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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Flip recebe prêmio Rio+Empreendedor


Festa Literária Internacional de Paraty foi representada no evento por Mauro Munhoz, presidente da Associação Casa Azul

Mauro Munhoz, presidente da Associação Casa Azul, realizadora da Flip, recebeu no dia 15 de dezembro o prêmio Rio+Empreendedor, criado pelo Lide Rio e pela Rio Negócios em 2011 para reconhecer, homenagear e divulgar ações de empresários ou gestores públicos que contribuem para o desenvolvimento econômico, expansão do ambiente de negócios e a geração democrática de renda no Rio de Janeiro.
A Flip – Festa Literária Internacional de Paraty recebeu o prêmio na categoria regional Costa Verde. As categorias regionais, criadas para a edição de 2014, contemplam os polos de desenvolvimento de outras regiões do Estado: Médio Paraíba, Região Serrana, Norte Fluminense, Costa Azul e Costa Verde. Os setores que tiveram destaque no Rio+Empreendedor 2014 foram: capacitação e desenvolvimento, entretenimento, gastronomia, indústria, infraestrutura, inovação, hotelaria e turismo, financeiro, moda, óleo e gás, saúde e varejo.
“Foi muito gratificante para a Casa Azul receber este prêmio. Ele reflete o apoio à Flip e ações que promovem o desenvolvimento local por meio da cultura”, disse Mauro Munhoz ao receber o prêmio Rio+Empreendedor pela Flip.
O Rio+Empreendedor premiou, ao todo, 18 personalidades que contribuem para o crescimento econômico e social do Rio de Janeiro. José Mariano Beltrame, Secretário Estadual de Segurança, foi o homenageado dessa edição devido a seu comando no projeto das Unidades de Polícia Pacificadora, responsável pela redução dos índices de criminalidade no Rio de Janeiro.

sábado, 29 de novembro de 2014

British Council Brasil abre inscrições dos programas de mentoria e residência para tradutores literários


 
O tradutor brasileiro selecionado passará três semanas em Norwich, eleita cidade da literatura pela UNESCO, e participará da London Book Fair. Tradutor do Reino Unido será recebido pela Flip no Brasil
 
Tradutores do Brasil e do Reino Unido em início ou meio de carreira (com até cinco traduções publicadas) poderão se candidatar aos projetos de mentoria e residência oferecidos pelo programa de Tradução Literária do British Council. As ações buscam valorizar a profissão e aproximar tradutores dos dois países, promovendo intercâmbio de conhecimento e networking. Os selecionados terão a oportunidade de desenvolver suas habilidades e a qualidade de seus trabalhos em atividades programadas para 2015. As inscrições poderão ser efetuadas de 19 de novembro de 2014 a 5 de janeiro de 2015 pelo site http://transform.britishcouncil.org.br/pt-br/content/programa-british-council-de-traducao-literaria.
 
Realizado em parceria com o BCLT (British Centre for Literary Translation) e com o WCN (Writers’ Centre Norwich), o programa de mentoriase destina a tradutores residentes no Brasil, que pretendam trabalhar na tradução de um livro de um autor britânico durante o programa. O mesmo vale para os profissionais residentes no Reino Unido, que se interessarem em trabalhar na obra de um escritor brasileiro. Nos dois casos, não é necessário que o profissional possua um contrato editorial para a tradução do livro escolhido. As atividades se inciarão em fevereiro de 2015, com finalização e entrega de relatório em agosto de 2015.
 
Com o apoio dos mesmos parceiros do projeto de mentoria, e em parceria também com a Flip - Festa Literária Internacional de Paraty –, o British Council oferecerá duas residências literárias. Uma no Reino Unido, para um tradutor inglês-português residente no Brasil, e outra no Brasil, para um tradutor português-inglês residente no Reino Unido. O tradutor brasileiro selecionado passará três semanas na Inglaterra, entre abril e maio de 2015, e terá sua base na cidade de Norwich, eleita cidade da literatura pela UNESCO. Além disso, terá a chance de participar de diversas atividades de debate e networking durante a London Book Fair, em Londres.  
 
