terça-feira, 3 de junho de 2014

Crônica da Urda sobre a greve dos professores de Blumenau

    O que que é isto, Napoleão?

                        Napoleão, o que que é isto? Eu te conheço desde pequeno, a ti, menino nascido quase que dentro das águas da grande enchente de 1983, mais blumenauense impossível, chegado a este mundo sob o signo da Justiça e filho da classe trabalhadora – pois, nas minhas contas, profissionais liberais também são trabalhadores, e bem sei o quanto o teu pai batalhou na sua banca de advogado, defendendo aos mais necessitados, aos mais carentes, aos mais injustiçados – o que é que deu em ti, Napoleão?
                        Um filho do Dr. Acácio Bernardes só tinha que ser alguém do bem – como me lembro do Dr. Acácio, que além da defesa dos que mais precisavam dele, dava seu tempo por ideais políticos de primeira grandeza – acompanhei sua caminhada dentro da senda de Leonel Brizola, sendo até candidato a governador deste Estado de Santa Catarina numa luta progressista contínua – tua mãe, ainda lá nos tempos da ditadura, tinha aquela fibra que têm as heroínas e ia junto com teu pai recepcionar Brizola quando esse chegava ao Estado, em época em que a esmagadora maioria dos brasileiros vivos teria medo de se expor assim. Ninguém me contou tal coisa; ela própria mo relatou faz muito tempo, lá dentro da Caixa Econômica, onde eu trabalhava, lembro até perto de qual arquivo de aço conversávamos.
                        Não vou nem entrar no mérito do teu tio, tradicional comunista, alguém de tal respeitabilidade que teve a coragem de se manifestar, faz poucos dias, contra as tuas atitudes.
                        Eu hoje sou o que se chama uma blumenauense antiga, e é deste patamar que me dirijo a ti. Vi-te crescer, inteligente e culto como se esperava que fosse alguém da tua família; alegrei-me sobremodo quando te vi, aos 17 anos, estreando na política, candidato a vereador, acompanhei tua vida, tua carreira, soube-te professor da FURB ainda tão jovem, tudo foi tão rápido na tua vida! Trinta anos e já prefeito, e tinha a certeza de que levarias adiante o legado inesquecível do Dr. Acácio Bernardes - e agora me diz, Napoleão, o que que é isto? Que estás a fazer com o funcionalismo e com os professores da nossa cidade? Teu pai foi professor, tu também o foste, e imagino que da vida já sabes muito – por que os teus ouvidos moucos com os que precisam falar e precisam ouvir? O que aconteceu contigo? Não és o Napoleão que eu pensava e imaginava?
                        Que acontece contigo, Napoleão? Sei que és apoiado por poderosa irmandade – nas minhas contas, irmandades servem para o auto apoio, a ajuda recíproca, o aprimoramento de caráter – como uma poderosa irmandade pode permitir que um dos seus expoentes esmague sob os pés coisas como caráter, integridade e ética? Onde está o Napoleão que eu imaginava que tu eras, o Napoleão que o Dr. Acácio e a Dona Célia criaram para o bem, para a Justiça, para a fraternidade?
                                   O que aconteceu que o Napoleão que eu sabia desapareceu? Onde está o Napoleão? O que que é isto, Napoleão?
                                   Os professores e os demais funcionários públicos estão te esperando estão esperando.

                                   Blumenau, 02 de junho de 2014.

                                   Urda Alice Klueger
                                   Escritora, historiadora e doutora em Geografia pela UFPR. 

Quando Tudo Volta de John Corey Whaley


Quando Tudo Volta

de John Corey Whaley


Porque eu estou acordado em um mundo de pessoas que dormem...


Uma morte por overdose. Um fanático estudioso da Bíblia. Um pássaro lendário. Pesadelos com zumbis. Coisas tão
diferentes podem habitar a vida de uma única pessoa?

Cullen Witter leva uma vida sem graça. Trabalha em uma lanchonete, tenta compreender as garotas e não é lá muito sociável. Seu irmão, Gabriel, de 15 anos, costuma ser o centro
das atenções por onde passa. Mas Cullen não tem ciúmes dele. Na verdade, ele é o seu maior admirador.
O desaparecimento (ou fuga?) de Gabriel fi ca em segundo plano diante da nova mania da cidade: o pica-pau Lázaro, que todos pensavam estar extinto e que resolveu, aparentemente, ressuscitar por aquelas bandas.


Em meio a uma cidade eufórica por causa de um pássaro que talvez nem exista de verdade, Cullen sofre com a falta do irmão e deseja, mais que tudo, que os seus sonhos se tornem realidade. E bem rápido.





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LANÇAMENTO

http://www.editoranovoconceito.com.br

Obtendo O Máximo Do Linkedin de Dan Sherman

Obtendo O Máximo Do Linkedin
de Dan Sherman


PÁGINAS:   258
FORMATO:      16x23 cm



 
    Obtendo O Máximo Do Linkedin


Domine seu Mercado, Crie uma Marca Pessoal e Construa a Carreira de seus Sonhos   

 
Obtendo o Máximo do LinkedIn guia você, passo a passo, para explorar todas as ferramentas e acessórios que este poderoso site possui.

