PRIMAVERA DOS LIVROS
TAMBÉM É MOMENTO DE DEMOCRATIZAÇÃO
- AS DIFERENTES FORMAS DE LER O MUNDO -
LIVROS ONLINE – AUDIO LIVRO – BRAILE
Organizada pela LIBRE – Liga Brasileira de Editoras -, e com entrada gratuita, a Primavera dos Livros, que acontece de 10 a 13 de setembro no Centro Cultural São Paulo, apresentará ao leitor uma mostra de mais de sete mil títulos, oferecidos a preços acessíveis, com descontos de 10% a 40%.
Nesta edição, tendo como tema “as diferentes formas de ler o mundo’, a mostra conta com 56 expositores, representando a produção diversificada das pequenas e médias editoras brasileiras em toda a sua bibliodiversidade. A internet hoje se constitui numa boa ferramenta para os editores independentes divulgarem seu trabalho, pois a rede atinge locais onde é difícil chegar com os livros impressos. Por outro lado, outros públicos, outras mídias se apresentam para o editor como um desafio atual.
Dentro desse contexto, selecionamos algumas editoras que propõem ações que visam democratizar a leitura, seja através da internet, ou então da elaboração de projetos que atinjam públicos distintos, como os deficientes visuais e auditivos.
A Editora Fundação Perseu Abramo, por exemplo, compartilha com seus leitores cerca de 32% de seu acervo pela rede. A Biblioteca Digital, como é chamada, está no ar desde setembro de 2007. Na ocasião, foram disponibilizados 43 títulos de uma só vez. Os critérios utilizados na época para a seleção dos livros foram: a) títulos esgotados, com venda em escala que não compensava priorizar reimpressão; b) títulos com grande estoque e baixo resultado de venda; c) títulos relacionados ao debate político de esquerda, strictu sensu, de interesse localizado entre militantes sociais e partidários; d) títulos com contrato de Creative Commons, a pedido do autor.
”Tivemos que fazer aditivo de contrato com todos os autores -- os 43 livros têm a participação de mais de 100 autores, no total --, para que abrissem mão do pagamento de direitos autorais para o projeto” – ressalta Rogério Chaves, coordenador editorial da Fundação.
Os autores foram convencidos de que estavam apostando, junto com a Editora, nesse novo modo de divulgação do livro, que, possivelmente, resultaria no aumento do número de conhecedores da obra e na sua consequente procura para aquisição do livro impresso. ”É certo que deveríamos ter muito mais leitores, nossa média de livro lido por habitante é irrisória perante outros países, mas é preciso reconhecer que o mercado editorial, do jeito como foi estabelecido, não dá condições de tornar o livro um produto acessível, disponível em todos os lares” – conclui Rogério..
Depois de um ano e oito meses no ar, a Biblioteca Digital da Fundação Perseu Abramo recebeu cerca de 60 mil cadastros para downloads. Destes, 50 mil efetivamente baixaram pelo menos um livro da Perseu. Rogério Chaves revela que pelo programa que lhe dá estatísticas, livros foram baixados em vários países da América do Sul, Europa e em países africanos. Outro número considerável se concentra nas cidades que mal são atendidas por bibliotecas públicas e livrarias.
Sobre a pergunta “disponibilizar o livro online diminui sua venda impressa?”, Rogério tem um bom exemplo: o primeiro livro que disponibilizamos foi Brasil Privatizado, do jornalista Aloysio Biondi. É o nosso campeão de venda, superou a marca de 140 mil exemplares vendidos e está on-line antes mesmo de criarmos a Biblioteca Digital, atendendo um desejo do próprio autor que à época já antevia os benefícios que essa decisão poderia nos trazer.
A Editora Terceiro Nome não só colocou títulos a disposição dos internautas, como escolheu nomes importantes de seu catálogo como Dib Carneiro Neto (Adivinhe quem vem para rezar) e Marta Góes (Um porto para Elisabeth Bishop).
“Movimentar, divulgar e trazer público para nosso site, disponibilizando conteúdos interessantes, foi nossa estratégia, para democratizar e ao mesmo tempo tornar nossa proposta editorial mais visível. Deu certo no primeiro momento, saímos na imprensa, aumentamos a visitação e até vendemos mais desses títulos. O desafio agora é alimentar essa estratégia” - afirma Gustavo Leme, coordenador editorial da Terceiro Nome.
A editora ainda disponibiliza um banco de imagens de São Paulo antigo, de uso exclusivo para trabalhos escolares. As imagens são do livro São Paulo de Piratininga: de pouso de tropas a metrópole, que foi realizado em co-edição com o jornal O Estado de S. Paulo. O mesmo vale para a multimídia A Guerra, por Julio Mesquita sobre a 1° guerra mundial, com muito texto e fotos. Por último, Brasil em foco, esse editado junto com o Itamaraty.
