quarta-feira, 15 de maio de 2013
Fundação Cultural quer reativar Cine Luz
Depois de ter as portas fechadas há mais de três anos, sua sede colocada a leilão no ano
passado e uma mudança quase acertada para outro lugar, o Cine Luz deve, agora, ser
reativado no mesmo prédio onde sempre funcionou. É o que pretende a Fundação Cultural de
Curitiba (FCC), que está em vias de retomar a administração do local. O anúncio foi confirmado
esta semana pelo presidente da FCC, Marcos Cordiolli.
Desde que exibiu sua última sessão, em novembro de 2009, o Cine Luz passou os últimos três
anos e meio com o seu destino um tanto incerto. Com a sede fechada após recomendação do
Corpo de Bombeiros, a única esperança restante era que uma das três salas do complexo do
Cine Passeio – um projeto ainda em andamento – fosse batizada como Sala Luz.
Nesse meio tempo, a sede, de propriedade da Prefeitura, chegou até a ser colocada em leilão.
Mas não houve interessados e o local continuou ocioso. Até que a nova administração da
Fundação Cultural mostrou interesse pela reativação do espaço, hoje sob responsabilidade da
Secretaria Municipal de Administração (Smad).
De acordo com o assessor de Relações Institucionais da Presidência da FCC, Elton Barz, a
decisão veio depois que uma nova vistoria do Corpo de Bombeiros mostrou que era possível
readequar as instalações às normas atuais de acessibilidade e segurança. A falta de saídas de
emergência adequadas e de acesso a portadores de necessidades especiais foram justamente
os motivos que levaram ao fechamento do cinema.
Já que o projeto do Cine Passeio não será alterado, a reabertura do Cine Luz no mesmo local
onde funcionava garantirá uma nova sala pública de cinema na região central de Curitiba.
Somada a Cinemateca, serão cinco salas relativamente próximas. Segundo Barz, essa
variedade de salas permitirá que o Luz tenha um enfoque mais específico, ainda a ser definido
Mas até a abertura, ainda há muito a ser feito. Por enquanto, a FCC está aguardando que os
bombeiros ratifiquem o seu laudo (o que deve acontecer ainda este mês) para poder iniciar um
pré-projeto para a remodelação.
Em seguida, a Fundação reassumirá a responsabilidade pelo imóvel e passará a captar
recursos para a reforma. “Pretendemos viabilizar não só com orçamento próprio, mas também
buscando recursos federais”, explica Barz.
A sala terá que ser inteiramente remodelada, pois pouco do que tinha de mobiliário poderá
ser reaproveitado. Nem mesmo a tela continua lá, pois foi levada para o Cine Guarani. Com
as readequações, a sala também deve perder entre 10% e 20% da sua capacidade, que
anteriormente era de aproximadamente 150 pessoas.
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