quinta-feira, 19 de junho de 2008

Orquestra À Base de Corda faz show com Renato Borghetti


Borghettinho e Orquestra À Base de Corda fazem duas apresentações, sábado (21), às 20h, e domingo (22), às 19h, no MON



A Orquestra À Base de Corda, grupo artístico da Fundação Cultural de Curitiba, faz dois shows neste fim de semana, tendo como artista convidado o músico gaúcho Renato Borghetti. Borghettinho e a Orquestra de Cordas apresentam-se sábado (21), às 20h, e domingo (22), às 19h, no Teatro do Museu Oscar Niemeyer.

Virtuose da gaita de ponto, Renato Borghetti traz elementos da música folclórica do Rio Grande do Sul para se somar à sonoridade da orquestra curitibana. No repertório, muitas das composições são de sua autoria: Entardecer no Pontal, Fronteira, Mal dormido, Emily e Sétima do Pontal. O espetáculo inclui também as músicas Barra do Ribeiro (Guinha Ramires), Merceditas (Ramón Ríos), Taquito Militar (Mariano Moraes), Redomona (O Serranos) e Milonga para as Missões (Gilberto Monteiro).

Renato Borghetti é um dos artistas brasileiros de mais sólida carreira internacional. De 2003 a 2006, chegou a fazer até quatro turnês anuais. Borghetti e seu grupo estrearam no Festival de Verão de Bolonha a turnê européia de 2007, que durante quase um mês percorreu outras sete cidades italianas, passando ainda por festivais na Croácia, República Tcheca, Áustria e Alemanha. No verão europeu, as apresentações são na maioria ao ar livre, para milhares de pessoas, mas também acontecem em teatros, clubes de jazz, casas noturnas e centros culturais daqueles países e da França, Portugal, Hungria, Holanda, Eslovênia, Bélgica e Suíça.

Borghetti é cada vez mais atração internacional também em festivais de gaita, ao lado de estrelas como o italiano Ricardo Tesi, o irlandês Martin O´Connor, o português Artur Fernandes e o espanhol Kepa Junqueira. Este ano, o músico finaliza o segundo DVD, Fandango, e em 2009 comemora os 25 anos de lançamento do seu primeiro álbum que, vendendo mais de 100 mil cópias, ganhou o primeiro disco de ouro da música instrumental brasileira.



A orquestra - Mantida pela Fundação Cultural de Curitiba, a Orquestra À Base de Corda foi criada por Roberto Gnattali em 1998. Dedicada à pesquisa e à divulgação da música brasileira, a Orquestra possui formação instrumental ímpar – desde 2001 conta com violino, bandolim, cavaquinho, viola caipira, violão, violão 7 cordas, piano e percussão – o que confere ao grupo sonoridade bastante particular. Seu repertório abrange diversos períodos da história da música brasileira e inclui composições de seus integrantes. Os arranjos são especialmente elaborados por músicos da orquestra e por nomes como Paulo Bellinati, Maurício Carrilho, Leandro Braga, Dante Ozzetti, Jayme Vignoli, Mario Manga, André Abujamra, Paulo Aragão, Josimar Carneiro.

O grupo já teve como convidados Mônica Salmaso, Roberto Corrêa, Ceumar, Pedro Amorim, Dominguinhos, Joel Nascimento, Andréa Ernest Dias, Caíto Marcondes, Maurício Carrilho, Zé Renato e Ná Ozzetti. Entre suas apresentações mais importantes estão as realizadas nas Oficinas de Música de Curitiba (2001 a 2008) e no 8º Festival Brasil Instrumental de Tatuí.

A Orquestra À Base de Corda tem como regente e diretor musical, desde 2001, o violonista, bandolinista, arranjador e compositor João Egashira. Como instrumentista, apresentou-se ao lado de nomes como Paulo Bellinati, Altamiro Carrilho, Paulo Sérgio Santos, Izaías e Israel. Como integrante do grupo Conversa Fiada foi classificado para a primeira edição do Premio Visa de MPB Instrumental. Com o duo Nó de Pinho, ao lado de Daniel Migliavacca, apresentou-se no Festival de Inverno da UFPR (Antonina), Festival de Jazz de Joinville e na 5ª Mostra Brasil Instrumental em Tatuí. João Egashira é um dos criadores do Clube do Choro de Curitiba. Recebeu da Câmara Municipal de Curitiba, em 2003, votos de congratulações por serviços prestados ao desenvolvimento da cultura em Curitiba.


