissitudes do desenvolvimento psíquico e da
aprendizagem e motivar aqueles que se sentem preocupados com a falência do ensino.

Maria Beatriz Romano de Godoy, Psicanalista, membro da SBPSP, e do Departamento
Formação em Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. Professora e supervisora do
curso Formação em Psicanálise e do curso de Psicoterapia Psicanalítica, realizado na
USP.



Sobre a autora

Margarida Azevedo Dupas, mestre em Psicologia Clínica (PUC/SP), é psicanalista, pedagoga e psicopedagoga. Membro efetivo e coordenadora da Comissão de Publicação do Departamento Formação em Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, é também membro titular da Associação Brasileira de Psicopedagogia, tendo participado do seu Conselho Nacional de 1996 a 2007. Co-autora dos livros Adolescência e violência: ações comunitárias na prevenção - David Levisky (org.), Casa do Psicólogo; Padronização Brasileira do SDT, Teste do Desenho de Silver - Rawley Silver, Casa do Psicólogo e Psicopedagogia, um portal para a inserção social - Associação Brasileira de Psicopedagogia, Editora Vozes, publicou vários artigos em revistas acadêmicas.


UM LANÇAMENTO
Cultura Acadêmica Editora



quinta-feira, 29 de maio de 2008

EMILIA FERREIRO E A ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL

UM ESTUDO SOBRE A PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
de
MÁRCIA CRISTINA DE OLIVEIRA MELLO
Páginas: 136


Neste livro, analisam-se aspectos do pensamento da pesquisadora Emilia Ferreiro sobre alfabetização, com ênfase em suas concepções a respeito do processo de construção do conhecimento da língua escrita, por parte de crianças, que resultam de sua pesquisa sobre a psicogênese da língua escrita fundamentada na Epistemologia Genética de Jean Piaget e na Psicolingüística de Noam Chomsky e que tiveram significativa repercussão em nosso país, a partir de meados dos anos de 1980. O tema é abordado de uma perspectiva histórica, por meio da utilização de procedimentos de localização, reunião e ordenação da bibliografiadisponível de e sobre Emilia Ferreiro e da análise da configuração textual do livro Psicogênese da língua escrita. A pesquisa propiciou tanto uma avaliação mais precisa da importância e do significado do pensamento dessa pesquisadora
quanto a constatação de que a matriz invariante de seu pensamento encontra-se no livro analisado.

O nome de Emilia Ferreiro marca decisivamente a história da alfabetização no Brasil (embora não somente aqui). Desde a década de 1980 do século XX, não se pode mais pensar em alfabetização, de modo rigoroso, sem considerar as contribuições dessa psicóloga argentina, nascida em 1937, cuja opções políticas e teóricas obrigaram-na a vários deslocamentos, até sua vinculação, a partir de 1979, como pesquisadora e professora, ao Centro de Investigações e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional do México.

Após ter concluído seu doutorado pela Universidade de Genebra, em 1970, sob a orientação de Jean Piaget, Ferreiro iniciou pesquisas experimentais sobre a aquisição da língua escrita com crianças, contando com a colaboração de Ana Teberosky, dentre muitas outras pesquisadoras. Movida pela necessidade de buscar as causas do fracasso das crianças (pobres, especialmente) em aprender a ler e escrever e opondo-se ao que se pensava e se praticava até então a respeito da alfabetização, Ferreiro propôs o deslocamento do eixo das reflexões do "como se ensina a ler e escrever" para o "como se aprende a lecto-escrita", caracterizando o que denominou "revolução conceitual".

Os resultados dessas pesquisas se encontram especialmente no livro Los sistemas de escritura en el desarrollo del niño, de Ferreiro & Teberosky, publicado no México, em 1979, e cuja tradução brasileira foi publicada em 1985, com o título Psicogênes da língua escrita.

Desde sua divulgação no Brasil, os resultados dessas pesquisas contribuíram decisivamente para a proposição e divulgação do que, entre nós, passou a ser conhecido como "o construtivismo de Emilia Ferreiro". Essa é uma das principais justificativas da relevância do tema deste livro de Márcia Cristina de Oliveira Mello, resultante de sua pesquisa de mestrado, deselvolvida entre 2002 e 2003, junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Unesp (campus de Marília).
Sobre a autora Márcia Cristina de Oliveira Mello é mestre e doutora em Educação pela Unesp. Integra o corpo docente do curso de Geografia da Unesp (campus de Ourinhos) e do curso de Pedagogia das Faculdades Integradas de Ourinhos. Deselvolve pesquisas especialmente sobre os seguintes temas: alfabetização, pesquisa histórica em educação e ensino- aprendizagem.

um lançamento da

Evento dos 25 anos da Gibiteca concorre ao prêmio HQMix


A Gibiteca, unidade da Prefeitura administrada pela Fundação Cultural de Curitiba, foi indicada em uma das categorias do 20º Troféu HQMix, que premia os melhores dos quadrinhos.

A programação realizada no ano passado, pela Fundação Cultural de Curitiba, para comemorar os 25 anos da Gibiteca, está concorrendo na categoria Evento do 20º Troféu HQMix. A entrega dos prêmios será no dia 23 de julho, no Sesc Pompéia, em São Paulo. A votação será feita por 1.200 profissionais da área, que agora vão escolher os vencedores de cada categoria.