A Editora Peirópolis teve a iniciativa recente de publicar na internet a íntegra de Futuros Imaginários-- das máquinas pensantes à aldeia global, de Richard Barbrook, lançado em abril de 2009, que faz parte de uma linha editorial voltada à cultura e mídia. O livro foi traduzido de forma compartilhada pelo grupo A Classe do Novo, formado por Adriana Veloso, Alexandre Freire, Elisa Tkatschuk, Giuliano Djahjah Bonorandi, Guilherme Soares, Letícia Canelas, Lúcio de Araújo, Paulo José Lara, Ricardo Ruiz, Rose Marie Santini, Sálvio Nienkötter, Simone Bittencourt, Tatiana Wells, Thiago Novaes e Wanderllyne Selva, profissionais da Oscip Descentro, entidade para a qual Barbrook cedeu os direitos autorais, e que os administra seguindo os princípios do software livre. A Peirópolis acolheu a proposta, por acreditar que iria estimular um debate importante sobre cultura e distribuição de informação em novos meios, explica Luciana Tonelli, editora do departamento editorial da Peirópolis. O autor aborda as influências políticas no controle da internet e convoca os usuários a ocuparem a rede de forma transformadora. Segundo Luciana, ainda é cedo para medir o impacto da medida. "Já sabíamos que esse livro não teria uma venda rápida, mas a aposta da editora e do Descentro é que a divulgação online seja positiva, que se converta em mais gente interessada em ter o livro e em mais leitores", diz.
Já a Editora Livro Falante, como o próprio nome diz, é uma editora especializada em audio-livros em português, com títulos que percorrem a literatura brasileira e internacional, com contos, poesias, romances. Entre os destaques da editora, segundo Sandra Silvério, coordenadora editorial, estão, o Contos de Agora, que inclui obras de 21 autores contemporâneos, na voz da atriz Leona Cavalli.
O clássico Dom Casmurro também está no catálogo da editora, na voz do ator Rafael Cortez. E ainda nos clássicos, só que agora na música clássica, a Livro Falante possui título sobre a história da música clássica. “Os sites de download começam a pipocar aqui e ali, mas há ainda um universo imensurável de material a ser gravado. E é justamente isso que o selo Livro Falante pretende fazer: colocar em áudio o que há de melhor no mundo das letras. Sempre com a melhor qualidade de som e com os melhores intérpretes”. finaliza Sandra Silvério, diretora editorial.
A Sá Editora reapresenta o livro Feche os olhos para ver melhor que editou há quatro anos nas versões em tinta e em Braile. Escrito por Sergio Sá, músico e compositor que nasceu cego, o trabalho foi colocado em livrarias de todo o país, tornando-se o primeiro livro de texto em Braile oferecido no mercado nacional. “Os livreiros surpreendiam-se com a edição, as páginas em branco, lotadas de sinais, totalmente desconhecida para a imensa maioria, mas também já pensavam em um novo público a ser conquistado. Foi também interessante para nós descobrirmos fórmulas de estocagem, embalagem e conservação de um outro tipo de publicação, um desafio”, conclui a editora da Sá, Eliana.
A Editora Mercuryo Jovem, especializada em títulos infanto-juvenis lança durante a Primavera dos Livros a coleção Traça traço. – quatro títulos que contemplam deficientes visuais da pré-escola e das cadeiras fundamentais. São eles O ponto, Vou pular!, Chuuuu!, Era uma vez uma página em branco, todos de autoria de Ana Carmen Nogueira Franco, educadora especializada em deficientes visuais. A autora também foi colaboradora do Projeto Acesso: Centro Brasileiro de Apoio Pedagógico Especializado ao Deficiente Visual.
Ione Nassar, coordenadora editorial da Mercuryo Jovem, abraçou o projeto por entender que não deveria adaptar para crianças deficientes visuais os livros criados e pensados para crianças videntes. “Sabíamos que existem diferenças na deficiência visual: há crianças que nasceram não videntes, há outras que ficaram deficientes nos primeiros anos de vida, conservando, de algum modo, um tipo de memória visual e há também as que têm baixa visão. Nosso desafio era editar livros para as crianças que nunca enxergaram. Como dar a elas a ideia exata de algo que nunca viram? Como a criança que nunca enxergou pode entender uma história, se a história depende da ilustração e se a ilustração traz objetos e animais desconhecidos para ela?”, explica Ione Nassar.
Antes de encontrar respostas para seus questionamentos, Ione Nassar encontrou a educadora Ana Carmen e desse momento, para criar a coleção e concluí-la, foi um passo certeiro e um desejo realizado.
