de DOROTEA CUEVAS FRACALANZA
Prefácio: Ezequiel Theodoro da Silva
Páginas: 192
INDICADO PARA Terapeutas, cuidadores e familiares de portadores do Mal de Alzheimer
A Editora Gaia acaba de levar às livrarias a obra Face a face com o Mal de Alzheimer, de Dorotea Cuevas Fracalanza. Uma narrativa ao mesmo tempo emocionante e realista da autora que, de repente, se viu frente a frente com a doença que acometeu sua mãe.
Embora a própria autora afirme que o livro não é um manual didático ou guia sobre como lidar com pessoas que sofrem do Mal de Alzheimer, certamente traz um pouco daquilo que ela gostaria de ter lido para reconhecer em sua mãe os sintomas da doença e desse modo poder melhor atendê-la em suas necessidades.
O desamparo dos familiares cuidadores pode ser claramente percebido através das palavras que se seguem, expressas pela própria autora:
“Ao assumir a guarda de um familiar acometido pelo Mal de Alzheimer, ninguém sabe ao certo para onde se dirige esse barco à deriva. Os referenciais que possuímos não nos permitem explicar o porquê de tanto estranhamento e desencontros. A princípio, desavisados, custamos a perceber os equívocos que cometemos. Mas a revelação de uma doença mental progressiva e incurável traz o esclarecimento que nos falta e, no li
-mite, nos obriga a capitular diante de nossa própria fragilidade e impotência. É nesse limiar, é a partir desse ‘quase nada’, que nós, familiares cuidadores, entendemos ter de lutar também nossa própria batalha: a de recuperar parte de nossa sanidade, de nossa autoestima e até mesmo de uma esquecida e merecida alegria de viver.”
“O mérito maior do livro de Dorotea”, nas palavras do professor Ezequiel Theodoro da Silva, prefaciador da obra, “reside na sua narrativa de rememoração, trazendo aos olhos do leitor não apenas os sutis sintomas mascarados pela rotina, mas a sua contextualização na relação mãe‑filha e, mais abrangentemente, na relação paciente‑família.”
Infelizmente ainda não é conhecida a cura para o Mal de Alzheimer; por essa razão o tratamento destina-se a controlar os sintomas e proteger o doente das consequências que advêm de sua condição. Por isso é que Ezequiel Theodoro da Silva avalia a obra como “oportuna e bem-vinda, porque nos ilumina e nos alerta a respeito dos meandros e dos rastros produzidos pela patologia, principalmente nos aspectos relacionados aos comportamentos e às atitudes dos cuidadores em âmbito familiar, afirmando que dúvidas, apreensões, medos, inseguranças, desesperos etc. daqueles que convivem com casos de Alzheimer podem ser minimizados – e muito – pela leitura atenta e carinhosa desta obra.”
Um lançamento
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