Além da Gibiteca, a edição deste ano do HQMix tem a participação de artistas paranaenses, entre eles o desenhista Cláudio Seto, que será o homenageado especial do evento. Seto recebe a homenagem por ser um dos pioneiros do mangá nacional. Seu personagem Samurai será retratado na estatueta da premiação, esculpida pelo artista Olintho Tahara. A intenção é celebrar também os 100 Anos da Imigração Japonesa no Brasil.

Outros paranaenses estão concorrendo ao prêmio: José Aguiar, nas categorias Melhor Site de Autor e Melhor Exposição; Leonardo Melo, como Roteirista Revelação; Paixão, como Melhor Chargista; a revista Quadrinhópole, na categoria Publicação Independente de Grupo; Benett, na categoria Melhor Tira Nacional; Solda, em Melhor Blog de Artista Gráfico, e André Caliman, em Melhor Site de Autor.

A Gibiteca disputa o prêmio com a 2ª Semana de Quadrinhos (UFRJ), 2º Festival de Quadrinhos (Fnac Brasília), 4º Ilustra Brasil, 5º Festival Internacional de Quadrinhos, Anime Dreams e Recife 12 Horas de HQ. Os 25 anos da Gibiteca foram comemorados em outubro de 2007, com uma extensa programação de exposições, oficinas, palestras, exibição de filmes e lançamento de revistas. Algumas das estrelas dos quadrinhos estiveram na cidade, entre eles Joe Bennett, artista de Belém do Pará, que é desenhista exclusivo da DC Comics, uma das maiores editoras norte-americanas de quadrinhos.

O Troféu HQMix foi criado em 1988 pelo editor Gualberto Costa e pelo cartunista José Alberto Lovetro, com o objetivo de divulgar e premiar a produção de quadrinhos, animação e outras iniciativas envolvendo a criação de HQs no Brasil. O prêmio é conferido pela Associação dos Cartunistas do Brasil e pelo Instituto Memorial das Artes Gráficas do Brasil (Imag).

CINEMA EM CURITIBA

PROGRAMAÇÃO

De 30 de maio a 5 de junho de 2008

Domingo, dia 1º de junho – ingresso a R$1,00

CINEMATECA - Sala Groff - Rua Carlos Cavalcanti nº 1174 fone 41 3321-3270 (De segunda a sexta-feira, das 09:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:30) e 3321-3252 (diariamente das 14:30 às 21:00) – www.fccdigital.com.br. Ingressos: R$ 5 e R$ 2,50 (meia entrada e pessoas com mais de 60 anos)

A VIDA DOS OUTROS (Das Leben der Anderen – Alemanha/2006). Duração 137’. Direção de Florian Henckel von Donnersmarck, com Martina Gedeck, Ulrich Mühe, Sebastian Koch. Georg Dreyman é o maior dramaturgo da Alemanha Oriental, sendo por muitos considerado o modelo perfeito de cidadão para o país, já que não contesta o governo nem seu regime político. Apesar disso, o ministro Bruno Hempf acha por bem acompanhar seus passos, para descobrir se Dreyman tem algo a esconder. Ele passa esta tarefa para Anton Grubitz, que a princípio não vê nada de errado com Dreyman, mas é alertado por Gerd Wiesler, seu subordinado, de que ele deveria ser vigiado. Grubitz passa a tarefa a Wiesler, que monta uma estrutura em que Dreyman e sua namorada, a atriz Christa-Maria Sieland, são vigiados 24 horas. Simultaneamente o ministro Hempf se interessa por Christa-Maria, passando a chantageá-la em troca de favores sexuais. Classificação 12 anos

Dia 30/05 - sessão às 15h30

De 31/05 a 3/06 – sessões às 16h e 20h

ALMIR CORREIA - TRILOGIA CUBANA

Dia 30 - Às 19h30 - Entrada franca

Um dos principais nomes do cinema experimental do Paraná, autor de mais de 30 curtas-metragens, Almir é também professor e escritor. Com mestrado em teoria da literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina, ele leciona linguagem visual na Universidade Tecnológica Federal do Paraná/UTFPR, em Curitiba. Escritor infanto-juvenil conhecido nacionalmente, tem quase duas dezenas de livros publicados, alguns deles pelas principais editoras do país, como a Saraiva e a Cortez. O cineasta aproveitou uma viagem a Cuba em 2007 para realizar estes três novos curtas-metragens, ainda inéditos:

TÁXI ILEGAL CUBANO. – Três professores brasileiros em um táxi ilegal, do hotel até o Capitólio cubano – Duração: 12 minutos.

TORRADEIRA CUBANA. – Imagens de Cuba: ruas, carros, mendigos... O estranhamento do narrador brasileiro diante das imagens de um país que se diz ainda comunista. – Duração: 20 minutos.

CHARUTO. – Filme gravado no Hotel Habana Libre, mostrando a arte de se fazer um autêntico e incomparável charuto cubano. – Duração: 5 minutos.

