sexta-feira, 15 de agosto de 2008

O Vampiro de Curitiba

Para Dalton Trevisan


O sábio vampiro de Curitiba faz aniversário

Ou é o Dalton; ainda em vice versos & prosas?

Os tantos contos epigramáticos da boca maldita

Enletram o cinismo social com lacônica ironia

Porque a festa junina de Dalton é ele mesmo

Quando nasceu e além da fogueira das vaidades

Solta rojões com tópicos frasais e buscapés literais

Registrando algumas barbaridades de seu tempo

Ai de ti Curitiba, Paraná, pelo próprio Dalton

Pelo Leminski, pelo Wilson Bueno, pelos polacos

E nicolaus; mais a saudade do férreo Jamil Snege

E contações rueiras de um proseador com esmeril

Prosa cortada com lâmina enferrujada de sangue

No maçarico das palavras, hortências, que Trevisan

Vampiriza nas soldas e arames sem nódoas letrais

Retratos polaróides em preto e pranto de Curitiba

De tudo o que o aniversariante portentoso apura

Do qual todo pé-vermelho se orgulha, é super fã

É saber que na verdade o escritor Dalton Trevisan

Como um bom vampiro literário não faz anos, dura.




por

Silas Correa Leite

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