terça-feira, 10 de maio de 2011

Evento - “Dores da Colômbia”


Botero expõe as “Dores da Colômbia” em mostra itinerante

Após passar pelo espaço da CAIXA em Brasília, a exposição chega ao MON, em Curitiba, com patrocínio da CAIXA

Com o patrocínio da CAIXA, o Museu Oscar Niemeyer (MON) apresenta, de 19 de maio a 14 de agosto, a exposição “Dores da Colômbia”, do artista mundialmente consagrado, Fernando Botero. Famoso por desdenhar de estereótipos da sensualidade, pintando gordinhas e gordinhos erotizados, com um traço quase sempre bem humorado, Botero denuncia nesta exposição a violência da história colombiana em obras impactantes.

A exposição, que esteve no Brasil em 2007 no Memorial da América Latina, em São Paulo, onde foi vista por 25 mil pessoas em apenas um mês de mostra, volta ao Brasil num percurso que inclui, além de Curitiba, os espaços da CAIXA Cultural Brasília, Rio de Janeiro e Salvador. O retorno da mostra ao país é uma iniciativa da Aori Produções Culturais.

Em Curitiba a exposição acontecerá no MON e reunirá 67 obras doadas pelo artista ao acervo permanente do Museu Nacional da Colômbia, curador da exposição. Os 36 desenhos, 25 óleos e seis aquarelas, realizados entre 1999 e 2004, registram um testemunho da violência que, há anos assola o país, como conseqüência da ação de grupos guerrilheiros, políticos e paramilitares. O conflito resultou no exílio de 1,5 milhão de colombianos nas últimas décadas e, é também, um movimento social que busca as bases para a busca da justiça no país. Visceral e dramático, o artista se transforma em repórter de seu tempo ao retratar a brutalidade movida por perseguições, torturas e assassinatos.

“Dores da Colômbia” dialoga com uma corrente artística que vincula a arte à política. Embora retrate uma situação trágica de um período bem determinado, Botero criou as composições com pinceladas de cores vibrantes capazes de atrair e envolver cada vez mais pessoas de todo o mundo no drama colombiano e de outros países que vivem conflitos sociais. Outros mestres imprimiram discursos e fatos históricos em suas telas, como Francisco Goya (“Desastres da Guerra”) e Pablo Picasso (Guernica), que recriaram, à sua maneira, atos dos períodos de turbulência vividos em seus países.

Nas obras satíricas de Fernando Botero, políticos, militares, religiosos, músicos e a realeza são retratados como figuras roliças, corpulentas e estáticas. Sem abandonar o estilo que o tornou famoso, nesta coleção o artista lança seu olhar sobre episódios como os atentados que afligiram a Colômbia nos anos 1980 e 1990. Ao contrário da maioria de suas obras, a série não revela o lado humorístico do pintor, mas o que ele chamou de “um testemunho da irracional história colombiana.

Fernando Botero

Pintor e escultor colombiano, nascido em 1932 na cidade de Medellín, Botero é um dos artistas mais prestigiados da América Latina e tem peças expostas nos mais importantes museus internacionais. Suas obras se destacam, sobretudo, por figuras rotundas, padrão estético que é a marca registrada do artista. Aprendeu a técnica de afrescos e história da arte em Florença (Itália) e no México, estudou os murais políticos de Rivera e Orozco, cuja influência é evidente em sua perspectiva política. Foi trabalhando a maior parte do tempo em Paris, nos últimos 30 anos, que obteve o reconhecimento internacional, com exibições por todo mundo.

Publicou seus primeiros desenhos aos 16 anos, no jornal “El Colombiano”. Em 1948, estreou em exposições com artistas de sua região. Mudou-se para Bogotá em 1951, onde logo realizou as primeiras exibições individuais. Estudou na Espanha, antes de seguir para Itália, onde estudou os renascentistas. Hoje, suas obras são orçadas na casa dos milhões de dólares e tem mais de 50 exibições nas maiores cidades do mundo. Entre os trabalhos mais conhecidos estão as releituras bem-humoradas e satíricas de “O Casal Arnolfini”, de Jan van Eyck, e “Mona Lisa”, de Leonardo da Vinci. Em ambas, figuras humanas e animais são pintados de forma arredondada e estática.


Serviço

Exposição: As Dores da Colômbia” – Fernando Botero

Local: Museu Oscar Niemeyer – MON

Endereço: Rua Marechal Hermes 999, Centro Cívico

Exposição: de 19 de maio a 14 de agosto

Horários: de terça a domingo das 10 às 18h

Ingressos: R$4 para adultos e R$2 para estudantes – Para menores de 12 e maiores de 60 anos a entrada é gratuita. No primeiro domingo de cada mês a entrada também é gratuita.