Serviço: Orquestra À Base de Corda e Renato Borghetti Data: 21 e 22 de junho de 2008. Sábado (21), às 20h, e domingo (22), às 19h. Local: Teatro do Museu Oscar Niemeyer – Rua Marechal Hermes, 999. Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (mais um quilo de alimento não perecível).

RELIGIÕES PAGÃS E CRISTÃS

O PAI DE FAMÍLIA


E outros estudos

de Roberto Schwarz


Páginas - 184

Às vezes, as datas dizem muito. Escritos entre 1964, ano do golpe, e 1978, quando o autor retorna do exílio francês, os ensaios reunidos em O pai de família constituem uma tentativa de resposta rigorosa e dialética aos dilemas que a conjunção de autoritarismo e modernização impunha tanto à vida política de todos como às posições clássicas da esquerda.
Para dar conta do recado, Schwarz criou uma prosa singular, misturando a dicção vernácula de um Mário de Andrade às figuras argumentativas de um Theodor Adorno. Aqui, como na guerrilha, a regra fundamental é não permitir que se adivinhe o próximo movimento, donde o ziguezague do cinema de Ruy Guerra à arquitetura de Cristina Barbosa, de um perfil de Anatol Rosenfeld à ficção de Paulo Emílio Salles Gomes, da tradução oportuna de um conto de Kafka à pseudotradução de uma certa Bertha Dunkel.
Crítica militante? Não exatamente. Os ensaios de Schwarz são antes regidos pelo esforço quase paradoxal de reflexão no calor da hora e parecem menos interessados em tomar posições inabaláveis do que em promover deslocamentos - conceituais, políticos e estéticos. À maneira, quem sabe, de João Gilberto, que "esfria sambas e boleros e os canta distanciadamente", à maneira de um Brecht baiano, brasileiro mas dialético.

Um lançamento da

SUPLEMENTO CULTURAL INFANTO JUVENIL


ATENDENDO A PEDIDOS DE PAIS E EDUCADORES INAUGURAMOS ESTE SUPLEMENTO CULTURAL ESPECIAL VOLTADO A LANÇAMENTO E EVENTOS INFANTOJUVENÍS.





terça-feira, 17 de junho de 2008

Jorge Luis Borges

MÍNIMA MÍMICA



- Ensaios sobre Guimarães Rosa

de Walnice Nogueira Galvão

Páginas

352

Walnice Nogueira Galvão é uma das maiores especialistas brasileiras em Guimarães Rosa, escritor que fascina e desafia leitores e críticos com seu alto teor de experimentação lingüística. Em Mínima mímica, Walnice elabora hipóteses sobre as principais narrativas de Rosa e analisa o processo criativo do escritor. A autora estende sua investigação a temas que permeiam sua obra, como o regionalismo, a religião, a mitologia, a imigração e as relações entre literatura, fábula, antropologia e jornalismo.
Na primeira parte do volume, a autora aborda algumas das mais conhecidas narrativas do autor. A segunda parte traz onze ensaios sobre temas como as metáforas náuticas na literatura do sertão e a infância e a relação do menino Joãozito com o pai. Os ensaios da terceira parte do livro não versam diretamente sobre Rosa, mas não abandonam por completo a obra do mineiro: Walnice comenta a atuação política e intelectual de Duglas Teixeira Monteiro, professor de ciências sociais da USP, e do escritor Afonso Arinos. O ensaio que fecha o livro mostra como o sertão continua a ser tema forte em diversas expressões nas artes e no entretenimento, inspirando obras no cinema, no teatro e na música popular.


