Com músicas de tradição popular e autores que retratam a riqueza dos povos da América Latina, a cantora Bia Cannabrava lança o CD “Viagem” em espetáculo com o Quinteto Mundano no domingo, 9 de agosto, às 11h, no Museu da Casa Brasileira (MCB), instituição vinculada à Secretaria de Estado da Cultura. Gravado entre 2008 e 2009, o CD tem direção musical e arranjos de Carlinhos Antunes, e percorre o continente latino-americano com um repertório que retrata a riqueza musical de seus povos. O Quinteto Mundano é formado por Carlinhos Antunes (cordas), Beto Angerosa (percussão), Rui Barossi (contrabaixo acústico), Gabriel Levy (acordeon), Thomas Rohrer (rabeca e sax).
Repertório: “Alfonsina y el mar” (Ariel Ramirez/Felix Luna, Argentina); “Pajarillo Verde” (tradicional, Venezuela); “Flor del Cardón” (tradicional, Bolívia); “Negrita Martina” (Daniel Viglietti, Uruguai); “Todos Vuelven” (César Miro, Peru); “Luchin” (Victor Jara, Chile); “Pregão da Saudade” (Bia Cannabrava, Brasil); “Gracias a la Vida” (Violeta Parra, Chile); “Lágrimas Negras” (Miguel Matamoros, Cuba).
O CD “Viagem” resgata os caminhos percorridos em quase 75 anos de vida, em especial os 12 de exílio político em que Bia Cannabrava teve a oportunidade de levar a música brasileira para “a Nossa América e trazer desses países irmãos canções que são também recordações”.
A apresentação faz parte do projeto Música no Museu, consolidado na agenda de São Paulo como uma alternativa de lazer que reúne música de qualidade em um cenário agradável: o terraço do Museu da Casa Brasileira, em frente ao seu jardim de 6.600 metros quadrados.
Bia Cannabrava é paulistana e nas décadas de 60 e 70 viveu na Bolívia, em Cuba, no Panamá e no Peru. Nesses países, divulgou a música brasileira e conheceu um rico repertório hispano-americano de autores como o uruguaio Daniel Viglietti, o chileno Victor Jara, o cubano Sílvio Rodrigues. Em 2006 gravou o seu primeiro CD com as “canções que fizeram a sua história”. Filha e neta de professoras de música estudou piano, violão, canto e flauta doce. Uma de suas primeiras composições, “Pregão da Saudade”, está no novo CD.
Em 1968 chegou na “Casa de las Américas”, em Cuba, com um repertório do que se fazia musicalmente no Brasil e começou seu mergulho na riqueza musical do continente. Conheceu autores e cantores como Daniel Viglietti e Alfredo Zitarrosa, poetas como Mario Benedetti, Roque Dalton, Nicolás Guillén, e participou do início do movimento da Nova Trova Cubana, que revelaria nomes como Silvio Rodrigues, Noel Nicola e Pablo Milanés. Sob o pseudônimo de Marina, que conservaria ainda por muitos anos, cantou a música brasileira de Chico, Gil, Caetano e incorporou a seu repertório ritmos de Cuba, da Argentina, do Uruguai. Mais tarde, Bolívia, Peru, Chile. De 1976 a 1979, viveu no Panamá. A seguir, conheceu a música revolucionária nicaragüense. Em 1980, retorna ao Brasil com a anistia. Em 2006, com o apoio do companheiro Paulo Cannabrava e a competência de Carlinhos Antunes e Sérgio Bartolo, tira da gaveta um velho projeto: “as canções que fizeram a minha história”, que resultou no seu primeiro CD.
Serviço
Música no Museu – “Bia Cannabrava lança CD Viagem com Quinteto Mundano”
Domingo, 9 de agosto, às 11h Entrada franca
Duração: 60 min
Capacidade: 230 lugares
Local: Museu da Casa Brasileira – Terraço - Av. Brig. Faria Lima, 2705
Tel. 3032-3727 Jardim Paulistano Site: www.mcb.org.br
Estacionamento: R$ 10,00
Visitação: de terça a domingo, das 10h às 18h
Ingresso: R$ 4,00 Estudantes R$ 2,00 Gratuito domingos e feriados
Acesso para pessoas com deficiência.
Visitas monitoradas: 3032-2564
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