sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Aderbal Freire Filho dirige espetáculo com texto de Campos de Carvalho



“O Púcaro Búlgaro” chega à capital paranaense no Teatro da CAIXA

A CAIXA Cultural Curitiba apresenta, de 10 a 12 de setembro, o consagrado diretor Aderbal Freire-Filho com a premiada peça “O Púcaro Búlgaro”. O diretor retorna ao gênero romance-em-cena com o texto de Campos de Carvalho e elenco premiado.

“O Púcaro Búlgaro” é a encenação do texto homônimo de Campos de Carvalho. A peça conta a história de Hilário, o personagem central do romance, que descobre um púcaro búlgaro numa pequena sala do Museu Histórico de Filadélfia. A partir daí, obcecado por esse fato, move mundos e fundos a fim de organizar uma expedição que pudesse comprovar ou não a existência da Bulgária (já que da existência dos púcaros ele não duvida). “O Púcaro Búlgaro intercala um humor popular e escrachado com outro sofisticado, cheio de referências cultas, mais sutil. Campos de Carvalho é mestre nisso. É um extrato de humor especialíssimo, herdeiro do humor extremado de Rabelais”, explica Aderbal.

O retorno do romance-em-cena tem uma explicação: é a preservação do texto original, principal característica do gênero. “O que faço é explorar ao máximo as possibilidades teatrais desse material literário. A razão é querer manter o sabor que as palavras e as descrições de personagens e lugares têm no original. Mas como não há um narrador em cena, cabe aos personagens fazer as narrações, inclusive sobre si próprios. Sem adaptação, obviamente o que eles dizem fica na terceira pessoa, assim como faz o Pelé”, diverte-se Aderbal. “Dessa forma, tento levar às últimas conseqüências a natureza ilusória da cena, brincando o tempo inteiro com a verdade e a mentira, com a farsa da representação”, conclui. “A literatura que eu gosto, as coisas que me atraem são levadas pela força do riso e a nobreza do humor, do riso é fundamental. Todos os romances-em-cena são muito divertidos”.

Um elenco afinado, afinado e já familiarizado com o gênero, é responsável por meia centena de personagens. Gillray Coutinho e Candido Damm já participaram de montagens anteriores. Os estreantes no gênero José Mauro Brant, Ana Barroso e Isio Ghelman, já haviam trabalhado com Aderbal em outros momentos. Todos interpretam um personagem fixo, presente ao longo da trama, além de cerca de outros dez. Os cinco atores se revezam ainda na interpretação do protagonista, o que reforça o caráter nonsense do texto. Nonsense presente também nas referências dadaístas dos cenários, figurinos e nos quase cem adereços em cena.

O Púcaro Búlgaro” ficou conhecido como uma bem-sucedida e deliciosa viagem teatral. Obteve excelentes críticas da imprensa especializada, além de diversas indicações e prêmios tais como: Prêmio Eletrobrás/Rio/2006 e Prêmio Qualidade Brasil/SP/2007, Melhor Ator (Gillray Coutinho), Melhor Espetáculo e Melhor Diretor (Aderbal Freire-Filho) e Prêmio Contigo/2007, Melhor Espetáculo/Comédia.

Campos de Carvalho

Nascido em 1916 em Uberaba, Minas Gerais, Campos de Carvalho se formou em Direito. É autor de uma obra reduzida, em que se destacam os romances publicados entre 1956 e 1964: “A Lua vem da Ásia”, “Vaca de Nariz Sutil”, “A Chuva Imóvel” e “O Púcaro Búlgaro”. O prefácio dessa obra reunida é assinado por Jorge Amado. O escritor trabalhou no jornal O Pasquim e O Estado de São Paulo.

Os textos de Campos de Carvalho, escritos nas décadas de 50 e 60, surpreendem pelo fluxo incessante de eventos conduzidos por livre associação de ideias, o que o faz ser considerado como um escritor de filiação tardia ao movimento dadaísta. A crítica especializada o incluiu enre os dez maiores escritores brasileiros do século XX, conforme atestou Jorge Amado quando disse que o trabalho do escritor mineiro “é uma das obras maiores da literatura brasileira, que finalmente reencontra o caminho do público e do reconhecimento da crítica”.

Aderbal Freire-Filho

Essencial para a vanguarda artística desde 1972, Aderbal Freire-Filho criou a maioria dos seus espetáculos no Rio de Janeiro da época. Dirigiu espetáculos ao redor do mundo: São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Montevidéu, Buenos Aires, Amsterdam e Madri. Aderbal ganhou os prêmios Molière, Shell (em 2003 e 2004), Golfinho de Ouro, Mambembe, entre outros.

Além de diretor, Aderbal já atuou como autor nas peças “O tiro que mudou a história” (em parceria com Carlos Eduardo Novaes), “No verão de 1996...”, “Cãocoisa”, entre outras. Como diretor, tem no portfólio “Mão na Luva” (Oduvaldo Vianna Filho); “A morte de Danton” (Buchner); “As You Like It” (Shakespeare); “Turandot ou O congresso dos intelectuais” (Brecht); “Senhora dos afogados” (Nelson Rodrigues), em total de cerca de 80 montagens.

Ficha Técnica


Texto: Campos de Carvalho
Direção: Aderbal Freire-Filho
Elenco: Ana Barroso, Candido Damm, Gillray Coutinho, Isio Ghelman e José Mauro Brant

Luz: Maneco Quinderé
Fotos: Guga Melgar
Duração: 120 minutos

Serviço

Teatro: “O Púcaro Búlgaro”

Local: Teatro da CAIXA

Endereço: Rua Conselheiro Laurindo, 280, Centro – Curitiba/PR

Data: de 10 a 12 de setembro

Horários: sexta e sábado 21h e domingo 19h

Ingressos: R$20 e R$10 (meia – conforme legislação e correntista CAIXA) – Clube do Assinante da Gazeta do Povo tem 20% de desconto

Bilheteria: (41) 2118-5111 (dias de semana das 12 às 19h e sábado e domingo, das 16 às 19h. A bilheteria estará fechada nos dias 07 e 08 de setembro. Os ingressos para o espetáculo começam a ser vendidos na quinta, 02 de setembro.)

Classificação etária: Não recomendado para menores de 14 anos

Lotação máxima do teatro: 125 lugares (02 para cadeirantes)

www.caixa.gov.br/caixacultural

Haiti, depois do inferno


Haiti, depois do inferno
Rodrigo Alvarez


Páginas: 120

Na tarde de 12 de janeiro de 2010, o jornalista Rodrigo Alvarez, correspondente da TV Globo em Nova York, se preparava para viajar ao Alasca. Porém, com os relatos acerca de um abalo sísmico no Caribe, seu gélido projeto inicial transformou-se num mergulho direto no inferno. Já na manhã seguinte, rumava para o Haiti, com a missão de trabalhar na cobertura jornalística do maior desastre humanitário deste início de século.


