quarta-feira, 17 de junho de 2009

Melhores Poemas Mario Quintana

Melhores Poemas Mario Quintana

de Autor Mario Quintana
Seleção e Prefácio - Fausto Cunha

Nº de Páginas: 128

O LIVRO

Mario Quintana entrou na literatura brasileira quase em surdina, sem estardalhaço, sem autopromoção, como um aprendiz de feiticeiro brindando o público com os seus baús de espanto.
O poeta nasceu em Alegrete, Rio Grande do Sul, em 1906, cursou o Colégio Militar de Porto Alegre, trabalhou na Livraria do Globo, fez jornalismo e inúmeras traduções, recebeu vários prêmios literários. Faleceu em 1994. O principal dado biográfico é que, ao longo da vida, nunca deixou de ser poeta.

Ao contrário da maioria dos escritores brasileiros, sempre apressados, Quintana estreou em livro após os 30 anos, com a coletânea de sonetos A Rua dos Cata-Ventos (1940), no qual ainda palpitavam notas neo-simbolistas. Levaria seis anos para publicar um novo livro, Canções, de extrema simplicidade e musicalidade, que se renovam nos surpreendentes poemas em prosa de Sapato Florido (1947).

Em Espelho Mágico (1948), com um espírito lúdico desconhecido nas letras brasileiras, o poeta se delicia (e delicia o leitor) com pequenos e mágicos epigramas. A adoção do verso livre, em O Aprendiz de Feiticeiro (1950) coincide com a abertura para o mundo onírico, com um toque de surrealismo.

Os livros seguintes - desde Pé de Pilão, escrito para o público infantil, aos Apontamentos de História Sobrenatural eBaú de Espantos -, mostram o poeta em permanente processo de renovação, ágil, personalíssimo, com "uma qualidade, marca, timbre, ressonância ou maneira que só posso definir como quintanidade", conforme observa Fausto Cunha no prefácio aos Melhores Poemas Mario Quintana.

Apesar do êxito popular, ou talvez por isso mesmo, a crítica custou a reconhecer a obra de Quintana. Acusavam-no de passadista, de preso a fórmulas superadas, sem perceber a magia de sua poesia e o seu humor refinado. Quando perceberam já era tarde. O poeta já estava mais do que consagrado pelo povo.

O AUTOR
Mário de Miranda Quintana (Alegrete, 30 de julho de 1906 — Porto Alegre, 5 de maio de 1994) foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro.

Era filho de Celso de Oliveira Quintana e de Virgínia de Miranda Quintana. Fez as primeiras letras em sua cidade natal, mudando-se em 1919 para Porto Alegre, onde estudou no Colégio Militar, publicando ali suas primeiras produções literárias. Trabalhou na Editora Globo, quando esta ainda era uma instituição eminentemente gaúcha, e depois na farmácia paterna.

Considerado o poeta das coisas simples e com um estilo marcado pela ironia, profundidade e perfeição técnica, trabalhou como jornalista quase que a sua vida toda. Traduziu mais de cento e trinta obras da literatura universal, entre elas Em busca do tempo perdido de Marcel Proust, Mrs. Dalloway de Virginia Woolf, e Palavras e sangue, de Giovanni Papini.

Em 1953 trabalhou no jornal Correio do Povo (Porto Alegre). Trabalhava como colunista da página de cultura, que saía no dia de sábado, e em 1977 saiu do jornal.

Em 1940 lançou o seu primeiro livro de poesias, A rua dos cataventos, iniciando a sua carreira de poeta, escritor e autor infantil. Em 1966 foi publicada a sua Antologia poética, com 60 poemas inéditos, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, e lançada para comemorar seus 60 anos, sendo por esta razão o poeta saudado na Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira, que recita o poema Quintanares, de sua autoria, em homenagem ao colega gaúcho. No mesmo ano ganhou o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira de Escritores de melhor livro do ano. Em 1980 recebeu o prêmio Machado de Assis, da ABL, pelo conjunto da obra.

Viveu grande parte da vida em hotéis, sendo o último deles o Hotel Majestic, no centro velho de Porto Alegre, que foi tombado e transformado em centro cultural e batizado como Casa de Cultura Mario Quintana, em sua homenagem, ainda em vida. Em seus últimos anos de vida, era comumente visto caminhando nas redondezas.

Segundo o próprio poeta, em entrevista a Edla van Steen em 1979, seu nome foi registrado sem acento. Assim ele o usou por toda a vida.








UM LANÇAMENTO




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