segunda-feira, 7 de outubro de 2013

LIA DE ITAMARACÁ NA CAIXA CULTURAL CURITIBA




A cantora apresenta o show com músicas do álbum “Ciranda de Ritmos 

A CAIXA Cultural Curitiba apresenta, de 11 a 13 de outubro, o show “Lia de Itamaracá – Ciranda de Ritmos”, no qual a artista apresenta músicas do CD homônimo. O público curitibano terá a oportunidade de ouvir clássicos como “Essa Ciranda quem me deu foi Lia” (Antônio Baracho), “Cirandando pela praia” (Carlos Zens), e “Suíte do Pescador” (Dorival Caymmi), entre outros.
Patrimônio vivo e cultural de Pernambuco, Maria Madalena Correia do Nascimento, ou Lia de Itamaracá, como é conhecida, é compositora e cantora de ciranda e, sem dúvida, a grande referência nacional do gênero.
O CD “Ciranda de Ritmos” foi lançado em 2008, com direção musical de Carlos Zens, e reúne faixas com os ritmos de ciranda, coco, maracatu, frevo e maxixe. O conceito do trabalho teve inspiração no músico saxofonista e compositor Bezerra do Sax, que tocou com Lia durante 40 anos. Ele é autor de seis das 14 canções do disco.
O show já passou por quase todo o Brasil e por três vezes na Europa. Após a temporada no Rio de Janeiro, o show também aconteceu, em julho, na CAIXA Cultural Brasília e termina na CAIXA Cultural Curitiba.
Lia de Itamaracá:
O nome da artista está ligado à Ilha de Itamaracá (PE), onde nasceu e vive até hoje. Em 2004, a cirandeira foi agraciada com a Ordem do Mérito Cultural, premiação concedida pelo Ministério da Cultura a personalidades brasileiras e estrangeiras, que são reconhecidas por suas contribuições à cultura do Brasil.
Ficha técnica:
Voz: Lia de Itamaracá
Banda: Toinho (tarol), Bibil (trompete), Bio Negão (trombone), Tom Jaime (saxofone), Tony Boy (surdo, alfaia e pandeiro), Biu Baracho (vocal), Dona Dulce (vocal), Ganga (ganzá, alfaia e padeiro)
Coordenação geral: Beto Hees e Laercio Costa
Realização: Centro Cultural Estrela de Lia e 78 Rotações
Produção: Nalva Domingos
Produção Local: Fuá Produções
Duração: 80 minutos

Informações e entrevistas:

Serviço:
Show “Lia de Itamaracá – Ciranda de Ritmos”
Local: CAIXA Cultural Curitiba - Rua Conselheiro Laurindo, 280 - Centro, Curitiba/PR
Datas: de 11 a 13 de outubro de 2013 (sexta-feira a domingo)
Horário: sexta-feira e sábado às 20h, domingo às 19h
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia – conforme legislação e correntista CAIXA)
Bilheteria: (41) 2118-5111 (de terça a sexta-feira das 12h às 20h, sábado das 16h às 20h e domingo das 16h às 19h)
Classificação etária: Livre
Lotação: 125 lugares (2 para cadeirantes)

Sesc_Videobrasil promove debate sobre o vídeo nos anos 80






Zonas de Reflexão: encontros debatem
a linguagem vídeo nos anos 80

Atividade assinala  o início da agenda  de Programas Públicos do 18º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil

Nos dias 16 e 17 de outubro, o Videobrasil promoverá um seminário para debater a linguagem vídeo no contexto histórico dos anos 80 no Brasil. O evento, que acontecerá no Sesc Pompeia, integra a programação do 18º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil, cujas mostras inauguram em novembro e que celebra 30 anos de existência. O debate abrange temas suscitados pela emergência das experimentações em vídeo naquele momento, quando a cena brasileira de videoarte ainda se configurava. Em meio à dissolução do regime militar, a televisão surgia no imaginário de uma geração como um espaço para revelar outras vozes, culturas e expressões.
Nesses dois dias, o seminário tratará do tema a partir de uma multiplicidade de vozes: na primeira mesa, que reúne José Celso Martinez Corrêa, Tadeu Jungle, Walter Silveira e Pedro Vieira, experiências como as do Teatro Oficina e da produtora TVDO, assim como o legado de Glauber Rocha, Oswald de Andrade e Chacrinha, entre outros temas, servirão de mote para analisar a contribuição do vídeo para a materialização de ideias e questionamentos. Já no segundo encontro, Fernando Meirelles, Marcelo Tas, Marcelo Machado e Goulart de Andrade desenvolverão essa análise, principalmente à luz do espaço criado pelo Videobrasil, primeiro festival regular dedicado ao vídeo. Ambos os encontros incluem a exibição de trabalhos integrantes do Acervo Videobrasil.
Programas Públicos
O encontro dá prosseguimento aos novos Programas Públicos Videobrasil, que se organizam em três frentes de ação: uma plataforma online colaborativa de produção de conteúdos e pesquisa, com uma estrutura rizomática, em que contribuições de diferentes disciplinas revelam associações e excitam novas possibilidades de pensamento; Ativações – encontros voltados à renovação das experiências e percursos no espaço expositivo; e Zonas de Reflexão, debates públicos como estes dos dias 16 e 17 de outubro.
Os Programas Públicos buscam provocar experiências e debates que iluminam e expandem temas e questionamentos que surgem da pesquisa curatorial do Videobrasil. O Videobrasil se dedica a pensar e difundir o Sul geopolítico, como território complexo e movente, um conjunto de culturas que têm muito com que contribuir mutuamente, em processos de coexistência e dissolução. Assim, os Programas Públicos pretendem criar um espaço multidisciplinar, um ambiente de pensamento e troca que extrapole o campo da arte e dialogue com outras áreas do conhecimento, como um laboratório de interações e experimentações, com participação direta e horizontal.
Programação do Seminário