Informações: (41) 3350-4400

Classificação etária: Livre para todos os públicos

Evento - Zizi Possi comemora 30 anos de carreira


Zizi Possi comemora 30 anos de carreira no Teatro da CAIXA

A cantora lança o DVD “Cantos & Contos”

O Teatro da CAIXA apresenta Zizi Possi em “Cantos e Contos”, de 12 a 15 de maio, show que comemora os seus 30 anos de carreira. Zizi canta grandes sucessos da MPB, músicas que marcaram sua carreira e canções inéditas em sua voz, além de lançar o DVD homônimo.

O repertório da apresentação conta com canções como “Asa Morena”, “A Paz”, “Amor da Minha Vida”, “Sentado à Beira do Caminho”, “Sei lá, Mangueira”, “As Rosas Não Falam”, “Porta Estandarte”, entre outras.

O DVD “Cantos e Contos” reúne 36 canções que marcaram a carreira de Zizi, uma das maiores intérpretes da música brasileira. As canções foram selecionadas em uma série de 12 shows. Participaram do álbum Edu Lobo, Alcione, Ivan Lins, João Bosco, Eduardo Dussek, Alceu Valença, Ana Carolina, Luiza Possi, Roberto Menescal e Toninho Ferragutti.

Ao longo de sua vitoriosa carreira, Zizi Possi já gravou 18 álbuns e quatro DVDs, conquistando importantes prêmios de música, como discos de ouro e discos de platina, além de ter concorrido ao Grammy Latino.

Zizi Possi

Nascida em 1956 no Brás, em São Paulo, Zizi Possi começou a tocar piano aos 5 anos. Estudou Composição e Regência na Universidade Federal da Bahia e foi professora de música em um projeto de reestruturação social e arquitetônica do Pelourinho, trabalhou em várias peças teatrais e musicais, onde interpretava, cantava e compunha algumas das trilhas.

Em 1978, Zizi lançou o seu primeiro LP, “Flor do Mal”. Dois anos depois, se consolida como cantora popular com os sucessos “Pedaço de Mim” “Nunca”, “Asa Morena”, “A Paz”, “Esquece e Vem”, entre outras. O divisor de águas em sua carreira foram os trabalhos realizados no formato acústico, no início dos anos 90: “Sobre Todas as Coisas”, “Valsa Brasileira” e “Mais Simples”. Em 1997 gravou o álbum “Per Amoré”, em italiano, aplaudido pela crítica e pelo público. No ano seguinte, lançou “Passione”. Juntos, esse dois álbuns venderam mais de 1 milhão de cópias.

O disco “Puro Prazer” (1999) foi indicado ao Grammy Latino em 3 categorias. Em 2005, apresenta no palco da Bourbon Street, casa de música americana em São Paulo, um repertório em inglês, passeando pela música norte-americana sem fronteiras de tempo ou de estilo e originando o álbum “Para inglês ver... e ouvir”. O último trabalho da artista é composto pelos DVDs “Cantos e Contos” 1 e 2, lançados em 2010.

Ficha técnica

Zizi Possi - voz

Jether Garotti Jr – maestro

Kecco Brandão – teclado

Webster Santos – violão e guitarra

Guello – percussão

Serviço

Música: Zizi Possi

Local: Teatro da CAIXA – Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Curitiba/PR

Data: de 12 a 15 de maio

Hora: quinta a sábado 21h e domingo 19h

Ingressos: R$20 e R$10 (meia – conforme legislação e correntista CAIXA)

Bilheteria: (41)2118-5111(de terça a sexta, das 12 às 19h, sábado e domingo, as 16 às 19h)

Classificação etária: Livre para todos os públicos

Lotação máxima: 125 lugares (02 para cadeirantes)

www.caixa.gov.br/caixacultural

Em comemoração ao Dia Mundial da Cultura Lusófona

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Evento - transformações dos vínculos sociais no espaço público

Exposição aborda as transformações dos vínculos sociais no espaço público e na natureza



O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 - Centro - fone: (85) 3464.3108) abrirá a exposição "Imagem e Espaço" no próximo dia 17 (terça-feira), às 18 horas. Gratuita ao público, a exposição ficará em cartaz até o próximo dia 17 de junho (horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; e aos domingos, de 12h às 18h).

