quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Da miséria ideológica à crise do capital


Da miséria ideológica à crise do capital
uma reconciliação histórica
de Maria Orlanda Pinassi

Páginas: 144

Maria Orlanda Pinassi, coloca o dedo na ferida e não teme expor com sinceridade suas idéias que obviamente provocam o debate. O capital é mostrado através de ensaios vigorosos enfeixados para nos mostrarem de forma inequivoca e desmistificada a realidade e como ela mesmo diz - desmistificar ilusões do “eterno presente” . (E.C.)

Em Da miséria ideológica à crise do capital: uma reconciliação histórica, Maria Orlanda Pinassi apresenta uma coletânea de ensaios que compõem uma investigação ontológica sobre distintos aspectos da dinâmica histórica do sistema de reprodução do capital. A maior parte dos ensaios é fruto da tese de Livre-docência defendida pela autora em 2007, trazendo o resultado de uma investigação teórica apurada.

O legado de István Mészáros, Georg Lukács e Karl Marx serve de referencial teórico para a análise de um processo que começa com a consolidação da hegemonia burguesa e chega na atual crise estrutural do capital e seus efeitos destrutivos, abordando temas como a educação, a violência e a luta dos movimentos sociais. Partindo do papel da ideologia em seu compromisso com a reprodução social incessante da ordem vigente, a autora trata ainda do conceito de decadência ideológica, desenvolvido por Lukács, em um esforço de conferir atualidade a tal conceito enquanto forma central da crítica à racionalidade burguesa.

Segundo Plínio de Arruda Sampaio Jr., que assina a orelha do livro, “na contramão da apologética que domina a vida acadêmica, a reflexão de Maria Orlanda Pinassi se volta para a práxis revolucionária”. A obra costura um conjunto de ensaios, formando uma importante contribuição para aqueles que seguem enfrentando a dura realidade imposta pelo capital.

Trecho do livro
Como se pode observar, há aqui uma clara opção teórico-metodológica fundada na ontologia marxiana refletida no universo conceitual de Lukács e nas decisivas críticas que Mészáros desfere contra a lógica atual do sistema de reprodução sociometabólica do capital, pois essas são as armas da crítica pelas quais pretendi e pretendo continuar enfrentando os dramáticos fatos da nossa realidade mais recente. E os ensaios que se seguem constituem mediações que, a seu próprio modo, procuram desmistificar ilusões do “eterno presente” e, acima de tudo, contribuir para a reabertura da história com sentido concretamente humanizador.

CONTEÚDO

* Da miséria ideológica à crise estrutural do capital
* Metástase do irracionalismo
* A liberdade necessária e o tempo do verbo
* O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e a completude destrutiva do capital
* Uma ontologia dos movimentos sociais de massas e o protagonismo atual das mulheres
* “Estado de direito” e a criminalização da luta pela terra no Rio Grande do Sul
* O capital comete o crime. A ocasião faz o bandido
* Educação libertadora e transição para o socialismo
* Pressupostos ontológicos de uma síntese in statu nascendi
* A hora e a vez da práxis – breve ensaio sobre a recusa da ordem
* Um ponto de partida: o ecletismo como epopeia da decadência ideológica da burguesia

Sobre a autora

Maria Orlanda Pinassi é professora do Departamento de Sociologia da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp (campus de Araraquara, São Paulo) e é autora de Três devotos, uma fé, nenhum milagre (São Paulo, Editora Unesp, 1998).

Sobre a Coleção Mundo do Trabalho

Coordenada por Ricardo Antunes, publica estudos sobre o trabalho, a sua centralidade na sociedade capitalista, a análise do sindicalismo, questões de gênero e o impacto das transformações trazidas pela globalização.




Um lançamento da

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