O livro cobre todas as possibilidades, os objetivos e as necessidades que você possa ter tanto em sua empresa como em sua vida pessoal e profissional.

Após ler este livro, você saberá o que precisa fazer para tirar o máximo do LinkedIn. Fica então por sua conta colocar o maior site de networking profissional do planeta para funcionar a seu favor e de seu negócio.

O LinkedIn não é apenas um site de networking profi ssional e para procurar um emprego. Se você souber maximizar o seu potencial, o LinkedIn pode ajudá-lo a conquistar virtualmente qualquer meta relacionada a negócios.


Este livro é um guia passo a passo e um roteiro claro para qualquer pessoa começar a explorar o LinkedIn, além disso revela estratégias avançadas que mesmo os usuários experientes apreciarão


O AUTOR



Dan Sherman é consultor de LinkedIn, treinador e palestrante.Trabalha com empresas e empreendedores.Ele tem mais de 20 anos de experiência em gerenciamento de marketing corporativo em empresas bem-sucedidas, de start-ups da internet a empresas na Fortune 500.


LinkedIn é

LinkedIn é uma rede de negócios fundada em Dezembro de 2002 e lançada em 5 de Maio de 2003. É comparável a redes de relacionamentos, e é principalmente utilizada por profissionais. Em Novembro de 2007, tinha mais de 16 milhões de usuários registrados, abrangendo 150 indústrias e mais de 400 regiões econômicas (como classificado pelo serviço). Em 3 de Novembro de 2011, Linkedin possuía mais de 135 milhões de usuários registrados em mais de 200 países e territórios. O site está disponível em inglês, francês, alemão, italiano, português, espanhol, romano, russo, turco e japonês. A Quantcast relatou que Linkedin possua, mensalmente, 21,4 milhões de visitantes únicos nos Estados Unidos e 47,6 milhões pelo mundo. Em Junho de 2011, Linkedin tinha 33,9 milhões de visitantes únicos, e cresceu 63% em comparação ao ano anterior, ultrapassando o MySpace. Em 2013, chegou ao número de mais de 238 milhões de usuários. Os países que mais utilizam o Linkedin são Estados Unidos com 84 milhões de usuários, Índia com 21 milhões de usuários e Brasil com 15 milhões de usuários.

um lançamento
 

Escândalos privados de Nora Roberts


   

Escândalos privados

de Nora Roberts

Título Original:     Private Scandals

Tradutor:     Valéria Lamim Delgado Fernandes

Gênero:     Suspense
Páginas:     574
Formato:     16 x 23 cm

E  TOME NORA ROBERTS - AS FÉRIAS VEM    AÍ.


NORA ROBERTS REVIRA O MUNDO DA TELEVISÃO, CRIANDO UM SUSPENSE DE ROER AS UNHAS
Deanna Reynolds tinha sua vida planejada: começaria trabalhando em uma pequena emissora de TV em Chicago e, em alguns anos, se tornaria uma famosa apresentadora. E ela parece estar no caminho certo, principalmente porque uma estrela da televisão, a geniosa Angela Perkins, decide ser sua mentora. O que Deanna não suspeita, porém, é que Angela não é nada ingênua, e que ultrapassa todos os limites para boicotar a popularidade de sua pupila.

Considerado pelo fã-clube oficial e pela crítica especializada um dos cinco melhores livros de Nora Roberts. Escândalos privados é um suspense cativante, que leva o leitor para os bastidores da TV e revela os sonhos ambiciosos de uma jovem jornalista – e as obsessões sombrias que ameaçam destruir tudo pelo que ela lutou.




Lançamento






Me ajude a chorar de Fabrício Carpinejar


   

Me ajude a chorar

de Fabrício Carpinejar


Gênero:     Contos/ Crônicas
Páginas:     156
Formato:     14 x 21 cm


 Sinceramente não morro de amores pelo texto de Capinejar, cheguei até a cogitar se etiqueta-lo como estilo "neo-autoajuda" com laivos de "chiqueliti" , mas dou o braço a torcer. Leiam deste livro - Pai de Meu Pai , uma porrada certeira  . EC._


UM DIVISOR DE ÁGUAS NA LITERATURA DO AUTOR, OU COMO O PRÓPRIO DIZ, "UM DIVISOR DE FOGO"

Depois de títulos que refletiam momentos de sua vida pessoal, em Me ajude a chorar, Carpinejar, pela primeira vez, une textos sem um tema central. São crônicas com assuntos variados, mas com uma singularidade: a melancolia e a tristeza. Sempre, obviamente, com a ironia característica. Um livro com sentimentos. Um livro à flor do osso. Carpinejar mostra a sua mais intensa fragilidade, provando que, na verdade, nesta terapia ou catarse literária, todos devem ser muito felizes para suportar a tristeza verdadeira.