CICLO DO CINEMA ARGENTINO (ver programação anexa)

De 04 a 08 – às 15h30, 17h30 e 20h – entrada franca

PROGRAMAÇÃO

De 30 de maio a 5 de junho de 2008

Domingo, dia 1º de junho – ingresso a R$1,00

CINE LUZ Rua XV de Novembro nº 822 fone 41 3321-3270 (De segunda a sexta-feira, das 09:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:30) e 3321-3261 (diariamente das 14:30 às 21:00) www.fccdigital.com.br Ingressos: R$ 5 e R$ 2,50 (meia entrada e pessoas com mais de 60 anos)

O SOM DO CORAÇÃO (August Rush/2007-EUA). Duração 100’. Direção de Kirsten Sheridan, com Freddie Highmore, Robin Williams, Keri Russel, Jonathan Rhys Meyers. Um jovem que cresceu em um orfanato possui um grande dom musical, usando-o para tentar reencontrar seus pais. Recebeu uma indicação ao Oscar. Classificação: livre

Sessões às 15h30 e 17h30

Dia 5 – sessão somente às 15h30

Domingo, dia 1º - sessão somente às 17h30

SICKO - $O$ SAÚDE (EUA/2007). Duração 123’. Direção de Michael Moore. O documentário critica o sistema norte-americano de convênios médicos particulares por meio de histórias e estatísticas, como de cidadãos que tiveram tratamentos médicos negados ou foram forçados a declarar falência para poder pagar por eles. Também faz comparações com o sistema de saúde de outros países. Classificação livre

Sessão às 20h

Dia 05, sessão às 17h30

Cinema e Meio-Ambiente:

A ARAUCÁRIA: MEMÓRIA DA EXTINÇÃO (BR/PR, 1981). Duração 30’. Direção de Sylvio Back. Documentário sobre o processo de devastação irracional dos pinheiros paranaenses.

Dia 5 - sessão às 20h – entrada franca

ALVIN E OS ESQUILOS (Alvin and the Chipmunks – EUA/2007 – Duração: 91’). Direção de Tim Hill, com Jason Lee, Ross Bagdasarin Jr, Don Tiffany, David Cross. Animação dublada. Baseado na série animada Os Pestinhas, da década de 80, Alvin e os Esquilos conta a história de um grupo musical de esquilos, formado pelo líder brincalhão Alvin, pelo alto e envergonhado Simon e pelo bochechudo Theodore, todos adotados pelo músico Dave Seville. Ele transforma o incontrolável trio em celebridades da música pop, enquanto eles colocam sua vida do avesso. Classificação livre.

Domingo, dia 1º – sessões às 10h30 e 15h30

terça-feira, 27 de maio de 2008

LUZ, CRIANÇAS, AÇÃO!

O cinema e a infância

Nesta edição do Suplemento Cultural nosso ensaio vai falar de cinema, ou melhor, das crianças no cinema. Frente a tanta violência contra nossas crianças e adolescentes que martelaram nossas mentes nesse último mês vale lembrar que nem sempre a ficção é mais cruel que a realidade.


Mas deixemos as páginas criminais e toda a indescritível doentia que a envolve. Sim, sabemos que criança e adolescente no cinema é verdadeiramente uma tortura, gritam, não param quietas na poltrona, melecam tudo com refrigerante, etc. Mas não é da criança público que iremos falar e sim a que está na telona. E não vamos falar também dos filmes infantis, que estão em busca dos lucros digamos sujos com produções, elenco e roteiros quase que risíveis. Vamos falar da criança e muitas vezes da infância com personagens principais.

Vamos a uma idéia - "Francisco, lavrador do interior de Goiás, tem um sonho aparentemente impossível: transformar dois de seus nove filhos numa famosa dupla sertaneja. Morando numa casinha de adobe, em meio ao nada e horas distantes do vilarejo mais próximo, ele não mede esforços neste caminho. Teria chance desse rascunho se transformar em um” blockbuster’?

Continuando - "deposita sua esperança no primogênito Mirosmar ao dar-lhe um acordeão quando o menino tinha apenas 11 anos. Mirosmar e o irmão Emival que ganhara um violão começam a se apresentar com sucesso nas festas da vila até que, no início da década de 70, às voltas com a perda da propriedade, toda a família se muda para Goiânia e vive um momento de enorme dificuldade”.Um tanto melodramático e se você nem gosta de música sertaneja (como o Nelsinho Mota) esse roteiro é uma tortura.

Quer um pouco de molho para a choradeira? Pois lá vai - “Para ajudar nas despesas, os meninos tocam na rodoviária (lembra a Central do Brasil?), onde conhecem Miranda, empresário de duplas caipiras, o primeiro empresário da dupla, com quem desaparecem por mais de três meses. Os meninos fazem sucesso e chegam a cantar para 6 mil pessoas no interior do Brasil quando um acidente interrompe dramaticamente a carreira da dupla”.

Depois desse trecho do filme, e uma caixinha de "Kleenex" você pode desistir, foi fisgado pelo "2 filhos de Francisco" e depois de quase desistir, Mirosmar volta a cantar, vira Zezé di Camargo e grava sem sucesso um disco solo em São Paulo. O resto você já sabe suas músicas são gravadas e fazem sucesso na boca de outras duplas, como Leandro & Leonardo, mas Zezé não se conforma em ser apenas compositor e pensa em desistir e é neste momento que encontra no irmão Welson (Luciano), 11 anos mais novo, o parceiro perfeito para concretizar a profecia de seu pai. Em 1990 Zezé Di Camargo e Luciano gravam e lançam um disco com a música "É o Amor”, composto por Zezé. Com a ajuda do pai, os filhos de Francisco conquistam as rádios e vendem um milhão de discos. O que o filme tem de mais? Além da cantoria as sempre ótimas atuações de Angelo Antonio, Dira Paes e os meninos até a pouco desconhecidos Mirosmar (Zezé Di Camargo) e Welson (Luciano).

Outro sucesso também tinha como fio condutor à história de vida de um menino. Lembram que Dora é uma camelô de sessenta e poucos anos que luta para sobreviver no Brasil do "real". O mau humor sempre presente e só dobrado com o encontro com Josué que passa a representar para Dora a possibilidade de redenção através da descoberta do afeto e o "rompimento da sua existência viciada e minúscula".

