quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Almanaque Armorial



Almanaque Armorial

de Ariano Suassuna

Páginas - 294

O grande autor de clássicos da ficção, teatro e poesia brasileiras Ariano Suassuna vem produzindo, há quase seis décadas, ensaios relevantes acerca de diversos temas – arte, religião, filosofia e até mesmo política. Almanaque Armorial, com seleção e organização de Carlos Newton Júnior, é a primeira compilação desses textos, que formam um amplo painel do pensamento de Suassuna, expondo de forma única sua maneira de interpretar o mundo. Este é, nas palavras do próprio autor, o “grande logogrifo brasileiro da arte, do real e da beleza, contendo idéias, enigmas, lembranças, informações, comentários e a narração de casos acontecidos ou inventados, escritos em prosa e verso e reunidos, num Livro Negro do Cotidiano, pelo bacharel em filosofia e licenciado em artes Ariano Suassuna.”

“O que nós temos aqui, portanto, essencialmente, é a visão de um grande artista, de um grande criador, sobre a criação artística em geral e algumas obras em particular, obras que lhe proporcionam o choque estético sem o qual não conseguiria se reportar a elas com a ardência necessária para a geração de um texto”, afirma Carlos Newton. “Se o ensaio pode ser entendido como um tipo de texto em que a escritura rivaliza com a análise, Suassuna escreve ensaios da melhor qualidade, criando imagens que a todo instante corroboram para ressaltar a lucidez das suas interpretações, procurando ser fiel, ao mesmo tempo, ao conhecimento e à beleza, como ocorre, aliás, com todo escritor de almanaques que se preza.”

“Armorial” é o nome do movimento criado por Ariano, que defende uma arte erudita que, baseada na cultura popular, é tão nacional quanto a arte popular em si, elevando-se à importância desta e conseguindo manter, com ela, uma unidade fundamental para combater o processo de vulgarização de descaracterização da cultura brasileira. Almanaque Armorial, tem, portanto, a função de manter vivo este ideal.

Sobre o autor

Ariano Suassuna é dramaturgo, romancista, poeta, ensaísta, defensor incansável da cultura popular, das raízes brasileiras e, especialmente, nordestina. Nasceu na cidade de Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa, na Paraíba, no dia 16 de junho de 1927. Escreveu, aos vinte anos, sua primeira peça, Uma mulher vestida de sol. Foi membro fundador do Conselho Federal de Cultura, do qual fez parte de 1967 a 1973, e do Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco, no período de 1968 a 1972. No dia 18 de outubro de 1970, lançou o Movimento Armorial, com o concerto Três séculos de música nordestina: do barroco ao armorial, na Igreja de São Pedro dos Clérigos, e uma exposição de gravura, pintura e escultura. De 1975 a 1978 foi Secretário de Educação e Cultura do Recife, retornando ao cargo em 2007. Doutorou-se em História pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1976. Em agosto de 1989, foi eleito por aclamação para a Academia Brasileira de Letras. Do autor, a José Olympio também publica O casamento suspeitoso, A farsa da boa preguiça, O santo e a porca, Uma mulher vestida de sol, Iniciação à estética, A história do amor de Fernando e Isaura, Romance d’A Pedra do Reino e Seleta em prosa & verso, além do perfil biográfico ABC de Ariano Suassuna, assinado por Bráulio Tavares.

UM LANÇAMENTO


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