sexta-feira, 14 de setembro de 2012

[18.set] Neurocientista inglesa, Susan Greenfield, explica como a tecnologia está transformando nosso cérebro

Como a tecnologia está transformando nosso cérebro?

Susan Greenfield, uma das mais célebres neurocientistas do Reino Unido, esclarece no próximo Fronteiras do Pensamento, dia 18 de setembro, às 20h30, na Sala São Paulo



A internet está mudando a forma de pensar da humanidade. Temos acesso imediato a fatos, mas sem necessariamente dispor de uma estrutura conceitual que os ligue. "Os fatos não se tornam conhecimento", afirma Greenfield, pesquisadora da Universidade de Oxford e membro da Câmara dos Lordes, a câmara alta do parlamento inglês.



Segundo Greenfield, navegar em excesso por redes sociais pode fazer o cérebro regredir, pois a exposição repetida a flashes de imagens na web, em programas de TV e em jogos de videogame pode infantilizar o cérebro, tornando-o similar ao de uma criança pequena, que se atrai por manifestações sonoras e luminosas. "A tecnologia está moldando uma geração de crianças incapazes de pensar por si próprias ou apáticas com os outros".



Embora não haja provas concretas de que as redes sociais infantilizam seus usuários, Susan Greenfield sustenta que a ciência já provou que o ambiente pode alterar a maneira como o cérebro funciona e que a tecnologia está influenciando a forma como as pessoas pensam no século 21. "O cérebro", diz ela, "tem plasticidade: é requintadamente maleável, e uma corrupção significativa em nosso meio ambiente e comportamento traz consequências".



Conhecida por popularizar através de documentários para a rede de televisão BBC, Susan Greenfield pesquisa a psicologia do cérebro com ênfase no estudo das causas do mal de Parkinson e do Alzheimer. A partir de seus estudos concluiu que a geração que passa a vida através da tela terá um cérebro adaptado a um mundo que passa pela tela - ou seja, um mundo em que a empatia, a narrativa e o significado são menos importantes do que os conteúdos sensórios de experiências atuais.



"O cérebro humano é muito sensível ao ambiente, mudando a todo o momento em reação a ele. As questões que deveríamos estar fazendo são: como a tecnologia está promovendo mudanças em nosso cérebro? Para que queremos a tecnologia e para que fim desejamos sua utilidade? Afinal, que tipo de sociedade queremos?"



Sobre a conferencistas_ Susan Greenfield é uma das mais célebres neurocientistas do Reino Unido. Foi diretora da Royal Institution, sendo a primeira mulher a ocupar o posto máximo da tradicional instituição britânica. Professora de fisiologia do Lincoln College e de farmacologia sináptica na Universidade de Oxford, há anos dedica-se à investigação dos efeitos do envelhecimento, do ambiente e das drogas psicotrópicas sobre o cérebro. Recebeu mais de trinta títulos de doutorado honoris causa, além de ter sido agraciada com o Michael Faraday Prize (1998), honraria concedida pela Sociedade Real. Foi patrona do Alzheimer Research Trust. Como consequência de seu trabalho no campo da bioquímica e da eletrofisiologia, desenvolveu uma abordagem multidisciplinar para a exploração de novos mecanismos neuronais do cérebro que são característicos das regiões afetadas pela doença de Parkinson e pelo mal de Alzheimer. Com suas pesquisas visa desenvolver estratégias para interromper o processo de morte neuronal nesses distúrbios. É autora das obras The human brain, Journey to the centers of the mind, Private life of the brain, Tomorrow's people: how 21st century technology is changing the way we think and feel e ID: The Quest for Identity in the 21st Century.



Serviço:

O QUÊ: Fronteiras do Pensamento São Paulo - Susan Greenfield

QUANDO: 18 de setembro, terça-feira

ONDE: Sala São Paulo (Praça Júlio Prestes, 16 - Luz)

HORÁRIO: 20h30

INFORMAÇÕES: 11 4007-1200 e www.fronteiras.com

Programação completa Fronteiras do Pensamento São Paulo:

18 setembro: Susan Greenfield

10 outubro: Michel Onfray

30 outubro: Mohamed ElBaradei

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