quinta-feira, 15 de novembro de 2007

UM TAL DE JOÃO FERNANDES VIEIRA



João Fernandes Vieira, personagem controversa por suas posturas políticas, , merece mais um verso de nossa canção - "Quem foi o herói que era fidalgo e nobre?/ foi o varão de uma rameira pobre". Escrevem os livros que "João Fernandes Vieira, herói brasileiro e um dos chefes da Insurreição Pernambucana, que nasceu em Funchal, ilha da Madeira no ano de 1613 e falecido em Recife no ano de 1681, era filho do fidalgo Francisco d'Ornelas Muniz e de uma mulher de condição humilde". Essa mulher não era outra que "Maria Bem Feitinha" sabidamente ex-cortesã na Madeira. Se por um lado era essa a sua origem, por outro era o "herói" e não apenas um comerciante português, que terminaria como líder da luta contra os holandeses (1645) em Pernambuco. Voluntário nos primeiros dias da invasão holandesa participou da defesa do forte de São Jorge, porém com o estabelecimento de um governo holandês na região (1635), entrou em "entendimentos" com os novos governantes e tornou-se um dos homens mais ricos e poderosos da capitania. Mais tarde juntando-se a insatisfação popular contra os invasores, comandou a primeira fase da insurreição pernambucana (1645-1648), revelando-se chefe militar dos mais valorosos, primeiro em Tabocas e depois, reunido a Vidal de Negreiros, na Casa Forte. Destacou-se nas duas batalhas de Guararapes (1648/1649) e terminada a guerra, foi nomeado governador da Paraíba (1655-1657), e capitão-general de Angola (1658-1661). Nomeado responsável pelas fortificações do Nordeste (1672), não mais saiu de Olinda.

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