quarta-feira, 23 de junho de 2010

“Pulseira Ver a Árvore”

Museu da Casa Brasileira recebe em seu jardim

o experimento ambiental “Pulseira Ver a Árvore”



Abertura: 26 de junho, das 14h30 às 17h, ação do Serviço Educativo do MCB

Visitação: 26 de junho a 29 de agosto



O experimento ambiental “Pulseira Ver a Árvore”, criação de Renata Mellão, será instalado em uma das árvores do Museu da Casa Brasileira (MCB), instituição vinculada à Secretaria de Estado da Cultura. A árvore escolhida receberá duas pulseiras, uma para adultos e outra para crianças, executadas em látex com relevo inspirado no barroco. Cada uma tem quatro lentes de aumento em cristal para que o público observe o microcosmo que a superfície da árvore oferece. “Quando fazia fotos de uma árvore bem de perto, fiquei admirada ao ver o microcosmo que ali acontece”, conta Renata Mellão. “Ao olhar pela lente a pessoa se surpreende. Em vez de um foco, encontra uma paisagem”.



O Serviço Educativo do MCB fará no dia 26/6, das 14h30 às 17h, uma atividade especialmente criada para o experimento “Pulseira ver a árvore”, relacionando os ecossistemas naturais e o urbano. Voltada para adultos e crianças levará os visitantes a observar as árvores de maneira diferente e a pensar duas vezes antes de rabiscarem ou depredarem uma espécie. Esta ação enriquece ainda mais a visita a esse verdadeiro oásis que é o jardim do MCB, com seus 6.600 m2 e suas mais de 500 árvores em meio à densa urbanização da região da avenida Faria Lima. As oficinas são gratuitas e recomendadas para pais e filhos. Idade mínima 7 anos. Inscrições pelo tel. 3032-2499.



As pulseiras foram desenvolvidas de modo a serem fixadas com muito cuidado. Seus terminais de borracha agem sob pressão, poupando a árvore de qualquer possibilidade de dano. São grandes anéis coloridos. Através da superfície de aumento, o público acompanha de perto a atividade dos microorganismos nas árvores.



O experimento “Pulseira Ver a Árvore”, que já esteve no Parque do Ibirapuera, com o apoio da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, é uma intervenção interativa e uma experiência ecológica inigualável.



Ao participar do experimento ambiental de Renata Mellão, o público pode aproveitar para usufruir do jardim do MCB. Este acervo vivo compõe a exposição de longa duração “Jardim do Solar” com exemplares representando quatro grupos principais – espécies nativas, estrangeiras, frutíferas e palmeiras – que permitem resgatar algumas preferências e curiosidades do início do século 20. Há espécies de Mata Atlântica, como o tapiá e o araribá, até árvores estrangeiras, como o ligustro, originário do Japão, e a aglaia, comum na China e no Vietnã.



Renata Mellão fundou em 1997 A CASA Museu de Artes e Artefatos Brasileiros, da qual é presidente. Com mestrado em semiótica, começou suas experiências artísticas em 1983 com o projeto "Tulipas I”, plantação de flores de plástico na marginal do rio Pinheiros; e, “Tulipas II”, colocação de flores de plástico em dunas de Fortaleza por ocasião da 1ª mostra de Esculturas Efêmeras. Em 1985 com “Teias Coloridas”, fios de plástico montados entre ferragens de demolição, e “Cruzamentos”, cinco planos sucessivos em fios de plástico tencionados obliquamente, montados em pátio externo. No ano seguinte, criou o “Corredor Arco-Íris”, duas instalações cromáticas em muros formadores de corredor público; “ Em 1987 fez a experiência “Portão Constelação”, chapa de ferro com perfurações de diâmetros variados e iluminação seqüencial embutida. A seguir, “Instalação Vagalume”, revestimento com estilhaços de vidro de automóvel em talude sob viaduto.



Na década de 1990, Renata Mellão criou “Calçamento Brigadeiro”, piso composto por pequenas esferas enroladas à mão e justapostas, utilizando argamassa pigmentada em cinco cores; “Instalação Entretempo”, com seis varas de pesca que se movimentam como ponteiros de metrônomo, acionadas por motores de pára-brisa para a 2ª mostra de Esculturas Efêmeras em Fortaleza. Em 2003, a artista criou a escultura “Eólice”, composta por uma sequência de lâminas verticais de comprimento a decidir. Estas podem ser naturais como o bambu ou industrializadas como o acrílico ou outro material. Contendo dois eixos - sendo um no centro e outro deslocado do centro -, são estruturadas por um cabo de aço, estando portanto no ponto de equilíbrio. Elas interagem com a força eólica, se movimentando continuamente e percorrendo a distância desejada.



Serviço

Exposição: “Pulseira ver a Árvore”

Abertura: 26 de junho, ação do Serviço Educativo das 14h30 às 17h

Visitação: 26 de junho a 29 de agosto, de terça a domingo, das 10h às 18h

Inscrições para ação do Serviço Educativo: 3032-2499

Local: Museu da Casa Brasileira

Endereço: Av. Faria Lima, 2705 - Jardim Paulistano Tel. 3032-3727

Ingresso: R$ 4,00 - Estudantes: R$ 2,00 – Gratuito domingos e feriados

Acesso a portadores de deficiência física.

Visitas orientadas: 3032-2564 agendamento@mcb.org.br

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