No livro Haiti, depois do inferno, Rodrigo Alvarez traz o relato de quem acompanhou de perto os dias de dor e caos subsequentes ao terremoto que devastou a já precária infraestrutura do país mais pobre do continente americano. Com epicentro próximo à capital, Porto Príncipe, o abalo sísmico produziu imagens que horrorizaram o mundo, como a de milhares de corpos abandonados nas ruas sendo recolhidos por empilhadeiras e depositados em valas comuns.


Ao longo de 12 dias, Alvarez viveu o desafio de fazer jornalismo num país com infraestrutura de comunicação arrasada, além da devastação completa. Da movimentação no aeroporto até os trabalhos de resgate de sobreviventes em meio aos escombros, tudo é narrado neste livro sob o ponto de vista de quem passou quase duas semanas no olho do furacão.


O autor contextualiza seus relatos fazendo breves incursões pela história do Haiti, com seus 500 anos marcados por conflitos sangrentos, destruição ambiental e tensões sociais radicalizadas pela pobreza extrema. Um cenário difícil, que o terremoto de 12 de janeiro transformou em tragédia que não é só haitiana, mas também brasileira. Entre as cerca de 300 mil vítimas fatais, perdemos dezoito militares, um diplomata e a médica Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança. Isso sem contar o prejuízo incalculável ao trabalho de pacificação e estabilização social do Haiti, a cargo da missão de paz das Nações Unidas liderada por brasileiros desde 2004.


UM LANÇAMENTO

Ágape Padre Marcelo Rossi


Ágape
Padre Marcelo Rossi


Páginas: 128

Os dicionários definem a palavra "ágape" como a refeição promovida pelos primitivos cristãos a fim de celebrar o rito eucarístico. O rito confraternizava ricos e pobres em torno de ideais como amizade, caridade, amor. Em Ágape, o padre Marcelo Rossi retoma e amplia o sentido original do conceito: "Ágape é uma palavra de origem grega que significa o amor divino. O amor de Deus pelos seus filhos. E ainda o amor que as pessoas sentem umas pelas outras inspiradas nesse amor divino", assinala no texto de introdução do volume.

Com sua abordagem de comunicação moderna, original e leve, padre Marcelo leva conforto espiritual e ensinamentos da Igreja Católica para milhões de brasileiros por meio de programas de rádio e TV. O autor apresenta trechos selecionados do Evangelho de são João e os reinterpreta à luz do significado do amor divino no mundo contemporâneo.

Madre Teresa de Calcutá e Zilda Arns são alguns exemplos evocados pelo sacerdote para ilustrar as manifestações do ágape, seja pela via da caridade, seja na forma do amor ao próximo, sem exigências nem cobranças. O amor ágape, salienta o autor, não é contemplativo nem se encerra no indivíduo, mas exige ação pessoal e ação interpessoal.

No prefácio escrito para a obra, Gabriel Chalita acrescenta: "O convite que padre Marcelo nos faz com este livro é exatamente este, que sejamos bons! Que a leitura de trechos da vida de Jesus nos ajude a compreender melhor esse Homem extraordinário que foi capaz de superar a lei e apresentar a razão da própria lei: a pessoa humana. Jesus surpreendeu e surpreende. Seu olhar apaixonante nos impulsiona a desacreditar de teses que nos apresentam um mundo mesquinho, materialista, egoico."



Lançamento da obra de evangelização Ágape



Marque na Agenda!

Data e Horário:

Dia 08 de Setembro: após o Programa Nosso Momento de Fé.

Local: Shopping RioSul

Rua Lauro Müller, 116
Botafogo - Rio de Janeiro - RJ

Telefone: ( 21 ) 3527 7257 - CALL CENTER: ( 21 ) 2122 8070


Como chegar ao Rio Sul:

Transporte Coletivo: Ônibus e Metrô.

Para quem vem da Zona Sul: pegar qualquer o ônibus que passe pela Praia de Botafogo ou Aterro do Flamengo.
Pedir ao motorista parar descer no ponto em frente ao Rio Sul.


Para quem vem do Centro ou Tijuca: pegar a linha 1 do metrô até Botafogo e depois pegar a Linha de Integração Expressa para Urca.
Pedir ao motorista para descer no ponto mais próximo ao Rio Sul.


Para quem vem da Zona Norte: pegar a linha 2 do metrô até Botafogo e depois pegar a Linha de Integração Expressa para Urca.
Pedir ao motorista para descer no ponto mais próximo ao Rio Sul.


Para quem vem da Baixada: pegar o trem até a Central do Brasil e depois pegar o ônibus 107.
Pedir ao motorista para descer no ponto mais próximo ao Rio Sul.


Para quem vem da região de Niterói/São Gonçalo: pegar a barca até a Praça XV e de lá pegar qualquer ônibus para Copacabana.
Pedir ao motorista para descer em frente ao Rio Sul.


Se você estiver na cidade de férias, use o nosso FREE BUS e venha visitar o Shopping Carioca.

O Riosul oferece a seus clientes um serviço gratuito de transporte até a Estação Cardeal Arcoverde no metrô de Copacabana e vice-versa.

As viagens são feitas de segunda a sábado, das 10:00 às 22:00 horas e tem saída de meia em meia hora.

UM LANÇAMENTO

O Irã sob o chador


O Irã sob o chador
Autor: Adriana Carranca e Marcia Camargos



Páginas: 248

Chador é um tipo de manto iraniano, usado para cobrir o corpo feminino da cabeça aos pés. Só o rosto fica à mostra. O traje é obrigatório em mesquitas e outros lugares sagrados, e conta com a preferência das iranianas islâmicas do segmento mais conservador da sociedade. Assim como as formas de suas mulheres, o Irã apresenta-se ao olhar ocidental de maneira enigmática, oculto sob o espesso chador do nosso preconceito e desinformação acerca do Oriente Médio em geral e de cada país da região, em específico.

Em viagens realizadas em momentos e circunstâncias diferentes, as jornalistas Adriana Carranca e Marcia Camargos tiveram a oportunidade de conhecer um país que não cabe na simplificação dos estereótipos. Muito longe de encontrar fanáticos religiosos hostis e minas terrestres a cada esquina, as autoras se depararam com cidades extremamente seguras para turistas, nas quais imperam a honestidade, a cordialidade e a gentileza nas relações. Em contrapartida, paira no ar a crescente insatisfação com o regime teocrático há três décadas no poder.

Concebido e escrito em parceria, O Irã sob o chador é o resultado da descoberta comum de uma realidade singular, num dos raros lugares do mundo ainda resistentes aos efeitos da globalização. Um cenário de conflitos permanentes entre arcaico e moderno, religioso e secular, opressivo e libertário – e que tem tais contradições capturadas no Caderno de Fotos, que ilustra o livro.

