Pedro e o Capitão
de Mario
Benedetti
estreia no dia 31 de
outubro,
no Centro Cultural
Banco do Brasil
Montagem inédita do
consagrado escritor
latino–americano faz uma reflexão
crua e realista sobre a violência dos regimes opressivos. Com
Kiko Vianello e
Fernando Belo.
Pedro e o Capitão,
escrita em 1979,
oferece ao público brasileiro a oportunidade de apreciar uma obra inédita de
Mario Benedetti, consagrado escritor latino–americano. A
estreia está marcada para o dia 31 de outubro, às 20h, no teatro do Centro
Cultural Banco do Brasil. A direção é de Marcos Loureiro, com Kiko Vianello e
Fernando Belo no elenco.
Pedro e o
Capitão reproduz, em cada
um de seus 4 atos, as sessões de interrogatório de um preso político
(Pedro) por um oficial da inteligência militar (O Capitão). A violência é
retratada de forma indireta – em nenhum momento a tortura física é mostrada, mas
Pedro, de uma sessão para outra, aparece cada vez mais machucado.
Em que pese a
situação extremada na qual os personagens se encontram, a peça não é construída
como confronto entre um monstro e um santo, mas entre dois homens de carne e
osso, que compartilham zonas de vulnerabilidade e de resistência.
Nas palavras do
próprio Benedetti, Pedro e o Capitão é “uma indagação dramática sobre a
psique de um torturador”, onde se cruzam a coragem e a covardia, a capacidade de
sacrifício, a moral, o ânimo e a sensibilidade face ao sofrimento, na
complexa teia de razões que embasam o comportamento
humano.
O diálogo entre
Pedro e o Capitão postula, por meio de um vasto arco de emoções, o que resulta,
em nossa condição de mortais, das escolhas de cada um –pessoais e
intransferíveis.
“Resistir é
Preciso”
A temporada de
Pedro e o Capitão coincide com a exibição da exposição “Resistir é
Preciso”, idealizada pelo
Instituto Vladimir Herzog, que será aberta no dia 12 de outubro, e que traz à
tona a resistência dos meios de comunicação durante a ditadura.
Com este paralelo
entre Artes Visuais e Teatro, o CCBB contribui para fomentar o debate sobre a
memória da ditadura.
Sobre o autor:
Mario Benedetti
(1920-2009) é considerado um dos
principais autores uruguaios. Benedetti escreveu mais de 80 livros de poesia,
romances, contos e ensaios, assim como roteiros para cinema.O romance
“A
Trégua” lhe deu projeção
internacional e foi traduzida em mais de 19 países.
O escritor soube
mostrar, em sua única peça que tem autorização para ser montada, que para
chegarmos num futuro mais feliz é preciso não termos medo de encarar o
passado. Ao contrário, podemos extrair da dor do passado a força necessária para
a construção do futuro.
“Não pratico uma
literatura – e menos ainda um teatro- derrotista e choramingas, destinado a
inspirar pena e comiseração. Precisamos recuperar a objetividade, como um dos
meios de recuperar a verdade, e temos que recuperar a verdade como uma das
formas de merecer a vitória”.
PEDRO E O
CAPITÃO
FICHA
TÉCNICA
Texto
Mario Benedetti
Direção
Marcos Loureiro
Tradução
Marcos Rivera
Elenco
Fernando Belo
Kiko
Vianello
Figurino
Cassio Brasil
Cenário
Omar Salomão
Iluminação
Fran Barros
Trilha
Sonora
Dr. Morris
Programação Visual
Marcelo Cordeiro
Fotos
Alexandre Catan
Assessoria de
Imprensa
Flavia Fusco
Assistente de
Direção
Regis Trovão
Produção
Executiva
Daniel Palmeira
Coordenação
Financeira
Cleo Chaves
Direção de
Produção
Carlos Mamberti
Idealização
Fernanda Couto
Produtora Associada
VGI
Realização
CD4 Produções e Ananda Produções
Serviço
Estreia:
Dia 31 de outubro – quinta-feira – às 20h
CCBB
Rua
Álvares Penteado, 112 – Centro – SP
Próximo
às estações Sé e São Bento do Metrô
Informações
(11) 3113-3651 / 3113-3652
Temporada:
31 de outubro a 13 de dezembro de 2013 de quarta a sexta-feira às
20h.
SAC
0800 729 0722 / ouvidoria BB 0800 7295678
Deficiente
Auditivo ou de Fala 0800 729 0088
Classificação
etária: 16 anos. Duração: 75 min. Gênero: Drama
Valor
Ingresso – R$ 10,00 – inteira – R$ 5,00 – meia.
Estacionamento
conveniado
Rua da
Consolação, 228 – Ed. Zarvos (R$ 15,00), com transporte gratuito até as
proximidades do CCBB
MARCOS
LOUREIRO –
Diretor
Formado em artes
cênicas pela Escola de Teatro Macunaíma, fez vários cursos de aprimoramento
tanto na área teatral quanto na área cinematográfica. Desde 2000 vem atuando
como diretor e em 2002 criou o GRUPO KURINGA que se dedica a pesquisa cênica
sobre dramaturgia brasileira contemporânea. Dentre seus trabalhos como diretor,
destacam-se: Hotel Lancaster (2002) de Mário Bortolotto; O
Colecionador (2004) de John Fowles; A Louca de Chaillot (2006) de
Jean Giraduax com Cleide Yáconis; Assassinos e Suínos da Praça
Roosevelt (2007) de Jarbas Capusso Filho; Delicadeza (2007) de João
Fábio Cabral; Chorinho (2007 à 2012) de Fauzi Arap, com Caio Blat e
Claudia Mello e posteriormente com Denise Fraga. No Festival de Teatro de 1
Minuto dos Parlapatões (2008) assinou a direção de nove textos de diversos
autores, dentre os quais: Fernando Bonassi, Otávio Frias Filho, Rodolfo Garcia
Vasquez e Leilah Assumpção.
Na TV destaca-se o
trabalho desenvolvido no seriado Aline-TV Globo.
FERNANDO
BELO
Ator, diretor e
coreógrafo paulistano. Diretor artístico da companhia norte-americana The
Moving Art Collective, teve seus trabalhos apresentados nos EUA e em
diversos países da Europa. Como ator, atuou internacionalmente com
diretores como Travis Preston, Oleg Glushkov, Stefan Novinsky, John Gould
Roubin e Zé Renato. Seu último trabalho na TV foi como o prefeito Lua Vianna no
remake de Saramandaia da Rede Globo. É mestre em interpretação pela
Califórnia Institute of the Arts (EUA).
KIKO
VIANELLO
Ator formado em 1994
pela EAD (Escola de Arte Dramática da USP), trabalhou com Gianni Ratto, Antunes
Filho, Miroel Silveira, Naum Alves de Souza, Luiz Damasceno , dentre outros
diretores. Na televisão atuou em Malhação, além de ter feito
participações no seriado Força Tarefa e na novela Insensato
Coração. Recentemente integrou o elenco do seriado PSI há ser exibido
em 2014 pela HBO. No cinema trabalhou no filme Os Boleiros, A
Performance e Deus Jr. Dentre seus últimos trabalhos no teatro
destacam-se: A Festa de Abgaiu e Os Penetras, de Mike Leigh com
direção de Mauro Baptista Vedia; Pessoas Absurdas, de Alan Ayckbourn com
direção de Otávio Martins; Brincando Com A Morte, texto de Joe Orton e
direção de Alex Tenório.
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