domingo, 20 de setembro de 2009

Fome de Liberdade


Fome de Liberdade
A luta dos presos políticos pela Anistia

Gilney Viana
Perly Cipriano

Páginas: 362

Ex-presos políticos, Gilney Amorim Viana e Perly Cipriano relatam a luta travada contra a ditadura militar e a favor de uma anistia ampla e irrestrita, que contou com uma greve de fome de 32 dias num presídio e motivou iniciativas semelhantes de encarcerados em vários estados. Os autores narram os mais de 15 anos de resistência dos presos políticos, dos absurdos ocorridos nas prisões militares às greves de fome e à reação do governo dos protestos.

A ditadura militar, instaurada no país pelo golpe de 1964, fez o Brasil conhecer o que há de pior no poder autoritário, com arbitrariedades e violência. Prisões, extradições, torturas e afastamento de políticos da oposição eram comuns e alguns até previstos em leis. Quem se opusesse aos militares era considerado inimigo público, subversivo e perigoso.

Os presídios brasileiros logo ficaram lotados de resistentes contra o arbítrio e buscavam lutar pelos direitos elementares da democracia. Entre estes lutadores estavam Gilney Amorim Viana e Perly Cipriano, que decidiram contar sobre o cotidiano da greve de fome que durou 32 dias e mobilizou presos políticos em vários presídios país afora, sensibilizando a sociedade em favor da Lei de Anistia ampla, geral e irrestrita.

Assim surgiu o livro Fome de Liberdade: a luta dos presos políticos pela Anistia . Publicado originalmente há três décadas, o volume é agora relançado em edição histórica pela Editora da Fundação Perseu Abramo em coedição com a Universidade Federal do Espírito Santo, para comemorar os 30 anos da Lei de Anistia.

O objetivo dos autores é mostrar os meandros dessa luta, para que não caia no esquecimento das gerações que não viveram aquele período. A obra apresenta um verdadeiro e detalhado relato histórico de quem presenciou e resistiu à época de perseguições, censura e mortes de quem ousava contestar.

O livro cita ainda as manifestações organizadas pela sociedade em favor da Anistia e o apoio que os presos receberam de intelectuais, sindicalistas, políticos e artistas, como Lucélia Santos, Renata Sorrah, Ney Latorraca, Marília Pêra, Zezé Mota, Osmar Prado e Elke Maravilha.

Ao final da obra, são apresentados documentos como cartas, declarações e comunicados dos encarcerados, e notas de solidariedade recebidas e escritas por eles. O volume é finalizado com amplo registro fotográfico dos presos políticos, rememorando as visitas de apoio que receberam da sociedade na época.

UM LANÇAMENTO










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