segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Black Sabbath


Editora Universo dos Livros revê a história da maior banda de heavy metal de todos os tempos
Há 45 anos, quatro rapazes da periferia de Birmingham, na Inglaterra, chutavam o lema “paz e amor” dos hippies para trazer ao mundo uma sonoridade mais pesada e sombria do rock. O estilo, personificado nos passos a la duckwalk de Chuck Berry, no balanço da pélvis de Elvis e no rebento dos Beatles e Rolling Stones, daria luz a um novo subgênero musical. 
Nascia o Black Sabbath (nome Inspirado no filme de terror do diretor Mario Bava). A Editora Universo dos Livros conta a história do grupo numa biografia completa para comemorar os 45 anos de história da banda e a vinda do quarteto ao Brasil.

Com depoimentos dos integrantes e enxertos de críticas, o livro revisita todos os álbuns. As polêmicas, o consumo excessivo de drogas, problemas pessoais e as crises criativas que ocorreram na banda são outros assuntos abordados.

O primeiro álbum, homônimo, com as letras obscuras de Geezer Butler, os acordes distorcidos de Tony Iommi, a cozinha pesada de Bill Ward, casadas com a voz de Ozzy Osbourne, vendeu um milhão de cópias, consolidando o heavy metal. Os quatro álbuns seguintes confirmariam o estilo, lançando os hits “Paranoid”, “Iron Man”, “War Pigs”, “Sweet Leaf”, “Snowblind” e “Sabbath Bloody Sabbath”.
“As pessoas dizem que a gente inventou [o heavy metal], mas... Bom, é impossível para uma banda pensar: ‘Ok, nós vamos começar esse tipo de música, e daqui a 45 anos seremos considerados reis desse negócio’. Isso foi o que a imprensa e as pessoas colocaram na gente. Não foi intencional de nossa parte”, afirma Ozzy à revista Rolling Stone brasileira, em junho de 2013.
As desavenças pessoais e o próprio desgaste criativo fizeram com que Ozzy deixasse o Sabbath em 1978. Com a entrada do carismático Ronnie James Dio, veio uma energia extra com os lançamentos de Heaven and Hell e Moby Rules. Em 1983, Ian Gillan assume os vocais na gravação de Born Again, naquele que seria o último suspiro criativo da banda.
Glenn Hughes, Ray Gillen, Tony Martin e Dio novamente foram os donos das vozes entre 1985 e meados de 2000. Uma fase que pode ser definida como uma tentativa de dar uma sobrevida ao Black Sabbath, sendo Tony Iommi o único integrante original a não abandonar o barco.
Apenas “Reunion”, de 1998, é uma exceção. E como o próprio nome diz, reuniria novamente a formação original para shows e o posterior lançamento de um álbum ao vivo.
A volta definitiva ao estúdio veio somente este ano, com o lançamento de 13, com os três integrantes originais e Brad Wilk, do Rage Against The Machine, assumindo as baquetas. Billy Ward não quis retornar à antiga banda por problemas processuais. Como define Ozzy, “desde que saí da banda, ninguém toca o Sabbath como o Sabbath. É uma química que funciona”.
E a alquimia está de volta. Quatro décadas e meia depois de sua estreia, Black Sabbath continua reinando soberana como referência para bandas e movimentos roqueiros e influência para novos apreciadores de metal.

Ficha Técnica
Título: Black Sabbath
Editora: Universo dos Livros
Número de Páginas: 184 pgs

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