Me ajude a chorar vai emocionar o leitor de maneira única. Dessa vez, Fabrício não fala a respeito de separação e relacionamentos, mas de temas mais gerais, mais coletivos, que buscam focar também em tragédias mínimas e pessoais, como o caso de uma senhora que estava para perder o marido e só desejava mais uma noite de conchinha com ele. Ela trocaria tudo na vida dela por esta noite.

Constam na obra dois textos que ficaram famosos quando publicados: o escrito em homenagem às vítimas de Santa Maria (RS), que inclusive foi capa em diversos jornais, como O Estado de S. Paulo, e aquele sobre o acidente aéreo de 2007 em Congonhas (SP).

 A CRITICA

“Me ajude a chorar diz que você não está sozinho, nunca esteve, jamais estará. As páginas do livro são braços abertos. Este livro é meu abraço.” - Carpinejar

"Em dias que não estão muito fáceis, procuro um pouco de leveza e de humor lendo as crônicas de amor e sexo de Carpinejar." - José Castello, em O Globo

“Uma tremenda reputação precede o poeta gaúcho Fabrício Carpinejar aonde quer que ele vá: a de que sabe seduzir com as palavras.” - Guia da Folha






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MÚSICA - EUDÓXIA DE BARROS EM RECITAL SOLO NA CAIXA CULTURAL CURITIBA

EUDÓXIA DE BARROS EM RECITAL SOLO NA CAIXA CULTURAL CURITIBA



Como parte da Série Solo Música, a musicista apresenta programa com obras de Osvaldo Lacerda e Ernesto Nazareth

A CAIXA Cultural Curitiba apresenta, no próximo dia 10 de junho, como parte da Série Solo Música, recital da pianista paulistana Eudóxia de Barros. A musicista, conhecida por ser uma das principais divulgadoras da música clássica brasileira, apresenta um programa especial com obras de Osvaldo Lacerda, de quem é viúva, e Ernesto Nazareth. No dia 11 de junho, às 20 horas, Eudóxia ministra palestra aberta ao público em geral, com entrada franca, mediante retirada de ingressos com 1h de antecedência, na bilheteria do teatro.

“Eudóxia tem uma contribuição significativa para a música brasileira, seja na divulgação e entendimento da obra de Nazareth, como executando músicas de compositores como Heitor Villa-Lobos, Almeida Prado, Camargo Guarnieri, Zequinha de Abreu, Chiquinha Gonzaga, Francisco Mignone, e, claro, Osvaldo Lacerda”, destaca Alvaro Collaço, curador e produtor da Série Solo Música.

Repertório:
A musicista preparou para o recital obras dos dois compositores de maior significância em sua vida: Osvaldo Lacerda, de quem foi esposa e conviveu até a sua morte, em 2011, e Ernesto Nazareth, cuja obra compôs o LP Ouro sobre Azul, de 1963, o primeiro disco dedicado exclusivamente à música do compositor. De Lacerda, Eudóxia interpreta duas valsas homenageando amigos: o Estudo nº 7 e Cromos, do 4º caderno, a Sonata para Cravo ou Piano e o Estudo nº 12, esta última dedicada à própria Eudóxia. De Nazareth, interpreta os clássicos Odeon, Brejeiro, Apanhei-te Cavaquinho, Espalhafatoso, Ouro Sobre Azul, Confidências, Escorregando e Coração que Sente. “Será um recital em homenagem a música clássica brasileira, a partir das maiores referências de Eudóxia de Barros”, enfatiza Alvaro Collaço.

A pianista:
A paulistana Eudóxia de Barros estudou com músicos renomados como Mathilde Frediani, Karl Heim, Magda Tagliaferro, Nellie Braga, Lina Pires de Campos, Daisy de Lucca, Olivier Berrnard, Guilherme Fontainha, Mozart Camargo Guarnieri, Sebastian Benda e Roberto Sabbag. Em 1953, com 16 anos, fez a estreia brasileira de o Concerto nº 1, de Heitor Villa Lobos, como uma das vencedoras para solista da Orquestra Sinfônica Brasileira, sob a regência de Eleazar de Carvalho.

A pianista gravou 31 LPs e 14 CDs, além do DVD Convite à Música (2007). Para divulgar a obra de Nazareth, em 1976 participou do programa 8 ou 800, da TV Globo, conduzido por Paulo Gracindo. Em 1977 publicou o livro Técnica Pianística – Apontamentos Sugeridos pela Prática do Magistério e Concertos, obra reeditada em 2006. Em 3 de setembro de 1982, casou-se com Osvaldo Lacerda (1927-2011), que lhe dedicou uma enorme quantidade de obras. Integra a Academia Brasileira de Música, ocupando a cadeira nº 14, cujo patrono é Elias Álvares Lobo. Eudóxia apresentou-se na França, Suíça, Inglaterra, México e em países da América Central e do Sul. Nos Estados Unidos, além de tocar nos teatros The Town Hall e The Carnegie Hall, de Nova Iorque, apresentou-se como solista da “Cleveland Philharmonic” e da “North Carolina Symphony”.

