sexta-feira, 15 de agosto de 2008

MOÇADA BOA CHEGANDO NA CHUVA DAS GLOBALETES DO KIKITO


BOA SORTE NA CAÇADA EM GRAMADO !
Falando sério. Pessoal da melhor honestidade musical. Confira !

Sobre Gente Boa da Melhor Qualidade

Gente Boa da Melhor Qualidade começou suas atividades no início de 1997, em Curitiba, quando alguns integrantes da banda Woyzeck e amigos se reuniram com o admirável intuito de reviver a chamada Época de Ouro da música brasileira – período de 1930 a 1945, quando nossa música se tornou mais popular, menos lírica e européia.

O grupo selecionou artistas como Noel Rosa, Cartola, Ismael Silva, Nelson Cavaquinho, Carlos Cachaça, Aracy de Almeida, Geraldo Pereira, Adoniran Barbosa, Ataulfo Alves, Lupicínio Rodrigues – gigantes da história da música no Brasil, mas que hoje são desconhecidos.

Contando com esse time de compositores, Gente Boa tem seguido de salão em salão, de bar em bar, passando por praças públicas, teatros (Fernanda Montenegro, Paiol, Sesc da Esquina, Reitoria-UFPR), pelo Memorial de Curitiba, alguns casamentos, inúmeras festas e churrascos, bailes, saraus, rodas de samba, festivais (TV Paranaense, Festival de Inverno UFPR em Antonina), cantando o que há de melhor na história da produção musical do Brasil. A banda é formada pelos músicos Guto Gevaerd (violão e voz), André Scheinkmann (pandeiro e voz), Paulo Marques (violão sete cordas e voz), Douglas Diapp (cavaquinho e voz), Luciano Moser (voz, percussão), Caio Marques (voz, cuíca) e Marcelo Costa (percussão e voz).

Algumas das nossas interpretações: Perdoa (Paulinho da Viola); Se acaso você chegasse (Lupicínio Rodrigues); Fita Amarela, Você vai se quiser (Noel Rosa); Folhas Secas (Nelson Cavaquinho); A voz do morro (Zé Kéti); Escurinho (Geraldo Pereira); O Sol Nascerá (Cartola), Tiro ao Álvaro (Adoniran Barbosa)..

Apesar de as músicas serem antigas, nosso público é formado basicamente por jovens que, ao entrarem em contato com estas composições, são levados a conhecer melhor e a apreciar a boa música brasileira.

Gente Boa da Melhor Qualidade preza em seguir os arranjos originais, levando ao público um pouco de saudosismo e muita alegria.


Membros da Banda Marcelo Costa - Tantan, voz
André Scheinkmann - Pandeiro, voz
Guto Gevaerd - Violão, voz
Paulo Marques - Violão 7 cordas, voz
Douglas Diapp - Cavaquinho, voz
Luciano Moser - Voz, percussão
Marcelo Oliveira - Clarinete, Flauta
Osmário Estevam - Trombone


http://www.myspace.com/genteboasamba CONTATO email: genteboasamba@gmail.com







Paulinho Tapajós canta sábado no Paiol

Autor de sucessos como Andança e Sapato Velho,

Paulinho Tapajós faz única apresentação no Paiol



Cantor, compositor, instrumentista e escritor, Paulinho Tapajós está completando 40 anos de carreira. Para comemorar a data, lança neste sábado (16), às 21h, no Teatro Paiol, o CD Preparando a Canção. Ele aproveita para relembrar seus grandes sucessos como Andança, Sapato Velho, Cantiga por Luciana. Participação especial do violonista Marcelo Lessa, cuja parceria já resultou em dois CDs: Viola Violão, de 2005, e Par ou Ímpar, de 2006.

Paulinho Tapajós tem mais de 250 músicas gravadas, com mais de 1200 regravações, registradas nas vozes de Elis Regina, Elizeth Cardoso, Chico Buarque, Maria Bethânia, Zizi Possi, Clara Nunes, Beth Carvalho, Nara Leão, Leila Pinheiro, entre outras. Assinou diversas parcerias, dentre elas com Cartola, Ivan Lins, Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito, Sivuca, Cláudio Nucci, Danilo Caymmi, Tavito e Nonato Busar.

De suas composições mais famosas destaca-se Andança (parceria com Danilo Caymmi e Edmundo Souto), sucesso imediato assim que foi defendida no III Festival Internacional da Canção, no Rio de Janeiro, em 1968. No ano seguinte, Cantiga por Luciana (Edmundo Souto e Paulinho Tapajós), defendida por Evinha no IV Festival Internacional da Canção, conquistou o primeiro lugar na fase nacional e na fase internacional do certame. Sapato Velho (Cláudio Nucci, Mu Carvalho, Paulinho Tapajós), com o grupo Roupa Nova, faz parte do elenco de sucessos. Recentemente Maria Rita gravou Menininha do Portão.

Carreira – Paulinho Tapajós lançou seu primeiro disco solo em 1972. Em 1981 chegou às lojas com Amigos e Parceiros, tendo participações de Beth Carvalho, Toquinho, Sivuca, Fagner, Ivan Lins e Carlinhos Vergueiro. Em “Coração de Poeta”, de 1996, regravou sucessos com convidados outros ilustres: Fagner, Chico Buarque, Claudio Nucci, João Nogueira e Ivan Lins entre outros. Reencontro, de 1998, traz as participações de Ivan Lins, Beth Carvalho, Velha Guarda da Mangueira e Golden Boys. Seu último trabalho, Preparando a Canção, a exemplo dos anteriores, reúne artistas consagrados como: Beth Carvalho, Claudia Telles, Danilo Caymmi, Márcio Lott e Marcello Lessa.