Um Lançamento da









VENTOS DE QUARESMA


de
Leonardo Padura Fuentes


Páginas

232

Havana, 1989. A rotina do detetive Mario Conde é quebrada por dois episódios que chegam com os ventos característicos da Quaresma: a tonitruante paixão pela ruiva Karina, que conheceu casualmente por causa de um pneu furado, e o assassinato de Lissette Núñez Delgado, jovem professora de química de um colégio de Havana.
Para resolver o mistério do assassinato de Lissette - espancada e asfixiada com uma toalha após uma festa regada a álcool, sexo e drogas em seu apartamento -, Conde terá de percorrer um longo caminho, em que será impulsionado por dois elementos: o questionamento de sua própria vida, opondo o sonho de ser escritor à sua realidade de policial, oposição posta em ebulição pela furtiva Karina; e o instinto policial, que lhe diz a todo momento que a solução do caso está inevitavelmente ligada à origem da droga encontrada no apartamento de Lissette.
Esse mesmo instinto o afasta dos suspeitos mais evidentes. A trajetória de Conde é pautada, sobretudo, pelo desconforto de enxergar de maneira cristalina que os sonhos de sua geração ruíram e que os jovens de hoje não parecem alimentar nenhum tipo de esperança que dê sentido à vida.


Um Lançamento



A HISTÓRIA DE MILDRED PIERCE


de James M. Cain

Páginas-328

A Grande Depressão norte-americana propiciou o desenvolvimento de um tipo específico de romance realista, caracterizado por personagens amorais, passionais ou perturbados em conseqüência de dificuldades pessoais e familiares, o que muitas vezes os leva ao crime. James M. Cain foi um dos grandes expoentes desse gênero, também chamado de hard-boiled. Ainda que não seja um romance policial, A história de Mildred Pierce tem todos os ingredientes desse gênero de romance, surgido nos anos 30 e 40. Cain apresenta um painel da sociedade norte-americana nos anos 1930, entre a Depressão e o fim da Lei Seca, momento em que os valores morais conservadores dão lugar à primazia das ambições. Mildred Pierce é uma bela mulher, tem habilidade culinária excepcional e uma força interior inabalável. Usa esses atributos para sobreviver ao divórcio e à pobreza, galgando os degraus até a classe média. Mas Mildred também tem suas fraquezas: queda por homens incompetentes e uma devoção irracional pela filha inescrupulosa e manipuladora. Com esses elementos James M. Cain criou uma novela de aguda observação social e violência emocional devastadora, sempre no estilo conciso e direto que o consagrou.




Um lançamento da



GENERAL OSORIO


- A espada liberal do Império de Francisco Doratioto


Organização

Elio Gaspari, Lilia Moritz Schwarcz


Páginas-280


Militar contra a vontade, por imposição paterna e pela falta de alternativas para um garoto pobre do interior do Rio Grande, Osorio conquistou a fama, o reconhecimento nacional e até uma certa fortuna, tornando-se inclusive senador no final da vida. Neste livro, o historiador Francisco Doratioto investiga a ascensão de Osorio no contexto dos conflitos de que participou, revelando como as conturbadas relações do Império com os países vizinhos ao sul criaram as condições para que Osorio se destacasse como militar.
Através da sua biografia, portanto, podemos acompanhar também os conflitos e guerras travadas na região, desde a Cisplatina até a Guerra do Paraguai, passando pela Revolução Farroupilha e pela guerra contra Oribe e Rosas. Ao fim, Doratioto apresenta não só o perfil do simples alferes que acabou por se tornar comandante do Exército brasileiro em operações no início da Guerra do Paraguai, mas também uma rica e envolvente história do Brasil e dos países do Rio da Prata.


