sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Para que filosofia?: um guia de leitura para o ensino médio

Para que filosofia?: um guia de leitura para o ensino médio

de Celso Martins Azar Filho e Luís Antônio Cunha Ribeiro

Edição: 1a


Número de Páginas: 272


Acabamento: brochura 
Medidas: 14x21cm




Este livro reúne extratos de algumas das obras filosóficas mais importantes, em traduções originais cuidadosamente preparadas por profissionais especializados no ensino de filosofia. Cada tradução é acompanhada por comentários que analisam e contextualizam a obra e seu autor, oferecendo um verdadeiro guia de iniciação ao pensamento filosófico ao longo da história. Desse modo, procura ocupar um espaço ainda vago na literatura didática da área, tendo sido especialmente elaborado para atender ao público de jovens estudantes, bem como a todos os neófitos. Aos professores, apresenta um valioso recurso que poderá auxiliá-los em suas práticas pedagógicas.

Para que filosofia? Nesta pergunta reside a própria essência da atividade filosófica, fundamentada no livre exercício da reflexão, e não na exigência de qualquer tipo de prática utilitária. Ao contrário de um “negócio” – aquilo que nega o valor do ócio –, a filosofia não pressupõe uma finalidade imediatista. Ela é a própria prática do pensamento que pode se servir de todos os conhecimentos e se debruçar sobre todos os assuntos, inclusive sobre sua própria condição de existência, fornecendo elementos para uma incessante reinvenção conceitual. Filosofia não é somente amor ao saber, como diz a etimologia da palavra, mas principalmente o cultivo do hábito de questionar, de refletir sobre o mundo e sobre si mesmo: um pensamento sem objetivo pré-definido, sempre pronto a pôr em xeque tudo o que foi estabelecido até então e encontrar novas maneiras de compreender a realidade.

O livro encara de frente esta que é a questão-chave de toda iniciação à filosofia, atualizando-a e contextualizando-a de acordo com os principais pensadores de nossa tradição filosófica. Através de textos curtos, estrategicamente selecionados de cada uma de suas obras seminais, podemos entender a maneira como cada filósofo concebeu a tarefa da filosofia, propondo interpretações que se colocam no lugar de respostas à questão-título, mas também nos colocam diante dos principais problemas do pensamento sobre o ser e o mundo ao longo da história do pensamento ocidental. Seja no campo da física, da metafísica, da ética, da estética, seja no da lógica, ou da política, é a filosofia que se encarrega de analisar as questões fundamentais e é ela que nos ensina a pensar com propriedade e de forma livre de preconceitos.

Conheça um pouco do que pensa  Celso Martins Azar Filho
Professor do Departamento de Filosofia da Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro analisando Montaigne -
Leia - Método e estilo, subjetividade e conhecimento nos ensaios de Montaigne

A característica mais notável da filosofia renascentista foi também o que tornou sua assimilação pela história da filosofia tão difícil: a interação entre forma e conteúdo, entre ideia e sua expressão. Tal resulta da tentativa de realizar outra inter-relação que lhe é ainda mais essencial: aquela entre teoria e prática, pensamento e ação. Nos Ensaios de Montaigne, o método constitui antes de tudo um estilo de vida: a linguagem é aí o meio pelo qual a implicação entre mundos externos e internos, o eu e a realidade – assim entre intelecto e sensibilidade, arte e natureza, fato e valor, identidade e alteridade etc. – busca tornar-se evidente, permitindo a percepção de seu permanente remodelar recíproco.

LANÇAMENTO

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