Marcello Lessa – A parceria entre Paulinho e o violonista Marcello Lessa rendeu até agora dois CDs elogiados pela crítica: Viola Violão (2005) e Par ou Impar (2006). De formação erudita, Lessa estudou no Conservatório Brasileiro de Música. Integrou o grupo Conversa de Cordas, com o qual gravou três CDs e ganhou diversos prêmios. Em 1986, em parceria com Paulo Emílio, compôs o samba-enredo da Salgueiro: Tem que tirar da cabeça aquilo que não se pode tirar do bolso , que recebeu nota 10 e levou a escola ao 5º lugar no carnaval daquele ano.

Lessa trabalhou Roberto Menescal, Cláudia Telles, José Messias e Andréa Montezuma. Em 2000 lançou seu primeiro CD solo, Vento Bandoleiro, com ótima aceitação da crítica especializada. Apresentou-se com Billy Blanco, Dóris Monteiro, Sonia Delfino, Claudia Telles, Cláudio Nucci e Moacyr Luz entre outros.

O show de Paulinho Tapajós e Marcelo Lessa é uma produção conjunta de Alvaro Collaço Produções e Vander Produções, com apoio do Hotel Paraná Suíte e do Restaurante Beto Batata. O show acontece dia 16 de agosto, sábado, no Teatro do Paiol. Ingressos a R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia), à venda na bilheteria do Teatro, a partir das 13h. Informações pelo fone 3213-1340.





Serviço:

Paulinho Tapajós e Marcello Lessa

Data e horário: 16 de agosto, às 21 horas.

Local: Teatro Paiol – Praça Guido Viaro, s/n.º

Entrada: R$ 20,00 e R$ 10,00

Informações: 3213-1340

Canja de Viola retorna aos palcos do TUC

O tradicional encontro de violeiros, cantores, duplas, conjuntos musicais caipiras volta ao TUC partir deste domingo, às 15h.



A série Canja de Viola, cartaz permanente do TUC (Teatro Universitário de Curitiba) por 22 anos, voltará a ser apresentado no próximo domingo (17), a partir das 15 horas. Em 2007, devido à reforma do teatro, o projeto passou a ser realizado em outros espaços, como o Memorial de Curitiba e o Conservatório de MPB. Os organizadores calculam que cerca de 35 artistas participem da estréia.

O mais tradicional ponto de encontro de cantores, violeiros, duplas e conjuntos de música caipira de Curitiba tem história. Por ali passaram centenas de nomes, muitos deles começando uma carreira de sucesso.

Meia-hora antes do início do espetáculo serão abertas as inscrições para os candidatos que desejarem se apresentar. Todos são aceitos. Até 2004, o programa foi dirigido pelo ator e diretor teatral Paquito Modesto, mentor da Canja de Viola e um dos maiores entusiastas da preservação das raízes musicais sertanejas.

Nessas duas décadas, o Canja de Viola se mantém como uma manifestação espontânea da comunidade e dos artistas, que todos os domingos lotam o TUC e transformam a Galeria Júlio Moreira, no Largo da Ordem, num espaço de ensaios e improvisações.

Os próprios artistas se encarregam de organizar e conduzir os espetáculos. Vários já ficaram no comando das apresentações contando piadas, cantando suas modas e descobrindo novos talentos: Jangadeiro, Elza de Oliveira (a Estrela D’Alva), Campanal e agora a dupla Gaúcho e Caximbo.



Serviço:

Canja de Viola

Data: 17 de agosto, das 15h às 18h

Local: TUC (Galeria Júlio Moreira)

Entrada franca

O Vampiro de Curitiba

Para Dalton Trevisan


O sábio vampiro de Curitiba faz aniversário

Ou é o Dalton; ainda em vice versos & prosas?

Os tantos contos epigramáticos da boca maldita

Enletram o cinismo social com lacônica ironia

Porque a festa junina de Dalton é ele mesmo

Quando nasceu e além da fogueira das vaidades

Solta rojões com tópicos frasais e buscapés literais

Registrando algumas barbaridades de seu tempo

Ai de ti Curitiba, Paraná, pelo próprio Dalton

Pelo Leminski, pelo Wilson Bueno, pelos polacos

E nicolaus; mais a saudade do férreo Jamil Snege

E contações rueiras de um proseador com esmeril

Prosa cortada com lâmina enferrujada de sangue

No maçarico das palavras, hortências, que Trevisan

Vampiriza nas soldas e arames sem nódoas letrais

Retratos polaróides em preto e pranto de Curitiba

De tudo o que o aniversariante portentoso apura

Do qual todo pé-vermelho se orgulha, é super fã

É saber que na verdade o escritor Dalton Trevisan

Como um bom vampiro literário não faz anos, dura.




por

Silas Correa Leite

16 de Agosto - Aparecimento de Sri Balarama!


Foto de uma escultura do Século X de Sri Balarama, que se encontra nos Templos Sasbahu, em Udaipur.