Para participar, os interessados devem preencher o formulário de inscrição online, apresentarem seu currículo e também uma amostra do texto que pretendem trabalhar durante a mentoria/residência. Os candidatos serão selecionados por uma comissão de representantes do British Council, BCLT e WTC, que levarão em conta a experiência anterior em tradução literária, o interesse atual e futuro pela tradução de obras brasileiras ou britânicas, e os benefícios que poderão obter com a participação no programa. O resultado da seleção será anunciado no dia 16 de janeiro de 2015 no site do British Council Transform e os candidatos selecionados serão notificados por e-mail.
 
Mentoria
Entre fevereiro e agosto de 2015, o tradutor selecionado contará com o suporte de um mentor na tradução da obra escolhida e nas questões de seu interesse no campo da literatura. No Brasil, o mentor será o professor e tradutor literário Caetano W. Galindo, e, no Reino Unido, a mentora será a tradutora literária Margaret Jull Costa.
 
Os selecionados terão como compromisso se dedicar ao seu trabalho de tradução, escrever artigos e blogs sobre sua experiência e entregar um breve relatório no final do programa. Eles receberão bolsa-auxílio no valor de £500* por todo o período. Já os mentores darão suporte, presencial e virtual, às traduções realizadas pelos participantes. O BCLT ficará em contato com as duplas de mentores e tradutores nos dois países, oferecendo apoio e estimulando o contato e  intercâmbio dos trabalhos produzidos.
 
* Em Reais, o valor será calculado de acordo com a taxa de conversão no dia do depósito.
 
Residência – Parceria com a Flip
Em seu tempo de residência na Inglaterra, o tradutor selecionado será convidado pelo BCLT e WCN a participar de eventos literários em Norwich, assim como de atividades do Literary Translation Centre, no âmbito da London Book Fair, em abril de 2015. Por sua vez, o tradutor britânico passará três semanas no Brasil, entre junho e julho de 2015, e terá sua base na cidade de Paraty, Rio de Janeiro, onde será recebido pela Flip, um dos eventos literários mais importantes da América Latina. Em conjunto com o British Council, a Flip organizará, para o tradutor residente, uma agenda de atividades ligadas à tradução literária no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Paraty. Além disso, o tradutor será convidado a ficar em Paraty para a Flip e assistir aos eventos da Festa.
 
Os selecionados terão seus custos de passagem, acomodação, deslocamentos durante a residência e entradas em eventos cobertos pelo British Council e parceiros. Além disso, receberão bolsa-auxílio no valor de £750* por todo o período. Eles terão um tempo reservado para trabalharem em suas traduções, e poderão participar de diversas atividades, como encontros com escritores e tradutores, viagens literárias, realização de leituras públicas, seminários de tradução ou escrita criativa e atividades com o público jovem. Para mais informações escreva para traducaoliteraria@transform.com.br.
 
* Em Reais, o valor será calculado de acordo com a taxa de conversão no dia do depósito.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

FLIP 2015 SERÁ NA PRIMEIRA SEMANA DE JULHO


Realizadora da festa literária ainda promoverá, em dezembro de 2014, exposição e ciclo de debates sobre Paraty, com base na memória oral da velha guarda da cidade

Em 2015, a Flip – Festa Literária Internacional de Paraty – acontecerá entre os dias 1º e 5 de julho, voltando a coincidir com as férias escolares. Em 2014, em razão da Copa do Mundo, a Flip foi realizada entre o final de julho e o início de agosto e levou cerca de 25 mil pessoas a Paraty, para assistir a debates entre os 49 autores convidados.
A 13a. edição da festa, que é realizada pela Associação Casa Azul e pela segunda vez tem curadoria do editor Paulo Werneck, vai manter duas das principais novidades de 2014: a gratuidade no show de abertura e nos telões externos.

Museu do Território

Entre 4 e 6 de dezembro de 2014, a Associação Casa Azul inaugura com um ciclo de debates a primeira ação pública do recém-implantado Museu do Território de Paraty: a exposição audiovisual Histórias e Ofícios do Território. As conversas constituem um pequeno festival dedicado aos ofícios tradicionais de Paraty, e terão intelectuais, cientistas, artistas e professores do Rio e de São Paulo debatendo suas especialidades com seus correspondentes locais.
Composta por vídeos, uma oficina de fotografia, dois espaços expositivos e quinze placas comemorativas espalhadas por muros da cidade fluminense, a mostra busca reconstituir a vida em Paraty antes da construção da rodovia Rio-Santos, nos 1970, mudando irreversivelmente o destino da cidade.
A exposição tem como fonte depoimentos de antigos moradores da cidade, que rememoram suas histórias e seus segredos de ofício. Com patrocínio do BNDES e curadoria de Paulo Werneck, Histórias e Ofícios do Território ficará em cartaz no Espaço Experimental de Cultura Cinema da Praça e na Casa da Cultura de Paraty até o início de março de 2015.