Um lançamento do






VIVER



de Yu Hua

Tradução

Márcia Schmaltz

Páginas

216


Um jovem andarilho perambula pelo interior da China atrás de histórias e canções folclóricas, quando se depara com o velho Fugui Xu. Intrigado com aquela figura, o jovem interessa-se em escutar sua história de vida. E assim tem início o relato de uma extraordinária epopéia familiar, que se estende por cinco décadas da história chinesa contemporânea, desde a libertação do país, ao final da Segunda Guerra, até os dias atuais, passando pela ascensão de Mao Tse-tung e pela Revolução Cultural.
No início da década de 1940, Fugui levava uma vida boa, cercado por suas terras, empregados e esposa obediente. Até que o gosto pela jogatina o leva a perder tudo. Na miséria, consegue a muito custo um pedacinho de terra que lhe permite recomeçar a vida. Mas logo é obrigado a combater na Guerra Civil e passa anos longe de casa, sofrendo reveses dignos de um Jó. Só não perde a disposição de seguir em frente.
Com sua prosa límpida e direta, no estilo saboroso da tradição oral, o chinês Yu Hua atinge com perfeição o objetivo a que se propôs: "Quis descrever a capacidade que o homem tem de ser otimista diante do mundo. E, ao escrever, compreendi que vivemos pela vida em si, e por nada além disso".

"Um dos grandes romancistas da atualidade, Yu Hua escreve com um olhar frio e preciso, mas também com um enorme coração." - Ha Jin, autor de Refugo de guerra


um lançamento da

Concerto na Capela une música e dança

O concerto Abraço de Câmara constitui um projeto inovador da coreógrafa Rocio Infante e do violonista Mario da Silva.



A Capela Santa Maria – Espaço Cultural apresenta na quarta e na quinta-feira (18 e 19), às 20h30, o concerto Abraço de Câmara, uma proposta inovadora de interlocução de linguagens, apresentada pela bailarina e coreógrafa Rocio Infante e pelo violonista Mario da Silva. O projeto foi um dos selecionados pela Fundação Cultural de Curitiba, por meio de edital do Fundo Municipal da Cultura, para compor a programação da Capela.

O projeto, que já participou de vários festivais de música no Brasil e no exterior, propõe um novo formato para recitais. A performance interdisciplinar decompõe a maneira convencional de se fazer música de câmara, de acordo com os experimentos realizados pelos artistas. O concerto é feito com base num repertório de música contemporânea para violão e outro instrumento. No caso do Abraço de Câmara, este instrumento é visual, corporal e sonoro. De acordo com os artistas, a proposta abre portas para várias possibilidades ainda pouco exploradas nas apresentações de música de câmara.

O projeto modifica-se de acordo com a escolha do repertório. O programa a ser apresentado na Capela Santa Maria inclui peças de Arrigo Barnabé (Fragmentos), Jaime Zenamon (Unicórnio), Arthur Kampela (Percussion Study 1 e 5), André Abujamra (Jardins do Céu de Gaudi), Norton Dudeque (Pintando o 7), Chico Mello (Dança, versão para 8 violões) e Mário da Silva (DNA da Dança).





Serviço:

Abraço de Câmara, com Rocio Infante e Mario da Silva

Data: 18 e 19 de junho de 2008 (quarta e quinta-feira), às 20h30

Local: Capela Santa Maria – Espaço Cultural (Rua Conselheiro Laurindo, 273 – Centro)

Ingressos: R$10 ou R$5 mais um quilo de alimento não perecível

Assessoria de imprensa para o mercado editorial

A Universidade do Livro, vinculada à Fundação Editora da
Unesp, promove entre os dias 17 e 19 de junho, das 18h30
às 21h30, o curso Assessoria de Imprensa para o
mercado editorial. O objetivo é fornecer subsídios
para a compreensão do papel da assessoria na divulgação
de produtos editoriais junto à imprensa geral e
especializada, abordando as diferentes características de
cada mídia, as dificuldades e as ferramentas para
obtenção de resultados positivos.

O curso trabalha a questão da formação da opinião
pública, o produto editorial como objeto de divulgação e
as relações entre linguagem publicitária e linguagem
jornalística. Na ocasião, será apresentada e aprofundada
a concepção de assessoria de imprensa como mediadora da
relação com a mídia (e os diferentes canais).