Desnudando as camadas do chador que envolve o Irã, Adriana e Marcia revelam uma sociedade pulsante que, à revelia do poder constituído, impulsiona o país. Um lugar que produz uma das mais instigantes cinematografias do mundo, mas que não hesita em usar a censura prévia (ou mesmo a prisão) para intimidar seus cineastas. Uma sociedade de machismo opressivo, no seio da qual emergiu a ativista Shirin Ebadi, Prêmio Nobel da Paz em 2003. Um caldeirão fervilhante, no qual nacionalismo, juventude e desejo de mudança se mesclam ao deslumbramento com o mundo que está do lado de fora do chador, e que ficou mais próximo com a internet.

um lançamento

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Luis Nassif diz que parte da imprensa brasileira perdeu a noção do jornalismo




O jornalista Luis Nassif, apresentador do programa Brasilianas.Org, da TV Brasil, acredita que parte da imprensa nacional perdeu a noção de como se faz jornalismo. Para ele, as regras da profissão passam longe de muitos veículos. “O problema dos jornais brasileiros é que eles perderam a noção de jornalismo. Quando você pega Folha, Veja e O Globo, você não tem jornalismo. O que mais segue as regras do jornalismo é o Estadão, apesar de dar umas escorregadas”, declarou Nassif.

O jornalista foi o convidado do Papo na Redação, nesta terça-feira (31/08). Mais de 60 internautas participaram do chat, mediado por Rodrigo Azevedo, presidente do Comunique-se.

Fim dos impressos
Nassif respondeu outras questões polêmicas, como a do fim do jornal. Para ele, o fim dos jornais impressos é certo. “Vai acabar. A questão é quando?”, disse. O jornalista também acredita que os livros convencionais sumirão das estantes. “Não tem como concorrer”, afirmou ao se referir aos leitores digitais, como o iPad.

Confiança no online
O jornalista também disse que os jornais atuais não estão preparados para a interatividade que existe na internet. “Para trabalhar nessa era digital, eles têm que aceitar as críticas dos leitores, mas eles não conseguem. É o ego”. Por isso, Nassif aposta no sucesso dos meios online. “Eu acredito muito nos jornais que vão nascer agora, nos online, do que nos outros, porque a imprensa não está preparada para as mudanças”.

De acordo com o jornalista, os blogs ganham cada vez mais credibilidade. “As pessoas lêem as notícias e vão nos blogs para ver se é verdade. Confirmam com seus blogueiros de referência”, explicou.

Para Nassif, os blogs são promissores. “Um dia alguns blogs vão virar jornais online. Hoje você tem blogs que têm o mesmo peso que os jornais. Existe um público órfão dos jornais”, disse.

Novidades da web
Para o jornalista, com o avanço da internet, até mesmo as assessorias de imprensa vão mudar seus modelos de negócios. “O release como eu recebo hoje vai acabar, não que os assessores não vão ter mais trabalho. Os jornalistas vão pegar as informações na sala de imprensa da empresa. As empresas vão ser produtoras da suas notícias, criando suas agências de notícias”, defende.

Campanhas digitais
Questionado sobre as campanhas eleitorais na internet, Nassif criticou o trabalho de campanha do candidato à Presidência da República José Serra (PSDB). Segundo o jornalista, Serra “tem várias personalidades”, uma postura agressiva com a imprensa, outra “paz e amor” no Twitter.

Outro ponto criticado por Nassif foi o ataque da campanha de Serra aos blogueiros. “A campanha do Serra tentou acabar com a reputação de alguns blogueiros. A campanha dele na internet foi um desastre absoluto”, disse.

Processos
Nassif falou do processo no qual foi condenado a pagar R$ 50 mil ao diretor da revista Veja, Eurípides Alcântara, por relacionar seu nome ao do banqueiro Daniel Dantas. Antes desse processo, Nassif já havia sido condenado a indenizar o redator-chefe da revista, Mario Sabino, em 100 salários mínimos. O jornalista também foi processado pelo colunista Diogo Mainardi e, depois de citado no artigo “Nassif, o banana” entrou com uma ação pelo direito de resposta na revista. “Pra eles não representa nada. Pra mim, mesmo que ganhe qualquer ação, eu perco, porque tive um alto custo com advogados”, contou.

via comunique-se

BEIRUTE, EU TE AMO - UM RELATO

BEIRUTE, EU TE AMO - UM RELATO
Autor: Zena El Khalil

Páginas: 200

Milícias armadas definem seu território nas ruas enquanto operários da construção, em roupas esfarrapadas, reconstroem a cidade. Refugiados dormem em cinco numa única cama enquanto louras oxigenadas caminham pelas ruas até a próxima hiperdiscoteca movida a drogas. As bombas começarão a cair a qualquer momento.Enquanto isso, no meio de toda essa loucura, Zena e sua melhor amiga, Maya, tentam dar um sentido à vida e chegar a um entendimento em relação às várias obsessões da cidade, que incluem cirurgias plásticas, caça a maridos e fuzis Kalashnikovs.As recordações da personagem, tão honestas quanto indulgentes, colocam o amor e a arte em contraponto à presença ameaçadora e constante da guerra.

A Autora
Zena el Khalil
Nasceu em Londres, em 1976, passou sua infância na Nigéria e cursou o ensino médio na Inglaterra. Depois, ela foi para Beirute, onde se graduou na American University da capital libanesa. Em 2002, ela obteve seu mestrado na Escola de Artes Visuais de Nova Iorque. A artista trabalha com várias formas de arte: pintur
as, instalações, performances, escrita e colagem. Os temas centrais do seu trabalho incluem assuntos relacionados à violência, e ela costuma utilizar materiais achados pela cidade de Beirute para integrar suas obras. Imagens de militares e mulheres, civis e familiares são embelezadas com flores de plástico, glitter, soldados de brinquedo, miçangas, tecidos e outros materiais que revelam a diversidade da cidade estão sempre presentes em seu trabalho. Zena já fez exposições nos Estados Unidos, Europa, África, Austrália e Oriente Médio. Ela fez exibições solo em Londres, Munique, Turim e Beirute. Atualmente, ela mora e trabalha em Beirute.

HELIÓPOLIS




HELIÓPOLIS
Autor: James Scudamore

Páginas: 336


Nascido numa favela de São Paulo, Ludo vê sua vida passar por uma incrível transformação. Conduzido por forças além de seu controle, ainda garoto é tirado de Heliópolis e passa a desfrutar de uma boa vida às custas de seu pai adotivo e rico. Mas, anos depois, ele precisa voltar, porém do lado oposto da fronteira social. E é quando começa a repensar sua vida e todos os seus erros. Nutre um amor incestuoso e obsessivo por sua irmã adotiva, cujo marido é seu único amigo. E tem um apetite insaciável.Bem-vindo ao mundo de Heliópolis. Alternando momentos cômicos, violentos e comoventes, esta é uma história de ascensão social como nenhuma outra: a história de um homem que é movido pelo destino como uma peça de xadrez, num jogo que ameaça deixá-lo à beira da loucura e da brutalidade.