“Krishna então falou para Seu irmão mais velho, Balarama: ‘Meu querido irmão, Você é superior a todos nós, e Seus pés de lótus são adorados pelos semideuses. Veja só como estas árvores cheias de frutas se curvaram para adorar Seus pés de lótus. Parece que assim elas tentam sair das trevas de terem sido obrigadas a aceitar a forma de árvores. De fato, as árvores nascidas em Vrindavana não são entidades vivas comuns. Elas estão nesta condição de vida estacionária por terem defendido o ponto de vista impessoal em suas vidas passadas, mas agora elas têm a oportunidade de vê-lO em Vrindavana e oram por mais avanço na vida espiritual, aproveitando-se da associação pessoal com Você. De modo as árvores são entidades vivas no modo da escuridão e os filósofos impersonalistas estão nesta escuridão, mas eles a erradicam tirando pleno proveito de Sua presença. Acho que os zangões que estão zumbindo ao Seu redor foram Seus devotos em vidas passadas. Eles não conseguem deixar Sua companhia, porque ninguém pode ser um senhor melhor e mais carinhoso do que Você, que é o Deus supremo e original. Esses zangões tentam difundir Suas glórias através do canto constante e acho que alguns deles devem ser grandes sábios, devotos de Sua Onipotência, que estão disfarçados de zangões porque são incapazes de abandonar Sua companhia sequer por um momento. Meu querido irmão, Você é a suprema Divindade adorável. Veja só como os pavões estão dançando em Sua frente com grande êxtase. Os veados, cujo comportamento é igual ao das gopis, estão Lhe dando boas-vindas com o mesmo afeto. E os cucos que moram nesta floresta recebem-nO com grande júbilo porque consideram muito auspicioso Você ter vindo até a casa deles. Embora sejam árvores e animais, estes moradores de Vrindavana estão glorificando-O e estão dispostos a acolhê-lO da melhor maneira que podem, como é a prática das grandes almas ao receberem em casa outra grande alma. Quanto à terra, ela é tão piedosa e afortunada que as pegadas de Seus pés de lótus estão marcando seu corpo.’

‘É muito natural para estes habitantes de Vrindavana receber assim uma grande personalidade como Você. As ervas, trepadeiras e plantas também são afortunadas de poderem tocar em Seus pés de lótus. E por Você tocar em seus ramos, estas plantinhas também se tornam gloriosas. E a respeito das colinas e rios, eles também são gloriosos porque Você está olhando para eles. Acima de tudo, as meninas de Vraja, as gopis, atraídas por Sua beleza, são as mais gloriosas, porque Você as abraça com Seus braços fortes.’"

- Trecho do Cáp. 15 do livro "Krishna, A Suprema Personalidade de Deus", escrito por Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada, disponível em áudio MP3 gratuitamente aqui: http://pt.krishna.com/main.php?id=399.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

MEIO SOL AMARELO



de Chimamanda Ngozi Adichie

Páginas - 504

Filha de uma família rica e importante da Nigéria, Olanna rejeita participar do jogo do poder que seu pai lhe reservara em Lagos. Parte, então, para Nsukka, a fim de lecionar na universidade local e viver perto do amante, o revolucionário nacionalista Odenigbo. Sua irmã Kainene de certo modo encampa seu destino. Com seu jeito altivo e pragmático, ela circula pela alta roda flertando com militares e fechando contratos milionários. Gêmeas não idênticas, elas representam os dois lados de uma nação dividida, mas presa a indissolúveis laços germanos - condição que explode na sangrenta guerra que se segue à tentativa de secessão e criação do estado independente de Biafra.

Contado por meio de três pontos de vista - além do de Olanna, a narrativa concentra-se nas perspectivas do namorado de Kainene, o jornalista britânico Richard Churchill, e de Ugwu, um garoto que trabalha como criado de Odenigbo -, Meio sol amarelo enfeixa várias pontas do conflito que matou milhares de pessoas, em virtude da guerra, da fome e da doença. O romance é mais do que um relato de fatos impressionantes: é o retrato vivo do caos vislumbrado através do drama de pessoas forçadas a tomar decisões definitivas sobre amor e responsabilidade, passado e presente, nação e família, lealdade e traição.

"Um marco na ficção, no qual a prosa clara e despretensiosa delineia nuances de modo absolutamente preciso." - The Guardian

Um lançamento da

CIÊNCIAS MORAIS


de
Martín Kohan

Páginas - 192


Meros vinte anos, pouco estudo e ainda menos experiência, María Teresa parece talhada para o emprego: como inspetora do tradicionalíssimo Colégio Nacional de Buenos Aires, fundado e freqüentado pelos próceres da nação argentina, basta-lhe rezar pela cartilha do regulamento interno, feito de proibições e repetições, distâncias e medidas, que parecem se tornar ainda mais rígidas pela atmosfera pesada que reina nos anos finais da ditadura militar argentina.

Nesse ambiente claustrofóbico, destaca-se a figura do senhor Biasutto, chefe dos inspetores, vulto obscuro e autoritário, redator de "listas" afamadas, cujo significado a protagonista não discerne de todo. Para agradar a essa figura que lhe parece protetora e viril ao mesmo tempo, a inspetora dá o melhor de si na tarefa de controlar os desvios - reais ou imaginários - dos alunos.

Num universo em que tudo é proibido e, por conseguinte, tudo é transgressão, María Teresa cai aos poucos numa espiral vertiginosa, feita de suspeita, vigilância, controle, mas também de curiosidade, perversão e prazer. Nesse trajeto e nesse colégio que é um microcosmo do país, María Teresa viverá - e viverá na própria carne - as vicissitudes e as tribulações da Argentina no ano de 1982, em que a ditadura militar aposta suas últimas fichas na invasão das ilhas Malvinas.

um lançamento da

LANÇAMENTOS JUVENÍS DA CIA DAS LETRAS

Confira em

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

LANÇAMENTO IMPERDÍVEL DA UNESP

Rogéria Holtz – A Nova Jóia Preciosa da MPB de Vanguarda

Rogéria Holtz é o nome da vez, o som da hora. Sorte nossa. Em tempos de Zeca Baleiro, de Carlinhos Brow, de Arnaldo Antunes e outros tantos novidadeiros, ela pinta o seu nome nas concorridas paradas ainda marginais de abençoados becos líricos, desses vários brasis gerais tão rítmicos, de onde saíram os ex-malditos Gonzaguinha, Milton, Jards Macalé e outros tantos do mesmo naipe e diapasão, alguns até que acabaram não descolando como a Regina Tatit do antigo Lira Paulistana que não quis encarar carreira solo, e agora Rogéria Holtz pinta nesse palco iluminado pra ficar, sabendo o que quer, o que é, o que somatiza por excelência no seu espírito inovador.