A partir do curso de Realização em Audiovisual, oferecido pela Escola Pública de Audiovisual da Vila das Artes, equipamento da Prefeitura de Fortaleza, foram selecionadas para a mostra quatro vídeo-instalações, que trabalham questões como: as transformações no espaço público e na natureza dos vínculos sociais, a partir do fenômeno da aceleração tecnológica e dos fluxos de informação e produção audiovisual; as dimensões simbólicas na relação imagem e espaço; realização de atividades teóricas e práticas e análise da diversidade de imagens, com ênfase na representação sobre a cidade e seus múltiplos espaços sociais.



A imagem como possível espaço humano (texto de Hugo Pierot)

Como enquadrar aquilo que é humano? Como espacializar os desejos de felicidade, a busca de uma identidade ou sua constituição, a relação com o outro e a criação de um universo onde interagem personagens virtuais? Como construir um espaço em que, aquilo que é humano, sejam os sentimentos mais íntimos, o lúdico ou a descoberta de si e do outro, possam pulsar, tensionar e não apenas serem representados?

De uma forma ou de outra, os trabalhos apresentados na exposição Imagem e Espaço lidam com o problema de transformar em espaço habitável, tangível até, as relações estabelecidas com o outro, apontando, consequentemente, para as subjetividades de cada realizador, como numa via de mão dupla.

Outro problema retomado talvez seja o de pensar o cinema como uma possibilidade para além da sala escura com cadeiras e tela de projeção, onde o espectador está imóvel (como no útero materno).

Cada obra desta exposição lida com estas buscas de diferentes formas: seja por meio da criação de um ambiente imersivo (porém circulável, e convidativo à tatilidade); pela interferência direta do espectador e pela absorção/transformação/

manipulação da iconografia cinematográfica; pela relação que se estabelece do eu com o eu-imagem; ou ainda pela tentativa de intervir no fluxo já pré-estabelecido das imagens na intenção de dar outras vozes e outros corpos midiáticos às pessoas comuns.

Embora as obras aqui apresentadas se insiram em um contexto que, como disse Philippe Dubois, estabelece a "arte da experiência mais do que da contemplação, do fenômeno mais do que da essência, da presença mais do que da representação", todas procuram lidar com a experiência do cinema, trazendo para a superfície da imagem aquilo que nela há de mais humano.



Sinopses das quatro vídeo-instalações

MACHINENBAD, de Leonardo Ferreira

Equipe: Lucas Carvalho, Júlio Figueroa, Gabriel Petter, Luziany Gomes, Elisa Ratts, Rodrigo Fernandes, Eduardo Pereira

Em uma instalação composta por três projeções cujas imagens dialogam, acompanhamos uma transcriação de "Ano Passado em Marienbad", de Alain Resnais, filme no qual, num fluxo temporal e espacial fragmentado e não-naturalista, a dinâmica labiríntica dos encontros entre um homem misterioso e uma bela mulher desenvolve-se no interior de um luxuoso hotel. Nesta adaptação, porém, apenas modelos e cenários virtuais, baseados num jogo de videogame, são utilizados - um vídeo machinima. Enquanto a narrativa pré-editada é exibida em duas telas de imagens diferentes que se complementam, numa terceira podemos encarnar um dos personagens e manipular, em tempo real, o jogo, interagindo com cenários, objetos etc.



O QUE ME OLHA QUANDO ME VEJO, de Ticiana Lima

Equipe: Rafaela Diógenes, Drica Freitas, Rodrigo Fernandes, Luiza Pessoa, Raísa Christina, Natália Viana

A relação do 'eu' com o mundo é um processo de conquista. O ser humano precisa captar o entorno de si mesmo e ao mesmo tempo se fazer presente, ganhar existência. Ao travar conhecimento com o mundo, a pessoa busca mostrar seus atrativos, o melhor ângulo. Quem diz ao sujeito o que é o melhor de si? O espelho? Que espelho?



ENTRE O QUE ME MERECE E O QUE ME FAZ FELIZ, de Annádia Leite

Equipe: Amanda Pontes, Gláucia Barbosa, Andressa Back, Sarah Holanda, Hugo Pierot, Igor Vieira, Danilo Maia, Camila Vieira, Marina Mapurunga, Régis Andrade.