Os textos são escritos em tinta. César Landucci, o designer do Aeroestúdio, com a imprescindível ajuda de Ana Carmen, voltou aos bancos escolares... estudou o alfabeto braille, alfabetizando-se novamente. O texto, “traduzido” para o alfabeto braille, ganhou forma no projeto gráfico, na diagramação das páginas. A gráfica Ananda, parceira do projeto, desenvolveu técnicas de gravação de matrizes, facilitando as próximas impressões, já que a intenção é continuar a produzir livros para o público não vidente.
Nesta edição, tendo como tema “as diferentes formas de ler o mundo’, a mostra conta com 56 expositores, representando a produção diversificada das pequenas e médias editoras brasileiras em toda a sua bibliodiversidade. A internet hoje se constitui numa boa ferramenta para os editores independentes divulgarem seu trabalho, pois a rede atinge locais onde é difícil chegar com os livros impressos. Por outro lado, outros públicos, outras mídias se apresentam para o editor como um desafio atual.
Dentro desse contexto, selecionamos algumas editoras que propõem ações que visam democratizar a leitura, seja através da internet, ou então da elaboração de projetos que atinjam públicos distintos, como os deficientes visuais e auditivos.
A Editora Fundação Perseu Abramo, por exemplo, compartilha com seus leitores cerca de 32% de seu acervo pela rede. A Biblioteca Digital, como é chamada, está no ar desde setembro de 2007. Na ocasião, foram disponibilizados 43 títulos de uma só vez. Os critérios utilizados na época para a seleção dos livros foram: a) títulos esgotados, com venda em escala que não compensava priorizar reimpressão; b) títulos com grande estoque e baixo resultado de venda; c) títulos relacionados ao debate político de esquerda, strictu sensu, de interesse localizado entre militantes sociais e partidários; d) títulos com contrato de Creative Commons, a pedido do autor.
”Tivemos que fazer aditivo de contrato com todos os autores -- os 43 livros têm a participação de mais de 100 autores, no total --, para que abrissem mão do pagamento de direitos autorais para o projeto” – ressalta Rogério Chaves, coordenador editorial da Fundação.
Os autores foram convencidos de que estavam apostando, junto com a Editora, nesse novo modo de divulgação do livro, que, possivelmente, resultaria no aumento do número de conhecedores da obra e na sua consequente procura para aquisição do livro impresso. ”É certo que deveríamos ter muito mais leitores, nossa média de livro lido por habitante é irrisória perante outros países, mas é preciso reconhecer que o mercado editorial, do jeito como foi estabelecido, não dá condições de tornar o livro um produto acessível, disponível em todos os lares” – conclui Rogério..
Depois de um ano e oito meses no ar, a Biblioteca Digital da Fundação Perseu Abramo recebeu cerca de 60 mil cadastros para downloads. Destes, 50 mil efetivamente baixaram pelo menos um livro da Perseu. Rogério Chaves revela que pelo programa que lhe dá estatísticas, livros foram baixados em vários países da América do Sul, Europa e em países africanos. Outro número considerável se concentra nas cidades que mal são atendidas por bibliotecas públicas e livrarias.
Sobre a pergunta “disponibilizar o livro online diminui sua venda impressa?”, Rogério tem um bom exemplo: o primeiro livro que disponibilizamos foi Brasil Privatizado, do jornalista Aloysio Biondi. É o nosso campeão de venda, superou a marca de 140 mil exemplares vendidos e está on-line antes mesmo de criarmos a Biblioteca Digital, atendendo um desejo do próprio autor que à época já antevia os benefícios que essa decisão poderia nos trazer.
A Editora Terceiro Nome não só colocou títulos a disposição dos internautas, como escolheu nomes importantes de seu catálogo como Dib Carneiro Neto (Adivinhe quem vem para rezar) e Marta Góes (Um porto para Elisabeth Bishop).
“Movimentar, divulgar e trazer público para nosso site, disponibilizando conteúdos interessantes, foi nossa estratégia, para democratizar e ao mesmo tempo tornar nossa proposta editorial mais visível. Deu certo no primeiro momento, saímos na imprensa, aumentamos a visitação e até vendemos mais desses títulos. O desafio agora é alimentar essa estratégia” - afirma Gustavo Leme, coordenador editorial da Terceiro Nome.
A editora ainda disponibiliza um banco de imagens de São Paulo antigo, de uso exclusivo para trabalhos escolares. As imagens são do livro São Paulo de Piratininga: de pouso de tropas a metrópole, que foi realizado em co-edição com o jornal O Estado de S. Paulo. O mesmo vale para a multimídia A Guerra, por Julio Mesquita sobre a 1° guerra mundial, com muito texto e fotos. Por último, Brasil em foco, esse editado junto com o Itamaraty.