16 de outubro, quarta-feira, às 20h
Zona de Reflexão | Tudo pode ser um programa de televisão
Com José Celso Martinez Corrêa, Tadeu Jungle, Walter Silveira e Pedro Vieira

17 de outubro, quinta-feira, às 20h
Zona de Reflexão | Invadir a programação
com Fernando Meirelles, Marcelo Tas, Marcelo Machado e Goulart de Andrade

Local: Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93
Mediação de Gabriel Prioli

Conservatório de MPB completa duas décadas de música e talento



O Conservatório de Música Popular Brasileira de Curitiba, verdadeira usina de talentos, completa 20 anos de atuação no dia 7 de outubro, dando continuidade à missão de valorizar a produção musical da cidade. Instalado no histórico Solar dos Guimarães, edificação do século 19 especialmente revitalizada para abrigar a instituição, o Conservatório de MPB é comandado pelo Instituto Curitiba de Arte e Cultura (ICAC), órgão responsável pela gestão da área musical da Fundação Cultural de Curitiba (FCC). O endereço tem sido sinônimo de ensino democrático, contando com renomados professores no atendimento a alunos de diversos instrumentos e canto. De suas salas de aula saíram nomes que se destacam no cenário artístico curitibano, muitos deles com atuação em todo o Brasil e no exterior.
“O Conservatório é a casa da música popular brasileira em Curitiba. Aqui se faz, se ensina e se preserva a boa música brasileira”, ressalta a coordenadora pedagógica, Mari Lopes Franklin. Pianista e artista plástica, ela é servidora da Prefeitura de Curitiba há 17 anos, todos dedicados ao espaço. 

Mari explica que a estrutura do Conservatório de MPB compreende a manutenção de quatro grupos artísticos que são referência no cenário musical nacional: a Orquestra À Base de Corda, a Orquestra À Base de Sopro, o Coral Brasileirinho e o Vocal Brasileirão. O Conservatório também realiza os programas Domingo Onze e Meia, Terça Brasileira no Paiol, Afina-se e Roda de Choro, que colocam ao alcance do público a produção dos músicos curitibanos.

Da ebulição musical provocada pelo Conservatório de MPB de Curitiba constam músicos como Sérgio Albach (clarinete), João Egashira (violão e bandolim), Gabriel Schwartz (flauta, clarinete e sax), Daniel Migliavacca (bandolim), Luís Otávio Almeida (guitarra), Julião Boêmio (cavaquinho), Rogério Gulin (viola caipira), Beth Fadel (piano), Ana Fumaneri (flauta), Wagner Bennert (baixo), Maitê Correa (canto), Ana Paula Cascardo (canto), Daniel Vicente (viola caipira), que formou a dupla sertaneja Álvaro e Daniel, um dos mais novos sucessos paranaenses da música de raiz. Na extensa lista também entra a cantora Michele Mara, que venceu o concurso “O Maior Imitador da América Latina”, promovido pela Rede Globo, em 2011. 

As salas de aulas do Conservatório de MPB de Curitiba abrigam mais de 900 alunos, divididos em cursos nas áreas de instrumento, canto, estruturação musical, didática e história da música, ao lado de diferentes práticas de conjunto e aulas teóricas. Local destinado ao ensino, à pesquisa e à produção de eventos artístico-culturais, o Conservatório abre espaço para as vertentes popular autoral e folclórica, oferecendo, ainda, biblioteca e fonoteca especializadas em MPB.

Sopro de criatividade – Criada em 1998, pelo maestro Roberto Gnattali, a Orquestra À Base de Sopro (OABS) é dirigida desde 2002 por Sérgio Albach, sendo considerada um dos principais grupos de música instrumental brasileira. Vencedora do prêmio Saul Trumpet de melhor grupo instrumental, em 2002, e indicada ao Prêmio TIM, na categoria revelação 2008 pelo CD “Mestre Waltel”, a orquestra tem projetos de intercâmbio de maestros, arranjadores e solistas. Em seu repertório constam tendências e gêneros da vasta diversidade cultural brasileira, fomentando o crescimento dos músicos e a formação de plateias.

Cordas sonoras – Fundada também por Roberto Gnattali, em 1998, a Orquestra À Base de Corda (OABC) possui formação instrumental ímpar – com violino, bandolim, cavaquinho, viola caipira, violão, violão 7 cordas, piano e percussão –, o que confere ao grupo sonoridade bastante particular. O repertório da orquestra, que desde 2001 atua sob a direção musical do violonista e bandolinista João Egashira, abrange diversos períodos da história da música brasileira e inclui composições de seus integrantes.

Música na infância – Nascido em 1993, o Coral Brasileirinho revela a musicalidade infantil, por meio da performance de crianças com idades entre oito anos e 13 anos. No repertório do Brasileirinho estão músicas que resgatam grandes compositores populares do passado, paralelamente à produção de autores locais. Com um histórico de 14 espetáculos temáticos, o Brasileirinho acumula mais de 160 canções brasileiras, com ritmos, estilos e gêneros bem diferentes, sob a direção cênica do compositor Milton Karam e direção musical da cantora e violinista Helena Bel.