Residência de tradução

Para 2015, a Flip anuncia ainda a realização, em parceria com o British Council, de um intercâmbio de residências literárias para tradutores do Brasil e do Reino Unido em início de carreira, com até cinco traduções publicadas.
O tradutor brasileiro selecionado passará três semanas na Inglaterra, em Norwich, selecionada entre as sete “cidades da literatura” pelo programa de cidades criativas da UNESCO. Além disso, poderá participar de debates e fazer contatos profissionais na London Book Fair, em abril.
 Por sua vez, o tradutor britânico passará três semanas no Brasil, em Paraty, entre junho e julho, podendo participar das programações da Flip. A curadoria da Flip, em conjunto com o British Council, vai promover encontros ligados à tradução literária no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Paraty.

sábado, 26 de julho de 2014

Primeiro autor russo a participar da FLIP lança obra inédita no Brasil










Dostoiévski-trip

Vladímir Sorókin


Dostoiévski-trip é uma excelente introdução ao universo de Vladímir Sorókin, um dos nomes mais importantes - e radicais - da literatura russa contemporânea. Na peça, um grupo de sete junkies aguarda a chegada de um traficante com os últimos "lançamentos" do mercado. No caso, as drogas correspondem aos grandes (e às vezes médios) autores da prosa mundial. Ao ingerirem uma dose de Dostoiévski, os personagens são transportados para uma famosa cena do romance O idiota, à qual se segue uma impressionante bad-trip final - lírica, visceral e catártica.

Sorókin é um dos autores confirmados para a Flip 2014.

Em um lugar indefinido, cinco homens e duas mulheres aguardam ansiosos a chegada de um incerto vendedor. Enquanto isso, conversam, discutem e até brigam acerca de grandes nomes da literatura mundial (Kafka, Púchkin, Céline...) e seus supostos efeitos nos leitores-consumidores.

Não se trata, porém, de uma tertúlia amistosa entre amantes das letras, e sim de um bando de junkies que mal se conhecem, unidos apenas pela condição de viciados em literatura, todos ávidos pela próxima dose.

Nesta peça em um ato, que se lê como um romance ou novela curta, Vladímir Sorókin, um dos nomes mais importantes - e radicais - da literatura russa atual, lança personagens e leitores em uma jornada tensa e intensa pelo universo de Dostoiévski, de seus dilemas filosóficos e existenciais, que ele aprofunda, potencializa, transcende e transporta para as formas do mundo e da literatura contemporânea.
Lírico e pornográfico, escatológico e sublime, divertido e visceral, Dostoiévski-trip bate forte e tem efeito prolongado. Mas aqui não há lugar para cautela ou moderação.

Boa viagem.

Sobre o autor_ Vladímir Sorókin nasceu em 1955, na cidade de Bykovo, perto de Moscou, e em 1977 graduou-se como engenheiro. Ainda nos anos 1970 participou de diversas exposições de arte e trabalhou como desenhista e ilustrador. Sua atividade como escritor se desenvolveu no mundo moscovita underground da década de 1980, e em 1985 seu romance A fila foi publicado na França. Os textos de Sorókin foram banidos durante o regime soviético, e somente em 1992 foi lançada em seu país uma edição de seus Contos escolhidos. Nas últimas décadas, escreveu, além de peças, como Dostoiévski-trip (1997), vários romances, entre eles O dia do oprítchnik (2006) e a trilogia Gelo (2002), O caminho de Bro (2004) e 23000 (2005). Manteve sempre um tom crítico em relação ao atual regime político da Rússia, e seus livros estão hoje traduzidos para mais de vinte idiomas.