Dentro do tema, são objetos de discussão os conflitos e
acordos entre redação e assessoria, as abordagens e
táticas, as técnicas de redação de release, além follow-
up e de criação de mailing. Serão ainda abordados temas
como organização de entrevistas coletivas e exclusivas,
controle da informação e planejamento de divulgação:
check-list diário, semanal e mensal, infra-estrutura e
orçamento.

O curso será ministrado por Katia Saisi, jornalista com
mais de 20 anos de experiência em comunicação e imprensa
em empresas públicas e privadas. Especialista em
Comunicação e Marketing, mestre em Comunicação e Mercado,
pela Faculdade Cásper Líbero e doutoranda em Ciências
Políticas, pela PUC-SP, é docente na ECA/USP,
Universidade São Judas e Unaerp, e diretora da Pluricom
Comunicação Integrada, empresa de comunicação
organizacional e política.

Assessoria de Imprensa para o mercado editorial é
voltado para editores, editores-assistentes, divulgadores
e profissionais de comunicação e marketing, jornalistas,
assessores de imprensa, estudantes de comunicação,
marketing e demais interessados em aprofundar os
conhecimentos sobre assessoria de imprensa e mercado
editorial.

O evento acontece na sede da Universidade do Livro, à
Praça da Sé, 108 (Centro - São Paulo, SP). O investimento
é de R$ 300 (R$ 240 para sócios e estudantes).

Informações sobre reservas e inscrições podem ser obtidas
pelo telefone (11) 3242-9555 e e-mail
universidadedolivro@editora.unesp.br. O programa completo
está acessível no site www.editoraunesp.com.br, link para
Universidade do Livro.

Editora UNESP

domingo, 15 de junho de 2008

MINHA CRISE DE MEIA-IDADE FAVORITA (ATÉ AGORA)


Toby Devens

Páginas : 392

O que você faria se descobrisse, depois de 26 anos de casada, que seu marido está apaixonado por Brad, o decorador? Pois é isso o que acontece com a Gwyneth Berke, uma bem-sucedida ginecologista que precisa reestruturar sua vida após essa terrível revelação. Mas ela resolve esse dilema da melhor forma possível, recrutando suas melhores amigas, também recém-descasadas, como consultoras para a formulação dos planos para essa nova etapa da sua vida – que inclui um necessário estoque de bom humor e, claro, a busca de um novo amor. Minha crise de meia-idade favorita (até agora), romance de estréia de Toby Devens, é diversão garantida tanto para mulheres que estão passando por essa fase da vida quanto para aquelas que ainda chegarão lá.


Um Lançamento da




O Negro no mundo dos Brancos



REEDIÇÃO IMPERDÍVEL

Edição: 2ª

Nº de Páginas: 320


Apresentação - Lilia Moritz Schwarcz
Autor - Florestan Fernandes

A década de 1960 ficou assinalada pelo incremento dos estudos sobre o negro brasileiro. Durante muitos anos, analisada em um ou outro livro ou artigo esporádico, a participação do descendente de africano no Brasil começou a ser reavaliada (segundo alguns de maneira um tanto idealizada) por Gilberto Freyre, em Casa-grande & senzala (1933). Nos anos seguintes, os estudiosos assumiram posições mais realistas, pondo de lado velhos chavões como a inexistência de preconceito racial no país. Buscaram-se enfoques inéditos de abordagem do problema, analisaram-se aspectos ainda não avaliados, sempre amparados em pesquisa de campo e levantamento minucioso de dados. O negro no mundo dos brancos, do professor Florestan Fernandes, reflete essas tendências através de seus quatorze ensaios, centrados na preocupação com a supremacia da "raça branca" e o controle do poder que ela exerce em nossa sociedade, fazendo do Brasil um mundo social modelado pelo branco e para o branco. Estudando a situação do negro e do mulato na sociedade brasileira, vista a partir de São Paulo, Florestan Fernandes levanta os caminhos sinuosos assumidos pelo preconceito, os seus disfarces e o processo de segregação racial, sem agravar ou atenuar o problema. Sua visão é de que o equilíbrio racial na sociedade brasileira "procede do modo pelo qual os dois pólos se articulam com um mínimo de fricção", padrão de equilíbrio que é a própria base da desigualdade racial. O livro aborda ainda outros assuntos mais heterogêneos e fortuitos, como o significado das pesquisas sobre relações raciais, a presença do negro "em nosso folclore e nos quadros da religião popular", todos eles se comunicando entre si, ajudando a desvendar a situação real do negro na sociedade brasileira, mas também afirmando as "preocupações morais e políticas" do autor.