Originalidade e alegria - O Vocal Brasileirão surgiu em 1994, por iniciativa do compositor e maestro Marcos Leite (1953 – 2002). Desde 2006 sob a direção de Vicente Ribeiro, o vocal é formado por vozes femininas e masculinas que criam um som personalizado e envolvente, combinando originalidade e alegria. O grupo conta com extenso repertório que reúne obras dos mais importantes compositores brasileiros. O Vocal Brasileirão recebeu por três vezes consecutivas (1997, 1998, 1999) e ainda em 2002, o prêmio Saul Trumpet, como Melhor Grupo Vocal do Paraná.

Outubro em festa – O marco dos 20 anos do Conservatório de MPB de Curitiba merece uma programação especial, levando ao público diferentes atrações, durante o mês de outubro. Confira as atividades artístico-pedagógicas que tomam conta dos diversos espaços do Conservatório, todas com ingresso gratuito:

7 de outubro 
19h – Abertura da exposição fotográfica sobre os 20 anos do CMPB de Curitiba, no hall de entrada.
20h – Show Eu Canto Samba, com o Vocal Brasileirão, sob a direção artística do maestro e arranjador Vicente Ribeiro, na Praça Jacob do Bandolim.

13 a 19 de outubro
Semana comemorativa do centenário de nascimento do poeta Vinicius de Moraes (19/10/13 – 09/07/80) – As atividades envolvem todos os setores do Conservatório de MPB, com a Fonoteca disponibilizando a discografia do homenageado, paralelamente à iniciativa da Biblioteca em abrir aos interessados partituras, músicas cifradas e material biográfico do poeta. Ao longo da semana, som ambiente com as canções do compositor tomará conta do hall do Conservatório, além da interpretação da obra de Vinicius de Moraes por alunos de várias disciplinas de instrumentos e práticas de conjunto, em diversos horários.
13 de outubro 
11h30 – Edição especial do programa Domingo Onze e Meia, com o show Alunos de Canto Popular do Conservatório de MPB interpretam Vinicius, reunindo 14 cantores na Praça Jacob do Bandolim. Abertura e intervenções a cargo da historiadora e professora Ana Paula Peters, que abordará a vida e a obra do “poetinha”. Participação de Luís Otávio Almeida (direção musical, arranjos e guitarra), Davi Sartori (piano), Sandro Guaraná (baixo) e Graciliano Zambonin (bateria).

17 de outubro 
17h – O Auditório Nhô Belarmino abriga o Especial Vinicius do programa Roda de Choro, sob direção musical dos professores e músicos Julião Boêmio e Lucas Melo, contanto com a participação dos alunos da Prática de Conjunto de Choro.

19 de outubro 
12h – O encerramento da comemoração invade a Rua Mateus Leme, em frente ao Conservatório de MPB, com apresentação dos alunos da Prática de Conjunto de MPB, que executam arranjos do professor Luís Otávio Almeida, também responsável pela regência do grupo.

Serviço:
Comemoração dos 20 anos do Conservatório de MPB de Curitiba
De 7 a 19 de outubro de 2013, com atrações em diversos horários.
Ingresso gratuito

No dia das crianças, Mundaréu faz show especial no Teatro do Paiol



Grupo apresenta "Festa da Bicharada" para celebrar 12 de outubro

O Paiol, tão acostumado a receber shows voltados ao público adulto, será invadido pelas crianças. No dia 12 de outubro, sábado, o grupo curitibano Mundaréu apresentará o espetáculo infantil "Festa da Bicharada". O show começará às 17h.

Como o próprio nome sugere, o espetáculo promete encher o tradicional palco da cidade com o reino dos bichos. Para isso, contará com vários bonecos e apresentará um variado repertório de manifestações artísticas populares. No encontro, o Mundaréu vai misturar o cancioneiro popular ("Ciranda Cirandinha", "Jacaré Poiô), passar por compositores consagrados ("Penerô", de Jackson do Pandeiro) e chegar a canções próprias, como "Ciranda da Bicharada" e "Macaco Cacoleco".

Formado por Itaercio Rocha, Thayana Barbosa, Carlinhos Ferrraz e Roseane Santos, o grupo receberá, para este show, a participação especial de Vinícius Azevedo para manipular os bonecos.

Mundaréu

O Mundaréu pretende povoar o imaginário do público com sons, personagens, histórias e imagens, fazendo uso dos recursos culturais do povo brasileiro. O grupo foi criado em 1997, em 1998 estreou seu primeiro show, “Cutuca Rapaziada”. Montou “Guarnicê, uma singela opereta popular”, baseada nas formas de Bumba Boi. Gravou quatro álbuns: “Guarnicê”, “Embala Eu”, “Cortejo Natalino” e "MundarÉ", além do DVD “As Aventuras da Viúva Alucinada”. Seu último lançamento, "Encanto de Brincar", foi produzido em parceria com o Hospital Pequeno Príncipe. Já participou de diversos eventos de arte pelo Brasil e se apresentou em 15 estados do país.

Serviço:
Mundaréu em "Festa da Bicharada"
Dia 12 de outubro, sábado, 17h
R$ 25 (inteira) e R$ 12,50 (meia)
Teatro do Paiol - Praça Guido Viaro, s/n
À venda na bilheteria do Paiol: terça a sexta, das 13h30 às 19h. Sábado e domingo: das 15h até o horário do evento
Somente dinheiro
Informações: 3213-1340

Produção: Santa! Produção e Fineza Comunicação & Cultura
Apoio: Prefeitura Municipal de Curitiba, Fundação Cultural de Curitiba, Secretaria de Turismo de Curitiba, Cantina do Délio, Estofaria, Adega Boulevard, T2 Eventos, A Confeiteirinha, Ocupa Filmes, Musicletada, Blog Tudo o que você (ou)vê.

