Com certeza o Natal instituído como tradição pagã no Brasil chega através das imposições religiosas dos missionários católicos que chegaram ao Brasil juntamente com os portugueses. A Companhia de Jesus em sua missão catequista utilizava-se de todos os ritualismos possíveis para trazer a mensagem cristã ao índio e aos degredados, muitos deles cristãos novos. Depois vieram as influências espanholas, francesas e holandesas e mais recentemente, antes das mídias globalizantes, as tradições folclóricas de todos os imigrantes, em destaque os italianos.
Os portugueses também apresentam diversas facetas folclóricas nas comemorações natalinas e por isso mesmo, vamos observar a cada passo uma grande variedade de tendências para os ritos e formas de festejar o evento natalino.
É interessante transcrevermos aqui um trecho de texto escrito pelo padre Francisco Manuel Alves Abade de Baçal. 1934 -"Em algumas terras bragantinas começam as festas de natal no dia 13 de Dezembro com bailados acompanhados de constantes libações nineácias. Na noite de consoada (24 de Dezembro) esfusia o entusiasmo por toda a parte. A lareira é bem fornida de lume de que se guarda o melhor tição para acender pelo ano adiante quando surjam trovoadas para evitar que danifiquem os frutos. Vai-se depois à "missa do galo" e beija-se o Deus-menino. Seguem-se os festejos de Santo Estevão a 26 de Dezembro; de S.João, a 27; de S.Silvestre, a 31; do ano-novo, a 1 de Janeiro; e dos Reis a 6. Estes usos derivaram-se da Saturnália, celebrada pelos romanos durante 8 dias, começados a 17 de Dezembro convivendo fraternalmente ricos e pobres e sendo estes servidos à mesa por aqueles num ambiente de igualdade entre os homens, em memória da idade áurea simbolizada por Saturno. A esta folgança agregaram-se as Juvenais, festas celebradas pela gente moça no dia 24 de Dezembro, com lautas patuscadas, além de que no dia 21 do mesmo mês se sacrificava a Vênus, cujos cultos sempre tiveram muito de brincalhões. Estes costumes atingiram o apogeu na Idade Média com a "festa dos loucos" que era celebrada por clérigos de ordens menores, diáconos e sacerdotes, durante 12 dias, ou seja: desde o dia de Natal ao dia de Reis. As grandes fogueiras e a lenha estão relacionadas com os ritos de fogo, celebrados em tempos anteriores ao cristianismo, no solstício do inverno, como culto propriciatório ao Sol."
Os portugueses também apresentam diversas facetas folclóricas nas comemorações natalinas e por isso mesmo, vamos observar a cada passo uma grande variedade de tendências para os ritos e formas de festejar o evento natalino.
É interessante transcrevermos aqui um trecho de texto escrito pelo padre Francisco Manuel Alves Abade de Baçal. 1934 -"Em algumas terras bragantinas começam as festas de natal no dia 13 de Dezembro com bailados acompanhados de constantes libações nineácias. Na noite de consoada (24 de Dezembro) esfusia o entusiasmo por toda a parte. A lareira é bem fornida de lume de que se guarda o melhor tição para acender pelo ano adiante quando surjam trovoadas para evitar que danifiquem os frutos. Vai-se depois à "missa do galo" e beija-se o Deus-menino. Seguem-se os festejos de Santo Estevão a 26 de Dezembro; de S.João, a 27; de S.Silvestre, a 31; do ano-novo, a 1 de Janeiro; e dos Reis a 6. Estes usos derivaram-se da Saturnália, celebrada pelos romanos durante 8 dias, começados a 17 de Dezembro convivendo fraternalmente ricos e pobres e sendo estes servidos à mesa por aqueles num ambiente de igualdade entre os homens, em memória da idade áurea simbolizada por Saturno. A esta folgança agregaram-se as Juvenais, festas celebradas pela gente moça no dia 24 de Dezembro, com lautas patuscadas, além de que no dia 21 do mesmo mês se sacrificava a Vênus, cujos cultos sempre tiveram muito de brincalhões. Estes costumes atingiram o apogeu na Idade Média com a "festa dos loucos" que era celebrada por clérigos de ordens menores, diáconos e sacerdotes, durante 12 dias, ou seja: desde o dia de Natal ao dia de Reis. As grandes fogueiras e a lenha estão relacionadas com os ritos de fogo, celebrados em tempos anteriores ao cristianismo, no solstício do inverno, como culto propriciatório ao Sol."
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