Tem hora que o timbre de Rogéria Holtz lembra a saudosa Maysa Gata Mansa, tem hora que – ai de nós! – lembra a Pimentinha Elis com sua braveza vocal, mas, tem hora mesmo que você não acredita em tudo o que está ouvindo, se deliciando e curte a gratíssima surpresa: bela voz, repertório inteligente, arranjos espetaculares, inovadores. Ai de ti Curitiba - Ora direis, Ai de ti Itararé!

Blues ela canta como ninguém. Esse é o filão que ela ainda tem que encarar pois é sua praia, um ramo que tem tudo ver com o seu timbre, seu jeito todo próprio de ser, de entoar-se. Lembra muito Etta James pela energia, Ângela Ro Ro pela emoção, Leila Pinheiro pelo pique, mas é muito melhor ainda num soma melhor do que essas. Quando canta balada triste, coloca a alma nas canções que enleva. Quando embola um ritmo pulsante, é show vocal, tem técnica e pulsa as cantatas. Sabe das coisas. Talento e qualidade que assusta até. Repertório corajoso com compositores de alta estirpe, de Rita Lee (por acaso no Lumiar) a Zeca Baleiro, claro, e Alice Ruiz, Itamar Assunção, Beto Guedes, Egberto Gismonti e novíssimos letristas craques de eras novas. Intérprete de qualidade é outra coisa: saca sempre safra novíssima e rebelde porque é isso mesmo que vale a derrama de mantras-banzos-blues.


Agora que o bundalelê generalizado esfriou o desarranjo do Axé bocó: agora que a Bahia revisita conceitos rítmicos por vieses novos que já não parem tantas Ivetes Sangalos por atacado, o Paraná – sempre na vanguarda lítero-cultural-musical - perolizou a brava música de vanguarda e trouxe a tona, oriunda de Itararé-SP (terra-mãe do premiadíssimo Maestro Gaya), essa jóia preciosa que é Rogéria Holtz, e que, além de muito bonita, literalmente/musicalmente interpreta mesmo com afinco, sem chiliques ou modismos, mas com total conhecimento de ofício por talento fora de série, algo bossa and blues, códigos que parecem tocar um céu todo e inteiramente seu quando canta. Poetas reconhecem as musas da arte sonora, quando ouvem o espírito ancestral da música...

Rogéria Holtz é tudo isso e muito mais. Está no excelente cede (o atual) Acorda (totalmente independente!) e no site www.rogeriaholtz.com.br onde aparecem os prêmios (vários) e elogios importantes pruma carreira já consumada, mas ainda em franca ascensão, pois ela vai dar muito o que falar, e o que cantar assim, claro, pois o Brasil nesses tempos em que a fé e a esperança venceram, precisa renovar seu repertório de musas musicais também. Trabalhou em comerciais, fez faculdade, viajou pro exterior, apresentou jornais em Curitiba onde mora desde 1983, já ganhou por lá três prêmios de melhor intérprete, foi aclamada em festivais de MPB, sua voz de contralto mistura facilidades de entoações, “usa a técnica para mostrar a música ..." (Arnaldo Antunes), além de ter angariado merecidos elogios de Carlos Careqa a Alzira Espíndola e nada mais do que gracezas prazerosas do mito-mestre do ramo, o multimídia Roberto Menescal. Preciso dizer mais?. Quem é bom já nasce luz. Esse é o caso de Rogéria Holtz. Pesquisem o nome dela num site buscador na web, vejam os vários cedês já gravados e de sucesso, façam o download de suas músicas (via Mídia Player), e, quando ela pintar em seu pedaço (palco iluminado), corram atrás e peguem carona nesse furacão de mais de 2004 woltz, que é a Rogéria Holtz, e que ilumina sim e onde pisa e onde brilhantemente planta a sua voz espetacular e as suas plangentes canções-árvores. Só esperamos que, um empresário de visão a adote para uma carreira de sucesso, e uma gravadora de renome banque Rogéria Holtz para alegria geral e sorte da Nova MPB de vanguarda.

Contatos com a Artista Rogéria Holtz pelo e-mail: rogeriaholtz@rogeriaholtz.com.br

Curitiba, sai de baixo!



Silas Correa Leite – Educador, Jornalista, Escritor

Ensaios e apresentações da Orquestra de Câmara de Curitiba com o pianista Marco Antonio de Almeida

Datas, horários e local: Ensaios na quarta (13) e na quinta-feira (14), das 9h às 12h, e na sexta-feira (15), das 10h às 12h30, sempre na Capela Santa Maria – Espaço Cultural, com a presença do pianista. Apresentações às 20h de sexta-feira (15) e às 18h30 de sábado (16), na Capela Santa Maria – Espaço Cultural.

Endereço: Capela Santa Maria – Espaço Cultural (Rua Conselheiro Laurindo, 273 – Centro)



A Orquestra de Câmara de Curitiba apresenta-se às 20h de sexta-feira (15) e às 18h30 de sábado (16), na Capela Santa Maria – Espaço Cultural. O concerto tem como solista convidado o pianista Marco Antonio de Almeida, paranaense nascido em Londrina, que reside atualmente na Alemanha, onde desenvolve carreira de sucesso como professor e concertista. Foi premiado em vários concursos internacionais, estudou com grandes mestres e é considerado um dos principais intérpretes da obra de Mozart. Marco Antonio de Almeida foi diretor dos festivais de música de Londrina e Cascavel.