Bienal Internacional de Curitiba promove debate sobre Jornalismo Cultural nas universidades



No dia 8 de outubro, às 19h30, o jornalista Fabio Cypriano (Folha de S. Paulo) estará na Universidade Positivo em Curitiba para um encontro sobre jornalismo cultural. O evento faz parte da programação de palestras da Bienal Internacional de Curitiba 2013 e contará ainda com a presença de Juliana Girardi, editora do Caderno G, da Gazeta do Povo.

O bate-papo será mediado pela professora de jornalismo Ana Paula Mira e é destinado a estudantes, professores e demais interessados no assunto. A ideia é fazer um panorama sobre o tema, bem como uma exposição das diferentes experiências dos dois profissionais na área.

Patrocínio

A Prefeitura Municipal de Curitiba/Fundação Cultural de Curitiba e o Banco Itaú apresentam a Bienal Internacional de Curitiba 2013, realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura (Lei Rouanet). Esta edição também conta com o patrocínio Petrobras, BNDES, Votorantim Cimentos e Volvo, além da Copel e Sanepar, por meio da Conta Cultura. Tem copatrocínio da Barigui Financeira e Construtora JL, além do apoio do Governo do Paraná/Secretaria de Estado da Cultura, Sesi no Paraná e Sistema Fecomércio Sesc Senac PR. A promoção é da RPC TV e Gazeta do Povo.

Serviço
Bate-papo sobre jornalismo cultural, com Fabio Cypriano (Folha de S. Paulo) e Juliana Girardi (Gazeta do Povo)
Mediação: profª Ana Paula Mira
Data: 8 de outubro
Horário: 19h30
Local: Universidade Positivo - Auditório 1 do Bloco Vermelho (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300)

3ª edição do Na Mira traz Lucas Santtana, Luisa Maita, Jam da Silva, Marcos Paiva, Bruno Tessele, Juliana Perdigão, Juliano Holanda e Zé Godoy em show inédito e gratuito



 Espetáculo acontece dias 10 e 11 de outubro no Auditório Ibirapuera 

Idealizado por Myriam Taubkin e Gabriel Fontes Paiva, o 3º Na Mira propõe novo encontro inédito.

Funciona assim: os curadores convidam 8 músicos que não necessariamente se conhecem.

Depois de algumas conversas, os ensaios começam e, a partir das ideias de todos, da experiência coletiva e da magia desse encontro, surge o repertório. Cenário, luz e a própria direção do espetáculo também se harmonizam e o resultado é um espetáculo único. Uma única vez que esses artistas estarão todos juntos, nesse formato, para um repertório e show especiais.

Essa é a terceira edição do Na Mira, que já teve como convidados Rodrigo Campos, Criolo, Kiko Dinucci, Ricardo Herz, Antonio Loureiro, Hugo Linns. Na edição de 2013, um time dos bons: Bruno Tessele (bateria), Jam Da Silva (percussões, efeitos e voz), Juliana Perdigão (clarinete, voz), Juliano Holanda (guitarra, baixo, viola, voz), Lucas Santtana (guitarras, flauta, voz), Luísa Maita (voz), Marcos Paiva (contrabaixo) e Zé Godoy (piano, teclados, sanfona).

São artistas com uma contribuição original no cenário atual da música brasileira, como compositores, cantores e/ou instrumentistas. Além de investirem em suas carreiras, participam de diversas experiências e formações, seja de grupos ou em projetos especiais. Essa pluralidade do dia a dia de cada um estimula um espetáculo dessa natureza, em que esses músicos podem ir fundo na criação e construção coletiva.

No repertório, músicas como “Samba Devagar” (Jam Da Silva, Chico Neves E Soba), “Ouriço” (Juliano Holanda) e as inéditas “Música Popular” (Luísa Maita) e “Human Time” (Lucas Santtana). A direção musical é de Myriam Taubkin e a direção cênica de Gabriel Fontes Paiva. Marisa Bentivegna assina a luz e Fabio Namatame o cenário. O engenheiro de som Adonias Souza Junior, do Estúdio Arsis, será o responsável pelo som.


Veja as outras edições: www.youtube.com/namiradamusicabr
 

Greve dos Correios altera prazos e procedimentos dos editais da dança

Os editais de Pesquisa em Dança e Difusão em Dança tiveram o prazo de inscrições prorrogado até 8 de outubro. As inscrições para o edital de Produção em Dança podem ser feitas até 9 de outubro. As mudanças nos editais do Fundo Municipal da Cultura se devem à greve dos Correios. Em razão desse movimento, a entrega das propostas deve ser feita pessoalmente, junto ao Setor de Protocolo da Lei de Incentivo, na R. Engenheiros Rebouças n.º 1.732, no horário das 9h às 17h30. Servidores da Diretoria de Incentivo à Cultura da Fundação Cultural de Curitiba emitirão protocolo de comprovante de entrega com a data e nome do projeto inscrito.