O AUTOR
James Scudamore
O autor estudou Línguas Modernas na Universidade de Oxford e completou ainda o curso de Escrita Criativa na Universidade de East Anglia. Ele também trabalhou com publicidade por quatro anos, até escrever seu primeiro livro.
Seu primeiro romance, The Amnesia Clinic, ganhou o prêmio liter
ário Somerset Maugham em 2007, além de ter recebido indicações para os prêmios Costa First Novel Award, Commonwealth Writers’ Prize, Glen Dimplex Award e Dylan Thomas Prize. O livro trata da amizade de dois garotos equatorianos muito diferentes: Anti, um tímido garoto inglês que mora em Quito, e Fabián, que é tudo o que Anti queria ser – atlético, popular e bonito. Mas os pais de Fabián estão desaparecidos e Anti inventa uma história de que eles podem estar numa clínica de amnésia. É a partir daí que eles embarcam em uma viagem pelo Equador em busca de tal lugar.

Goethe-Institut São Paulo promove mesa redonda com Cristoph Türcke



Em sua vinda ao Brasil o filósofo alemão lança ainda as obras "Sociedade Excitada – Filosofia da Sensação" e "Filosofia do Sonho"


Professor de Filosofia da Academia de Artes Visuais em Leipzig e autor de diversas obras importantes sobre a teoria da sociedade, Christoph Türcke lança os livros Sociedade Excitada – Filosofia da Sensação (Editora Unicamp) e Filosofia do Sonho (Editora Unijuí), e participa de mesa redonda, no dia 9 de setembro, às 19h, no Goethe-Institut São Paulo. Compõem a mesa Eduardo Guerreiro Brito Losso, professor de Teoria da Literatura da UFRRJ, e Oswaldo Giacóia Júnior, professor do departamento de Filosofia da Unicamp.

Türcke estudou Teologia e Filosofia nas Universidades de Göttingen, Tübingen, Zurique e Frankfurt. De 1991 a 1993, foi professor visitante do curso de Filosofia na Universidade Federal Porto Alegre e na Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre. Colaborador da revista Spiegel e Merkur e autor de mais de quinze livros, sua obra é uma das mais singulares renovações atuais da Teoria Crítica na Alemanha. Recebeu por suas obras o Prêmio Sigmund Freud em 2009. No Brasil, publicou O louco: Nietzsche e a mania da razão (Vozes, 1993).

Em Sociedade Excitada – Filosofia da Sensação (2010), Türcke analisa a transformação da sensação em uma forma de intuição do ser humano moderno, em um padrão de comportamento e em um foco de uma sociedade inteira. Em Filosofia do Sonho (2008), Türcke aborda a importância do sonho e aponta, que sem ele, o ser humano não teria se tornado quem é e ainda descreve o processo psicológico de desenvolvimento humano e como ele proporcionou o surgimento dos primeiros vestígios da cultura.

Além de participar da mesa redonda em São Paulo, o professor dará aulas e conferências em Porto Alegre, Rio de Janeiro e Belém a convite da Unicamp, UERJ e UFRRJ.

Goethe-Institut São Paulo

Instituto Cultural da República Federal da Alemanha, o Goethe-Institut está presente em 91 países com a missão de promover o conhecimento da língua alemã no exterior e fomentar o intercâmbio cultural internacional. Em São Paulo, o Goethe-Institut organiza e apoia um amplo espectro de eventos culturais que apresentam a cultura alemã e promovem o diálogo intercultural. O Goethe-Institut São Paulo é aberto ao público e está situado na Rua Lisboa, 974, em Pinheiros. Mais informações pelo telefone 3296-7000 ou no sitewww.goethe.de/saopaulo

SERVIÇO

Mesa redonda com Cristoph Türcke, Eduardo Guerreiro Brito Losso e Oswaldo Giacóia

Lançamento dos livros Sociedade Excitada – Filosofia da Sensação (editora Unicamp) e Filosofia do Sonho (Editora Unijuí)

Data: 9 de setembro, quinta-feira, às 19h

Local: Goethe-Institut São Paulo– Rua Lisboa, 974 - Pinheiros

Entrada franca

Tel. (11) 3296-7000

www.goethe.de/saopaulo

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Editora UFMG resgata a obra de Richard Morse



A Editora UFMG promove nesta quinta-feira, dia 19 de agosto, em Juiz de Fora, o lançamento do livro O Código Morse, organizado por Beatriz H. Domingues e Peter L. Blasenheim. A edição aborda a vida e a obra de Richard Morse, pensador norte-americano que se especializou em cultura brasileira e latino-americana. Os artigos que compõem a coletânea discutem a interdisciplinaridade do trabalho de Morse, que tem como base a história e a literatura, mas dialoga intimamente com a antropologia, sociologia e filosofia.

Morse é considerado um brasilianista atípico por demonstrar uma paixão incomum pelo seu objeto de estudo. Esteve pela primeira vez no Brasil, em 1947, para realizar uma pesquisa sobre a cidade de São Paulo e estabeleceu vínculos de trabalho e amizade com pesquisadores da USP, entre eles Antonio Cândido, autor do primeiro artigo que abre o livro. O trabalho mais importante de Morse é O Espelho de Próspero, publicado em 1988, em que promove uma inversão do espelho e critica a classificação de subdesenvolvimento dada pelos norte-americanos aos países latino-americanos. Para Morse, o que eles chamam de subdesenvolvimento é apenas uma opção cultural e civilizacional. Segundo Beatriz Domingues, “Morse tinha conjecturas muito audaciosas e coragem para perseguir idéias originais. Este livro é uma forma de divulgar seu trabalho”, afirma.

Biografia:

Richard Morse nasceu nos Estados Unidos em 1922, completou seus estudos de Humanidades na Universidade de Columbia, onde foi aluno de Allen Tate e R. P. Blackmur. Sua primeira experiência com a América Latina foi em Cuba, da qual resultou uma novela intitulada The Narrowest Street. Fazendo eco talvez ao clima de aproximação cultural e econômica que marcou as relações entre Estados Unidos e Brasil durante a Segunda Guerra Mundial, Morse decidiu abordar em sua tese de doutorado a história da cidade de São Paulo, a grande metrópole dos trópicos. Em 1947 fez sua primeira viagem ao Brasil a fim de recolher informações e fontes, mas também de entrar em contato com o agitado meio cultural dessa cidade. Em 1952 ele recebeu seu Ph.D., sendo a sua tese publicada com o título "De Comunidade a Metrópole: Uma Biografia de São Paulo" (1958). Este é um livro já considerado clássico de muitas maneiras, em especial como um exercício de história urbana, que abriu o campo de estudos sobre cidades da América Latina em uma perspectiva "cultural".

