quinta-feira, 20 de novembro de 2014

ECONOMIA NACIONAL

Papo sério com nossos leitores e parceiros. Sem pânico de crise e terrorismo econômico !


ECONOMIA NACIONAL
Desemprego e inflação em queda sinalizam fim de ano mais positivo para o Brasil: a taxa de desemprego no Brasil no mês de outubro foi de 4,7%, uma queda em relação aos 4,9% registrados em setembro, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE. Este resultado advém de um aumento de 0,8% no número de empregados em relação a setembro e um aumento de 0,6% da população economicamente ativa (PEA). O número de desempregados foi de 1,1 milhão de pessoas, queda de 3,5% em relação a setembro e de 10,1% em relação ao mesmo mês de 2013. Com a queda do desemprego, a renda média real do trabalhador cresceu 2,3% em relação ao mês de setembro, somando alta de 4% na comparação com outubro de 2013. Já no campo inflacionário, o IPCA-15 (uma espécie de prévia do IPCA do mês) registrou alta de 0,38%, menor que a esperada pelo mercado financeiro e bastante inferior à verificada em outubro de 2013, quando havia subido 0,48%. A queda no grupo de alimentos e bebidas (de 0,69% para 0,56%) e habitação (de 0,80% para 0,56%) ajuda a explicar a queda no índice, que acumula alta de 5,63% no ano e 6,42% no acumulado de 12 meses.
Comentário: A queda na taxa de desemprego é uma ótima notícia, tendo em vista que os dados do CAGED apontam para uma deterioração do mercado de trabalho. Mais importante ainda é o fato da queda ser em grande medida ocasionada pelo aumento da população ocupada, o que confirma que os impactos do baixo crescimento ainda não alcançaram completamente o mercado de trabalho, que continua aquecido. A perspectiva, porém, não é positiva caso o país não retome rapidamente o caminho do crescimento, tendo em vista que a composição das novas vagas criadas é cada vez mais concentrada no setor de serviços, em empregos de baixa remuneração. Precisamos, portanto, retomar o dinamismo do setor industrial para dar o salto necessário na quantidade e qualidade de emprego, gerando um novo ciclo de crescimento com distribuição de renda. Quanto à inflação, a queda do IPCA é uma ótima notícia, que aponta para a possibilidade real de a inflação de 2014 fechar dentro do teto da meta de 6,5%. O que preocupa no momento é a alta dos preços no atacado, registrada pelo IGP-M, puxada por aumento nos preços dos alimentos (muitos em fim de safra). O impacto dessas elevações pode chegar nos preços do varejo no próximo mês, o que afetaria negativamente a inflação de dezembro, chave para fechar o ano dentro da meta.



Análise: Guilherme Mello, Economista

www.fpabramo.org.br

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