Os editais, com as alterações, estão disponíveis no site da Fundação Cultural de Curitiba (www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br)

Terça Brasileira tem Fran Rosas no Teatro do Paiol

Terça Brasileira tem Fran Rosas no Teatro do Paiol

A cantora curitibana Fran Rosas apresenta no Teatro do Paiol, às 20h desta terça-feira (8), o seu primeiro show, intitulado Chapéu de Sobra. O espetáculo, cujo nome é inspirado na composição de Dú Gomide e Estrela Leminski, integra o programa Terça Brasileira, desenvolvido pelo Instituto Curitiba de Arte e Cultura (ICAC), órgão responsável pela gestão da área musical da Fundação Cultural de Curitiba (FCC).
Fran Rosas faz analogia à famosa expressão popular "tirar o chapéu", enfatizando a admiração e o respeito aos compositores selecionados para a apresentação, e à vasta diversidade cultural, melódica e poética que eles representam. A equipe técnica é formada por, Thiago Machosky, responsável pela sonorização, Ju Choma, que assina o cenário, e Luiz Nobre, na iluminação. O show conta também com as participações especiais das cantoras Luciane Merlin e Janaina Fellini.
No repertório está uma seleção musical de talentosos compositores da nova safra da música brasileira, entre eles Pedro Altério, Rodrigo Maranhão, Dani Black, Vinicius Calderoni e os curitibanos Dú Gomide, Estrela Leminski, Janaina Fellini, Bernardo Bravo, Cauê Menandro, Thiago Portella, entre outros.
No palco, Fran Rosas conta com o trio Rafael Rosas (produção, teclados e arranjos), Glaukus Jansson (violões) e Leonardo Cardoso (percussão), numa formação que permitiu criar novos arranjos para as canções, conferindo às obras sonoridades diferentes e uma identidade peculiar ao show. O resultado mistura e alterna sons acústicos com sons eletrônicos, loops e sintetizadores, gerando uma atmosfera moderna, fundindo diversos gêneros brasileiros (baião, afoxé, samba, maracatu, frevo), com influências diversas da world music.
  
Serviço:
Programa Terça Brasileira com o show Chapéu de Sobra, de Fran Rosas.
Data e horário: dia 8 de outubro de 2013 (terça-feira), às 20h.
Local: Teatro do Paiol (Praça Guido Viaro, s/n – Prado Velho).
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)
Informações de bilheteria: (41) 3213-1340

Repertório:
1 – Cancioneira (Thaïs Morell)
2 – Brincadeira (Dani Black)
3 – Cicatriz (Maninho / Leonardo Vergara)
4 – Semeadura (Vitor Ramil / Fogaça)
5 – Com Essa Cor (Monique Kessous)
6 – Reinvento (Estrela Leminski / Ceumar)
7 – Na Lata (Vinicius Calderoni)
8 – Mandinga (Tiago Portella / Talita Kuroda)
9 – Vai e Vem (Pedro Altério / Rita Altério)
10 – Noite de Luar (Maninho)
11 – Abrindo a Porta (Pedro Viáfora / Pedro Altério)
12 – Estrela de Brilhar (Bernardo Bravo / João Felix)
13 – Chapéu de Sobra (Dú Gomide / Estrela Leminski)
14 – Na Roda da Saia Vermelha (Janaína Fellini / Estrela Leminski)
15 – Esses Caras (Carlito Birolli / Cauê Menandro)
16 – Vero, Veríssimo (Doriane Conceição)

Black Sabbath


Editora Universo dos Livros revê a história da maior banda de heavy metal de todos os tempos
Há 45 anos, quatro rapazes da periferia de Birmingham, na Inglaterra, chutavam o lema “paz e amor” dos hippies para trazer ao mundo uma sonoridade mais pesada e sombria do rock. O estilo, personificado nos passos a la duckwalk de Chuck Berry, no balanço da pélvis de Elvis e no rebento dos Beatles e Rolling Stones, daria luz a um novo subgênero musical. 
Nascia o Black Sabbath (nome Inspirado no filme de terror do diretor Mario Bava). A Editora Universo dos Livros conta a história do grupo numa biografia completa para comemorar os 45 anos de história da banda e a vinda do quarteto ao Brasil.

Com depoimentos dos integrantes e enxertos de críticas, o livro revisita todos os álbuns. As polêmicas, o consumo excessivo de drogas, problemas pessoais e as crises criativas que ocorreram na banda são outros assuntos abordados.

O primeiro álbum, homônimo, com as letras obscuras de Geezer Butler, os acordes distorcidos de Tony Iommi, a cozinha pesada de Bill Ward, casadas com a voz de Ozzy Osbourne, vendeu um milhão de cópias, consolidando o heavy metal. Os quatro álbuns seguintes confirmariam o estilo, lançando os hits “Paranoid”, “Iron Man”, “War Pigs”, “Sweet Leaf”, “Snowblind” e “Sabbath Bloody Sabbath”.
“As pessoas dizem que a gente inventou [o heavy metal], mas... Bom, é impossível para uma banda pensar: ‘Ok, nós vamos começar esse tipo de música, e daqui a 45 anos seremos considerados reis desse negócio’. Isso foi o que a imprensa e as pessoas colocaram na gente. Não foi intencional de nossa parte”, afirma Ozzy à revista Rolling Stone brasileira, em junho de 2013.
As desavenças pessoais e o próprio desgaste criativo fizeram com que Ozzy deixasse o Sabbath em 1978. Com a entrada do carismático Ronnie James Dio, veio uma energia extra com os lançamentos de Heaven and Hell e Moby Rules. Em 1983, Ian Gillan assume os vocais na gravação de Born Again, naquele que seria o último suspiro criativo da banda.
Glenn Hughes, Ray Gillen, Tony Martin e Dio novamente foram os donos das vozes entre 1985 e meados de 2000. Uma fase que pode ser definida como uma tentativa de dar uma sobrevida ao Black Sabbath, sendo Tony Iommi o único integrante original a não abandonar o barco.
Apenas “Reunion”, de 1998, é uma exceção. E como o próprio nome diz, reuniria novamente a formação original para shows e o posterior lançamento de um álbum ao vivo.
A volta definitiva ao estúdio veio somente este ano, com o lançamento de 13, com os três integrantes originais e Brad Wilk, do Rage Against The Machine, assumindo as baquetas. Billy Ward não quis retornar à antiga banda por problemas processuais. Como define Ozzy, “desde que saí da banda, ninguém toca o Sabbath como o Sabbath. É uma química que funciona”.
E a alquimia está de volta. Quatro décadas e meia depois de sua estreia, Black Sabbath continua reinando soberana como referência para bandas e movimentos roqueiros e influência para novos apreciadores de metal.