Sobre a tradutora_ Arlete Cavaliere, nascida em São Paulo, é professora titular de Teatro, Arte e Cultura Russa no curso de Graduação e Pós-Graduação no Departamento de Letras Orientais da FFLCH-USP, e coordenadora da área de Língua e Literatura Russa no mesmo departamento. Dentre seus livros, destacam-se: O nariz & A terrível vingança (de N. V. Gógol) - A magia das máscaras (Edusp, 1990, tradução e ensaio); O inspetor geral de Gógol/Meyerhold: um espetáculo síntese (Perspectiva, 1996); Ivánov, de A. P. Tchekhov (Edusp, 1998, cotradutora), Teatro russo: percurso para um estudo da paródia e do grotesco (Humanitas, 2009), Nikolai Gógol: teatro completo (Editora 34, 2009, organização e tradução) e O mistério-bufo, de Vladímir Maiakóvski (Editora 34, 2012, tradução).

Texto de orelha_
por Bruno Barretto Gomide

Sete personagens desprovidos de nomes e em busca de um autor se reúnem em um "lugar" inespecífico. O autor, no caso, será trazido por um traficante, cuja maleta contém uma plêiade de escritores em forma de pílulas. Diante das possibilidades entorpecentes da tradição literária universal acondicionada em frascos, os ansiosos usuários discutem o preço caríssimo de Nabókov, as qualidades de Kharms ("com ele, tudo cai bem"), o baixo-astral causado por Górki ("uma merda"), o barato dado por Faulkner e a relação custo-benefício de Chólokhov, Soljenítsin e Platónov, até se decidirem por uma sugestão do vendedor. A bola da vez é ninguém menos do que Fiódor Dostoiévski, cuja ingestão transfigurará a experiência dos personagens, retirando-os daquele não-lugar e catapultando-os para um cenário arquirrusso, uma das cenas de escândalo quintessenciais de Dostoiévski: a passagem profundamente teatral de O idiota em que eles, agora encarnados em Gânia, Nastácia Filípovna, Rogójin e demais personagens, travarão a sua disputa pecuniário-metafísica em torno de cem mil rublos e uma lareira. Depois da reencenação (intensificada) daquela passagem capital do romance russo sobrevém uma bad trip monumental, que novamente problematiza as relações entre o texto de 1869 e o contemporâneo. O leitor, nesse processo, é convidado a tecer aproximações e divergências entre as propostas de Dostoiévski e de Sorókin. E se o Cristo reaparecesse na Rússia do século XIX? À pergunta fundamental de O idiota, o matreiro Sorókin parece apor: e se Dostoiévski reaparecesse na Rússia de 1997, ano de publicação dessa peça viajante?

Uma Rússia em que diversos elementos do pós-modernismo são antropofagizados, confundindo-se, inevitavelmente, com o pós-sovietismo (e com o conceito do pós-dramático, como observa, no instigante ensaio do posfácio, a tradutora Arlete Cavaliere). Percebe-se também a marca da "Tchernukha", a estética barra-pesada de inspiração cinematográfica em voga quando da criação de Dostoiévski-trip e com a qual Sorókin dialoga, neste e em outros textos (além de romances e contos, ele é autor de mais de uma dezena de peças e roteiros de cinema). Cenas de bandidagem, prostituição, alcoolismo, violência, sexo e drogas - o lado "negro" da perestroika e o gangsterismo da era Iéltsin representados por meio de bofetadas verbais, pela violência da linguagem sempre latente na literatura russa e sempre abafada pela necessidade de contornar, no czarismo e em tempos soviéticos, censuras políticas e morais.

Longe, porém, de ser um mero jogo de cena chocante, Dostoiévski-trip é um texto literário e dramático complexo, e desempenha um papel importante na empreitada artística do autor. Em artigos e entrevistas, Sorókin tem apontado as possibilidades bastante contraditórias contidas na analogia arte/droga. Uma dessas intervenções na imprensa, aliás, intitula-se "O texto como narcótico", publicada lá se vão mais de vinte anos. É, portanto, um projeto crítico permanente, de feitio radical e sofisticado, que reavalia o papel da intelligentsia e do seu rebento predileto - a literatura russa - nos tempos atuais. "Sou um viciado em literatura, que nem você, mas eu ainda consigo produzir as drogas, coisa que nem todo mundo consegue", afirmou Sorókin em uma entrevista de 2004.