No programa que será apresentado estão peças de Bach, Haydn e Mozart escritas para piano e orquestra.

O Encantador de Serpentes


Livro de Poemas do Paranaense Solivan Brugnara

A poesia de Solivan Brugnara é diferente, especial, magnífica. Mantras, orações, blues elípticos? Tudo a ler. Também aqui e acolá tangerinas, pinturas, raios fúlgidos, sementes, frases para chaveiros, venenos gozosos. Diz ele: “Buda descansou à sombra de uma árvore/A árvore morreu/Mas a sombra ainda está lá” Taí um fragmento-apresentativo da poética de Solivan Brugnara. Já pensou? Algo zen, close translúcido. “Sou poeta porque gosto de lamber folhas em branco/Lembra leite materno”...salpica ele. Página de rosto. A poesia de Solivan Brugnara fala. Leva fé e bagagem. Como tudo é matéria prima para o fazer poético, os poemas dele dizem de uma ótica extremamente sensível. E ele pensa o mondo cane para redefini-lo sacro-sanscrito, finamente espiritual, em artes e criações purgando o verbo viver por um prisma humanista, contemplador, melhorado, claro. Essa é a dele. Poesia é tudo o que move. E o que verte sob o olhar do artista ourives da palavra fazendo o diferencial. A poesia de Solivan Brugnara é o que abrange o humanus mais infinitalmente telúrico no macadame de si mesmo. Fios desencapados da poesia pura e cristalina, na rota de fuga (ai a espécie!) feito um perene tear de granizos. Sim, somos todos serpentes (seres-entes) encantados na sua confeitaria de açúcares díspares. Nuances, contradições, ambigüidades, toleimas. Ele dá uma releitura de um mundo pueril no aprisco de suas inteirezas. E o nosso mundaréu de uma selva de cimento armado perdidinho. Ele, feito um sábio, um monge, recupera o aproveitável, destila, ventila, dá-se. Há encantários também. Quase salmos. A faca cega acordando, a mão trazendo o fotograma, a pincelada magna meio mantra, meio oração, meio moendas e engenhos d´almas. Foca sentidos. Coloca-nos frente a frente com véus indizíveis. Ficamos molóides quando o lemos. Voltamos para dentro de nós mesmos, e só nós sabemos o que é estar lá em revisitança. A sua fala interior, de uma maneira ou de outra, rebusca coisas que perdemos atrás de uma estrada de tijolos amarelos. Ele recupera andanças e paisagens, feito uma enorme roda-cotia de sabenças. A poesia nesse diapasão, mesmo assim, ainda às vezes transgride, fragmenta matizes, adota ritmos, quebra-os, desmonta andaimes íntimos de paisagens perdidas nas paredes da memória. Meio Belchior, meio Gonzaguinha, meio Tom Jobim, ele dá seu testemunho bem chão que é a nossa cara. Na enxovia do poema, a aleivosia de fluxos recorrentes (do in/consciente?). Prosopopéias e rapapés. Sal e vinagre também. Talvez mundos e fungos, ícaros e ácaros. E logo desperta a consciência inevitável de nosso desencarrilhamento existencial. Estamos todos perdidos? E o lado sentidor do poeta? A mão hábil, a olaria do ser, a sofrência e a perda. Rocambole de idéias. Cortes. Nódoas da vida, nichos dela, jazidas de construções epigramáticas. Para o poema, tudo é; vetor e orgânico, ralo e lirismo, organismo sensorial de entregas e resultantes diletas de. Criar é se afirmar como ser. A coletânea O Encantador de Serpentes mostra o poeta em fibra e lucidez, recodificando signos ficantes de um mundo insano. Pois não é que ele tem jeito próprio, peculiar, estilo e vertente. Vida louca? Olha o rock do Cazuza. Um peregrino que sonda o calibre das palavras, os flancos delas, os cabimentos e os universos em movimentos. Compõe poemas. Edifica, transmuta, corrói quando soa feito um templo nas nuvens e deposita-se num mosaico de letramentos e livramentos. Arames da memória, pensares (talvez por falta de peças de reposição para o ser tão pouco humano nesses tempos tenebrosos), torpedos poéticos com tons de cítaras, harpas, tudo num embonitamento fora de série. Quando não irônico ao pé da letra. Foi o que li/vi (senti) de muito gostosamente lê-lo nessas novas paragens. Todo poeta res/pira pelo círio ardente de suas próprias criações-colheitas, em livros-testemunhos. Os loucos herdarão a guelra, numa futura Atlântida pluridimensional entre pirâmides marinhas, oásis cósmicos, cavaleiros trovatores, campos de lavandas náuticas. O que virá do passado nos surpreender no quartzo-róseo do futuro? Poetas dão testemunhos de cismares enluados, radares edificantes, revisões e tabuleiros, incensos e recolhimentos, pois na versalhada do viver/crer/ser, quer no baratinado surgimento das idéias, quer entre cabides de pregos, sempre haverá a voz que canta no deserto, a voz que soa na montanha, a voz que edita no mosteiro, a voz que imprime em livro os cânticos dos verdes campos do Paraná. Solivan Brugnara dá seu testemunho em alto estilo. Sensível e conferidor de resultados do verbo viver, mostra asas de resistências na sensibilidade aflorada, dentro de sua ótica madurada a depurar poemas muito além dos estúpidos que fermentam impropriedades. Ele sabe o que faz. Ele faz bem. Ele é do ramo. Árvore que viça poemas. E assim se enlivra, livrando-se do que cria muito bem feito um liquidificador do que capta e dilue em versos, dizendo mais coisas maravilhosas dessa vida do que nós mesmos captamos na correria da sobrevivência sacrificial. Afinal, o sol é grátis, a poesia é seqüela de labirintos, e escrever é dar um registro de luz. Solivan Brugnara pintou mais um livro.

