A Estética de Lévi-Strauss
de José Guilherme Merquior
Tradução: Juvenal Hahne Jr.Formato: 13,5 x 23,3 cm
Número de Páginas: 168
Acabamento: Brochura
O LIVRO
Eduardo Cesar Maia fala sobre o autor - O intelectual verdadeiramente independente e autônomo – como bem alertou Alfonso Reyes – quase sempre angaria impopularidade, sobretudo entre seus coetâneos. De fato, a recusa, por parte de um pensador, a filiações dogmáticas, seja a uma escola, doutrina ou abordagem teórica, acaba, invariavelmente, fazendo com que ele receba ataques não somente por um, mas por todos os lados, já que não conta com “proteção” corporativa de qualquer grupo. A trajetória intelectual de José Guilherme Merquior – parece-me – pode ser encaixada nessa caracterização. Poucos pensadores brasileiros souberam compreender e cotejar, com tanta argúcia e independência de juízo, as principais correntes teóricas – e muitas houve – desenvolvidas no século XX no campo das ciências humanas, em geral, e no da teoria da literatura, em particular.
O AUTOR
José Guilherme Merquior (Rio de Janeiro, 22 de abril de 1941 — Rio de Janeiro, 7 de janeiro de 1991) foi um crítico literário, ensaista, diplomata, e sociólogo brasileiro. Professor universitário, foi um pensador que se definia politicamente como um liberal social. É um dos maiores pensadores do liberalismo no Brasil.
Escritor prolífico, foi membro da Academia Brasileira de Letras. Publicou pela Editora Oxford e era reconhecido nos altos círculos acadêmicos europeus, travando contato e amizade com diversos intelectuais de renome. Ernest Gellner foi orientador da tese de doutorado em sociologia pela London School of Economics (o terceiro doutoramento). Polímata humanista, escrevia com autoridade e enorme erudição sobre quase todos os temas das Ciências Humanas, tendo iniciado o ofício público de escritor como crítico literário. O alicerce da obra escrita é o que se chamaria de Culturologia, ou mais especificamente, História das Idéias, menos como tributária do monismo de Arthur O. Lovejoy, e mais da Geistesgeschichte alemã.
Como diplomata, serviu em Berlim, Londres, Paris e Montevidéu. Foi Embaixador no México e Representante Permanente do Brasil junto à UNESCO.
Ao lado de Roberto Campos trabalhou no governo Collor como um dos principais ideólogos. Colaborou na redação do discurso de posse do então Presidente e escreveu as linhas gerais do que seria a doutrina do "social liberalismo". Teria sido convidado pelo então Presidente para ocupar, em 1990, o cargo de Secretário da Cultura, convite este que não foi aceito.
Merquior morreu em 1991, vitimado por um câncer de intestino.
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