Série Solo Música:
Em 2014, a Série Solo Música ampliou seus territórios, além de Curitiba e Brasília, para Fortaleza. O público das três cidades tem a oportunidade de presenciar concertos solo de artistas de estilos bem variados – desde a Música Popular Brasileira e a música clássica até o punk-blues e a música experimental. “A expectativa é que o sucesso dos anos anteriores se repita, seja porque são recitais raros de se ver, seja pela qualidade de todos eles”, enfatiza Collaço.



Serviço:
Música: Série Solo Música – Eudóxia de Barros (piano)
Local: CAIXA Cultural Curitiba – Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Centro – Curitiba (PR)
Data: 10 de junho de 2014 (terça-feira)
Horário: terça-feira às 20h
Ingressos: Vendas a partir de 7 de junho (sábado). R$ 10 e R$ 5 (meia - conforme legislação e correntistas que pagarem com cartão de débito CAIXA)
Bilheteria: (41) 2118-5111. De terça a sábado, das 12h às 20h, e domingo, das 16h às 19h
Classificação etária: Não recomendado para menores de 10 anos
Lotação máxima do teatro: 125 lugares (2 para cadeirantes)

Palestra com Eudóxia de Barros
Local: CAIXA Cultural Curitiba – Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Centro – Curitiba (PR)
Data: dia 11 de junho (quarta-feira)
Hora: quarta-feira, às 20h
Aberta ao público em geral, com entrada franca, mediante retirada de ingressos com 1h de antecedência

DUO SANTORO DIVULGA ÁLBUM BEM BRASILEIRO NA CAIXA CULTURAL CURITIBA





Na estrada há mais de 20 anos, gêmeos violoncelistas interpretam compositores nacionais do século XX e contemporâneos



A CAIXA Cultural Curitiba apresenta, de 6 a 8 de junho, recital do Duo Santoro, formado pelos gêmeos violoncelistas cariocas Paulo e Ricardo Santoro, um dos conjuntos camerísticos mais elogiados pela crítica especializada brasileira. O Duo, que estreou em 1990, divulga o lançamento do álbum Bem Brasileiro, pela gravadora A Casa Discos, primeiro disco de carreira. Os músicos oferecem ainda uma oficina no sábado (07).



Com direção artística do contrabaixista Sandrino Santoro, pai dos gêmeos e com quem iniciaram seus estudos ainda meninos, e produzido por Sergio Roberto de Oliveira – já indicado ao Grammy Latino por duas vezes em categorias de música clássica –, o CD reúne obras de compositores expoentes da música nacional em formação para duo de violoncelos, em um repertório que joga luz nas diferentes tonalidades que formam a música brasileira.



Os irmãos apresentam faixas do novo CD, como Duo, de Alexandre Schubert, Bis, de Sergio Roberto de Oliveira, Três temas do folclore, de Ricardo Medeiros, e O Trenzinho do Caipira, obra clássica de Villa-Lobos.

 

Os músicos:

Nascidos no Rio de Janeiro, os gêmeos Paulo e Ricardo fazem parte da Orquestra Sinfônica Brasileira desde 1986 e da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ desde 1989, no mesmo ano em que se graduaram pela Escola de Música da UFRJ, com nota máxima e dignidade acadêmica Magna Cum Laude. Com mestrado em música, já se apresentaram como solistas a frente de várias orquestras, além de participarem de outras formações camerísticas distintas, tais como Trios, Quartetos e outros Duos.

Único duo de violoncelos em atividade permanente no Brasil, o Duo Santoro já se apresentou nas principais salas de concerto do Brasil. Seus recitais incluem um leque eclético de estilos que vai do erudito ao popular. As transcrições e arranjos para violoncelos são assinados, na sua maioria, pelo próprio Duo, que tem como uma de suas principais metas a divulgação da música brasileira. Para isso, os irmãos contam com a colaboração de vários compositores, que lhes dedicaram algumas de suas principais obras.


Serviço:
Música: Duo Santoro
Local: CAIXA Cultural Curitiba – Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Centro – Curitiba (PR)
Data: 06 a 08 de junho de 2014 (sexta-feira a domingo)
Hora: sexta-feira e sábado, às 20h, e domingo, às 19h 
Ingressos: Os ingressos estarão à venda a partir do dia 31 de maio (sábado) R$ 10 e R$ 5 (meia - conforme legislação e correntistas que pagarem com cartão de débito CAIXA)
Bilheteria: (41) 2118-5111. De terça a sábado, das 12h às 20h, e domingo, das 16h às 19h
Classificação etária: Livre para todos os públicos
Lotação máxima do teatro: 125 lugares (2 para cadeirantes)

Oficina
Data: dia 7 de junho (sábado)
Hora: sábado, das 9h30 às 12h30
Inscrições: As inscrições são gratuitas, de 30 de maio a 05 de junho, pelo e-mail caixacultural08.pr@caixa.gov.br. As vagas são limitadas.

Camerata Antiqua apresenta concerto didático para alunos de escolas municipais





O programa “Alimentando com Música”, criado pela Camerata Antiqua de Curitiba com o objetivo de difundir entre os alunos de escolas municipais a linguagem da música erudita, tem nova edição em 2014. A Capela Santa Maria Espaço Cultural abriga o espetáculo “Joaquim e a Escola Imaginária da Música”, sob o comando da maestrina cubana Maria Antonia Jimenéz, que responde pela direção artística e regência do Coro da Camerata, desde o ano passado.