Aos nove anos, Josué é um menino introvertido e precoce. A ausência do pai deu a ele a obrigação de amadurecer antes da hora e de desenvolver um instinto de proteção em relação à mãe, porém um acidente com a mãe devolve-o por um instante à sua própria idade e perplexo perde a capacidade de reagir. "O instinto de sobrevivência e o desejo de conhecer o pai permitem que ele saia do seu estado de catatonia". Fernanda Montenegro faz Dora que escreve cartas para analfabetos na Central do Brasil. Uma das clientes de Dora é Ana, que vem escrever uma carta com seu filho, Josué interpretado por Vinícius de Oliveira, que sonha encontrar o pai que nunca conheceu. Na saída da estação, Ana é atropelada e Josué fica abandonado. Mesmo a contragosto, Dora acaba acolhendo o menino e envolvendo-se com ele. Termina por levar Josué para o interior do nordeste, à procura do pai. Esse roteiro de Central do Brasil tem a dose certa de melodramaticidade que o brasileiro tanto gosta em seus filmes. Por certo que Central do Brasil é um filme mais cru que "2 Filhos de Francisco" porém mais uma vez a infância pobre e desassistida é o motor da história.

E se aprofundarmos essa visão crítica, verificamos que outro sucesso recente também tem como arrancada à vida de uma criança. Cidade de Deus, o filme, não existiria sem a personagem Zé Pequeno, digo Dadinho.

POR OUTRO LADO

No passado tivemos alguns filmes que mostraram a infância um tanto quanto mais bucólica. "O menino de Engenho", "Meu pé de Laranja Lima" entre outros mostravam um Brasil rude, mas não tão dolorido. Existe espaço para as crianças e natureza no cinema brasileiro. Cássia Borsero que é jornalista e editora do site do Midiativa escreve que cabe "uma reflexão sempre oportuna sobre o que o cinema brasileiro está oferecendo às novas gerações. Não se trata de repisar o conhecido domínio das personalidades da TV - Renato Aragão e Xuxa - como as maiores bilheterias do gênero, sob a batuta da Rede Globo. Existem, é claro, exceção louvável à regra. No entanto, trata-se de buscar uma razão plausível para a inexistência de boas histórias (logo no Brasil, berço de alguns dos melhores escritores infantis do mundo) e para o investimento contínuo na ausência de riscos, ou seja, em produções de retorno garantido e baixa qualidade artística”.

Talvez Tainá seja o melhor exemplo de que é possível fazer um cinema que respeite a inteligência da criança, "sem a dobradinha celebridades infantis-atores globais, e com referências culturais de verdade". Tainá - Uma Aventura na Amazônia nasceu do encanto do produtor Paulo Rovai com as crianças ribeirinhas do Rio Negro, ao gravar o curta "Amazônia Viva - Uma Aventura Mágica", há 15 anos. Ao ver os pequenos brincando livremente com bichos como macaco, papagaio e porco-espinho, Rovai logo pensou em fazer um filme infantil sobre o assunto. Tainá 1 foi lançado em 2000, com direção de Tânia Lamarca e Sérgio Bloch. Atraiu mais de 850 mil espectadores, foi exibido em dez países e ganhou oito prêmios internacionais. A indiazinha foi às telas com a atuação de Eunice Baía. Já Tainá 2 - A Aventura continua segue a mesma linha na luta contra caçadores. Mas, desta vez, a já adolescente Tainá tem como discípula uma indiazinha de 6 anos, Catiti, que a segue pela mata tentando imitá-la como protetora da natureza.

Na verdade filmes bem realizados com orçamentos menores que besteiras homéricas como o que a Cidade Perdida de Igdrasil. Maria da Graça Meneghel tenta fazer um filme que conta que ha milhares de anos, os vickings teriam viajado pelo Atlântico e subido o rio Amazonas, construindo uma cidade subterrânea para defender um tesouro muito valioso. "E lá vivem eles, felizes e loiríssimos, falando sueco (?!), esperando a volta de uma deusa, que é ninguém menos que a própria Xuxa (?)". Poupemos nossas retinas cansadas com tanta sandice.

HOJE ELES NÃO SERIAM FEITOS

A infância e pré-adolescência nem sempre são retratadas com doçura e inocência. Muitas cenas e filmes muito provavelmente hoje não seriam rodados. Cenas como a de Xuxa e o menino que mora no bordel em "Amor, estranho amor" estão hoje fora de cogitação. E veja que ela estava contextualizada no roteiro que trazia as lembranças do jovem em sua infância. Talvez sequer "Lição de Amor" soberbamente interpretado por Lílian Lemmertz continuasse nas prateleiras como romance modernista.

Escândalo por escândalo, o que seria de Lolita o filme de 1962 dirigido por Stanley Kubrick que adapta para as telas o romance de mesmo nome de Vladimir Nabokov. O filme que conta à história da paixão do professor pela pré-adolescente Lolita é tenso e sutil e tinha James Mason como Prof. Humbert Humbert que também é o narrador, Shelley Winters como Charlotte Haze, a mãe e Sue Lyon como a fatal Dolores 'Lolita' Haze.