UM LANÇAMENTO DA

Brancos e Negros em São Paulo


REEDIÇÃO IMPERDÍVEL

Florestan Fernandes


Edição: 4ª

Nº de Páginas: 304

Após a Segunda Guerra Mundial, a Unesco financiou uma série de pesquisas no Brasil a respeito das relações raciais no país. Tal iniciativa tinha como fulcro a crença de que o Brasil representava um cenário singular no tocante às relações raciais, onde os contatos entre brancos e negros tenderiam para a harmonização, visão que teria sido consagrada pelos trabalhos de Gilberto Freyre. A pedido do órgão mundial, foram realizadas pesquisas no Recife, em Salvador, no Rio de Janeiro e em São Paulo, este último um dos espaços que reservaria enorme riqueza de contrastes para o problema a ser enfrentado. A porção paulistana da pesquisa ficou a cargo de Roger Bastide e de seu pupilo Florestan Fernandes e resultaria no livro Relações raciais entre brancos e negros em São Paulo, publicado pela Anhembi, em 1955. Anos mais tarde, o trabalho seria modificado e republicado com o título Brancos e negros em São Paulo, pela Companhia Editora Nacional, em sua célebre Coleção Brasiliana.
Brancos e negros em São Paulo apresenta-se até os dias de hoje como um texto-chave para a compreensão dos meandros que constituíram as formas de discriminação racial no país. O estudo de Bastide e de Fernandes inova ao adotar instrumentos teórico-metodológicos da sociologia crítica para o enfrentamento de uma questão premente do desenvolvimento do país: a inserção do negro na ordem social capitalista brasileira. Representações coletivas sobre o negro, bem como pesquisas de campo a respeito das posições que eles assumiram na sociedade paulistana, são minuciosamente interpretadas pelos dois estudiosos.
No atual estágio acalorado de debates sobre as cotas raciais, onde os argumentos anti-racistas universalista e diferencialista se contrapõem, Brancos e negros em São Paulo reaparece oferecendo uma análise criteriosa e desafiadora a respeito de um dos principais nós históricos da formação brasileira.

Um lançamento da




Curador do Masp faz palestra no programa Hora da Prosa

O professor José Teixeira Coelho, curador-coordenador do Museu de Arte de São Paulo, faz palestra na próxima quarta-feira (18), no Paiol.



José Teixeira Coelho, professor de Política Cultural da Universidade de São Paulo e curador-coordenador do MASP – Museu de Arte de São Paulo, é o convidado da próxima edição do programa Hora da Prosa Especial, promovido pela Fundação Cultural de Curitiba. O tema da palestra, que acontece na próxima quarta-feira (18), às 19h, no Teatro do Paiol, é Patrimônio e Cultura Viva.

Teixeira Coelho é professor titular de Política Cultural da USP, com mestrado em Ciências da Comunicação, doutorado em Teoria Literária e Literatura Comparada, ambos pela USP, e pós-doutoramento pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. Ex-diretor do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e do Centro de Informação e Documentação Artística da Secretaria de Cultura de São Paulo, Teixeira Coelho é, atualmente, curador-coordenador do MASP.

O professor é autor, entre outros, do Dicionário Crítico de Política Cultura, Usos da Cultura, O que é ação cultural, Arte e Utopia. Publicou também as obras de ficção Fliperama sem creme, Niemeyer: um romance e História Natural da Ditadura (Prêmio Portugal Telecom de Literatura, 2007).