As apresentações, estruturadas de forma cênica e educativa, acontecem de 3 a 7 de junho, com repetição de 6 a 10 de outubro. Durante a semana, a programação é gratuita e exclusiva para os estudantes e professores, mas nos sábados, dias 7 de maio e 11 de outubro, as sessões são abertas a todos os interessados, nos horários das 18h30 e 19h30, com ingressos a R$ 30 e R$15 (meia-entrada) e entrada franca para crianças até 12 anos.

Os concertos didáticos, promovidos pela Fundação Cultural de Curitiba e Instituto Curitiba de Arte e Cultura, em parceria com a Secretaria Municipal da Educação e a Fundação de Ação Social de Curitiba (FAS), são um exercício de cidadania e aprendizado, envolvendo músicos, alunos de várias escolas e seus mestres. Neste ano, serão atendidos mais de 1.800 alunos de escolas municipais de todas as Regionais da cidade. Além de possibilitar às crianças o conhecimento e o funcionamento de uma orquestra, a iniciativa pretende despertar nesses jovens estudantes a curiosidade a respeito do repertório erudito e aproximá-los desse vasto e rico universo musical.



Os convidados – A montagem de “Joaquim e a Escola Imaginária da Música” conta com importantes convidados. O elenco é composto pelos atores paranaenses Renet Lyon (Joaquim), Giovana de Liz (bailarina Marina) e Rosana Stavis (professora Quero-Quero).

Ator, cantor, compositor, músico, dublador e locutor, Renet Lyon exibe um extenso currículo, no qual constam cursos com renomados diretores teatrais, especializações em interpretação para cinema e televisão, acrobacia e dança contemporânea. Também atuou em vários espetáculos e estudou saxofone e piano.

Com pós-graduação em Arte-educação pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP), Giovana de Liz estudou teoria e prática vocal, além de teatro e dança contemporânea, acumulando interpretações em diversas peças. A atriz e cantora Rosana Stavis é reconhecida pela versatilidade de seu trabalho, possuindo mais de 60 atuações em teatro, cinema, televisão, óperas e musicais. É integrante da banda curitibana Denorex 80 e entre suas premiações constam edições do Troféu Gralha Azul como melhor atriz.

A dramaturgia e a cenografia estão a cargo do paulista Rhenan Queiroz, que atua na pesquisa e síntese de projetos nas áreas das artes cênicas e plásticas com o objetivo de, por meio do entretenimento, estimular o público a refletir sobre as relações interpessoais e a convivência na sociedade. O dramaturgo, cenógrafo, ator e cantor Maurício Vogue, que trabalhou com os principais diretores do teatro nacional, é responsável pela direção cênica do espetáculo. Exibindo conquistas do Troféu Gralha Azul, como melhor ator e diretor, atualmente é cantor da banda Denorex 80.

Com iluminação de Nádia Luciani, “Joaquim e a Escola Imaginária da Música” tem todos os arranjos musicais realizados por Marco Aurélio Koentopp. O músico paranaense participa do programa Alimentando com Música há várias edições. Professor do Curso de Composição e Regência da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), ele destaca a função pedagógica do programa, que procura sempre levar às crianças um repertório de nível poético e musical mais elaborado.

“Com o programa Alimentando com Música, a Camerata Antiqua de Curitiba reafirma seu compromisso sociocultural, tendo como meta cativar novas plateias, além de despertar possíveis dons e aptidões”, diz a coordenadora de Música Erudita da Fundação Cultural de Curitiba, Janete Andrade, ressaltando, ainda, que a programação é para todas as idades.



O repertório – O espetáculo “Joaquim e a Escola Imaginária da Música” reúne as seguintes obras: “Primavera”, de Antonio Vivaldi (1678 – 1741); “É uma partida de futebol”, da banda Skank; “Mundo da Criança”, de Toquinho; “Palavra Cantada”, de Paulo Tatit e Sandra Peres; “Catira do Passarinho”, de Celso Pan e Jacqueline Baumgratz; “Tico-tico no fubá”, de Zequinha de Abreu; “Réquiem para a infância”, de Breculê; “Sabiá lá na gaiola”, de Carmélia Alves Curvello; “A Corujinha” e “O Pato”, de Vinicius de Moraes; “Les chants Des oiseaux”, de Cléments Janequin (1485 – 1558); “O voo do besouro”, de Nikolai Rimsky-Korsakov (1844 – 1908); e “Passaredo”, de Chico Buarque de Holanda. 



Serviço:

Programa Alimentando com Música com a Camerata Antiqua de Curitiba, no espetáculo “Joaquim e a Escola Imaginária da Música”. 

