terça-feira, 3 de junho de 2014

06/06 ZÉCARLOS MACHADO ATOR DE SEÇÃO DE TERAPIA GNT RETRATOS FALANTES NO TUCARENA

Estreia Nacional da Peça

RETRATOS FALANTES
Dia 6 de junho, no Tucarena

Peça reúne 2 monólogos escritos em 1987
pelo consagrado autor inglês Alan Bennett.
Com:  Brian Penido e Zécarlos Machado,
ator da consagrada série Sessão de Terapia, exibida no GNT.

“...confirma Brian Penido Ross e Zécarlos Machado
como intérpretes superiores.
São dois solos executados com a sutileza que iluminam
a arte e o ofício de representar. Histórias soturnas,
mas que não chegam a afugentar o público.
São acontecimentos cotidianos envoltos no mistério
entre Freud e Kafka. Sexo irrealizado e caso de polícia e psicanálise
são os pontos centrais dos enredos.”
Crítica  de Jefferson Del Rios - Especial para O Estado de S. Paulo
Íntegra da crítica no final do release





Brincando com Sanduíche

Zécarlos Machado ficou  conhecido do grande público
como Théo, o psicólogo do seriado
“Sessão de Terapia”, do canal GNT.

Neste monólogo, ele sai do papel de terapeuta
para encarar um personagem
que sofre de desordem de personalidade,
escondida  por sob a capa de um pacato homem de família,
que trabalha em um parque.

Por este trabalho ele foi indicado ao prêmio
A.P.C.A. (Assoc. Paulista de Críticos de Arte ) de 2013.
Zécarlos Machado ainda recebeu os prêmios:

melhor ator pelo filme AÇÃO ENTRE AMIGOS de Beto Brant no 26.th INTERNATINAL FESTIVAL DE CINEMA DE CHICAGO

melhor ator pelo filme  EU RECEBERIA AS PIORES NOTÍCIAS DE SEUS LINDOS LÀBIOS de Beto Brant no Festival INTERNATIONAL DE CINEMA DO AMAZONAS, no Festival de CINEMA DE ANÀPOLIS e o
PRÊMIO FIESP.SESI SÃO PAULO.

Em 2013 foi eleito uma das 100 PERSONALIDADES
mais influentes de 2013 pela REVISTA ÉPOCA.

Atuou na consagrada peça DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA.






Fritas no Açúcar
Com humor cáustico, Brian Penido interpreta um solteirão
que opta por agradar a mãe, e assim deixar de viver.
O monólogo transita entre a
fronteira da saúde mental e a dubiedade sexual.



“Retratos Falantes” é uma coletânea de monólogos escritos em 1987 pelo consagrado autor inglês Alan Bennett, para a BBC de Londres. Devido ao grande sucesso do programa, estes textos acabaram adaptados para o palco pelo próprio autor.

A peça reestréia no dia 6 de junho, no Tucarena, e cumpre temporada até o dia 6 de julho, com espetáculos as sextas e sábados, ás 22h, e domingos, às 19h.
“Os personagens de Bennett são pessoas comuns, quase invisíveis, que, muitas vezes, podem estar ao nosso lado. Não são aquelas que estamos habituados a ver nas revistas de fofocas e de celebridades, nem os marginais que povoam as folhas dos jornais. São retratos de figuras anônimas que podem estar no nosso convívio”, comenta Eduardo Tolentino de Araújo, diretor do espetáculo.

Serviço:
RETRATOS FALANTES, de Alan Bennett (1934)
Direção - Eduardo Tolentino de Araújo
Elenco – Brian Penido e Zécarlos Machado
Temporada: de 6 de junho a 6 de julho de 2014
Espetáculos: sextas e sábados, às 22h, e domingos às 19h
Ingressos: R$ 50,00 / R$ 25,00 meia
Classificação: 14 anos
Duração: 80 minutos
Capacidade: 300 lugares
Local: Tucarena
Rua Monte Alegre, 1024 - Entrada pela Rua Bartira
Ingressos: pela Internet: www.ingressorapido.com.br / tel: 4003.1212
Bilheteria do Teatro: Horário de atendimento:
Terça a domingo, das 14h às 20h
Formas de Pagamento: dinheiro ou Amex, Aura, Diners, Hipercard,
Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Eletron


Valet apenas sábados e domingos R$20,00/ Estacionamento conveniado Pier Park Estacionamentos - Rua Monte Alegre, 835 - R$14,00 (Valor válido somente mediante a apresentação
de ingressos das peças em cartaz no TUCA)