Ótima oportunidade para que o leitor brasileiro aprofunde o seu conhecimento da literatura russa contemporânea, por intermédio de um dos seus melhores expoentes.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Flip anuncia a programação FlipMais


Encontros acontecem na Casa da Cultura em mesas sobre políticas públicas, literatura, cinema e Millôr Fernandes, homenageado da Flip 2014

A cada ano, o burburinho literário da Flip extravasa a moldura da tenda e corre em diversos afluentes pelas ruas de pedra da cidade que a acolhe. Em mais uma edição, é nas atividades da já tradicional FlipMais que a festa deságua.
Homenageado desta 12ª edição da Flip, o escritor e cartunista Millôr Fernandes é tema da mesa O estilo Millôr, com o cartunista Chico Caruso e o humorista Reinaldo, que também integra a programação principal.
Uma das muitas formas de expressão de Millôr, o hai-kai é um dos temas da mesa Versos de riscodo hai-kai à poesia marginal, com o poeta Charles Peixoto e a cantora e compositora Adriana Calcanhotto, que lança o livro Haicai do Brasil.
A poesia está presente também nas mesas A poesia e seus caminhos de fazer ler e Spoken word, a poesia em performance, com o poeta e DJ londrino Charlie Dark e o músico Siba.
A literatura latino-americana, também presente na programação principal da Flip, está representada nas mesas Mano a mano, com os escritores Damián Tabarovsky e Leopoldo Brizuela, e Centenário de um Nobel, uma homenagem ao escritor mexicano Octavio Paz, assunto da mesa com os escritores Alberto Ruy-Sánchez e Horácio Costa.
Celebrado pela comemoração dos 450 anos de seu nascimento, o dramaturgo inglês William Shakespeare é homenageado na reencenação da peça Noite de reis, feita pelo ator britânico Tim Crouch.
Os 50 anos do Golpe Militar são lembrados na mesa Em nome do pai, que reúne o engenheiro Ivo Herzog, filho do jornalista assassinado pela ditadura, Vladimir Herzog, e o escritor Marcelo Rubens Paiva, cujo pai, o deputado Rubens Paiva, também foi vítima do regime que durou até 1985. A mesa tem mediação do escritor Zuenir Ventura.
Mercado literário e promoção da leitura
As agentes Lucia Riff, Mariana Teixeira Soares e Nicote Witt debatem o papel do agente literário na mesa Meio de campo: o papel do agente literário.
A promoção da leitura e literatura no país, eixo tradicional da programação da FlipMais, estão presentes nas mesas Construindo políticas públicas para a leitura e Biblioteca na escola: leitura e letramento.
Noites de cinema
A programação contará ainda com as exibições dos filmes Jards, premiada produção que enfoca processo de criação do músico Jards Macalé e tem direção de Eryk Rocha; Mr. Sganzerla – os signos da luz, de Joel Pizzini, um documentário-colagem sobre o diretor Rogério Sganzerla e crônicasNÃOditas, uma série de cinco crônicas audiovisuais baseadas em acontecimentos do período da ditadura militar no Brasil, dirigida pelo Manifesto Impromptu.
As exibições são gratuitas e acontecem às 22h.
Flip 2014
Neste ano, a Flip será realizada entre os dias 30 de julho e 3 de agosto e homenageará o escritor e cartunista Millôr Fernandes. A programação completa você encontra aqui (http://www.flip.org.br/flip2014.php).
Quem faz a Flip
A Casa Azul é uma organização da sociedade civil de interesse público, que desenvolve projetos nas áreas de arquitetura, urbanismo, educação e cultura. Desde as primeiras ações, mantém uma intensa relação com a cidade de Paraty, criando estratégias para a revitalização urbana sustentável da cidade. A Flip, a Flipinha, a FlipZona, a Biblioteca Casa Azul e o Museu do Território são algumas de suas experiências que potencializam importantes transformações no território e ajudam a melhorar a qualidade de vida dos paratienses.
Patrocínio
A Flip conta com o patrocínio oficial do Itaú e do BNDES, patrocínio da Petrobrás e apoio da CPFL, da Fundação Roberto Marinho, da Prefeitura Municipal de Paraty e do Instituto C&A. A Flip conta ainda com o apoio do Ministério da Cultura e do Governo do Estado do Rio de Janeiro por meio das leis de incentivo.
Serviço Flipmais
Local
Casa da Cultura - R Dona Geralda 177
Ingressos
Eventos pagos: R$ 12 (inteira); R$ 6 (meia)
À venda na Casa da Cultura e na bilheteria da Flip, para eventos do mesmo dia ou do dia seguinte.