Local: Capela Santa Maria – Espaço Cultural (Rua Conselheiro Laurindo, 273 – Centro)

Datas e horários:

3 de junho, às 9h30 e 10h30 (para alunos da rede pública de ensino);

4 de junho, às 14h30 e 15h30 (para alunos da rede pública de ensino);

5 de junho, às 9h30 e 10h30 (para alunos da rede pública de ensino);

6 de junho, às 14h30 e 15h30 (para alunos da rede pública de ensino);
7 de junho, às 18h30 e 19h30 (para o público em geral). Nessas apresentações, os ingressos custam R$ 30 e R$15 (meia-entrada

Móveis Coloniais de Acajú se apresenta no Clash Club dia 07 de junho




O Móveis Coloniais de Acajú, uma das bandas mais inovadoras dessa geração, aporta no próximo sábado (07/06) no Clash Club. Os brasilienses, com seu excepcional naipe de metais, vão apresentar seu novo show pela primeira vez em São Paulo. André Gonzales (voz), Beto Mejía (flauta transversal), Eduardo Borém (gaita cromática, escaleta e teclados), Esdras Nogueira (sax barítono), Fabio Pedroza (baixo), Fabrício Ofuji (produção), Gabriel Coaracy (bateria), Paulo Rogério (sax tenor), Xande Bursztyn (trombone) e Fernando Jatobá (guitarra), vão tocar músicas dos 3 álbuns de estúdio: "Idem" (2005), "C_MPL_TE" (2009) e "De Lá Até Aqui" (2013), alguns covers e outras surpresas.

 
Serviço
Show: Móveis Coloniais de AcajúLocal: Clash Club - Rua Barra Funda, 969 - Barra Funda - São Paulo/SP
Data: 07 de junho (sábado)
Horário: 18h
Ingressos Antecipados:
- Pista
1º lote R$25,00 (promocional/meia-entrada)
2º lote R$35,00 (promocional/meia-entrada)
- Camarote
1º lote R$50,00 (promocional/meia-entrada)
2º lote R$70,00 (promocional/meia-entrada)
Pontos de venda:
Galeria do Rock - Rua 24 de Maio, 62 - Loja 255 - Centro - São Paulo/SP - Telefone (11) 3361 6951
Rock'n'Roll Burger - Rua Augusta, 538 - São Paulo/SP - Telefone (11) 3255 0351
Venda online: http://bit.ly/ingressomoveis
Capacidade: 500 pessoas
Censura: 16 anos
Informações: http://www.clashclub.com.br/ / Tel: (11) 3661-1500
Estacionamento: R$20

Sobre o Clash Club:
Localizado na Barra Funda em um antigo galpão da década de 30, o Clash Club foi inaugurado em março de 2007 e, ao longo dos anos, se firmou como uma das principais casas noturnas de São Paulo, com espaço para shows dos mais variados estilos de grandes artistas nacionais e internacionais. Já passaram pelo clube mais de 1.500 artistas, tocando para aproximadamente 1 milhão de pessoas nas festas e shows realizados. Recém reformado, o Clash ganhou ar de reinauguração, desde a remodelação da entrada e saída, do mezanino, novos sistema de ar condicionado, camarotes com banheiros exclusivos e outros bares internos.

Boletim Diário de Política Social 23 - Combate à desigualdade de renda: valorização do salário mínimo





Combate à desigualdade de renda: valorização do salário mínimo

No dia 15 de abril, o governo federal enviou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ao Congresso Nacional com a estimativa do valor do salário mínimo (SM) de R$ 779,79, a vigorar em 2015. Essa medida faz parte da política de valorização do SM, cujo mecanismo atual previsto na Lei 12.382/2011, tem vigência estabelecida até a data do próximo aumento, em 1º de janeiro de 2015, ainda que a política de valorização esteja prevista para seguir até 2023.

Segundo a Nota Técnica 136 do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese), desde o final de 2004, o poder de compra do SM se elevou em 68%, descontando-se a inflação. Os reajustes e aumentos do SM passaram a servir de referência para negociações coletivas, embora a tendência tenha sido de que salários maiores do que o mínimo tenham sido majorados em percentuais menores do que o percentual de aumento do SM, o que favoreceu uma redução da amplitude salarial. Ao alcançar inclusive os trabalhadores de empresas terceirizadas, o SM incide sobre os trabalhadores mais pobres vinculados à esfera capitalista de produção, ainda que fora das negociações coletivas. A influência do SM não se restringe aos trabalhadores assalariados com carteira assinada, mas também atinge os rendimentos de assalariados sem carteira e, em menor medida, dos autônomos. A elevação do SM também aumentou o valor real dos pisos dos benefícios da Seguridade Social, o que beneficia outros segmentos populacionais. Segundo o estudo, a combinação de programas sociais, proteção social e a política de valorização do SM compôs uma frente de combate à pobreza e à desigualdade. O processo de elevação do valor do SM, simultâneo à melhoria no mercado de trabalho resultou em diminuição das desigualdades de renda. Porém, apesar da queda expressiva na desigualdade, ela persiste extremamente aguda: segundo o estudo, o Brasil ainda ocupa a 121ª posição em uma lista de 133 países, do menos desigual para o mais desigual.

