Criada para mitigar o impacto ambiental da Oficina de Música de Curitiba, “Oficina Verde” despertou a atenção de interessados em agricultura urbana
O Escritório Verde da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), no Rebouças, recebeu na tarde desta segunda-feira uma turma de vinte e cinco aficionados por música e meio ambiente – mais exatamente, pela agricultura urbana, tendência que ganha força em todo o mundo. No curso, que foi ministrado pelo pedagogo Eduardo Feniman – ele é agricultor urbano e pesquisador na Associação Casa da Videira -, foram trabalhados temas como a construção de minhocários, canteiros de capilaridade (mini-hortas com um sistema integrado de irrigação) e hortas verticais.
A iniciativa de mini-oficinas verdes dentro da programação da Oficina de Música de Curitiba tem por fim tanto mitigar o impacto ambiental do evento quanto fazer uma aproximação – na verdade, um resgate – mais do que interessante entre música e meio ambiente.
“Eu realmente esperava que só viessem músicos, mas também vieram muitos outros interessados”, festejou Eduardo. Fato é que as inscrições para o curso foram abertas no site da Oficina de Música e despertaram a atenção da comunidade. Para Eduardo, isso indica o enorme interesse que as pessoas têm em relação às possibilidades de cultivo em casa. “A agricultura urbana desperta grande interesse dos governos e das agências internacionais relacionadas às questões alimentar e ambiental. E, sem dúvida, também chama a atenção de muita gente, de jovens a pessoas mais velhas.”
E o que os participantes mais quiseram saber? Pela ordem, formas de lidar com insetos e pragas e métodos para a produção de adubo. “Essas são duas áreas muito sofisticadas, que despertam muita atenção. No curso, nosso enfoque é o do controle e do desenvolvimento a partir de técnicas naturais”, explicou Eduardo.
Música e meio ambiente – A professora Simone Savytzky, responsável pelo curso de violino – método Suzuki na Oficina, fez da Oficina Verde uma oportunidade de se aprofundar em um tema de que gosta muito. “Penso que há uma conexão entre a natureza, o meio ambiente, e a música, algo que é muito importante”, observou. Ela, que possui um grande terreno em Curitiba, pretende propor à Oficina de 2015 uma ação que aproxime ainda mais a música do meio ambiente.
A estudante americana Kristine Lee está fazendo um intercâmbio em Curitiba. Ela é voluntária da Casa da Videira e está muito animada com o trabalho desenvolvido na cidade. “Isso é muito legal! Nos Estados Unidos existem iniciativas semelhantes, mas que podem crescer muito mais”, explicou. “O trabalho, aqui, é um dos melhores que já encontrei!”
Rafael Reis Palacio é dono de um hostel em Curitiba, e participou porque acredita no valor da sustentabilidade. “Morei no Exterior e percebi a importância que as pessoas dão à agricultura urbana. Percebi, também, o quanto Curitiba é respeitada em relação ao tema”, observou. Segundo ele, a Oficina Verde foi de grande valia. “São conhecimentos muito úteis!”
Mais uma oportunidade – A Oficina Verde terá uma segunda edição no dia 24 de janeiro (sexta-feira), já dentro da fase de MPB da 32ª Oficina de Música de Curitiba. Para participar, os interessados devem se inscrever no site da Oficina, o http://www.oficinademusica.org.br/. O evento é gratuito, mas as vagas são limitadas a trinta participantes.
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Uma horta em meio à música
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