Prostituição infantil, sedução, sem querer banalizar o uso das parafilias é o tema, por exemplo, de Pretty Baby (Menina Bonita) estrelado por Keith Carradine, Susan Sarandon e Brooke Shields. O diretor Louis Malle enfrentou o tabu social e colocou Brooke Shields então estrelinha de 12 anos na controversa analise da prostituição infantil na virada do século vinte, no legendário distrito red-light, Storyville de New Orleans. Violet (Shields) é filha de uma prostituta (Susan Sarandon) até que um dia o fotógrafo Ernest Bellocq (Keith Carradine) vai ao bordel para fotografar as prostitutas e fica fascinado por Violet, que será iniciada na carreira da mãe.

Já "Taxi Driver" estrelado por Robert De Niro, Cybill Shepherd e Jodie Foster, com direção de Martin Scorsese, é de 1976. Mostra o momento da década de setenta, onde a degradação urbana de Nova York era pontuada por comportamentos nada politicamente corretos. O personagem principal é Travis Bickle (Robert De Niro) ex-combatente do Vietnã e agora motorista de táxi. Apaixonado por uma prostituta mirim, em um misto de amor paterno e protetor e uma dose de insanidade torna-se um "vingador".

Jodie Foster foi ao lado de Brooke Shields a atriz pré-adolescente mais sexualizada e com extenso currículo no cinema norte americano. Por certo que aquele tempo até o fotografo David Hamilton, especializado em fotografar ninfetas também fazia seus filmes (como Bilitis que chegou a ser lançado em vídeo no Brasil), mas o enfoque era outro. Alan Parker, por exemplo, estreou com "Bugsy Malone" (de 1976), que lhe rendeu um BAFTA para o melhor argumento e uma nomeação para a Palma de

Ouro em Cannes. O filme fracassou no Brasil, mas era um hilário musical onde o elenco era todo formado por crianças interpretando papéis de adultos. Uma comédia de gangsteres onde as metralhadoras atiravam chantilly. Jodie Foster mais uma vez era uma cantora/prostituta com um número provocante da canção "My name is Talula". Em 1982 mais uma vez, Parker decide investigar a infância e adapta o álbum dos Pink Floyd "The Wall".

Jodie Foster na verdade Alicia Christian Foster, nasceu em 19 de Novembro de 1962, Los Angeles, e é uma das únicas atrizes infantis em toda a história do cinema a não só a continuar a carreira na idade adulta como também a transformar-se numa profissional do primeiro time, tendo atuado em mais de quarenta filmes. Começou em comerciais (ela era a garotinha do famoso comercial dos bronzeadores Coppertone), passou por séries de televisão e por filmes dos estúdios Disney. Ao sair da Disney teve sua polêmica performance em Taxi Driver (1976), como uma mini prostituta. Mas esta foi somente uma das várias vezes em que estaria por perto dos prêmios da Academia. Foi nominada para o Oscar por sua performance em Bugsy Malone (1976) representando Miss Tallulah, e por The Little Girl Who Lives Down The Lane (1976) na pele de uma jovem assassina, ainda quando pré-adolescente.

UM POUCO DE INOCÊNCIA

Quando falamos em Jodie na ativa, temos que lembrar que Brooke Shields interrompeu sua carreira assim como a artista mirim de maior sucesso de todos os tempos Shirley Jane Temple. Começou sua carreira em Hollywood aos três anos de idade. Ela cantava e dançava em seus filmes e foi um produto de marketing imbatível, com sua marca licenciada em bonecas, fonógrafos, discos, chapéus, roupas, acessórios, etc. Dava

grandes lucros aos estúdios e nos anos 1936-37-38, era nome dos "blokbuster" ao lado de Clark Gable, Bing Crosby, Robert Taylor, Gary Cooper e Joan Crawford. Em 1939, suas popularidade começou a declinar. Talvez seus melhores filmes sejam "Since You Went Away," e "Bachelor and the Bobby Soxer". Interrompida a carreira optou pela diplomacia e foi embaixadora em Gana e Czechoslovakia.

Dessa época de inocência podemos relembrar talentos precoces como Elizabeth Taylor (que contracenava com a cachorra (na verdade um macho) Lassie e Judie Garland que ficou famosa com a sua Doroty em "O mágico de Oz". Dos garotos prodígios o sobrevivente foi Joe Yule Jr mais conhecido como Mickey Rooney, nascido em 23 de setembro de 1920 no Brooklyn, New York. Seus pais eram a garota do coro Nell Carter e o cômico Joe Yule Sr., que atuavam em vaudevilles. Sua estréia, mesmo que acidental, foi aos 17 meses de idade quando interrompeu atuação do pai o que provocou uma explosão de gargalhadas na platéia. Seu futuro estava selado.

Em 1924, a mãe de Mickey decidiu que ele era perfeito para a série Hal Roach's "Our Gang", porém seu primeiro filme foi "Not To Be Trusted" de 1926 onde intrepretava um anão. Foi o número um do "box office actor in the United States" em 1939-41.

LATINOS

Ainda na inocência. Por um certo período as crianças hispânicas e latinas brilharam em nossas telas. Era o fim dos anos cinqüenta e início dos anos sessenta e ninguém esquece da figura de Pablito Calvo, Joselito e de Marisol (essa mais crescidinha).

Joselito, na verdade chama-se José Jiménez Fernández, nasceu em 11 de fevereiro de 1943, em Beas del Segura, Jaén, atuava no rádio e às vezes em público. Foi Antonio Guzmán Merino, consciente do potencial do garoto, que o põe em contato com o produtor Antonio del Amo que se converteria em seu pigmaleão cinematográfico.