Livro Encantador de Serpentes, Autor Solivan Brugnara, Francisco Beltrão, Paraná, 2007 E-mail do autor: solivan90@hotmail.com

Editora: Calgan Editora Gráfica Ltda

RESENHA:

Silas Correa Leite - E-mail: poesilas@terra.com.br Site pessoal: www.itarare.com.br/silas.htm

Autor de Porta-Lapsos, Poemas, Blogue: www.campodetrigocomcorvos.zip.net


Orquestra de Câmara faz concerto com o pianista Marco Antonio de Almeida

Duas apresentações da Orquestra de Câmara de Curitiba são as opções de música erudita para o fim de semana. O grupo apresenta-se com solo e direção musical do pianista Marco Antonio de Almeida

A Orquestra de Câmara de Curitiba faz duas apresentações neste fim de semana com o pianista Marco Antonio de Almeida, paranaense radicado na Alemanha, onde tem se destacado como professor e concertista. No programa estão peças de Bach, Haydn e Mozart escritas para piano e orquestra. As apresentações acontecem na Capela Santa Maria – Espaço Cultural, nesta sexta-feira (15), às 20h, e sábado (16), às 18h30, com ingressos a R$ 10 e R$ 5 (mais um quilo de alimento não perecível).

Premiado em concursos internacionais e reconhecido como um dos mais importantes intérpretes de Mozart, Marco Antonio de Almeida consolidou sua carreira internacional desde que se estabeleceu na Alemanha. Depois de trabalhar vários anos no Brasil com o pianista Gilberto Tinetti, Almeida completou seus estudos de pós-graduação na Escola Superior de Música de Hamburgo. Participou como concertista de diversos festivais europeus e gravou um CD com a Orquestra de Câmara Filarmônica de Berlim.

O pianista dedica especial atenção à divulgação da música brasileira no exterior, gravando e incluindo em seu repertório composições de Villa-Lobos e Ernesto Nazareth. Mesmo vivendo na Alemanha, teve atuação em eventos musicais no Brasil. Foi o criador e diretor artístico do Festival de Música de Cascavel (1990 a 1994), diretor do Festival de Música de Londrina e professor do Festival de Inverno de Campos do Jordão. Atualmente é professor da Escola Superior de Música e Teatro de Hamburgo e da Universidade de Halle (Alemanha).

Para as apresentações em Curitiba, Marco Antonio de Almeida escolheu três peças para piano e orquestra dos três maiores compositores da história da música. O Concerto em Fá Menor, de Johann Sebastian Bach (1685-1750), é uma das criações do compositor alemão caracterizada pela forte influência do estilo italiano. O Concerto em Ré Maior é o mais conhecido dos três que foram compostos para piano por Franz Joseph Haydn (1732-1809). Segundo o pianista, o que chama atenção nessa obra é sua linha melódica viva, suas nuances harmônicas e sua clara estrutura no sentido clássico da forma de concerto. Um dos movimentos faz referência à dança húngara.

Dos três compositores, o que mais dedicou sua produção ao piano foi Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1750). São 102 composições escritas para esse instrumento. O Concerto em Lá Maior (KV 414), que será executado por Marco Antonio de Almeida, é um dos que dão início a uma série de 17 concertos vienenses, feitos exclusivamente para agradar o grande público de Viena. O próprio Mozart descreve-os como “obras fáceis de ouvir”. Ele disse, em carta a seu pai, que “os concertos são brilhantes e agradáveis para os ouvidos, sem cair no conservadorismo. Sem saber por que, os conhecedores e não conhecedores deverão sair dos concertos felizes”.

Serviço:

Apresentações da Orquestra de Câmara de Curitiba com o pianista Marco Antonio de Almeida.

Datas e horários: 15 de agosto (sexta-feira), às 20h, e 16 de agosto de 2008 (sábado), às 18h30

Local: Capela Santa Maria – Espaço Cultural (Rua Conselheiro Laurindo, 273 – Centro)

Ingressos: R$ 10 ou R$ 5 (mais um quilo de alimento não perecível)

terça-feira, 12 de agosto de 2008

O ATENTADO






A HISTÓRIA DE UMA MULHER-BOMBA EM ISRAEL
SE CONFUNDE COM A REALIDADE

De Yasmina Khadra


Amin, cirurgião israelense de origem palestina, sempre se recusou a tomar partido nos conflitos que opõem seu povo de origem a seu povo de adoção e dedicou-se integralmente a seu trabalho e à esposa, que ama apaixonadamente. Até que um dia um kamikase se faz explodir dentro de um restaurante em Tel-Aviv e Amin é obrigado a reconhecer o corpo mutilado da bela Sihem, sua mulher, acusada de ser a mulher-bomba, a protagonista daquele cruel atentado suicida.

Uma cena comum nesta guerra, mas que revira o destino de Amin.Sentindo-se duplamente traído, ele começará uma investigação que o conduzirá ao coração do inferno e o colocará frente a uma situação que ele se recusava a enfrentar após tantos anos de vida na neutralidade. Yasmina Khadra consegue a grandeza de colocar em cena o trágico destino de judeus e palestinos em um texto empolgante, que prende o leitor da primeira à última página. Lançado na França, em setembro do ano passado, O ATENTADO foi indicado para o prêmio Goncourt e já recebeu o prêmio Découverte Figaro Magazine-Fouquet's.

