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terça-feira, 28 de julho de 2015

Boqueirão recebe o Ciclo de Leitura Ebulição Marginal 2015



Até o próximo sábado, dia 1º, Boqueirão recebe a terceira edição do Ciclo de Leitura Ebulição Marginal, com atividades culturais voltadas à população jovem. O ciclo, organizado pelo Coletivo Ebulição e apoiado pela Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura Municipal de Curitiba, é um circuito de encontros de mediação de leitura e apresentações artísticas que revela conexões entre a literatura e pilares da cultura hip-hop como o rap, o breaking e o graffiti que acontece no Espaço da Leitura Jardim Eucaliptos no Portal do Futuro Boqueirão e na Casa da Leitura Wilson Martins na Rua da Cidadania do Carmo.
“Queremos fomentar a leitura entre os jovens, promover a literatura enquanto linguagem artística acessível e valorizar a produção cultural do movimento Hip-Hop curitibano”, explica a idealizadora do evento, a produtora cultural Anna Carolina Azevedo.

Na programação deste ano estão previstas rodas de leitura em múltiplas linguagens e uma oficina de estêncil, além da Batalha do Eucaliptos de Breaking – Edição Ebulição Marginal e a sessão de grafitagem Leitura & Graffiti, com artistas convidados. As intervenções serão aplicadas em muros da Praça Eucaliptos.
Serão realizadas, também, contações de história com turmas da Escola Municipal Jornalista Arnaldo Alves da Cruz, localizada na Vila Pantanal, no desdobramento “Menino, Menina Ebulição”.
Salve Batista - Assim como nas edições anteriores, o Ciclo prestará reverência à obra de um poeta da literatura marginal curitibana. Por meio de rodas de leitura, oficina de criação poética e grafittis, já foram homenageados Paulo Leminski (2013) e Marcos Prado (2014). Neste ano, o ciclo se debruça sobre a poesia de João Batista de Pilar, um dos ícones da cena underground – ou “maldita” – de Curitiba.
Jovens leitores - O Ciclo de Leitura Ebulição Marginal envolve rodas de leitura de textos literários e referências da cultura hip-hop. A intenção é formar jovens leitores na periferia e garantir o acesso democrático à apreciação da literatura e da arte em suas diversas expressões.
O evento é uma realização do Coletivo Ebulição e, em 2015, tem apoio da Regional Administrativa Boqueirão da Prefeitura Municipal de Curitiba, por meio dos núcleos regionais da Fundação Cultural de Curitiba, da Fundação de Ação Social e da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude. Além desses, AgendArte Livros, Portal A Escotilha, Programa Curitiba Lê, Batalha do Eucaliptos e Master Tintas apoiam a iniciativa.

Ciclo de Leitura Ebulição Marginal 2015
Data: de 27 de julho a 1º de agosto
Local:  Espaço da Leitura Jardim Eucaliptos
Endereço: Rua Pastor Antônio Polito, 2200 – Alto Boqueirão
 
PROGRAMAÇÃO
27 A 31 JUL (SEG-SEX)
LINHA DE FRENTE – VARAL DE RIMAS
Mediação de Franciele Cruz.
8h30 às 17h30
Portal do Futuro Boqueirão – Espaço da Leitura Eucaliptos
 
27 JUL (SEG)
O BOQUEIRÃO É O CAPÃO
Roda de leitura em múltiplas linguagens com Anna Carolina Azevedo e Chardie Batista. Participações de Asiatiko MC (Batalha do MUMA) e Luis Cilho (Beat Brazuca).
14h
 Portal do Futuro Boqueirão (auditório)

28 | 30 JUL (TER | QUI)
UMA VIAGEM DA GRAVURA AO GRAFFITI

Oficina de estêncil com Felipe Pacheco. Inscrições: ebulicaomarginal@gmail.com.
14h
Portal do Futuro Boqueirão (auditório)
29 JUL (QUA)
NINGUÉM É INOCENTE EM SÃO PAULO

Roda de leitura com Samuel Teixeira.
14h
Rua da Cidadania do Carmo – Casa da Leitura Wilson Martins
31 JUL (SEX)
SALVE BATISTA