Sob sua direção Joselito estréia em El pequeño ruiseñor (1956), filme de baixo orçamento, rodado em preto e branco e que no Brasil levou o título de O Pequeno Rouxinol. Foi um estrondoso sucesso nos países de lingua espânica e até em países pouco receptivos ao cinema espanhol como França, Itália e países árabes.

O sucesso do filme frutificou com Saeta del ruiseñor (1957), El ruiseñor de las cumbres (1958), Escucha mi canción (1958), e El pequeño coronel (1959) todas dirigidas por Antonio del Amo para Cesáreo González / Suevia Films. Demostrada a penetração de seu personajem, Joselito inicia sua aventura americana rodando no México - Aventuras de Joselito en América / Aventuras de Joselito y Pulgarcito (René Cardona e A. del Amo, 1960).

Filmará de novo na Espanha Los dos golfillos (A. del Amo, 1960), El caballo blanco (Rafael Baledón, 1961) y Bello recuerdo (A. del Amo, 1961). Depois vieram as produções européias - El secreto de Tommy / Le secret de Joselito (A. del Amo, 1963) e Loca juventud / Questa pazza, pazza, pazza gioventú (Manuel Mur Oti, 1963), que inicia a sua despedida do personagem infantil que vinha encarnando.

Josefa Flores González, mais conhecida pelo nome de Marisol, nasceu em Málaga a 4 de novembro de 1948. Era apaixonada por cantar e por dança flamenca. Integrou o Coros y Danzas de sua cidade natal. Uma de suas atuações foi televisionada direto da Feria del Campo que se celebrou na capital espanhola em 1959. A jovem bailarina chamou a atenção de Manuel Goyanes, que ofereceu sua primeira oportunidade cinematográfica.

Será Un rayo de luz, dirigida por Luis Lucia, que iniciará seu estrelato infantil e com quem rodará sua trilogía inicial, que inclue Ha llegado un ángel e Tómbola. A natureza acaba por impor sua lei nos anos setenta, e os papéis de garota dão lugar para bela mulher em que a jovem atriz se transformou.

A legendária carreira de Marcelino, pan y vino (1955),que filmou aos 8 anos,o converteu em um mito para a Espanha da pós guerra. Fez outros filmes com Ladislao Vajda e mais cinco com outros diretores. Seu nome, Pablito Calvo. Pablo Calvo Hidalgo nasceu em Madrid a 16 de março de 1949. A sua carreira cinematográfica é curta - em 1954, Marcelino Pan y Vino; 1956, Mi tío Jacinto; 1957, Un ángel pasó sobre Brooklyn, os três de Ladislao Vadja; 1958, Totó y Marcelino, de Antonio Musu, na Italia; 1960, Juanito, de Fernando Palacios; 1961, Alerta en el cielo, de Luis César Amadori; 1962, Dos años de vacaciones, de Emilio Gómez Muriel; 1962, Barcos de papel, de Román Viñoly Barreto, na Argentina. As melhores, inclusive para ele foram, Mi tío Jacinto; e o mítico, Marcelino Pan y Vino. Pablo Calvo faleceu em Fevereiro de 2000 aos 51 anos de idade no hospital de Alicante, em conseqüência de um derrame cerebral.









E mais recentemente, nos anos setenta foi a vez de Carlos Saura nos brindar com “Cria Cuervos”. Geraldine Chaplin era Ana, a mãe, e tinha no elenco a estrela mirim Ana Torrent. A trilha é a inesquecível "Porque te vás" com a também precoce Jeanette.


ESSES SÃO DE MORTE!

Não estamos falando dos moleques endiabrados como “O menino Maluquinho” ou de Mcaulay Culkin em “Home Alone” (Esqueceram de mim) ou de Dennis, o Pimentinha (Dennis the Menace) e sim algo muito mais macabro.

Vejamos, sem as crianças o que seria, por exemplo “O Exorcista” com a terrificante interpretação de Linda Blair. Ou vamos mais longe, quem arriscaria um roteiro como esse - “diplomata preocupado em não chocar a esposa em virtude da morte do seu filho ao nascer lhe oculta o fato e adota um recém-nascido de origem desconhecida, sem saber que a criança era o AntiCristo em pessoa. “ Pois arriscaram e o resultado foi três filmes( ou melhor, quatro).

A Profecia (The Omen) é o primeiro de uma série de três filmes baseados no personagem Damien e foi dirigido por Richard Donner (Os Goonies) e com Gregory Peck no elenco. Damien foi interpretado pelo garoto Harvey Stephens. Os demais são A Profecia 2 (1978) e A Profecia 3 - O Conflito Final (1981). Houve ainda um quarto filme da série, feito diretamente para a TV americana e chamado A Profecia 4 - O Despertar

Se não creio em bruxas, mas... veja só: Ocorreu uma série de acidentes durante as filmagens de A Profecia quando seu título original ainda era "The Antichrist to the Birthmark". O hotel onde o diretor Richard Donner estava hospedado sofreu um atentado com bombas do IRA; o avião do roteirista David Seltzer sofreu um acidente; o ator Gregory Peck cancelou na última hora um vôo para Israel cujo avião sofreu um acidente e todos os que estavam dentro dele faleceram; e ainda os principais atores do filme sofreram um acidente automobilístico quando se dirigiam para rodar uma das cenas do filme.

Stephen King, mestre do suspense e terror também se utiliza de criancinhas um tanto aterradoras como nos filmes “As Crianças do milharal” ou “Cemitério Maldito” porém seu talento aparece em melhor em “Conta Comigo” (Stand by me) uma história sobre companheirismo na infância.