“A trajetória de uma mulher palestina em direção ao terrorismo, uma descida aos infernos de uma cruel atualidade, O atentado, de Yasmina Khadra é, sem dúvida, um dos mais belos romances do ano e um dos mais impressionantes.”
Edmonde Charles-Roux da Academia Goncourt.

“Uma viagem iniciática ao coração do terrorismo que põe por terra todas as certezas. Entender e sensibilizar foram sempre as palavras-chaves deste escritor que nunca havia cumprido tão bem a missão para a qual foi designado.”
Alexandra Lemasson. Le Magazine Littéraire

EM TEMPO - Os romances de Yasmina Khadra (pseudônimo de Mohamed Moulessehoul), escritor argelino foram traduzidos em 14 países: Estados Unidos, Inglaterra, Espanha, Holanda, Alemanha, Suíça, Itália, entre outros. É considerado por J.M. Coetzee, Prêmio Nobel de Literatura 2003, como um dos maiores escritores da atualidade.



UM LANÇAMENTO DA

Figurino e Cena

A DezoitoZeroUm Cia. de Teatro entra em cartaz no mini-auditório do Teatro Guaíra com duas peças de seu repertório: Final do Mês, com Claudete Pereira Jorge e Helena Portela e Um Idiota de Presente, com Helena Portela e Verônica Rodrigues. Ambas com texto e direção de Alexandre França e produção da VM Produtora – Produção Cultural e Eventos. Os cenários e figurinos são assinados por Paulo Vinícius.



"Final do Mês" fala da relação de uma mãe e sua filha em frente a uma crise financeira. Já "Um Idiota de Presente" fala da relação de duas irmãs no limite da tolerância. Ambos os textos deste escritor curitibano começam a revelar uma marca pessoal de dramaturgia para o teatro - falar do ser humano, suas ambigüidades e questões morais com uma capacidade gostosa de nos fazer rir de nós mesmos, nossas desgraças e nossas reflexões mais íntimas. São textos de diálogos ligeiros que revelam o lugar comum com frescor e boas piadas.



Nesta temporada, ambas as peças apresentam atualizações. "Final do mês" vem de roupa nova (cenário, luz e figurino) e o "Idiota" ganhou uma nova cena.



A temporada da Cia. vai do dia 14 a 31 de agosto. "Final do Mês" fica em cartaz de Quinta à Sábado às 21:00hs e Domingo às 19:00hs e o Idiota de Presente em horários alternativos - aos sábados às 19:00hs e Domingo às 21:00hs .

--
www.figurinoecena.ato.br tel: (041) 3024-0919 (041) 9665-3643 Curitiba/PR

POESIA !

A partir de hoje passamos contar com as colaborações de Silas Correa Leite.

Poeta curitibano radicado em Itararé (SP) e na capital paulista nos traz uma nova visão da poesia urbana.


Leminskiana de Agosto


Paulo Leminski muito contra gosto

Passou feito um fuzilo de sol posto

Como um haicai gótico sem rosto

Quem viu leminski e quem não viu

Ou leu assim do pirilâmpado sorriu

E quem não o olhou rabo de bugiu

Porque Leminski veio e foi de vereda

Metalingüística em palavreio labareda

No tear de arames com letral de seda

Tomou todas e muito mais ele fez

(Espuma de cerveja é haicai japonês)

E deu-se tom de quartzo em rósea tez

Passou depressa e quase por um triz

Fez ruir ainda a mu ltimusa alice ruiz

Em verso e música e saudade cicatriz

Depois foi poetar no céu ele era de lá

Muito além de curitiba ninhal paraná

Que é pé-vermelho onde canta a sabiá

.................................................................

