HAMMERSTEIN OU A OBSTINAÇÃO
- Uma história alemã
de Hans Magnus Enzensberger
Páginas - 344
O LIVRO
Quando chegou ao poder supremo, nos primeiros meses de 1933, Hitler apresentava-se como a encarnação da vontade unânime dos alemães. Vencedor nas urnas, bem relacionado no mundo da indústria e das finanças, o líder nazista rapidamente tratou de caçar seus adversários de esquerda e de conquistar os círculos influentes que ainda resistiam ou hesitavam, em especial na cúpula das Forças Armadas.
Sabendo manipular como ninguém o oportunismo e a convicção alheia, o ditador não demorou a ter êxito também nessa campanha. Com seu ambicioso programa de rearmamento e seus planos de expansão territorial no Leste, Hitler logo pôde contar com a colaboração de inúmeros generais oriundos da velha nobreza militar prussiana na formação da colossal máquina de guerra que foi a Wehrmacht nazista.
Se tudo isso é bem sabido, menos conhecida é a história dos que lhe disseram não. Foi o caso do barão Kurt von Hammerstein-Equord. General de infantaria e comandante do Exército alemão de 1930 a 1934, ele resistiu a todas as abordagens de Hitler e se manteve fiel a si mesmo, a suas convicções, mas, sobretudo, a uma visão cosmopolita do futuro da Alemanha. Essa obstinação, que acabou lhe custando o posto, agora lhe vale a atenção de um dos maiores nomes das letras alemãs, o poeta e prosador Hans Magnus Enzensberger.
Neste relato de gênero indefinível, Enzensberger dedica-se com cuidados de historiador e liberdades de poeta a traçar um perfil de Hammerstein e de sua família sui generis, bem como de grandes nomes da política alemã. Pois esse general prussiano tampouco lembra o pai de família convencional: suas filhas e seus filhos vivem intensamente os últimos anos da República de Weimar, interessam-se por todo tipo de orientação heterodoxa e, quando a situação se radicaliza, engajam-se a fundo no movimento comunista, na Resistência alemã ou mesmo na espionagem soviética. Tudo sob o olhar discreto mas atento de um pai singular, para quem "o medo não é uma visão de mundo".
O AUTOR
Sabendo manipular como ninguém o oportunismo e a convicção alheia, o ditador não demorou a ter êxito também nessa campanha. Com seu ambicioso programa de rearmamento e seus planos de expansão territorial no Leste, Hitler logo pôde contar com a colaboração de inúmeros generais oriundos da velha nobreza militar prussiana na formação da colossal máquina de guerra que foi a Wehrmacht nazista.
Se tudo isso é bem sabido, menos conhecida é a história dos que lhe disseram não. Foi o caso do barão Kurt von Hammerstein-Equord. General de infantaria e comandante do Exército alemão de 1930 a 1934, ele resistiu a todas as abordagens de Hitler e se manteve fiel a si mesmo, a suas convicções, mas, sobretudo, a uma visão cosmopolita do futuro da Alemanha. Essa obstinação, que acabou lhe custando o posto, agora lhe vale a atenção de um dos maiores nomes das letras alemãs, o poeta e prosador Hans Magnus Enzensberger.
Neste relato de gênero indefinível, Enzensberger dedica-se com cuidados de historiador e liberdades de poeta a traçar um perfil de Hammerstein e de sua família sui generis, bem como de grandes nomes da política alemã. Pois esse general prussiano tampouco lembra o pai de família convencional: suas filhas e seus filhos vivem intensamente os últimos anos da República de Weimar, interessam-se por todo tipo de orientação heterodoxa e, quando a situação se radicaliza, engajam-se a fundo no movimento comunista, na Resistência alemã ou mesmo na espionagem soviética. Tudo sob o olhar discreto mas atento de um pai singular, para quem "o medo não é uma visão de mundo".
O AUTOR
Hans Magnus Enzensberger (11 de novembro, 1929 em Kaufbeuren) é poeta, ensaista, tradutor e editor alemão. É também escritor sob o pseudônimo de Andreas Thalmayr, Linda Quilt, Elisabeth Ambras e Serenus M. Brezengang.
Enzensberger estudou literatura e filosofia nas universidades de Erlangen, Freiburg, Hamburgo e também em Sorbonne, Paris, recebeu seu doutorado em 1955.
Trabalhou como redator na rádio de Stuttgart e exerceu a docência até 1957, com o volume de poesias Verteidigung der Wölfe (Defesa dos Lobos).
Entre 1965 e 1975 foi membro do Grupo 47. Em 1965 criou a revista "Kursbuch" e desde 1985 edita a série literária Die andere Bibliothek.
Publicou entre outras obras Zigue Zague, O naufrágio do Titanic, Outra Europa.