Roda de leitura e apresentação musical com Bhorel Enrique e Felipe Pacheco. Presença do autor João Batista de Pilar.
14h
Rua da Cidadania do Carmo (auditório 2)
1º AGO (SÁB)
LEITURA & GRAFFITI
Sessão de grafitagem com os convidados Café, Devis, Ysto, Nyel, JC e Confraria da Cola.
9h
Praça Eucaliptos (ao lado do Portal do Futuro Boqueirão)
BATALHA DO EUCALIPTOS DE BREAKING – EDIÇÃO EBULIÇÃO MARGINAL
Mestre de Cerimônias: Muka UniBreakers Crew. Aberta a b-boys e b-girls de toda a cidade. 
14h
 Portal do Futuro Boqueirão (auditório)
gratuito

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Do Tatuquara para a Argentina




Acordar todos os sábados às 7h30 da manhã, andar várias quadras, a pé para, às 8h30, pegar três ônibus do Tatuquara e viajar uma hora e meia até o terminal do Carmo para as aulas de balé clássico da professora Rosa Gomes, às 10h, na Rua da Cidadania da Regional Boqueirão.
Esta é a rotina das seis garotas de nove a 15 anos de idade, Viviane Sievert Padilha, Bruna Fernanda Almeida, Luana de Oliveira Soares, Eduarda Rodrigues, Isabele Mariano e Lais Silva dos Santos. Elas e mais nove colegas de curso participaram, nos dias 7, 8 e 9 de setembro passado, do XVIII Festival de Dança do Mercosul na cidade de Puerto Iguazu na Argentina e trouxeram medalhas nas modalidades das quais competiram.
As meninas, três vezes por semana, também frequentam aulas de balé clássico em duas escolas municipais no Tatuquara onde a professora Rosa Gomes leciona. “Lá elas pagam apenas R$ 15,00 por mês e no Boqueirão fazem aula de graça porque são bolsistas”, explica a professora que todos os sábados ensina 60 alunos que disputam espaço no auditório da Rua da Cidadania do Carmo, pelo núcleo da Fundação Cultural de Curitiba da Regional Boqueirão. Ela diz que levou as meninas do Tatuquara para a Regional porque o espaço do auditório tem infraestrutura melhor. “As aulas aqui são fundamentais para o aprimoramento delas porque temos barras e espelhos, e lá nas duas escolas do bairro eu dou aula no pátio”, conta.
Viviane Padilha tem 15 anos, está cursando o primeiro ano do ensino médio e é uma agente multiplicadora de seu aprendizado. Ela – que dança desde os nove anos – dá aulas de balé clássico para crianças, jovens e adultos no bairro onde mora, no Tatuquara, onde tem 40 alunos que pagam mensalidades de R$ 15,00. No festival da Argentina ela, além de concorrer junto com o grupo, fez apresentações em dupla e solo. Foi sua primeira viagem internacional, mas no Brasil, no ano passado, participou do Festival de Dança de Brasília.

Missão de ensinar
A professora Rosa Gomes afirma que dar aulas no Tatuquara é um exercício de superação. “Ensinar o balé sem barras e sem espelhos é uma missão muito difícil, mas mesmo assim temos conseguido bons resultados”, diz ela, que transformou seu trabalho numa missão. Ela comenta que quando criança fazia aulas de balé e sua mãe trabalhava como costureira do Hospital de Clínicas e não tinha condições financeiras para comprar os trajes para os concursos de dança. “Um dia eu estava lá com minha mãe e comecei a chorar depois de ela me dizer que eu não participaria de um determinado festival porque ela não tinha dinheiro para comprar minha roupa para a apresentação. Foi então que um dos médicos do HC ouviu meu apelo e me fez um cheque para que eu pudesse dançar naquele concurso. De lá para cá eu decidi que um dia criaria condições para ajudar outras crianças”, conta.
Para acompanhá-la no festival na Argentina, a professora levou seu ex-aluno, Luiz Carlos dos Santos, que hoje trabalha como seu assistente todos os sábados no Boqueirão. Ele treina os meninos do balé.
As aulas semanais da professora Rosa Gomes se encerram na primeira semana de dezembro e são retomadas em fevereiro, mas em janeiro ela dá um curso intensivo com aulas durante a semana para seus próprios alunos que desejam aprimoramento.

Serviço:
Aulas de Balé Clássico na Regional Boqueirão
Todo sábado, das 10h às 13h30 (1hora/aula)
Informações: (41) 3313-5515