E num agosto sem paulo leminski vário

Ficou a poética brasil a lembrá-lo hilário

Poetando sobre ele em mês de aniversário

-0-

Improviso Para Leminski - Silas Correa Leite



Feito na Luta





Acostumado a destemperos, problemas, conflitos

Fui treinado a vida inteira para lutar

Romper diques, mudar o que precisaria enfrentar para ser mudado

Que assim me fiz guerreiro e sempre pronto para embates e confrontações

Tive que cavar eu mesmo o meu próprio pão

Minha rotina foi sempre de vencer desafios

Cada dia, cada luta, e em cada luta lições e o meu próprio quinhão

De dor, de sofrimento, mesmo com neuras, certas conquistas e realizações

Acostumado a estar próximo da morte nas trilhas

Agora que consegui o que busquei, já em calmaria

J á não tenho muitos desafios para continuar sendo o que aprendi a ser

Um batalhador feito de brios, com sangue e suor de duras empreitas

Ninguém mais discute ou teima comigo agora

Nem espadas ou dialéticas, nem impertinências

Parece que essa nova rotina virou um triste caldo água com açúcar

Não tem muito a ver comigo, com o ímpeto para o qual fui treinado

As vezes imploro que alguém discorde de mim

Que me desafie para nova evolução na luta

Mas ninguém quer topar duelo com o guerreiro que me fiz e assim

Começou perder a graça de viver pelo que sempre fui feito na vida




Para Barthes

Tome NADA. Você vai adorar! Isso é que é: NADA. Ah... NADA! Você nunca vai tomar NADA igual. O sabor de NADA é o seu sabor. Você vai adorar NADA geladinho, pronto pro desfrute. NADA é espumante, colorido, cheiroso, sabor nenhum. NADA não faz mal, NADA não faz NADA, NADA não tem efeito colateral, não aguça a sua sensibilidade. Não faz bem pra NADA, e ainda você vai pagar por NADA. Nove entre dez pagodeiros decadentes e peladeiros mercenários, adoram NADA... Inclusive as oxige-NADAS. Já vem cremado. NADA. Essa é a idéia. NADA. Quem tomou sabe o quanto vale. Custa quanto dá prazer: NADA. Sabor que vagamente lembra ar neutro. NADA é a sua cara, o seu jeito todo especial de ser e de viver. NADA um dia vai ser só seu. NADA a ver. NADA a ser. Co mo você, NADA é um sucesso! O mais famoso e popular, no mundinho inteiro. Todos conhecem NADA. Sem NADA você não chega a lugar nenhum. Quem sabe o que é, toma NADA. Essa é a idéia. No calor, no frio, na eleição, na solidão, na viagem, NADA. Você vai se sentir em casa. Você vai se sentir em você. O melhor do mundo é aqui e agora: NADA. O melhor lugar é NADA. Tome NADA e se encontre com o prazer de parecer com quem é de NADA. Sinta-se pleno e feliz assim. Agora é a vez de NADA. Experimente e deixe se for capaz. NADA será como antes, NADA será como foi, nada será como está, NADA será. NADA será a mesma coisa. NADA. A gente se vê no NADA. Não ande sozinho, ande com a maioria: NADA. Fique ligado: NADA é a moda da vez. Viva por NADA. Se você não for NADA, sempre terá outras mil maneiras maravilhosas de ser NADA. De se encontrar consigo mesmo sendo NADA. Agite antes de usar. Guarde em lugar público. Reutilize sempre os cascos. O kit básico tem garanti as contra violações. Cresça e apareça. NADA. Você vai acabar ficando. NADA: a sua opção da vez. Quem quer alto estilo, sabe que a moda agora é NADA. Todos por NADAS. Os NADAS unidos, jamais serão permissivos. Escolha agora o cálice do para sempre: NADA. Quem é vivo nasce NADA. Há NADAS que vêm pra vem. O melhor do Brasil é NADA. Sinta a diferença: NADA. NADA é do bem. NADA faz a sua cabeça e você sabe o que quer dizer isso. NADA chama. Você responde. Quem é NADA sempre acaba se encontrando. Os NADAS se atraem. Como é bom ser NADA. Quem anda com NADA, jamais será incomodado. NADA faz a diferença. NADA: não use no claro. Não deixe perto de poetas, professores, radicais e filósofos. Eles são um perigo, podem querer tirar você do NADA. NADA. Essa é a sua marca, a sua grife. Não deixe NADA pra depois. Seja NADA agora. Brigue pra ser NADA. Todos vão adorar por você ser NADA. Nada vai na onda, sabe o que quer. Respeito por você: NADA. NADA não cant a, não voa, não NADA. NADA é chocante. Reproduz com uma facilidade fora do sério. Desconfie das falsificações. NADA não perde o vínculo. Não aceite pirataria, se você pode ser um legítimo NADA e NINGUÉM. Tudo é crime. NADA topa tudo por dinheiro. Pra NADA tudo é fácil. Não atrapalha ninguém. Não saca NADA. Para NADA tudo é NADA. Para ser uma metamorfose ambulante que tem aquela opinião formada sobre TUDO você ainda tem que ser bastante NADA. Quem é NADA nunca esquece. NADA não tem compromisso com ninguém. NADA fez, NADA faz, você sabe. NADA rouba mas diz que é tudo. Você sabe o que quer, sabe NADA. NADA está onde sempre esteve. Seu lugar é NADA. A sua cara. Não fuja do NADA. Não tire o NADA de sua intenção de voto. NADA é nulo. NADA é picolé de chuchu. O Brasil é campeão mundial do NADA. São Paulo tem a maior concentração de NADAS. NADA: use e abuse. NADA foi feito certinho pra você. Acredite nisso. Em terra de NADAS, um a mais é se mpre garantia de segurança pra todo mundo. NADA: quem conhece, confia. NADA: esse é da famosa Banda dos Contentes. Todos os NADAS são iguais. Não arrisque agora que ninguém tá com NADA. NADA é NADA e pronto. NADA é quase o seu projeto de vida. Sua lenda pessoal, sua reza brava. NADA é divino-maravilhoso. A toda hora, em todo lugar, sempre há um espaço garantido pro NADA. NADA não ocupa lugar no seu stress, no seu spa, no seu cafofo, no seu ofurô. NADA vai levantar poeira. Não se perca; NADA é o verdadeiro caminho. NADA acredita em tudo. Havemos de votar? NADA a declarar. Em terra de NADA, tem sempre um NADA em seu caminho, em sua frente, do seu lado, em seu trabalho, na sua casa, na sua escola, pertinho de você. Não fure essa corrente de NADAS. NADA: acredite se quiser. NADA. Ame-o e deixe-o amar. Deixe-o ser o que quer. Afinal, quem nasce pra ser NADA, só conhece o numero Zero porque se avalia. NADA como um NADA após o outro. Coloque-se no seu lugar: NADA ! Do NADA viemos ao NADA voltaremos. Somos o NADA entre o início e o fim. E tem gente que, para ser NADA, ainda tem que nascer de novo. Já pensou? Não pense. NADA não pensa. Não pense em NADA. Seja NADA. Você merece.

PS: Qualquer semelhança com o NADA e o NINGUÉM em quem você votou é mera coincidência.

UQNAN
União dos Que Não Aceitam Nada
Gerente Filosofal: Poeta Silas


Para coonhecer um pouco mais da obra de SILAS
(Poeta do Paraná Criado em Itararé-SP e Radicado em Sampa)


E-mail: poesilas@terra.com.br

Blogues: http://www.portas-lapsos.zip.net/

Ou http://www.campodetrigocomcorvos.zip.net/