Segundo o estudo do Dieese (2014), não se pode imputar a inflação apenas à política do SM, porém, na medida em que a remuneração do trabalho é o custo mais importante em várias atividades do setor de serviços, ocorre uma pressão nos indicadores de inflação, que significa uma mudança de preços relativos, segundo o estudo, com a valorização da força de trabalho.

O valor do SM ainda seria insuficiente para atender às necessidades constitucionais dos trabalhadores, segundo o estudo, e, por isso, a elevação do SM deveria continuar após 2015. Essa política também seria importante para a redução da desigualdade e para o alargamento do mercado consumidor interno. Além disso, a defasagem de um ano para a tradução do crescimento do PIB no aumento real do SM como previsto na lei atual (i.e., o aumento do salário em 2015 depende do crescimento do PIB em 2013) faz com que a política tenha efeitos contracíclicos, o que seria extremamente positivo.

Para ler mais:

Dieese (2014) A política de valorização do Salário Mínimo: persistir para melhorar
leia aqui

Lei 12382/2011
leia aquihttp://agenciafpa.com/link.php?M=2403&N=28&L=86&F=H

Análise: Ana Luíza Matos de Oliveira, economista

06/06 ZÉCARLOS MACHADO ATOR DE SEÇÃO DE TERAPIA GNT RETRATOS FALANTES NO TUCARENA

Estreia Nacional da Peça

RETRATOS FALANTES
Dia 6 de junho, no Tucarena

Peça reúne 2 monólogos escritos em 1987
pelo consagrado autor inglês Alan Bennett.
Com:  Brian Penido e Zécarlos Machado,
ator da consagrada série Sessão de Terapia, exibida no GNT.

“...confirma Brian Penido Ross e Zécarlos Machado
como intérpretes superiores.
São dois solos executados com a sutileza que iluminam
a arte e o ofício de representar. Histórias soturnas,
mas que não chegam a afugentar o público.
São acontecimentos cotidianos envoltos no mistério
entre Freud e Kafka. Sexo irrealizado e caso de polícia e psicanálise
são os pontos centrais dos enredos.”
Crítica  de Jefferson Del Rios - Especial para O Estado de S. Paulo
Íntegra da crítica no final do release





Brincando com Sanduíche

Zécarlos Machado ficou  conhecido do grande público
como Théo, o psicólogo do seriado
“Sessão de Terapia”, do canal GNT.

Neste monólogo, ele sai do papel de terapeuta
para encarar um personagem
que sofre de desordem de personalidade,
escondida  por sob a capa de um pacato homem de família,
que trabalha em um parque.

Por este trabalho ele foi indicado ao prêmio
A.P.C.A. (Assoc. Paulista de Críticos de Arte ) de 2013.
Zécarlos Machado ainda recebeu os prêmios:

melhor ator pelo filme AÇÃO ENTRE AMIGOS de Beto Brant no 26.th INTERNATINAL FESTIVAL DE CINEMA DE CHICAGO

melhor ator pelo filme  EU RECEBERIA AS PIORES NOTÍCIAS DE SEUS LINDOS LÀBIOS de Beto Brant no Festival INTERNATIONAL DE CINEMA DO AMAZONAS, no Festival de CINEMA DE ANÀPOLIS e o
PRÊMIO FIESP.SESI SÃO PAULO.

Em 2013 foi eleito uma das 100 PERSONALIDADES
mais influentes de 2013 pela REVISTA ÉPOCA.

Atuou na consagrada peça DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA.






Fritas no Açúcar
Com humor cáustico, Brian Penido interpreta um solteirão
que opta por agradar a mãe, e assim deixar de viver.
O monólogo transita entre a
fronteira da saúde mental e a dubiedade sexual.



“Retratos Falantes” é uma coletânea de monólogos escritos em 1987 pelo consagrado autor inglês Alan Bennett, para a BBC de Londres. Devido ao grande sucesso do programa, estes textos acabaram adaptados para o palco pelo próprio autor.

A peça reestréia no dia 6 de junho, no Tucarena, e cumpre temporada até o dia 6 de julho, com espetáculos as sextas e sábados, ás 22h, e domingos, às 19h.
“Os personagens de Bennett são pessoas comuns, quase invisíveis, que, muitas vezes, podem estar ao nosso lado. Não são aquelas que estamos habituados a ver nas revistas de fofocas e de celebridades, nem os marginais que povoam as folhas dos jornais. São retratos de figuras anônimas que podem estar no nosso convívio”, comenta Eduardo Tolentino de Araújo, diretor do espetáculo.