VENDO COM OUTROS OLHOS

Muitos diretores cometeram filmes autobiográficos, retratando as suas infâncias ou relembrando histórias desse período. Federico Fellini negou várias vezes que Amarcord (Itália / França, 1973) fosse um filme autobiográfico, mas concordou que há passagens semelhantes a fatos por ele vividos em sua infância. É por meio da memória do garoto Titta (Bruno Zanin), que Fellini faz um panorama da vida familiar, religião, educação e política dos anos 30, quando o fascismo era o regime vigente. Já a França dos anos de guerra ressurge com um cineasta francês, Louis Malle que filma um episódio de sua própria infância, da amizade bruscamente interrompida pela guerra. Durante a ocupação nazista na França em 1944, Julien Quentin (Gaspard Manesse) é um garoto esnobe que no colégio interno, é rival de Jean Bonnett (Raphael Fejto), um menino reservado e com o tempo a rivalidade entre os dois se transforma em admiração e amizade.

O cineasta sueco Ingmar Bergman filmou, “Fanny e Alexander”, (Suécia, 1982). São cenas de sua infância e o filme apresenta um alegre Natal na família Ekdahl, onde o pai de Alexander (Bertil Guve) e Fanny (Pernilla Allwin) falece. A mãe casa-se com um pastor rígido religioso e as crianças começam a conviver com o padrasto de hábitos severos. Roberto Rosselini nos deu Alemanha Ano Zero (Germania, Anno Zero, Italia, 1947) , onde Edmund (Edmund Moeschke), um garoto de uma família muito pobre, trabalha para sustentar o pai doente, sua pequena irmã e o irmão e que passa a considerar a possibilidade de matar seu próprio pai, para cortar gastos.

Outro clássico é O Balão Branco (Badkonade Sefid, Irã, 1995) Dirigido por Jafar Panahi é um filme de construção plástica onde as imagens traduzem sentimentos. O roteiro de Abbas Kiarostami acompanha a desesperada busca de uma menina que perdeu o dinheiro destinado à compra de um peixinho dourado, símbolo tradicional de sorte e fortuna no ano-novo iraniano.

Outro filme de rara sensibilidade é O Jardim secreto (The Secret Garden, EUA, 1993). Uma refilmagem de Agniezka Holland para o clássico de 1939 que é baseado no romance de Frances Hodgson Burnett. É a história de Mary Lennox (Kate Maberly), que desprezada pelos pais e pelo tio que a acolhe num imenso castelo quando ela fica órfã. A solidão da garota a leva a cultivar secretamente um jardim, com a ajuda do filho de um empregado e do primo que está limitado por andar em cadeira de rodas.

Realmente as crianças no cinema são um assunto sério. A visão adulta transforma lembranças em imagens fortes e buscam resgatar sentimentos. Quando não caem na pieguice são obras primas. Pode-se fazer cinema para e com crianças, mas não se pode fazer baboseiras para toda uma infância quase que perdida. Em tempo “Dadinho é @#%$, meu nome é Zé Pequeno”. Lembrem-se!

Eduardo Cruz

Jornalista e Roteirista

Lívia e os Piá de Prédio



O grupo curitibano faz o show de lançamento do primeiro CD nesta sexta-feira (30), às 21h, no Memorial de Curitiba

A banda curitibana Lívia e os Piá de Prédio faz o show de lançamento do seu primeiro CD nesta sexta-feira (30), às 21h, no Memorial de Curitiba. Usando vários ritmos (rock, blues, reggae, pop e bossa-nova), o grupo apresenta canções bem-humoradas que destacam as características de Curitiba e dos curitibanos.

Lívia e os Piá de Prédio compuseram um rock para falar das características arquitetônicas da capital, um blues para mostrar a dificuldade em se conseguir um vôo no quase sempre nebuloso Aeroporto Internacional Afonso Pena; um reggae para contar a história de um drama litorâneo de verão, com um casal dividido pela baía de Guaratuba; uma bossa-nova para contar a vida social de uma menina da high society curitibana; e um pop que explica, enfim, quem é e o que é um piá de prédio.

Lívia, Gustavo, Marcelo e Márcio se conheceram há cinco anos, na faculdade. Além de terem escolhido o mesmo curso, dividiam o gosto pela música e a relação forte com a cidade em que vivem. Logo os churrascos da turma passaram a ser animados com as músicas do quarteto. Durante um festival de rock, surgiu a idéia de formação da banda. Veio o primeiro convite para tocar num baile de formatura e, a partir de então, novas oportunidades. As músicas compostas nessa trajetória foram registradas em estúdio e agora compõem o primeiro disco da banda.

Serviço:

Show de lançamento do CD da banda Lívia e os Piá de Prédio

Data: 30 de maio (sexta-feira), às 21h

Local: Teatro Londrina – Memorial de Curitiba (Rua Claudino dos Santos, 79 – Setor Histórico)

Ingressos: R$ 10 (com CD) e R$ 5 (meia-entrada, sem CD)

Informações – 9972-6938 (Lívia) - 9931-3905 (Gustavo) - 9966-6204 (Márcio). www.myspace.com/piadepredio

Denis Mariano e Sinfonética em show no Conservatório de MPB






O baterista Denis Mariano é o convidado da Sinfonética Comunitária Flutuante, no show que acontece às 20h desta sexta-feira (30)


O baterista e percussionista Denis Mariano apresenta-se nesta sexta-feira (30), às 20h, com a Sinfonética Comunitária Flutuante, no auditório do Conservatório de MPB, espaço da Prefeitura Municipal administrado pela Fundação Cultural de Curitiba. O músico divide o palco com os integrantes da Sinfonética para tocar composições próprias e atuar em improvisações.
Denis Mariano é percussionista da Orquestra à Base de Sopro, mas também integra outros grupos locais: Maria Faceira, Clube do Choro de Curitiba e Xaxá do Xexé. Há vários anos desenvolve pesquisa sobre ritmos brasileiros. O repertório do show é uma viagem pelo Brasil, repleta de swing e alegria. Além de composições de sua autoria, Denis Mariano toca criações de Luis Otávio Almeida, Manchinha, Daniel Migliavacca, Arismar do Espírito Santo e outros.