Ficha Técnica
Título: Black Sabbath
Editora: Universo dos Livros
Número de Páginas: 184 pgs

De marcas e identidades políticas


 
Nei Alberto Pies
“A política é a arte do possível. Toda a vida é política”. (Cesare Pavese)
            Depois das eleições, é comum que diferentes pontos de vista sejam empenhados para justificar os resultados e o suposto recado da população através das urnas. Para além destes elementos, é importante destacar como os políticos, agora eleitos, foram conquistando para si a confiança dos outros e como foram capazes de mobilizar mentes e corações que os acompanharam durante o período eleitoral. Nas eleições municipais, a proximidade, o conhecimento e reconhecimento dos candidatos somam-se para a definição e tem certo peso na definição das escolhas.

Cada um de nós compõe a sua história social. Somos o que somos e o que representamos. Em torno da gente, construímos um ideário que se compõe a partir das nossas ideias e atitudes, das nossas relações pessoais e interpessoais e dos nossos posicionamentos em relação à vida, à sociedade e o mundo.[ leia mais ]

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Dia da Criança vem aí e os pequenos querem iPhones, iPads e muito mais: “Mãe, se meu amigo tem, por que você não quer comprar um pra mim?”







Porque, como mostram Cássia D´Aquino e Maria Tereza Maldonado em Educar para o consumo (Papirus 7 Mares), atender a todos os desejos do filho pode transformá-lo em um consumista eternamente insatisfeito
O 12 de outubro está chegando e inúmeras crianças já estão com uma lista de pedidos pronta para apresentar aos pais, da qual constam inclusive itens caros e de alta tecnologia, como iPhones, iPads, videogames de última geração e muito, muito mais. Cada vez mais cedo os filhos pedem para os pais comprarem coisas. Qualquer coisa. E boa parte dos pais atende a todos os desejos de crianças e adolescentes, tornando-os extremamente consumistas e podendo, dessa maneira, prejudicar o futuro deles. Essa realidade é demonstrada – e combatida – pelas autoras Cássia D´Aquino e Maria Tereza Maldonado em Educar para o consumo: Como lidar com os desejos de crianças e adolescentes, da Papirus 7 Mares.
“Os pais não estão discernindo entre os desejos e as necessidades de seus filhos e, com isso, estão gerando crianças e adolescentes extremamente consumistas. Isso leva a uma confusão entre ter e ser – a criança cresce achando que ter algo é mais importante do que ser, ela se define pelo que usa e perde a oportunidade de desenvolver a riqueza interna”, diz a psicoterapeuta Maria Tereza.
Além disso, acrescenta que o consumismo exacerbado leva a criança a não saber diferenciar o que deseja do que realmente precisa e a não conseguir estabelecer prioridades na vida. “E Isso cria uma sucessão de desejos que leva a um consumo desenfreado, mas não resulta em satisfação: nunca esse buraco é preenchido, pois a satisfação vem pelo desenvolvimento como pessoa e não pelo que se possui”, diz.
Cássia D´Aquino, especialista em educação financeira, destaca que o fenômeno consumista entre as crianças brasileiras começa cada vez mais cedo. “Até pouco tempo atrás, a idade média em que uma criança pedia para que o pai comprasse algo era dois anos e oito meses. Hoje já é dois anos e três meses e isso vai cair ainda mais, rapidamente. Os modelos de família que temos hoje priorizam o consumo. Nos finais de semana os pais levam as crianças ao shopping para comprar, em vez de passear, brincar, passar o tempo com os filhos”, pontua.
O livro, resultado de uma conversa promovida pela editora entre as autoras, traz inúmeros relatos sobre o problema. Há, inclusive, crianças que se definem como “vítimas das vitrinas” e pais que compram smartphones para meninos e meninas que nem chegaram a um metro e trinta. As autoras mostram a influência perniciosa da publicidade, mas ressaltam que, por mais que ela exista, o comportamento consumista deriva da família e de genitores que não sabem dizer “não” e constantemente cedem a uma das frases mais ouvidas em casa: “meu amigo tem, então eu também quero”.
Maria Tereza e Cássia mostram as razões dessa ampla concessão, entre elas o medo (ingênuo) dos pais de não serem amados e gerarem grandes frustrações nos filhos se não cederem à comodidade de evitar uma discussão durante o tempo cada vez mais escasso que passam com as crianças
“A ideia de trauma, por exemplo, de que não se pode frustrar a criança, é a contramão de tudo o que há na psicanálise, que fala exatamente de ordenar, de disciplinar o desejo. Quando uma mãe fala sobre esse medo, pergunto se ela se lembra de algo que pediu aos próprios pais e eles negaram. Ela diz que sim e eu pergunto: você superou? Continuou a amar seus pais mesmo assim? É claro que sim! Sempre haverá gente que tem o que a gente não tem. É do ser humano invejar, mas cabe aos pais perceberem o que o filho pede porque apenas mimetiza o ambiente e aquilo de ele que realmente precisa. Não vejo razão para crianças de cinco ou seis anos terem um smartphone e isso acontece muito”, diz Cássia.
Maria Tereza destaca que muitas vezes os pais acatam os desejos consumistas dos filhos simplesmente por comodidade. “Acham que é mais fácil dar logo o que é pedido do que colocar limites. Mas é um pensamento limitado. É mais prático a curto prazo dar o brinquedo do que dizer não para a criança que está abrindo um berreiro no meio da loja, mas esta é uma visão de curto alcance. A médio e a longo prazo se cria um ser que cresce achando que o mundo lhe deve, que, por ser filho, o mundo deve lhe dar o que deseja. Ele não consegue regular o desejo nem discernir o que realmente quer”, alerta.
Nas 112 páginas do livro, o leitor se depara com um material riquíssimo e um alerta contundente. Mas encontra também um alento: existe uma saída para o dilema das crianças consumistas e ela está na readequação de valores da família.
“A família tem de se dar conta que é possível e importante decidir que tipo de futuro quer para os filhos. É preciso ser responsável pelo futuro dessa criaturinha na medida das nossas possibilidades, pensar em como os filhos serão dali a 25 anos se forem criados daquela forma. O capitalismo é cruel em quase todo o mundo, a publicidade é avassaladora, mas por que há famílias que conseguem fazer de uma maneira e outras não? Porque não seguem o modelo consumista: nenhuma influência externa é páreo ao exemplo que os pais dão aos filhos”, conclui Cássia.
“Consuma sem consumir o mundo que você vive. É preciso ter consciência de que o consumismo exacerbado não é o melhor modelo para a vida. Só com essa consciência e determinação surgirão pequenas e grandes ações para mudar esse cenário”, finaliza Maria Tereza.