O programa “Hora da Prosa – Conversas sobre Patrimônio Cultural”, que tem por objetivo incentivar debates e discussões sobre temas que envolvem o patrimônio cultural de Curitiba, é coordenado pela Diretoria do Patrimônio Cultural da Fundação Cultural de Curitiba. Acontece periodicamente na Casa Romário Martins com a participação de palestrantes relacionados ao tema e, ocasionalmente, em espaços maiores, quando são realizadas edições especiais, abordando questões patrimoniais de relevância nacional e internacional.

O evento, filmado em formato digital e incorporado ao Centro de Documentação da Casa da Memória/DPC, tem o apoio do IPHAN, do ICOMOS (Conselho Internacional de Monumentos e Sítios) e do Instituto Municipal de Administração Pública – IMAP, sendo considerado curso de capacitação para os funcionários da Prefeitura Municipal de Curitiba.



Serviço:

Hora da Prosa Especial

Patrimônio e Cultura Viva com José Teixeira Coelho

Data: 18 de junho de 2008 (quarta-feira), às 19h

Local: Teatro Paiol – Praça Guido Viaro, s/n – Prado Velho

Entrada franca

Imigração japonesa em mostra na Cinemateca

O centenário da imigração japonesa no Brasil é lembrado com exibições gratuitas de filmes, de 18 a 24 de junho, numa iniciativa conjunta da Prefeitura Municipal e Consulado Geral do Japão em Curitiba.



A Cinemateca, espaço da Fundação Cultural de Curitiba, coloca em cartaz, de 18 a 24 de junho, a Mostra Imigração Japonesa 100 Anos, com exibição de filmes produzidos a partir da década de 1980. As sessões acontecem em horários variados e o evento é resultado de uma parceria entre a Prefeitura Municipal e o Consulado Geral do Japão em Curitiba. A entrada é franca. Confira a programação:



Dia 18 (quarta-feira) – sessões às 15h30 e às 20h:

GAIJIN – CAMINHOS DA LIBERDADE (Brasil/1980). Duração 112’. Direção de Tizuka Yamasaki – No início do século XX, um grupo de japoneses emigra para o Brasil, onde passa a trabalhar em uma fazenda cafeeira. Lá eles precisam se adaptar às novas condições de vida e enfrentar a exploração dos donos da fazenda.



Dia 19 (quinta-feira)

Às 15h30: DEPOIS DA CHUVA / Ame Aguru (Japão/1999). Duração 87’, colorido, drama. Direção de Takashi Koizumi – Baseado no último roteiro escrito por Akira Kurosawa e dirigido por um de seus discípulos, Depois da Chuva é a história do ronin (um samurai sem mestre) Misawa, que não consegue encontrar um emprego. Ao lado de sua mulher, Tayo, ele perambula em busca de emprego. Numa de suas viagens, os dois são surpreendidos por uma enchente que os obriga a ficar confinados numa pequena hospedaria, ao lado de hóspedes esfomeados. Decidido a alimentar aquelas pessoas, ele sai e volta com muita comida e bebida. Como ele conseguiu a comida e a bebida?



Às 17h30: VERÃO NEGRO – FALSA ACUSAÇÃO / Nihon no Kuroi Natsu-Enzai (Japão/2000). Duração de 119’, colorido, drama. Direção de Kei Kumai – Baseado numa história verídica, que ocorreu na cidade de Matsumoto, província de Nagano, no verão de 1994. Um ano após o crime com o gás Sarin que provocou mortes, um grupo de estudantes da escola local resolve fazer um vídeo-documentário sobre o caso, quando descobre injustiças com Toshio, considerado o responsável pelo ocorrido. Em março do ano seguinte, acontece um grande atentado no metrô de Tokyo, no qual o mesmo gás Sarin mata várias pessoas e então surge um novo suspeito do atentado...



Às 20h: DORAHEITA (Japão/2000). Duração 111’, colorido, ação. Direção de Kon Ichikawa – Após uma série de problemas com uma gangue, que espalha o pânico entre a população de uma cidade, as autoridades locais decidem contratar um novo comissário: o samurai Doraheita, que está preparado para aplicar novas leis e restaurar a ordem social.