Nos anos 1980 tornou-se conhecido e polêmico no Brasil e em alguns países ibero-americanos como México e Argentina, quando da publicação de O espelho de Próspero, um estudo sobre a dialética do Novo Mundo, traduzido pioneiramente para o espanhol em 1982, e para o português em 1988, e ainda hoje, inédito em inglês.

Obras publicadas

MORSE, Richard M"Seed You Might Have Found." The Nassau Lit100 (1941):42-44.

MORSE, Richard M"Coup in Cuba." The Nassau Lit100 (1941): 2-4.

MORSE, Richard M"The Narrowest Street." Theatre Arts (Sept. 1945): 523-31.

MORSE, Richard. “Brazilian Modernism” In: Hudson Review, vol. 3, n. 3, Autum

1950, pp.447-452

MORSE, Richard M"São Paulo since Independence: A Cultural Interpretation."

HAHR34 (1954): 419-44.

MORSE, Richard M."Toward a Theory of Spanish American Government." Journal of

the History of Ideas15 (1954): 71-93.

MORSE, Richard M.From Community to Metropolis: A Biography of São Paulo, Brazil.

Gainesville: University of Florida Press, 1958.

MORSE, Richard M."Some Characteristics of Latin American Urban History" In:

American Historical Review67 (1962): 317-38.

MORSE, Richard M. & HARTZ, Louis et al. The Founding of New Societies: Studies

in the History of the United States, Latin America, South Africa, Canada, and

Australia. New York: Harcourt, Brace & World, 1964.

MORSE, RICHARD M. "Peripheral" Cities as Cultural Arenas "(Russia, Austria,

Latin America)", Journal of Urban History, 10:4 (1984:Aug.)

MORSE, Richard M."A Prolegomenon to Latin American Urban History”. HAHR52

(1972): 359-94.

MORSE, Richard M.O espelho de Próspero: Cultura e ideias nas Américas.São Paulo:

Companhia das Letras, 1988.

MORSE, Richard M. “Dez anos de Próspero”. In: Revista de Cultura Política, n.

18, 1992.

MORSE, Richard M. “A miopia de Schwartzman”. Novos Estudos Cebrap, n.24, jul.

1989.

MORSE, Richard M.A volta de McLuhanaíma. Cinco estudos solenes e uma brincadeira

séria. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

MORSE, Richard. “Balancing Myth and Evidence: Freyre and Sérgio Buarque” In:

Luso-Brazilian Review, vol.32, n.2, winter 1995.

MORSE, Richard M. “The Multiverse of Latin American Identity, c. 1920-c. 1970”

In: The Cambridge History of Latin America, vol. 10, edited by L. Bethell,

1-129. New York: Cambridge University Press, 1995.

SOBRE OS AUTORES

Beatriz H. Domingues – Professora do Departamento de História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). É autora de Tão Longe, tão perto: a Ibero-América e a Europa Ilustrada (2007); Tradição na modernidade e modernidade na tradição: a modernidade ibérica e a Revolução Copernicana (1997), cujo prefácio foi escrito por Richard Morse, além de vários artigos em revistas nacionais e internacionais.

Dain Borges – Professor associado de História e diretor do Center for Latin American Studies, University of Chicago. É autor de The family in Bahia, Brazil, 1870-1945 (1992), além de vários artigos em revistas nacionais e internacionais.

Efrain Kristal – Professor de Literatura Comparada da University of California, Los Angeles (UCLA), autor de Invisible word: borges and translation (2002), Temptation of the word: the novels of Mario Vargas Llosa (1998) e editor do Cambridge companion to the Latin American novel (2005).

Enrique Krauze – Historiador, ensaísta, biógrafo e produtor de documentários sobre o México. É autor, entre outros, de Caudillos culturales en la Revolución mexicana (1976), La reconstrucción económica (1977), Daniel Cosío Villegas: una biografía intelectual (1980), Biografía del poder (1987), Siglo de caudillos (1993), La presidencia imperial (1997), Mexicanos eminentes (1999), Tarea política (2000), Travesía liberal (2003), La Presencia del pasado (2005), Para salir de Babel (2006) y Retratos personales (2007). Sua obra mais recente é El poder y el delirio (2008).

Helena Bomeny – Pesquisadora do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, da Fundação Getulio Vargas (CPDOC/FGV) e professora de Sociologia do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPCIS-DPCIS/UERJ). É autora, dentre outros, de Tempos de Capanema (2000).

Jeffrey D. Needell – Recebeu seu PhD em 1982 pela Stanford University e seu mestrado (História latino-americana e africana colonial) em 1977, pela Yale University, ambos sob a orientação de Richard M. Morse. É autor de A tropical belle-époque: elite society and culture in turn-of-the-century Rio de Janeiro (1987), e The party of order: the conservatives, the state, and slavery in the brazilian monarchy, 1831-1871 (2006). Seus atuais interesses de pesquisa centram-se na mobilização política afro-brasileira no Rio de Janeiro do século XIX, em especial no movimento pela abolição da escravatura (1879-1888).

José Carlos Sebe Bom Meihy – Professor aposentado do Departamento de História da Universidade de São Paulo (USP), foi professor de História Ibérica com estudos sobre a relação entre a Península e a América Latina e sobre a participação de latino-americanos na Guerra Civil Espanhola. Desde 1990 tem se dedicado à história oral com ênfase em história oral de vida, assunto sobre o qual tem vários livros publicados, como: Brasil fora de si: experiências de brasileiros em Nova York (2004), Manual de história oral (1996), História oral: como fazer, como pensar (2007).

Leslie Bethell – Professor emérito de História da América Latina da University of London, fellow emérito do St. Antony's College da University of Oxford e, desde 2008, pesquisador associado sênior do CPDOC/FGV. É autor de The abolition of the Brazilian slave trade (1970), Latin America between the Second World War and the Cold War (1992), The Paraguayan War (1864-1870) (1996), Brazil by British and Irish authors (2003), e Joaquim Nabuco e os abolicionistas britânicos: correspondência 1880-1905 (2008). Ele é editor da Cambridge History of Latin America (12 volumes, Cambridge University Press, 1984-2008.

Pedro Meira Monteiro – Professor de Literatura Brasileira no Departamento de Espanhol e Português da Princeton University. É autor de A queda do aventureiro (1999), Um moralista nos trópicos (2004), diversos artigos em revistas na América Latina e nos Estados Unidos, e co-organizador de Andrés Di Tella: cine documental y archivo personal (2006) e Sérgio Buarque de Holanda: perspectivas (2008). Trabalha atualmente em um livro sobre a permanência de Raízes do Brasil no imaginário cultural brasileiro, e em outro livro sobre a narrativa tardia de Machado de Assis.

Peter L. Blasenheim – William R. Hochman Professor of History, vice-chefe do Spanish Department e diretor do Writing Program no Colorado College em Colorado Springs, USA. Ele tem publicado vários artigos sobre história de Minas Gerais.