Serviço:
RETRATOS FALANTES, de Alan Bennett (1934)
Direção - Eduardo Tolentino de Araújo
Elenco – Brian Penido e Zécarlos Machado
Temporada: de 6 de junho a 6 de julho de 2014
Espetáculos: sextas e sábados, às 22h, e domingos às 19h
Ingressos: R$ 50,00 / R$ 25,00 meia
Classificação: 14 anos
Duração: 80 minutos
Capacidade: 300 lugares
Local: Tucarena
Rua Monte Alegre, 1024 - Entrada pela Rua Bartira
Ingressos: pela Internet: www.ingressorapido.com.br / tel: 4003.1212
Bilheteria do Teatro: Horário de atendimento:
Terça a domingo, das 14h às 20h
Formas de Pagamento: dinheiro ou Amex, Aura, Diners, Hipercard,
Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Eletron


Valet apenas sábados e domingos R$20,00/ Estacionamento conveniado Pier Park Estacionamentos - Rua Monte Alegre, 835 - R$14,00 (Valor válido somente mediante a apresentação
de ingressos das peças em cartaz no TUCA)



RETRATOS FALANTES
Espetáculo estreou no verão de 2013
Ficha Técnica:
Autor - Allan Bennett
Tradução - Clara Carvalho
Direção -  Eduardo Tolentino de Araújo
Elenco: Brian Penido - Fritas no Açúcar
Zecarlos Machado - Brincando de Sanduíche
Cenário e Figurinos - Lola Tolentino
Iluminação - Nelson Ferreira

Crítica  de Jefferson Del Rios - Especial para O Estado de S. Paulo
No início do filme M, O Vampiro de Dusseldorf, de Fritz Lang, uma figura masculina, assobiando, aproxima-se de uma garotinha. O local e a intensidade da fotografia prenunciam o que irá acontecer. Realizado em 1931, com Peter Lorre, o filme é um clássico conhecido. Meio século mais tarde, o inglês Alan Bennett retorna não exatamente ao tema, mas às circunstâncias de vida fora da sanidade ou alegria.

Divulgação
Zécarlos Machado em cena do espetáculo
Escreveu monólogos para a televisão e vários deles chegaram ao palco como Retratos Falantes, que o grupo Tapa transformou em exercício cênico que confirma Brian Penido Ross e Zécarlos Machado como intérpretes superiores.
São dois solos executados com a sutileza que iluminam a arte e o ofício de representar. Histórias soturnas, mas que não chegam a afugentar o público. São acontecimentos cotidianos envoltos no mistério entre Freud e Kafka. Sexo irrealizado e caso de polícia e psicanálise são os pontos centrais dos enredos. Outro é a velhice e seu cortejo de misérias. Flashes da contemporaneidade que está no vizinho ao lado ou batendo à porta de qualquer um.
No primeiro movimento deste dueto da solidão humana, um solteiro maduro cuida da mãe, em avançada senilidade, que se compraz em insinuar a homossexualidade dissimulada do filho. No segundo, o jardineiro de um parque revela submissão que parece ser penitência ou luta silenciosa contra algum obscuro mal secreto.
O texto, ou tradução, não explicita a geografia onde transcorrem essas vidas cinza e anônimas, mas paira no ar que estamos na Europa dos invernos, do individualismo frio, de terras onde as pessoas não se tocam. É no fundo de um lado do Reino Unido não tão grandioso (quem entrou em um pub na periferia de Londres sabe a distância entre as casinhas tediosamente iguais e úmidas dos subúrbios e as cerimônias de Buckingham). Mas a mesma vida pequena transcorre em minúsculos apartamentos paulistanos.
Alan Bennett nasceu em 1934, logo, teve sua adolescência no pós-guerra do racionamento do governo Clement Attlee e chegou ao estado neoliberal duro construído por Margaret Thatcher. Parecem histórias alheias, mas a economia é um processo global a criar por todo lado tipos opostos entre o dinheiro fácil e os dependentes de atendimentos públicos.
Além da questão financeira, há a psicologia, os estados de alma, as neuroses, o fracasso. É este recanto da existência que o escritor descreve. Não fica claro se é só humor negro ou audaciosa autoironia colocar uma senhora de 72 anos como anciã quase demente. Nem todos conseguem o atletismo de um Rolling Stone, mas o fato é que Mick Jagger tem 70 anos (Bennett, 79).
Esta dramaturgia de estrutura radiofônica ou closes de televisão requer pouco cenário e efeitos técnicos. Precisa de bons atores e eles estão presentes. O diretor Eduardo Tolentino acertou no uso de um espaço semivazio, onde uma iluminação mais elaborada daria mais força a esses retratos em preto e branco. Acerta plenamente no clima geral do espetáculo ao se manter em sintonia com o escritor e evitar o melodrama. Nesta linha, Brian e Zécarlos constroem tipos antológicos com subtextos nos olhares e gestos mínimos, sobretudo os de provável caráter sexual. O primeiro fala pelo seu personagem e imita os trejeitos dos que o cercam. O mesmo faz o segundo do servilismo assustado do seu papel de pobre solitário à imitação dos gestos de uma criança ou ao tom de voz nas sondagens matreiras do chefe.
Alan Bennett, neste contexto, faz sentido no repertório do Tapa, que usa textos americanos e ingleses sem esquecer outras culturas. O roteiro de trabalho da equipe prevê futuras leituras dramáticas da nova dramaturgia de Portugal e a possível encenação do polonês Witold Gombrowicz, autor da extraordinária peça Ivone, Princesa de Borgonha. Está aí a razão de Retratos Falantes, além de suas qualidades literárias, ser outro acerto na caminhada do grupo.