Ficha técnica:
Educar para o consumo: Como lidar com os desejos de crianças e adolescentes
Cássia D’Aquino e Maria Tereza Maldonado
112 pp.
R$ 36,90


Sobre as autoras:
Maria Tereza Maldonado – Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-Rio, foi professora da PUC-Rio e da Universidade Santa Úrsula. Atua em projetos sociais de algumas ONGs, e, como consultora e psicoterapeuta trabalha com pessoas de todas as idades. É autora de vários livros e artigos especialmente na área de educação, e faz palestras em todo o Brasil.
Cássia D'Aquino – Educadora com especialização em crianças, pós-graduada em Ciências Políticas, é autora de artigos e livros sobre educação financeira. Criadora e coordenadora do Programa de Educação Financeira em várias escolas do Brasil, é membro da International Association for Citizenship, Social and Economics Education (IACSEE). Atua como palestrante em congressos no Brasil e exterior. É a representante brasileira do Global Financial Education Program, iniciativa voltada para o desenvolvimento da educação financeira da população de baixa renda em todo o mundo. É ainda assessora de diversas instituições públicas e privadas para criação e desenvolvimento de programas de largo alcance. Entre outras, podem ser destacadas suas participações em projetos do Banco Central do Brasil, Banco Nacional de Angola, BM&F Bovespa, Febraban, Serasa Experian e United States Agency for International Development (Usaid).

Werner Herzog é destaque da nova programação de cinema da FCC


A programação das duas salas de cinema mantidas pela Fundação Cultural de Curitiba – a Cinemateca e o Guarani, no Portão Cultural – está passando por uma reformulação. A ideia é principalmente definir novos conceitos para ambas, para que passem a atrair públicos regulares e maiores.

Parte da programação de outubro ainda deve ser definida ao longo do mês. Por isso vale ficar atento ao site e às redes sociais da Fundação Cultural de Curitiba. Mas uma das principais ações já começou em setembro, com a criação da Sessão Clássicos do Acervo. O primeiro filme exibido foi Ran, de Akira Kurosawa, que encheu a sala da Cinemateca.

O clássico escolhido para outubro é Fitzcarraldo, filme de Werner Herzog que conta a história de Brian Sweeney Fitzgerald, excêntrico empreendedor irlandês que, no século XIX, no apogeu do ciclo da borracha, sonha em construir um teatro de ópera no meio da Amazônia Peruana. A exibição acontece no dia 5, às 19h.

Mas o mês começa com a continuação da Mostra de Cinema Atual Espanhol, entre os dias 1º e 4. Em seguida, entre os dias 7 e 16, será exibida mais uma mostra, a de Cinema Japonês: Retrospectiva Mikio Naruse, um dos mestres do cinema oriental.

Já no Cine Guarani haverá programação fixa entre os dias 1º e 24, sempre às 16h, de terça-feira a domingo. A sessão exibida é a Curtas para a Primeira Infância, com curtas-metragens para as crianças escolhidos entre os melhores produzidos no Brasil nos últimos anos.

Entre os dias 25 e 31, o filme das 18h será o sul-coreano A Visitante Francesa, de Hong Sang-soo, que participou da Seleção Oficial do Festival de Cannes 2012. Às 20h, é a vez da Mostra de Cinema Nikkei em Curitiba, composta por filmes de curta e longa metragem, e que visa exibir momentos da vida dos imigrantes japoneses, ainda pouco divulgados entre as comunidades nipo-brasileiras e de apreciadores da cultura daquele país.