Rubem Barboza Filho – Doutor pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ), é professor associado do Departamento de Ciências Sociais da UFJF, ocupando o cargo de Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da mesma universidade. É autor do livro Tradição e artifício: iberismo e barroco na formação americana (Editora UFMG, 2000) e de vários artigos em periódicos nacionais e internacionais.

Sonia Cristina Lino – Professora da UFJF, atua na área de História Contemporânea, com ênfase em História Intelectual e Cultural e é autora de vários textos referentes à relação história, cinema e literatura. Entre eles: “Mundo, desmundo, novo mundo: ficções históricas e hibridismo em narrativas sobre origens” (2006), “Birds that cannot fly: childhood and youth in ‘City of God’” (2007) e “Oswald de Andrade: utopia antropofágica e espiritualidade”, em colaboração com Beatriz H. Domingues (2008).

Walnice Nogueira Galvão – Professora Titular de Teoria Literária e Literatura Comparada da USP. Professora em Austin, Iowa City, Columbia, Paris VIII, Freie Universität Berlin, Poitiers, Colônia, École Normale Supérieure, Oxford, Berlin 2. Tem 30 livros publicados (sobre Guimarães Rosa, Euclides da Cunha, crítica da literatura e da cultura). Colaboradora assídua de jornais e revistas como Mais!, Piauí, Cadernos de Literatura do Instituto Moreira Salles, Revista Estudos Avançados da USP, Trópico, Jornal do Brasil, Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo. Conselheira de redação das revistas Teoria e Debate, D.O.Leitura, Imaginário, Sexta-feira, Linha d´água, Literatura e Sociedade, Magma, Palimpsesto, Diadorim, Poesia Sempre, e da editora do MST.


LANÇAMENTO DA

Campanha contra o preconceito a soropositivos quer reunir 1 milhão no Twitter


Tão difícil quanto encontrar a cura para o vírus HIV é encontrar uma vacina contra o preconceito de pessoas com pouca informação sobre a doença e seus portadores. É por essa razão que a agência de comunicação Filadélfia deu início a uma campanha simples e direta de conscientização para o problema: a campanha 1 Milhão Sem Preconceito. O símbolo da campanha é um rapaz soropositivo chamado Thiago, voluntário da ONG Grupo Vhiver, que cuida de pacientes como ele e é reconhecida pelo UNICEF.

Para fazer parte da campanha, o colaborador precisa apenas seguir o perfil de @thiagovhiver no twitter e espalhar a causa, usando a hash tag #1milhaosempreconceito. O objetivo é reunir 1 milhão de seguidores. Com o impacto da campanha, a agência busca empresas dispostas a apoiar a ONG Vhiver, que necessita de recursos para apoio psicológico, alimentação e assistência básica a portadores de HIV. Para conhecer a campanha, acesse o site www.1milhaosempreconceito.com.br.

Thiago sofre preconceito assim como soropositivos membros da ONG e outros tantos no mundo inteiro. Jovem como um outro qualquer, leva uma vida completamente normal. Estuda, gosta de sair com os amigos, bate papo e curte a vida intensamente. No entanto, a maioria dos amigos se afastou dele.

Valdecir Buzon, Presidente do Grupo Vhiver, definiu a razão de este preconceito existir. “A gente enfrenta até o preconceito das pessoas de bom coração. Elas ajudam entidades que cuidam de pessoas com câncer, ou de crianças deficientes, já que em teoria, essas são doenças 'nobres'. Mas todo mundo ainda associa a AIDS a algo sujo, como se quem pegasse, merecesse”, disse.

Olá, o espetáculo MENTIRA! estreia no dia 16 de Setembro

SOBRE O ESPETÁCULO:

MENTIRA! é Pop. É Kitsch. É um discurso tecnicolor. E por ser tudo isso, ao mesmo tempo, é também Barroco. A dramaturgia foi adaptada para esta encenação do texto homônimo de Alexandre França, escrito em 2008.

Enquanto teatro é jogo e enquanto jogo questionada a veracidade das regras. Enquanto encenação, passa pelo Mambembe, pelo Musical, pelo Circo e Carnaval para se tornar Contemporâneo.

De um lado, dois personagens da Revolução Francesa, Charlotte Corday e Jaqcues Louis David, debatem sobre o sentido da arte num tempo de revoluções e cabeças cortadas. Do outro lado, cinco atores discutem a respeito de qual posição política a peça deveria tomar.

FICHA TÉCNICA:

DRAMATURGIA: Alexandre França.

DIREÇÃO, ADAPTAÇÃO, AMBIENTAÇÃO E FIGURINOS: Paulo Vinícius.

COMPOSIÇÃO E DIREÇÃO MUSICAL: Leandro Leal

ELENCO: Fabiano Amorim, Leandro Leal, Lubieska Berg, Luiz Brambila e Verônica Rodrigues.

PROGRAMAÇÃO VISUAL E VIDEO/PROJEÇÕES: Paraphernália Produções Artísticas (Luci Orttega, Fábio Miranda e Ricardo Juchem)

MAQUIAGEM: Luiz Lopes.

CONSULTORIA DE ILUMINAÇÃO: Wagner Correa

FOTOS: Caco Ishizaka.

ESTAGIÁRIA: Manoelle Maciel

REALIZAÇÃO: Cena Hum Academia de Artes Cênica
SERVIÇO:
De 16/09 a 03/10 - De Quinta a Sábado as 21h e Domingos as 19h
Local: Teatro Cena Hum - Rua Senador Xavier da Silva 166 - São Francisco
Ingressos: R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia) - Na Quinta todo mundo paga meia entrada.
Informações: (41)3333-0975

Mostra de Teatro Despudorado apresenta espetáculos sobre transexualidade, prostituição e traição


O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza apresenta a Mostra de Teatro Despudorado, dentro do seu programa de artes cênicas Ato Compacto, no período de 1º a 3 e de 8 a 10 de setembro próximo, sempre às 15h e 18h30, com entrada franca.

Na mostra, serão encenados os seguintes espetáculos: "Engenharia Erótica", com o Grupo Parque de Teatro e direção de Silvero Pereira, baseado em livro do psicanalista Hugo Denizart sobre travestis (nos dias 1º e 8); "Abajur Lilás", adaptação da peça de autoria do dramaturgo Plínio Marcos, com o grupo Imagens de Teatro e direção de Edson Cândido (nos dias 2 e 3); e "Nudez sem Castigo", inspirado livremente no texto "Toda nudez será castigada" (de Nelson Rodrigues), com o Grupo Centauro e direção de Márcio Rodrigues, nos dias 9 e 10.

Segundo a coordenadora de Artes Cênicas do CCBNB, Viviane Queiroz, é importante mostrar ao público a variedade de linguagens artísticas relacionadas à diversidade humana. "Interessa ao CCBNB tanto o fazer teatral, como a crítica social e a reflexão sobre a natureza humana. E é isso o que apresentamos nessa Mostra Especial", enfatiza. Viviane Queiroz destaca que "foram selecionados espetáculos sobre três mundos sempre vistos com pudor na história da humanidade: a traição, a transexualidade e a prostituição".