Coordenado pelo instrumentista, compositor e professor Glauco Sölter, o grupo Sinfonética reúne-se desde 2001. Os primeiros encontros foram em bares da cidade e, em 2004, as apresentações passaram a acontecer no Conservatório de MPB. O espetáculo é uma oportunidade para os jovens talentos amadurecerem seus conhecimentos ao lado de profissionais experientes. O repertório conta com obras dos grandes mestres da música brasileira de todos os tempos, entre eles Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Edu Lobo, Tom Jobim, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Toninho Horta, Laércio de Freitas e Waltel Branco, além de composições de músicos locais.



Serviço: Sinfonética Comunitária Flutuante Músico convidado: Denis Mariano Data: 30 de maio de 2008 (sexta-feira), às 20h Local: Auditório Nhô Belarmino – Conservatório de MPB de Curitiba (Rua Mateus Leme, 66 – Setor Histórico) Ingressos: R$ 5 e R$ 2,50

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Cantora pernambucana apresenta-se no Paiol



O show, nesta quarta-feira (28), às 21h, marca a estréia de Alessandra Leão em Curitiba



Uma das revelações da música de Pernambuco, a cantora Alessandra Leão é a atração do Teatro Paiol, nesta quarta-feira (18), às 21h. Seu CD “Brinquedo de Tambor”, gravado em 2006, foi elogiado por David Byrne e eleito pela revista gaúcha “O Dilúvio” um dos dez melhores lançamentos daquele ano, sendo vital para que a cantora participasse do programa Rumos Itaú Cultural Música. O show marca a estréia da cantora, compositora e instrumentista em Curitiba.

Alessandra buscou em suas composições inspiração no interior de Pernambuco, onde festa é brincadeira; música e dança são brinquedos, daí o nome “Brinquedo de Tambor”. As composições são direcionadas para o samba de roda e o coco. “Observar, entender e estabelecer uma relação entre esses dois gêneros e tomá-la como ponto de partida para novas composições e arranjos é um trabalho bastante desafiador e instigante em busca de uma estética musical nova e ao mesmo tempo profundamente ligada à tradição”, diz Alessandra.

A concepção, os arranjos de percussão do CD e a produção musical são frutos da parceria de Alessandra com o músico, arranjador e compositor Caçapa, que também assina a maioria dos arranjos de cordas. A singularidade do projeto é que ele não se propõe a ser um registro das raízes tradicionais do coco nem do samba, mas sim a visão pessoal da musicista e de seu parceiro, sobre estes dois gêneros, revelando também o trabalho de uma nova compositora comprometida com a ancestralidade de sua música.

No show, Alessandra Leão conta com a participação dos músicos: Hugo Linns na guitarra semi-acústica e viola, Rodrigo Samico no violão de 7 cordas, Maíra Macêdo, Carlos Amarelo e Guga Santos, todos na percussão e voz, além de Alessandra também na percussão e de Caçapa na viola de 10 cordas. O show teve estréia no Festival de Inverno de Garanhuns (PE) e também pôde ser visto no “Projeto Seis e Meia” (dividindo a noite com Chico César); no Festival Rotas - Culturas e Comunidades (em Odivelas, Portugal) e em Recife, Natal, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Alessandra Leão é percussionista, compositora e cantora. Iniciou sua carreira musical em brincadeiras de rua, frevo de bloco, boi de carnaval, cavalo-marinho e afoxé. Logo em seguida, participou da fundação do grupo Comadre Fulozinha, sendo esse seu primeiro trabalho profissional. Nesses dez anos atuando no mercado musical, teve o privilégio de trabalhar ao lado de músicos como Antônio Carlos Nóbrega, Siba, Silvério Pessoa e Zé Neguinho do Coco. Desde 2004, idealizou e coordena o projeto coletivo Folia de Santo, que se propõe a compor músicas baseadas nas tradições ligadas ao “catolicismo popular”. O CD homônimo está em fase de finalização.

O repertório para o segundo CD solo já começou a ser composto e será produzido em 2008 através do Programa Petrobrás Cultural/2007. Em 2007, foi uma das selecionadas no Programa Rumos Itaú Cultural, na cartilha Mapeamento. O evento em Curitiba tem apoio do Programa Funcultura do Governo do Pernambuco, da Prefeitura do Recife, do Hotel Deville Express e do Restaurante Beto Batata. É uma realização da Vitrô Recife Produções e Alvaro Collaço Produções.


Serviço:

Show de Alessandra Leão

Data: 28 de maio (quarta-feira), às 21h

Local: Teatro Paiol – Praça Guido Viaro, s/n

Ingressos: R$ 15 (inteira)

Informações: 3213-1340

Informações para imprensa: 3352-1201 e 9173-9990 (Álvaro Collaço)