A Editora Peirópolis teve a iniciativa recente de publicar na internet a íntegra de Futuros Imaginários-- das máquinas pensantes à aldeia global, de Richard Barbrook, lançado em abril de 2009, que faz parte de uma linha editorial voltada à cultura e mídia. O livro foi traduzido de forma compartilhada pelo grupo A Classe do Novo, formado por Adriana Veloso, Alexandre Freire, Elisa Tkatschuk, Giuliano Djahjah Bonorandi, Guilherme Soares, Letícia Canelas, Lúcio de Araújo, Paulo José Lara, Ricardo Ruiz, Rose Marie Santini, Sálvio Nienkötter, Simone Bittencourt, Tatiana Wells, Thiago Novaes e Wanderllyne Selva, profissionais da Oscip Descentro, entidade para a qual Barbrook cedeu os direitos autorais, e que os administra seguindo os princípios do software livre. A Peirópolis acolheu a proposta, por acreditar que iria estimular um debate importante sobre cultura e distribuição de informação em novos meios, explica Luciana Tonelli, editora do departamento editorial da Peirópolis. O autor aborda as influências políticas no controle da internet e convoca os usuários a ocuparem a rede de forma transformadora. Segundo Luciana, ainda é cedo para medir o impacto da medida. "Já sabíamos que esse livro não teria uma venda rápida, mas a aposta da editora e do Descentro é que a divulgação online seja positiva, que se converta em mais gente interessada em ter o livro e em mais leitores", diz.
Já a Editora Livro Falante, como o próprio nome diz, é uma editora especializada em audio-livros em português, com títulos que percorrem a literatura brasileira e internacional, com contos, poesias, romances. Entre os destaques da editora, segundo Sandra Silvério, coordenadora editorial, estão, o Contos de Agora, que inclui obras de 21 autores contemporâneos, na voz da atriz Leona Cavalli.
O clássico Dom Casmurro também está no catálogo da editora, na voz do ator Rafael Cortez. E ainda nos clássicos, só que agora na música clássica, a Livro Falante possui título sobre a história da música clássica. “Os sites de download começam a pipocar aqui e ali, mas há ainda um universo imensurável de material a ser gravado. E é justamente isso que o selo Livro Falante pretende fazer: colocar em áudio o que há de melhor no mundo das letras. Sempre com a melhor qualidade de som e com os melhores intérpretes”. finaliza Sandra Silvério, diretora editorial.
A Sá Editora reapresenta o livro Feche os olhos para ver melhor que editou há quatro anos nas versões em tinta e em Braile. Escrito por Sergio Sá, músico e compositor que nasceu cego, o trabalho foi colocado em livrarias de todo o país, tornando-se o primeiro livro de texto em Braile oferecido no mercado nacional. “Os livreiros surpreendiam-se com a edição, as páginas em branco, lotadas de sinais, totalmente desconhecida para a imensa maioria, mas também já pensavam em um novo público a ser conquistado. Foi também interessante para nós descobrirmos fórmulas de estocagem, embalagem e conservação de um outro tipo de publicação, um desafio”, conclui a editora da Sá, Eliana.
A Editora Mercuryo Jovem, especializada em títulos infanto-juvenis lança durante a Primavera dos Livros a coleção Traça traço. – quatro títulos que contemplam deficientes visuais da pré-escola e das cadeiras fundamentais. São eles O ponto, Vou pular!, Chuuuu!, Era uma vez uma página em branco, todos de autoria de Ana Carmen Nogueira Franco, educadora especializada em deficientes visuais. A autora também foi colaboradora do Projeto Acesso: Centro Brasileiro de Apoio Pedagógico Especializado ao Deficiente Visual.
Ione Nassar, coordenadora editorial da Mercuryo Jovem, abraçou o projeto por entender que não deveria adaptar para crianças deficientes visuais os livros criados e pensados para crianças videntes. “Sabíamos que existem diferenças na deficiência visual: há crianças que nasceram não videntes, há outras que ficaram deficientes nos primeiros anos de vida, conservando, de algum modo, um tipo de memória visual e há também as que têm baixa visão. Nosso desafio era editar livros para as crianças que nunca enxergaram. Como dar a elas a ideia exata de algo que nunca viram? Como a criança que nunca enxergou pode entender uma história, se a história depende da ilustração e se a ilustração traz objetos e animais desconhecidos para ela?”, explica Ione Nassar.
Antes de encontrar respostas para seus questionamentos, Ione Nassar encontrou a educadora Ana Carmen e desse momento, para criar a coleção e concluí-la, foi um passo certeiro e um desejo realizado.
Os textos são escritos em tinta. César Landucci, o designer do Aeroestúdio, com a imprescindível ajuda de Ana Carmen, voltou aos bancos escolares... estudou o alfabeto braille, alfabetizando-se novamente. O texto, “traduzido” para o alfabeto braille, ganhou forma no projeto gráfico, na diagramação das páginas. A gráfica Ananda, parceira do projeto, desenvolveu técnicas de gravação de matrizes, facilitando as próximas impressões, já que a intenção é continuar a produzir livros para o público não vidente.
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