A coordenadora de Artes Cênicas compreende que "felizmente, cada vez mais, esses três mundos são vistos de forma mais objetiva e menos preconceituosa, graças aos vários órgãos públicos e organizações da sociedade civil que vêm se firmando no cenário nacional e internacional em defesa dos direitos humanos e da igualdade de oportunidades para todas as pessoas, independentemente de sua sexualidade. O mundo das artes acompanha essa tendência - e, em alguns casos, é até precursor desta defesa", ressalta.

As sessões das 15 horas serão seguidas de Troca de Ideias entre os atores, diretores e o público presente, sobre o processo criativo, a construção cênica, a adaptação do texto e a pesquisa e concepção dos personagens. "É uma oportunidade de aproximação do público com esses três mundos, com os artistas que compuseram essas peças, estudaram os personagens e transpuseram essas realidades para o palco", salienta Vivane Queiroz.

A Mostra de Teatro Despudorado tem classificação indicativa de 18 anos para os três espetáculos. Será exigido documento de identificação (RG, CNH ou carteira profissional), no momento da entrega do ingresso.

Conheça a seguir a sinopse dos três espetáculos da Mostra:




PROGRAMA ATO COMPACTO


ESPECIAL MOSTRA DE TEATRO DESPUDORADO



Engenharia Erótica

Grupo Parque de Teatro (CE)

Direção: Silvero Pereira

Dias 01 e 08, qua, 15h e 18h30

Inspirado no livro "Engenharia Erótica - travestis no Rio de Janeiro", do psicanalista Hugo Denizart, o espetáculo faz parte da pesquisa realizada pelo ator e diretor Silvero Pereira sobre o universo das travestis e transformistas de diversas cidades do Estado do Ceará. Classificação indicativa: 18 anos. 80min.



Abajur Lilás

Grupo Imagens de Teatro (CE)

Dias 02, qui, e 03, sex, 15h e 18h30

Direção: Edson Cândido

Adaptação da obra do polêmico dramaturgo Plínio Marcos. O ambiente é um bordel onde três mulheres sobrevivem como prostitutas à beira da marginalidade. Um dia, tomada de um súbito acesso de raiva e árduo desejo de provocar o proprietário do covil, uma delas quebra um abajur. Seu ato impulsivo inicia um grande conflito que aos poucos desemboca numa terrível tragédia. Classificação indicativa: 18 anos. 80min.



Nudez sem castigo

Grupo Centauro (CE)

Direção: Márcio Rodrigues

Dias 09, qui, e 10, sex, 15h e 18h30

O espetáculo Nudez sem Castigo é um experimento pedagógico. Inspirado livremente no texto de Nelson Rodrigues "Toda Nudez será Castigada", o grupo desenvolveu uma textualidade composta de fragmentos em que a relação do casal principal se destaca, transformando-se numa investigação de material cênico sobre o tema das relações humanas. Classificação indicativa: 18 anos. 60min.

Convite para Sri Krishna Janmastami

A ISKCON Curitiba gostaria de convidá-los para uma das festas mais
especiais anuais que temos: o Aparecimento de Sri Krishna, a Suprema
Personalidade de Deus.

Há mais de cinco mil anos atrás, Krishna, Deus, apareceu neste mundo
material e desenvolveu atividades tanto comuns, quanto incomuns, com o
próposito de proteger seus Servos e se relacionar com eles.

Assim, dia 01/09/2010 (quarta-feira), a partir das 18h30, a sede da
ISKCON Curitiba (Rua Duque de Caxias, 76, Largo da Ordem) estará
recebendo todos para este Festival, que conta com a seguinte
programação:

18H30 – BHAJAN E RECEPÇÃO DOS CONVIDADOS

19H00 - ARATIK (cerimônia do altar) DAS DEIDADES

19H25 – BANHO DAS DEIDADES

20H30 – PALESTRA

21H30 – DANÇA INDIANA

21H45 - JANTAR

Neste ano ainda teremos uma grande novidade: membros de nossa
congregação que tiverem Deidades em casa poderão levá-las ao templo
para comemorar o Janmastami conosco!

Não percam este grande Festival!


Obras de Krajcberg serão restauradas pelo próprio artista na Bahia


As obras de Frans Krajcberg, pertencentes ao acervo do município e que compõem a exposição permanente no Espaço mantido pela Prefeitura Municipal, passarão por restauro a ser feito pelo próprio artista. O trabalho será realizado em Nova Viçosa, na Bahia, onde Krajcberg reside. A decisão foi tomada por uma liminar da justiça, a partir de um pedido formal realizado pelo artista.

A Fundação Cultural de Curitiba, que pelo Decreto 381/03 foi designada como gestora do Espaço Cultural Frans Krajcberg, sendo responsável pela administração do espaço e conservação das obras, não pretende recorrer da decisão. “Há muito tempo estamos tentando obter o aval de Krajcberg para recuperar as obras, mas sem sucesso. Agora, pelo menos ficamos felizes por finalmente ele concordar com o fato de que este trabalho precisa ser feito e tenha decidido ele mesmo efetuar as intervenções necessárias”, diz Paulino Viapiana, presidente da Fundação Cultural.

O presidente explica que, de acordo com o documento, para restauro ou qualquer intervenção nas obras e no espaço museográfico, há a necessidade de autorização de Krajcberg. Assim, “vamos respeitar uma decisão que já era assegurada pelo decreto que estabelecia as regras para a manutenção das obras doadas para a cidade. Só lamentamos que ele tenha recorrido à justiça para fazer este trabalho lá e não aqui”.

Viapiana lembra que em 2005, início da gestão do Prefeito Beto Richa, a Fundação Cultural de Curitiba criou o Programa de Organização e Recuperação de Acervos, para reorganizar a documentação e a situação legal de obras e coleções sob sua guarda. Uma das primeiras iniciativas foi realizar o inventário, avaliação e diagnóstico do estado de conservação das obras de Krajcberg e providências para regularizar a doação do acervo, já que o mesmo ainda não havia sido passado oficialmente para o município. Assim, em setembro de 2005, o artista assinou o Termo de Doação do acervo que passou a integrar oficialmente o patrimônio artístico da cidade, sob guarda e responsabilidade da Fundação Cultural de Curitiba.

Paulino Viapiana destaca que Curitiba se orgulha de ter em seu acervo as obras de Frans Krajcberg e que faz parte da política cultural da cidade manter salvaguardados todos os bens que pertencem ao seu patrimônio, e que a FCC sempre manteve um plano de ação para garantir, permanentemente, a preservação do acervo de Krajcberg. Porém, com relação ao restauro das obras, o artista nunca autorizou qualquer intervenção, nem mesmo com um pedido formal realizado em outubro de 2006, pelo então prefeito Beto Richa. “Vamos agora aguardar uma decisão da justiça quanto ao prazo para a execução do trabalho, já que isto não ficou estabelecido pela liminar, para que o Espaço fique fechado o menor tempo possível.”

