quarta-feira, 29 de junho de 2016

A avaliação do governo nas pesquisas de opinião pública



Em meio às manobras para a consolidação do golpe, no dia 27/6 a Ipsos divulgou nova pesquisa de avaliação do primeiro mês do governo interino de Michel Temer, com dados coletados entre os dias 2 e 13 de junho. De acordo com a pesquisa, 43% dos entrevistados consideram o governo de Temer ruim ou péssimo, 29% regular, somente 6% possuem avaliação positiva do novo governo e 22% não souberam avaliar.

Em comparação com a pesquisa do mês anterior, ainda sob gestão de Dilma, diminuiu a reprovação do governo (de 68% para 43%), o que não refletiu em aumento de aprovação, que também caiu de 9% para 6%, mas no aumento do "regular' (de 21% para 29%) e do "não sabe/não respondeu" (de 2% para 22%). 

O alto índice de não sabe indica que população está esperando para poder avaliar, ou dando uma chance para esse governo “acertar”, uma vez que o governo interino nada mais é do que o resultado da insatisfação da população com Dilma e, não tendo sido eleito, também não tem nenhum compromisso com a população. O discurso de golpe também, de alguma forma, reverbera e faz com que a população esteja mais cautelosa ao avaliar o governo nesse momento. 

A sequência de ações, muitas delas de claro teor entreguista, acelerando a privatização e internacionalização de nossa economia, mostram que a classe dominante não aceitou a redução das desigualdades que se anunciava e que esse governo veio para alinhar-se subalternamente à política internacional e conduzir o partido dos trabalhadores à ilegalidade.

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