Regularidade
“O importante é que nossos cinemas sejam locais que tenham fluxo de pessoas com regularidade. E que também sejam espaços de pensamento e discussão do cinema”, afirmou o presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marcos Cordiolli.




 
Para que isso aconteça, ele – que assumiu a coordenação da linguagem de Cinema e Audiovisual da FCC em junho – acredita que os locais precisam melhorar suas estratégias de divulgação. “Porém, antes disso, é necessário que tenham programações consistentes, regulares e temáticas”, completou.

Ideias não faltam. Entre os trabalhos que podem inspirar essas mudanças em Curitiba estão os que a Fundação Joaquim Nabuco vem promovendo no Recife, atraindo 60 mil pessoas por ano a sua sala de cinema. Projetos realizados em Fortaleza e Belo Horizonte também podem servir de modelo.

Cordiolli também lembra que, além de convênios com distribuidoras e outros municípios, é possível fortalecer parcerias internacionais, seja com consulados ou com outros órgãos estrangeiros que atuam em Curitiba. Outra possibilidade é replicar, nas salas curitibanas, a programação de mostras e festivais de outras cidades.

Serviço:
Sessão Clássicos do Acervo
FITZCARRALDO, DE WERNER HERZOG
Data: 5 de outubro
Horário: 19h
Local: Cinemateca de Curitiba
Ingresso: gratuito

Crônica da Urda - ARARANGUÁ

   ARARANGUÁ



                                               Foi o professor César Sprícigo quem fez o contato:
                                               - Podes?
                                               Agenda na mão, respondi:
                                               - Posso, mas só lá pelo final do ano.
                                               Fui na Primavera, em domingo de chuvinha leve, saindo do norte do Estado até lá quase no extremo-Sul, cinco horas ao volante numa estrada cercada de verdes. Araranguá era a ponta do meu caminho, e pareceu só um instante até chegar lá. Tinha combinado encontro no pátio da Igreja, e chamei o César num telefone público.
                                               - Estou aí num instante!
Aproveitei o instante para olhar a praça, e que praça, toda cheia de vida e de sonhos coloridos! Bem no meio, significando o coração da cidade, a Biblioteca Pública! Qual cidade, igual àquela, para ter uma Biblioteca Pública no lugar do coração? Deveria ser uma cidade muito especial mesmo, e bastava olhar em redor para ver, detrás de cada árvore da praça, um casal de namorados namorando! Bem difícil achar-se uma cidade assim, onde se podia namorar sem constrangimentos na praça principal, cercando o coração com as grandes emoções do amor!
Num instantinho o César e sua família chegaram, gente simpática, o César colega historiador, e historiador, quando se encontra, não acaba nunca de falar. Levaram-me para o hotel, para a gente se encontrar um pouco mais tarde, na casa dele. Vinham me buscar, mas soube que era ali pertinho.
- Vou à pé!
Grande idéia, aquela! Se não tivesse ido à pé, não teria visto o céu de Araranguá, e como era de perfeita madrepérola o céu de Araranguá! Fazia um pouco de frio, e eu podia sentir no cheiro do vento que ele vinha de um mar que devia ser próximo, enquanto observava as casinhas bem construídas, bem pintadas, e os terrenos baldios  com jeito de terem sido antigos sítios, com um pouco de grama, um pouco de árvores, tão lindo! Na casa do César, uma porção de professoras para conhecer, que a família, a mulher e os dois meninos lindos eu já conhecia. Faltava conhecer a dissertação de mestrado dele, que me matava de curiosidade – não é todo o dia que um historiador de Santa Catarina faz uma aprofundada pesquisa sobre a escravidão no nosso Estado!




Jantamos todos juntos em simpático restaurante, e era tempo de dormir, pois a manhã na escola começaria cedo. E já antes das sete e meia da manhã, de mãos dadas com o Padre Diretor do Colégio Murialdo, pedíamos as bênçãos para aquele dia que, sem dúvida, seria cansativo ... e maravilhoso! E foi, tão cansativo quanto maravilhoso! Turma por turma eu os conheci, a esses meninos e meninas de Araranguá, interessadíssimos em saber, em aprender, e tive contato com todas as séries, desde os grandões do terceirão, até os pequeninos da pré-escola. Ao meio dia, almocei na casa de uma professora, feijoada deliciosa, daquelas que dá um sono!           
Por que tinha ido lá? Porque o Colégio fazia 50 anos, e estava a comemorar. Bom colégio aquele, além das crianças e do Padre simpático, o que mais me encantou foi a maravilhosa casa na árvore que já vi na vida! Pena que não deu tempo de subir lá! Bem que queria ter ido, com a gurizada da pré-escola, mas o dia se esvaiu como um sopro. Num instante, o crepúsculo se aproximava e era hora de ir.
Lucrei um monte: trouxe no coração cada criança daquele colégio, a casa na árvore, o Padre Diretor, os professores simpáticos, o céu de madrepérola e o vento com cheiro de mar, e ainda por cima, uma cópia da dissertação de mestrado do César Sprícigo e muitas notícias históricas sobre escravidão! Isto sem contar a praça com biblioteca no coração e os corações pulsantes ao redor da biblioteca! Qualquer dia volto lá!

                       Urda Alice Klueger
                       Escritora, historiadora e doutoranda em Geografia pela UFPR
                       Blumenau, 27de Dezembro de 2005.