O espaço Cultural Frans Krajcberg - Um dos pontos turísticos mais procurados da cidade, o espaço abriga uma exposição permanente das obras de Frans Krajcberg, artista reconhecido internacionalmente pelo seu engajamento na preservação da natureza. Criado oficialmente em 2003 para abrigar as obras doadas pelo artista ao município, a galeria recebe anualmente cerca de 60 mil visitantes.

No Espaço estão esculturas de grandes dimensões, feitas com cipós e troncos de madeira queimada, retirados diretamente de florestas onde houve depredação. No total são 110 esculturas de grande porte subdivididas em séries e classificadas pelo artista conforme as características do material: série palmas, mangue, grandes troncos, cipós, queimadas, cipós texturas rugosas, palmeira e bolas. Além das esculturas, o acervo é composto ainda por 11 fotografias, três assemblagens e uma gravura em relevo, vídeos, textos e publicações que formam um centro de documentação e servem de base para ações educativas.

A escolha do local para abrigar o acervo doado foi feita pelo próprio artista que também realizou a curadoria, escolhendo pessoalmente onde cada obra deveria ser exposta. O espaço já havia sido utilizado na mostra "A Revolta", que foi exibida em Curitiba em 1995, com curadoria de Orlando Azevedo, então Diretor de Artes Visuais da Fundação Cultural. Devido ao grande sucesso de sua primeira passagem pela cidade, e pela consciência ecológica atribuída a Curitiba, o artista optou por doar parte de seu acervo para o município.

A programação, a cargo da Fundação Cultural de Curitiba, envolve, além da exposição permanente, mostras de vídeo, debates, seminários, visitas monitoradas para escolas e outras ações que visam à educação ambiental e à discussão sobre artes visuais.

Preservação - Considerando o caráter singular das obras e as características da constituição da matéria com que foram produzidas, ou seja, materiais orgânicos, e o alto grau de fragilidade das peças, somado às intempéries climáticas que provoca naturalmente a decomposição biológica das obras, a FCC estruturou um plano de ação para garantir, permanentemente, a preservação do acervo de Frans Krajcberg. Desde então, uma série de ações foram colocadas em prática:

Setembro a novembro de 2006 - Atendendo solicitação da Diretoria de Patrimônio Cultural da FCC, e por indicação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/IPHAN, é contratado o Centro de Conservação e Restauro da Universidade Federal de Minas Gerais (CECOR), o maior centro especializado da América Latina. A equipe, sob a orientação do Dr. Luiz Antonio Cruz Souza, produziu e entregou um extenso laudo técnico-científico, relativo à adequação ambiental do espaço físico e à preservação do acervo artístico. Com base nas indicações especializadas, a FCC realizou serviços de readequação do espaço Frans Krajcberg, buscando melhorar as condições físicas e ambientais do prédio e de conservação das obras. Em outubro, o prefeito Beto Richa encaminha a Krajcberg pedido oficial de autorização de restauro das obras, porém não obtém resposta do artista.

2007 - Simultaneamente, e ao longo de toda a gestão, vistorias constantes e ações permanentes de conservação preventiva foram realizadas pelo Setor de Conservação de Acervos da Diretoria de Patrimônio Cultural. A equipe contou com o apoio voluntário da arquiteta Wivian Diniz, formada pelo CECOR-MG, e co-autora do laudo técnico, com discussão teórica e técnica, monitoramento, avaliação e orientação a respeito da conservação do material altamente degradável, do qual as obras são produzidas.

2007-2008 - Foram intensificadas as ações de monitoramento das peças, com vistorias mensais e ações de higienização. Considerando o aceleramento da deterioração das obras, intervenções de maior porte mostraram-se inadiáveis. Diversos contatos foram feitos com o artista e seu assessor para definição dos procedimentos para recuperação das obras. Também foram feitos orçamentos para restauro das peças, porém sem retorno efetivo por parte do artista, a contratação não pode ser realizada.

Outubro/novembro 2008 - Em razão do Decreto de criação do espaço - de que intervenções de restauro devem ser autorizadas pelo artista, e seu executor por ele instruído, diversas tentativas de contato foram feitas pela FCC e, em decorrência, o Sr. José Alves (Zé do Matto), assessor de Krajcberg, esteve em Curitiba e se dispôs a realizar pessoalmente os serviços de restauro. Em paralelo, foi autorizada a liberação de recursos do Fundo Municipal da Cultura, no montante de R$ 306.000,00, para contratação de serviços de preservação do espaço, dos quais R$ 241.000,00 para restauro das obras e R$ 65.000,00 para readequação museográfica do espaço. Com a recusa do artista, o trabalho não pode ser realizado.

Em 21 de novembro de 2008, o presidente da FCC, Paulino Viapiana, em cumprimento às exigências contratuais e, em consideração às recomendações pessoais do artista, realizou viagem ao Rio de Janeiro para comunicar-lhe o andamento do plano de salvaguarda das obras, e obter a autorização formal para dar andamento ao processo de restauro. Surpreendentemente, o artista recusou-se a dar o consentimento, dizendo-se contrário a qualquer tipo de intervenção.

2009 - Como medida preventiva e visando a melhor conservação das obras, o Espaço Cultural Krajcberg foi fechado para manutenção. Durante o período de fechamento, foi levantado o interesse do Boticário, que estava assumindo a preservação do Jardim Botânico, de executar o projeto elaborado pelo arquiteto Fernando Canalli, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que reunia num só espaço as obras de Krajcberg e o Estação Natureza, projeto do Boticário. Pela proposta apresentada, acompanhada inclusive de maquete, haveria uma ampliação do espaço atual, com a readequação necessária para abrigar e preservar o acervo, mantendo-se as características definidas originalmente pelo artista. Porém, de acordo com o Dr. Miguel Krigsner, do Boticário, que falou pessoalmente com Krajcberg, ele não autorizou a execução do projeto.

2010 - O espaço é reaberto ao público. Como forma de preservar o acervo, a Fundação Cultural de Curitiba, com o apoio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, deu início à elaboração de um novo projeto de readequação do espaço, que prevê a troca da cobertura da Galeria pelo mesmo material original, para não descaracterizar o espaço escolhido por Krajcberg, e a readequação do sistema de climatização. Também são intensificadas as ações de monitoramento das peças, com vistoria permanente e ações de higienização constantes, além de elaboração de laudo sobre o estado de todas as obras, realizado pela equipe da Diretoria de Patrimônio da FCC.

A licitação da primeira etapa de readequação do espaço foi concluída e o projeto deve estar pronto em meados de outubro. Porém, Paulino Viapiana destaca que com a retirada das obras para o restauro, o cronograma deverá sofrer alterações em virtude do tempo de execução do trabalho que ainda deverá ser definido pela justiça.