Grade de programação
31 quinta
14h
A poesia e seus
caminhos de fazer ler*
Flávio Araújo
Luís Dill
Ninfa Parreiras
Simone Monteiro
de Araújo
16h
Meio de campo: o papel
do agente literário
Lucia Riff
Mariana Teixeira Soares
Nicole Witt
mediação
Henrique Rodrigues
18h
Centenário de
um Nobel**
Alberto Ruy-Sánchez
Horácio Costa
20h
Em nome do pai
Ivo Herzog
Marcelo Rubens Paiva
mediação
Zuenir Ventura
22h
Noites de cinema:
Mr. Sganzerla - os
signos da luz*
1 sexta
14h
Construindo políticas
públicas para a leitura*
José Castilho
Marques Neto
Fabiano dos Santos Piúba
Antônio Carlos de
Morais Sartini
Paulo Daniel Elias Farah
Cláudia Santa Rosa
mediação
Volnei Canônica
16h
Mano a mano**
Damián Tabarovsky
Leopoldo Brizuela
mediação
Leandro Sarmatz
18h
Versos de risco
– do hai-kai à
poesia marginal
Adriana Calcanhotto
Charles Peixoto
mediação
Guilherme Freitas
20h
Tradução in translation
José Luiz Passos
Sam Byers
Paulo Henriques Britto
Daniel Hahn
22h
Noites de cinema: Jards*
2 sábado
10h30
O estilo Millôr
Reinaldo
Chico Caruso
mediação
Guilherme Freitas
14h
Biblioteca na escola:
leitura e letramento*
Pilar Lacerda
Cristina Maseda
Eliane Tomé
Graça Castro
mediação
Patrícia Lacerda
18h
Spoken word - a poesia
em performance
Charlie Dark
Siba
mediação
Alice Sant’anna
20h
Eu, Malvolio
Tim Crouch
22h
Noites de cinema:
crônicasNÃOditas*
*gratuito. Retirar ingressos uma hora antes na Casa da Cultura com uma hora de antecedência;

**mesas em espanhol. Sem tradução simultânea.

terça-feira, 20 de maio de 2014

A pedra no sapato do poder


 
Crítica ao poder dá o tom na programação da tenda dos autores, que destaca literatura, humor, arquitetura, ciência e pensamento indígena
           
Em 2014, a crítica de Millôr Fernandes a toda forma de poder se faz urgente e necessária. Não por acaso, reúnem-se na programação deste ano algumas das mais respeitáveis pedras no sapato dos governos de seus respectivos países – e, quase sempre, das forças do Império.
 
O conjunto reúne brilhantes exemplos das muitas formas de resistência que o século XXI nos oferece. Mas ainda há muitos outros recortes possíveis na programação da Flip, que vai acontecer entre 30 de julho e 3 de agosto, em Paraty. Os ingressos estarão disponíveis para venda a partir do dia 2 de junho.
 
Gal Costa em show gratuito
A grande cantora brasileira leva a Paraty as canções de Recanto, seu disco mais recente, que mescla MPB, rock, programações eletrônicas e dub-step, concebido e composto por Caetano Veloso. Clássicos como Folhetim e Barato total completam o show de abertura, que pela primeira vez na história da Flip será gratuito.
   
Homenagem a Millôr
Uma dupla homenagem abre a Flip do genial guru do Meier: no primeiro tempo, o crítico Agnaldo Farias destaca o valor da obra de Millôr para a arte brasileira. Em seguida, Reinaldo e Hubert, que nos anos 1980 editaram o jornal satírico Planeta Diário, herdeiro do Pasquim, entrevistam o cartunista millormaníaco Jaguar.
Na segunda mesa da homenagem, na sexta-feira, o cartunista Cássio Loredano e o jornalista Sérgio Augusto perfilam Millôr em traço e prosa.
Na Casa da Cultura, uma exposição sobre Millôr Fernandes apresenta uma ambientação inspirada no mundo do desenho e das publicações que editou e/ou criou.
 