A escolha entre o que me merece e o que me faz feliz se dá pelo desejo. Ele que me move ao posicionamento em um desses lugares. Só se sabe como é a experiência a partir do momento em que ela é vivenciada ao longo do tempo. Minha convivência com o objeto de escolha quebra o ideal. E todo lugar, por melhor que aparente ser ou que seja de fato tem seus obstáculos. Não tive tempo para atestar que a outra opção fosse mais fácil, tranquila ou benéfica. O arrependimento da escolha parte da idealização. Posso modificar a opção, mas isso exige esforço para ultrapassar o comodismo, as exigências sociais, a confusão mental, as incertezas ou qualquer outra coisa. Fico me perguntando se é escolher com os olhos vendados e aceitar as decorrências disso. Talvez não, afinal o desejo se move através de todos os sentidos.



inTerVir, de Tiago Pedro

Equipe: Natália Viana, Floriza Rios, César Mota, Daniel Bezerra, Davi Queiroz, Angélica Rodrigues, Eugênio Pacelli, Elisa Ratts, Denise Pereira, Washington Hemmes

O projeto vai criando espaços sensoriais de encontro subjetivos dos moradores do centro, onde a rotina da atual sociedade distancia pessoas do conhecimento do próximo. inTerVir vem como ferramenta de reflexão sobre essa questão, produzindo ondas UHF de afetividades e alteridade em peças midiáticas.

Evento - "Eco Barroco"


Exposição propõe uma reflexão sobre a proximidade entre a arte contemporânea e o barroco



O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 - Centro - fone: (85) 3464.3108) abrirá a exposição coletiva "Eco Barroco", com curadoria de Rafael Limaverde e Simone Barreto, no próximo dia 17 (terça-feira), às 18 horas. Com entrada franca, a mostra ficará em cartaz até o dia 17 de junho deste ano (horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; e aos domingos, de 12h às 18h).

Participam da exposição os seguintes artistas e coletivo de artistas: Euzébio Zloccowick (fotocolagem); Robézio Marqs (técnica mista); Henrique Viudez (técnica mista); LeoBdss (técnica mista); Francisco de Almeida (xilogravura); Diogo Braga (vídeo-instalação); e o Grupo Acidum (grafite/stencil).



Texto curatorial

A exposição Eco Barroco propõe uma reflexão sobre a proximidade da arte contemporânea e o barroco. Artistas de diferentes linguagens foram convidados para uma compilação de múltiplos ecos do barroco na atualidade, não só resgatando a magnificência deste estilo como o aproximando dos dias de hoje, promovendo instigante debate entre artistas e épocas. As linguagens contempladas são fotografia, grafite, pintura, vídeoarte e xilogravura.

A História da Arte manifesta-se numa pulsão ininterrupta, um espiral que retorna ao ponto de partida, porém sempre modificado, mais abrangente. Dentro dessa perspectiva propomos um olhar atento às analogias possíveis, não só sobre o universo artístico, mas sobre o pensamento, a atitude do homem frente ao mundo, criando paralelos entre esse "homem contemporâneo e o homem barroco".

Após a Arte Moderna, que se esbaldou da nova tecnologia, a Arte Contemporânea surgiu procurando revisitar o passado, manifestando-se muitas vezes em técnicas aparentemente "acadêmicas". Experimentamos uma gama de possibilidades artísticas que só são possíveis com o advento da tecnologia. Contudo, para a arte, a utilização desta já não basta, não significa em si o fim. Não mais o manuseio virtuoso do pincel ou do computador qualificará uma obra de arte. Na contemporaneidade é a característica da linguagem, a utilização precisa do meio para cada ideia, a experiência e a informação, isso que passa a determinar a qualidade de uma obra de arte.

Arte Contemporânea se vê frente à mesma experiência do Barroco. Movimento posterior a época de grande avanço racional e tecnológico, se utilizando dessas possibilidades, porém dentro de uma nova configuração. O artista contemporâneo divide olhar entre as inovações do mundo globalizado em frenética transição, e suas tradições, sua espiritualidade. Experimentam um retorno às antigas técnicas e conhecimentos. Uma ressignificação de conteúdos e formas, um olhar não apenas técnico mais transcendente do mundo.

A exposição "Eco Barroco" permitirá esse diálogo entre tempos artísticos cronologicamente distantes, mas em sua essência próximos, pois tratam da busca do homem, através da arte, de respostas e perguntas para o mundo e para si mesmo. E isso é atemporal.

O critério de escolha dos artistas partiu da análise de suas trajetórias e como aspectos do barroco estão presentes em suas obras.

Edital - Corrente Cultural


Aberto edital para seleção de propostas artísticas para a Corrente Cultural

Estão abertas as inscrições para o edital que selecionará os grupos de música, teatro e artes visuais que participarão de 5 a 12 de novembro da Corrente Cultural, um dos grandes eventos promovidos pela Prefeitura e Fundação Cultural de Curitiba. Serão escolhidos 33 projetos para compor a grade de programação em espaços culturais independentes e logradouros públicos de Curitiba.