Dia 20 (sexta-feira)

Às 15h30: DORAHEITA. (Japão/2000). Duração 111’, colorido, ação. Direção de Kon Ichikawa.



Às 17h45: O ÁLBUM DA VILA / Mura no Shashinshu (Japão/2003). Duração 111’, colorido, drama. Direção de Mitsuhiro Mihara – Uma pequena vila no meio das montanhas está prestes a desaparecer. Um funcionário da vila pede a um antigo fotógrafo, que também é morador da vila, e a seu filho que façam um álbum de cada família da vila. Pai e filho têm um relacionamento difícil, mas resolvem aceitar o trabalho.



Às 20h: DEPOIS DA CHUVA / Ame Aguru (Japão/1999). Duração 87’, colorido, drama. Direção de Takashi Koizumi.



Dia 21 (sábado)

Às 15h30: VERÃO NEGRO – FALSA ACUSAÇÃO / Nihon no Kuroi Natsu-Enzai (Japão/2000). Duração de 119’, colorida, drama. Direção de Kei Kumai.



Às 17h45: HINOKIO (Japão/2004). Duração 111’, colorido, drama. Direção de Takahiko Akiyama – Satoru, um menino na série primária, fecha-se para o mundo e vê a vida através do robô desenvolvido por seu pai. Ele é apelidado de “Hinokio” por se parecer com Pinóquio e o material utilizado para a confecção ser de madeira Hinoki (cipreste japonês). Com a ajuda do robô, Satoru conhece o mundo, faz novas amizades e aparentemente parece estar se recuperando...



Às 20h: O ÁLBUM DA VILA / Mura no Shashinshu. (Japão/2003). Duração 111’, colorido, drama. Direção de Mitsuhiro Mihara.



Dia 22 (domingo)

Às 15h30 – O ÁLBUM DA VILA / Mura no Shashinshu. (Japão/2003). Duração 111’, colorido, drama. Direção de Mitsuhiro Mihara.



Às 17h45 – A FACE DE JIZO / Titi to Kuraseba (Japão/2004). Duração 99’, colorido, drama. Direção de Kazuo Kuroki – Hiroshima, dia 6 de agosto de 1945. É lançada a bomba atômica que muda a vida da humanidade e a vida de pai e filha. Três anos depois, Mitsue, a filha, tem sua vida retomada como bibliotecária, mas vive com a consciência pesada por ter sobrevivido. Aparece um rapaz em sua vida, mas ela não se acha digna de ser feliz...



Às 20h – VERÃO NEGRO – FALSA ACUSAÇÃO/ Nihon no Kuroi Natsu-Enzai. (Japão/2000). Duração de 119’, colorido, drama. Direção de Kei Kumai.



Dia 23 (segunda-feira)

Às 15h30: A FACE DE JIZO / Titi to Kuraseba (Japão/2004). Duração 99’, colorido, drama. Direção de Kazuo Kuroki.



Às 17h30: DORAHEITA. (Japão/2000). Duração 111’, colorido, ação. Direção de Kon Ichikawa.



Às 20h: HINOKIO. (Japão/2004). Duração 111’, colorido, drama. Direção de Takahiko Akiyama.



Dia 24 (terça-feira)

Às 15h30: HINOKIO. (Japão/2004). Duração 111’, colorido, drama. Direção de Takahiko Akiyama.



Às 17h45: DEPOIS DA CHUVA / Ame Aguru (Japão/1999). Duração 87, colorido, drama’ Direção de Takashi Koizumi.



Às 20h: A FACE DE JIZO / Titi to Kuraseba (Japão/2004). Duração 99’, colorido, drama. Direção de Kazuo Kuroki.



Serviço:

Mostra Imigração Japonesa 100 Anos, promoção conjunta da Fundação Cultural de Curitiba, Prefeitura Municipal e o Consulado Geral do Japão em Curitiba

Local: Cinemateca de Curitiba (Rua Carlos Cavalcanti, 1.174)

Data: de 18 a 24 de junho de 2008, com sessões em horários variados

Entrada franca