A OBRA
•Defendendo Wolves, poemas, 1957
•Allerleirauh , Gedichte, 1961 Allerleirauh, poemas, 1961
•Politik und Verbrechen , Essays, 1964 Política e Crime, Ensaios, 1964
•Deutschland, Deutschland unter anderm. Alemanha, Alemanha, entre outros. Äußerungen zur Poilitik , 1967 Enunciados para Poilitik, 1967
•Das Verhör von Habana , Prosa, 1970 O interrogatório de Habana, Prosa, 1970
•Der kurze Sommer der Anarchie. O curto verão da anarquia. Buenaventura Durrutis Leben und Tod , Prosa, 1972 Buenaventura Durrutis vida ea morte, Prosa, 1972
•Gespräche mit Marx und Engels , 1970 Conversações com Marx e Engels, 1970
•Palaver. Bajulação. Politische Überlegungen , Essays, 1974 Considerações políticas, Ensaios, 1974
•Mausoleum. Mausoléu. 37 Balladen aus der Geschichte des Fortschritts , Gedichte, 1975 37 baladas da história do progresso, poemas, 1975
•Der Untergang der Titanic , Versepos, 1978 O naufrágio do Titanic, versículo, 1978
•Polit. Polit. Brosamen , Essays, 1982 Migalhas, redações, 1982
•Ach, Europa! Ah, a Europa! Wahrnehmungen aus sieben Ländern , Prosa, 1987 Percepções de sete países, Prosa, 1987
•Zukunftsmusik , Gedichte, 1991 Futuro Música, Poesia, 1991
•Die Tochter der Luft , Drama, 1992 A filha do ar, ficção, 1992
•Die Große Wanderung , Essays, 1992 A Grande Migração, redações, 1992
•Zickzack , Aufsätze, 1997 Ziguezague, redações, 1997
•Der Zahlenteufel , 1997 The Number Devil, 1997
•Wo warst du, Robert? , Roman, 1998 Se fosse você, Robert?, Romance, 1998
•Zickzack , Aufsätze, 2000 Ziguezague, redações, 2000
Obras do autor publicadas
pela Companhia das Letras
CURTO VERÃO DA ANARQUIA, O
DIABO DOS NÚMEROS, O
HAMMERSTEIN OU A OBSTINAÇÃO
POR ONDE VOCÊ ANDOU, ROBERT?
UM LANÇAMENTO
Enzensberger estudou literatura e filosofia nas universidades de Erlangen, Freiburg, Hamburgo e também em Sorbonne, Paris, recebeu seu doutorado em 1955.
Trabalhou como redator na rádio de Stuttgart e exerceu a docência até 1957, com o volume de poesias Verteidigung der Wölfe (Defesa dos Lobos).
Entre 1965 e 1975 foi membro do Grupo 47. Em 1965 criou a revista "Kursbuch" e desde 1985 edita a série literária Die andere Bibliothek.
Publicou entre outras obras Zigue Zague, O naufrágio do Titanic, Outra Europa.
A OBRA
•Defendendo Wolves, poemas, 1957
•Allerleirauh , Gedichte, 1961 Allerleirauh, poemas, 1961
•Politik und Verbrechen , Essays, 1964 Política e Crime, Ensaios, 1964
•Deutschland, Deutschland unter anderm. Alemanha, Alemanha, entre outros. Äußerungen zur Poilitik , 1967 Enunciados para Poilitik, 1967
•Das Verhör von Habana , Prosa, 1970 O interrogatório de Habana, Prosa, 1970
•Der kurze Sommer der Anarchie. O curto verão da anarquia. Buenaventura Durrutis Leben und Tod , Prosa, 1972 Buenaventura Durrutis vida ea morte, Prosa, 1972
•Gespräche mit Marx und Engels , 1970 Conversações com Marx e Engels, 1970
•Palaver. Bajulação. Politische Überlegungen , Essays, 1974 Considerações políticas, Ensaios, 1974
•Mausoleum. Mausoléu. 37 Balladen aus der Geschichte des Fortschritts , Gedichte, 1975 37 baladas da história do progresso, poemas, 1975
•Der Untergang der Titanic , Versepos, 1978 O naufrágio do Titanic, versículo, 1978
•Polit. Polit. Brosamen , Essays, 1982 Migalhas, redações, 1982
•Ach, Europa! Ah, a Europa! Wahrnehmungen aus sieben Ländern , Prosa, 1987 Percepções de sete países, Prosa, 1987
•Zukunftsmusik , Gedichte, 1991 Futuro Música, Poesia, 1991
•Die Tochter der Luft , Drama, 1992 A filha do ar, ficção, 1992
•Die Große Wanderung , Essays, 1992 A Grande Migração, redações, 1992
•Zickzack , Aufsätze, 1997 Ziguezague, redações, 1997
•Der Zahlenteufel , 1997 The Number Devil, 1997
•Wo warst du, Robert? , Roman, 1998 Se fosse você, Robert?, Romance, 1998
•Zickzack , Aufsätze, 2000 Ziguezague, redações, 2000
Obras do autor publicadas
pela Companhia das Letras
CURTO VERÃO DA ANARQUIA, O
DIABO DOS NÚMEROS, O
HAMMERSTEIN OU A OBSTINAÇÃO
POR ONDE VOCÊ ANDOU, ROBERT?
UM LANÇAMENTO
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