RETRATOS FALANTES
Espetáculo estreou no verão de 2013
Ficha Técnica:
Autor - Allan Bennett
Tradução - Clara Carvalho
Direção -  Eduardo Tolentino de Araújo
Elenco: Brian Penido - Fritas no Açúcar
Zecarlos Machado - Brincando de Sanduíche
Cenário e Figurinos - Lola Tolentino
Iluminação - Nelson Ferreira

Crítica  de Jefferson Del Rios - Especial para O Estado de S. Paulo
No início do filme M, O Vampiro de Dusseldorf, de Fritz Lang, uma figura masculina, assobiando, aproxima-se de uma garotinha. O local e a intensidade da fotografia prenunciam o que irá acontecer. Realizado em 1931, com Peter Lorre, o filme é um clássico conhecido. Meio século mais tarde, o inglês Alan Bennett retorna não exatamente ao tema, mas às circunstâncias de vida fora da sanidade ou alegria.

Divulgação
Zécarlos Machado em cena do espetáculo
Escreveu monólogos para a televisão e vários deles chegaram ao palco como Retratos Falantes, que o grupo Tapa transformou em exercício cênico que confirma Brian Penido Ross e Zécarlos Machado como intérpretes superiores.
São dois solos executados com a sutileza que iluminam a arte e o ofício de representar. Histórias soturnas, mas que não chegam a afugentar o público. São acontecimentos cotidianos envoltos no mistério entre Freud e Kafka. Sexo irrealizado e caso de polícia e psicanálise são os pontos centrais dos enredos. Outro é a velhice e seu cortejo de misérias. Flashes da contemporaneidade que está no vizinho ao lado ou batendo à porta de qualquer um.
No primeiro movimento deste dueto da solidão humana, um solteiro maduro cuida da mãe, em avançada senilidade, que se compraz em insinuar a homossexualidade dissimulada do filho. No segundo, o jardineiro de um parque revela submissão que parece ser penitência ou luta silenciosa contra algum obscuro mal secreto.
O texto, ou tradução, não explicita a geografia onde transcorrem essas vidas cinza e anônimas, mas paira no ar que estamos na Europa dos invernos, do individualismo frio, de terras onde as pessoas não se tocam. É no fundo de um lado do Reino Unido não tão grandioso (quem entrou em um pub na periferia de Londres sabe a distância entre as casinhas tediosamente iguais e úmidas dos subúrbios e as cerimônias de Buckingham). Mas a mesma vida pequena transcorre em minúsculos apartamentos paulistanos.
Alan Bennett nasceu em 1934, logo, teve sua adolescência no pós-guerra do racionamento do governo Clement Attlee e chegou ao estado neoliberal duro construído por Margaret Thatcher. Parecem histórias alheias, mas a economia é um processo global a criar por todo lado tipos opostos entre o dinheiro fácil e os dependentes de atendimentos públicos.
Além da questão financeira, há a psicologia, os estados de alma, as neuroses, o fracasso. É este recanto da existência que o escritor descreve. Não fica claro se é só humor negro ou audaciosa autoironia colocar uma senhora de 72 anos como anciã quase demente. Nem todos conseguem o atletismo de um Rolling Stone, mas o fato é que Mick Jagger tem 70 anos (Bennett, 79).
Esta dramaturgia de estrutura radiofônica ou closes de televisão requer pouco cenário e efeitos técnicos. Precisa de bons atores e eles estão presentes. O diretor Eduardo Tolentino acertou no uso de um espaço semivazio, onde uma iluminação mais elaborada daria mais força a esses retratos em preto e branco. Acerta plenamente no clima geral do espetáculo ao se manter em sintonia com o escritor e evitar o melodrama. Nesta linha, Brian e Zécarlos constroem tipos antológicos com subtextos nos olhares e gestos mínimos, sobretudo os de provável caráter sexual. O primeiro fala pelo seu personagem e imita os trejeitos dos que o cercam. O mesmo faz o segundo do servilismo assustado do seu papel de pobre solitário à imitação dos gestos de uma criança ou ao tom de voz nas sondagens matreiras do chefe.
Alan Bennett, neste contexto, faz sentido no repertório do Tapa, que usa textos americanos e ingleses sem esquecer outras culturas. O roteiro de trabalho da equipe prevê futuras leituras dramáticas da nova dramaturgia de Portugal e a possível encenação do polonês Witold Gombrowicz, autor da extraordinária peça Ivone, Princesa de Borgonha. Está aí a razão de Retratos Falantes, além de suas qualidades literárias, ser outro acerto na caminhada do grupo.
 

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