Uns e Outros
de José Almino de Alencar
Edição: 1a.
Número de Páginas: 256
Acabamento: brochura
Medidas: 14x21cm
José Almino de Alencar é surpreendente e ousado, pois "onde já se viu" nestes tempos modernosos vir falar de "uns e outros", gente indigesta como Silvio Romero, Celso Furtado e (ó tempora, ó mores!) de Rui Barbosa de preciosismos linguistiscos que confundem
nossos jovens que escrevem "naum" nessa internet claudicante. Brincadeiras à parte o livro já valeria muito só com o ensaio (oportuno) sobre Rui Barbosa. Leiam amigos, só irá te fazer bem . (E.Cruz)
A maior parte dos 7 ensaios recentes aqui reunida desdobra-se dentro de um arco temporal concentrado na segunda metade do século XIX e início do XX – embora outros ensaios, mais pontuais, nos conduzam até o pós-guerra e o golpe militar de 1964 –, período em que se criaram as narrativas históricas fundadoras, com seus projetos de nação e suas interpretações sobre o Brasil que moldaram todo o imaginário coletivo e a produção intelectual subsequente.
Livro de prosa fluida, escrito por um autor de clara erudição, Uns e Outros nos oferece uma imagem viva do processo de construção das ideias sobre a nação e o Estado no Brasil. Sua leitura tem o frescor das conversas que nos fazem sentir em casa e entre amigos ao revisitar esses pensadores e suas obras clássicas.
O autor:
José Almino de Alencar e Silva Neto
Sociólogo e escritor, é graduado
(license e maitrise) pela Faculté des Lettres et Sciences Humaines de
Nanterre, Université de Paris, França, "Master of Arts" em Economia pela
Vanderbilt University e Ph.D em Sociologia, pela University of Chicago, com
a tese "The Emergence of Controlled Immigration in France". Durante sete
anos foi "economic affairs officer" do Secretariado da Organização das
Nações Unidas (Nova York, EEUU).
De volta ao Brasil, ocupou, de 1985 a 1989, cargo de Secretário-Geral
Adjunto do Ministério de Ciência e Tecnologia e de Secretário de Assistência
Social do Ministério da Previdência e Assistência Social. Integrou a equipe
do Laboratório de Nacional de Computação Científica de 1985 a 1995,
quando passou a dirigir, até 1999, o Centro de Pesquisas da Fundação Casa
de Rui Barbosa. Em janeiro de 2003, foi nomeado presidente da Fundação,
cargo que exerceu até março de 2011. Atualmente é pesquisador da Casa.
Enquanto no LNCC, publicou, entre outros artigos, "O uso de contraceptivos
no Brasil: uma análise da prevalência da esterilização", em colaboração com
Edgar de Andrade (Rio de Janeiro: Dados – Revista de Ciências Sociais, vol.
36, n. 3, 1993, p. 419-39); "Alcoolismo e diferenças sociais no Brasil", em
colaboração com Nelson do Valle Silva (Rio de Janeiro: LNCC n. 16/94,
1994); "Esterilização no Brasil: o que revelam os números" (Rio de Janeiro:
Monitor Público, n. 2, junho, julho, agosto 1995, p. 15-20).
Desde 1985, vem colaborando com artigos, contos e poemas nos principais
jornais e revistas do país; publicou dois livros de poesia, De viva voz (Recife:
1982) e Maneira de dizer (São Paulo: Ed. Brasiliense, 1991), indicado para o
prêmio Jabuti 1991, Bolsa Vitae de Literatura 1992; duas novelas curtas, O
motor da luz (São Paulo: Ed. 34, 1994) e O Baixo Gávea, diário de um
morador (Rio de Janeiro: Ed. Relume Dumará, 1996) e, em colaboração com
Ana Pessoa, o estudo Meu caro Rui, meu caro Nabuco (Rio de Janeiro:
Fundação Casa de Rui Barbosa, 1999). Em 2002, organizou Melhores
Poemas de Ribeiro Couto (São Paulo: Editora Global, 2002), publicou, com
Ana Pessoa, Joaquim Nabuco: O dever da política (Rio de Janeiro: Edições
Casa de Rui Barbosa, 2002). Em 2005, foi lançado, na França, Les Nôtres,
tradução francesa de O motor da luz.
Foi o tradutor de Os pecados dos pais, de Lawrence Block (São Paulo:
Companhia das Letras, 2002) e, 2006, A princesa feiosa e o bobo sabido
[The ugly princess and the wise fool] (Companhia das Letras, 2006).
José Almino também vem colaborando no teatro e no cinema. Para o teatro,
ele traduziu O Burguês Ridículo [Le Bourgeois Gentilhomme and
L'Impromptu de Versailles], de Molière, Jornada de um poema [Wit], de
Margaret Edson, Mais perto [Closer], de Patrick Marber, Quem tem medo de
Virginia Woolf? [Who's afraid of Virginia Woolf?], de Edward Albee, sendo
que as duas últimas lhe valeram o Prêmio IBEU de Teatro para a categoria
tradutor relativo à temporada teatral carioca de 2000, A Prova [The Proof], de
David Auburn, em 2002; Nada de pânico!!! [Noises Off], de Michael Frayn,
em 2003; A História do Zoológico [The Zoo Story], de Edward Albee, em
2004, Sonata de Outono [Höstsonaten], de Ingmar Bergman, em 2005. Sua
mais recente tradução é O caminho para Mecca [The road to Mecca] de
Athol Fujard, em 2007.
Ainda para o teatro, compôs, com Caetano Veloso, a música-tema da peça
Lisbela e o prisioneiro, dirigida por Guel Arraes. Para o cinema, colaborou na
adaptação de Bella Donna, dirigido por Fábio Barreto.
Em 2005, participou do projeto Belles Latinas 2005, que promove palestras
de escritores latino-americanos em instituições culturais francesas, e teve
lançada a edição francesa O motor da luz, Les Nôtres.
UM LANÇAMENTO
Em tempo - o significado de o tempora! o mores!: Ó tempos! Ó costumes! - foi a exclamação de Cícero, contra a depravação de seus contemporâneos. Muito oportuna portanto nos dias de hoje ! (E.C.)