A Corrente Cultural já aconteceu em 2009 e 2010, com uma sequência de atividades programadas durante uma semana. No ano passado, o evento ganhou projeção com a Virada Cultural, que garantiu 24 horas contínuas de atrações em diversos palcos instalados no centro da cidade. Este ano, a Virada acontece entre os dias 5 e 6 de novembro. Foi disponibilizado para o edital da Corrente Cultural o montante de R$ 817,5 mil do Fundo Municipal da Cultura, valor que inclui as despesas com atividades de apoio para a viabilização do programa.

As inscrições podem ser feitas até 9 de junho. O edital, as normas complementares e formulários estão disponíveis no site www.fccdigital.com.br/leidoincentivo, menu Fundo Municipal – Editais/Inscrições. Podem ser obtidos também junto à Fundação Cultural de Curitiba, situada na Rua Engenheiros Rebouças, 1.732 – Protocolo, das 9h30 às 12h e das 14h às 17h30, mediante o pagamento das respectivas cópias. Dúvidas e pedidos de informações devem ser dirigidas para o e-mail paicatendimento@fcc.curitiba.pr.gov.br.

Outros editais do Fundo Municipal da Cultura estão com inscrições abertas: Música nos Parques (até 16 de maio), Difusão em Teatro 2012 (até 20 de maio), Circulação Nacional e Internacional (até 2 de junho), Análise e Criação Literária (até 6 de junho) e Filme Digital – Categorias Iniciante e Não Iniciante (até 10 de junho).

Notícia - Mais de 600 projetos culturais estão inscritos

Mais de 600 projetos culturais

estão inscritos no Mecenato

A Fundação Cultural de Curitiba recebeu inscrições de 633 projetos culturais de artistas profissionais e iniciantes interessados em receber recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura, por meio do Mecenato Subsidiado. A maior parte dos projetos é das áreas de música (31%), audiovisual (21%) e artes cênicas (21%). Os projetos recebidos já foram encaminhados às comissões que farão a análise de mérito.

Do total de projetos apresentados, 489 são de artistas não iniciantes, enquanto 144 são propostas apresentadas por iniciantes. Entre os empreendedores iniciantes, as áreas mais procuradas são de audiovisual (33%) e música (29%). Entre os mais experientes, além desses dois segmentos, é também significativo o percentual de projetos de artes cênicas. As outras áreas contempladas são artes visuais, literatura, patrimônio histórico, artístico e cultural, e folclore, artesanato, cultura popular e demais manifestações culturais tradicionais.

O valor máximo dos projetos aprovados pelo Mecenato será de R$ 88 mil para os não iniciantes e de R$ 44 mil para os iniciantes. Ambos têm o compromisso de apresentar uma contrapartida social, conforme prevê a Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Os recursos devem ser captados junto a empresas que, mediante renúncia fiscal do município, podem destinar até 20% do imposto devido ao projeto cultural. A previsão é que até julho sejam divulgados os resultados dos julgamentos de mérito pelas comissões, quando então os proponentes poderão iniciar a captação de recursos.

O número de projetos apresentados no Mecenato se mantém estável em relação aos três últimos anos. De acordo com a diretora de Incentivo Cultural da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Maria Hladczuk, o volume de propostas, embora se mantenha no mesmo patamar, é bastante significativo e representa a produção cultural da cidade. O que deve ser destacado, segundo Ana Maria, é a qualidade dos produtos culturais. “É possível perceber a seriedade com que os projetos são desenvolvidos, fazendo com que eles se superem, a cada ano, em termos de qualidade”, diz.

Para Beto Lanza, assessor de Planejamento e Inovação da Fundação Cultural de Curitiba, o volume de projetos inscritos reflete o profissionalismo da produção cultural da cidade. “A produção na área cultural requer um gerenciamento de processos que não é simples, mas que a classe artística curitibana faz com muita competência”, afirma.

Na avaliação de Beto Lanza, a maior incidência de projetos na área de audiovisual entre os iniciantes (foram 48 projetos inscritos) decorre do atual momento de crescimento do uso do suporte digital, e da presença na cidade de centros de formação nesse setor. O número significativo de propostas do segmento da música, entre profissionais e iniciantes, demonstra que Curitiba é de fato uma cidade musical, enquanto o teatro possui uma produção consolidada que requer, inclusive, a adoção de novos parâmetros por parte das fontes oficiais de incentivo.

“Vimos crescer nos últimos anos o número de companhias teatrais gestoras de espaços culturais, que estão num nível mais elevado de gerenciamento de sua produção. As reformas que venham a ser feitas nas leis de incentivo certamente devem levar em consideração esse novo parâmetro para as artes cênicas, oferecendo a elas possibilidades de fomento de médio e longo prazo”, explica Beto.