Pensamento indígena e Amazônia
O pensamento indígena, o xamanismo e a poesia ameríndia,a história recente dos índios e a disputa de interesses na Amazônia têm destaque na programação, com duas mesas dedicadas ao tema e a presença de um xamã yanomami, Davi Kopenawa. A fotógrafa Claudia Andujar, o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro e o indigenista Beto Ricardo completam o quadro.
 
Arquitetura
A arquitetura – que em 2013 ganhou mesa fixa na programação– traz Paulo Mendes da Rocha, vencedor do Pritzker e um dos principais pensadores do Brasil contemporâneo,ao lado do italiano Francesco Dal Co.
 
Ciência
Da criação de filhos fora do padrão, tema explorado por Andrew Solomon, aos limites do conhecimento, discutidos por Marcelo Gleiser, as mesas dedicadas à ciência levarão ao público dilemas cósmicos e familiares. Michael Pollan faz uma interface da ciência com a cultura e a história da alimentação.
 
Ficção e poesia
A Flip tem a alegria de propiciar o encontro com grandes autores de ficção, alguns ainda por serem descobertos no país, como Jhumpa Lahiri, Etgar Keret, Almeida Faria,Eleanor Catton e Joël Dicker. Outros são uma amostra milloriana de que o humor está entre as formas mais elevadas da inteligência: Fernanda Torres, Antonio Prata, MohsinHamid, Gregorio Duvivier. Charles Peixoto e Eliane Brum, um prosador na poesia e uma poeta na prosa,completam o quadro.
 
Latinos
A prosa latino-americana, uma das principais forças criativas nas letras mundiais, tem um representante de peso para cada geração, do boom dos anos 1960, vivido pelo Prêmio Cervantes Jorge Edwards, à “anexação” cultural
dos Estados Unidos pela América Latina, registrada na obra de Daniel Alarcón – entre os dois, Villoro, companheiro de armas de Roberto Bolaño e Enrique Vila-Matas.
 
Brasil e ditadura
A trajetória de dois grandes artistas, Cacá Diegues e Edu Lobo, que lançam livros de memórias durante a Flip, promete uma mesa histórica sobre a vida cultural no Brasil dos últimos 50 anos. Não se trata de coincidência. Se 2014 é ano de Copa e da eleição, é também quando se completam 50 anos do golpe militar. E é a literatura, na mesa com Marcelo Rubens Paiva, Bernardo Kucinski e Persio Arida, que vem nos lembrar daquelas coisas terríveis, que jamais podem ser esquecidas.
  
Vendas de ingressos
Os ingressos para as mesas da Flip 2014 estarão disponíveis para venda a partir das 10h do dia 2 de junho, pela internet, no site da Tickets for Fun, pelo telefone 4003-5588 e nos pontos de venda credenciados (a lista completa dos pontos de venda está disponível no site ticketsforfun.com.br). O preço dos ingressos da sessão de abertura e das mesas da programação é de R$ 46 (inteira)/ R$ 23 (meia) para a tenda dos autores e de R$ 12 (inteira)/ R$ 6 (meia) para a tenda do telão. Os ingressos estarão disponíveis para a venda pela internet, telefone e locais credenciados até o dia 29 de julho. Durante os dias de festival, poderão ser adquiridos apenas na bilheteria em Paraty.
  
Quem faz a Flip
A Casa Azul é uma organização da sociedade civil de interesse público, que desenvolve projetos nas áreas de arquitetura, urbanismo, educação e cultura. Desde as primeiras ações, mantém uma intensa relação com a cidade de Paraty. A Flip e os projetos educativos permanentes – Flipinha, FlipZona e Biblioteca Casa Azul - são algumas de suas experiências que potencializam importantes transformações no território e ajudam a melhorar a qualidade de vida de crianças e jovens paratienses.
 Patrocínio
A programação da Flip conta com o patrocínio oficial do Itaú, do Governo do Rio de Janeiro e do BNDES, patrocínios da Petrobrás e CPFL, apoio da Fundação Roberto Marinho, da Prefeitura Municipal de Paraty e do Instituto C&A e outros parceiros ainda em vias de confirmação.