Mais tarde temos as histórias de nossos monarcas. É sabido que Carlota Joaquina não era nenhuma flor de pessoa e a esta, poucas vezes os historiadores deram desconto. Personalidade forte, temperamento difícil, teve muitos inimigos e outros tantos bajuladores era considerada um estorvo na vida de D. João VI. Para Oliveira Lima sua alma "poderia chamar-se masculina, não tanto pelo desejo imoderado de poder e pelo cinismo, quanto pela sua pertinácia em alcançar seus fins e pela dureza..." Frente a tal quadro Francisca L. Nogueira de Azevedo em seu livro "Carlota Joaquina, na corte do Brasil" (Civilização Brasileira) "estilhaçar o bloco monolítico que forma essa imagem pública", imagem essa que segundo o historiador português Luís Torgal "...as análises disponíveis sobre esta personagem da história portuguesa apenas transmitem uma lenda negra e anedótica". Estaria na hora de rever esse capítulo histórico.
Quanto a Dom Pedro I, parecemos ser um pouco mais condescendentes, dando-nos possibilidades de escrevermos livros intitulados, por exemplo, "As maluquices do Imperador", de Paulo Setúbal. Vez por outra surgem alterações como quando do lançamento de "Chalaça" de José Roberto Torero. Duílio Crispim Farina, mesmo respeitoso produziu um outro livro diremos, incômodo. Mesmo respeitoso e ganhador do prêmio José Almeida Camargo (1975) da Associação Paulista de Medicina, o livro tratava de um tema dito íntimo, e discorria o livro sobre o "Tempo de Vida, Doença e Morte na Casa de Bragança (Ramo do Brasil)", enfim sobre os achaques, a epilepsia do primeiro imperador e as convulsões do segundo. Sequer a citação de Joaquim Nabuco na página de rosto ajudava dissimular a intromissão - "a missão da monarquia no Brasil não tem exemplo na história das dinastias. O primeiro Imperador criou a nacionalidade, o segundo constituiu a nação e sua filha, numa curta regência, aproveitando o que ela mesma havia iniciado, realizou a abolição, fundando a igualdade social.
Mas Pedro II foi sua própria vitima na história. Provocava escândalos que geravam artigos, peças, romances e muitas charges. A sua má fama contrapunha-se à sua ousadia em busca das modernidades e da cultura. Sergio Gomes de Paula escreve que os enredos de suas histórias faziam as delícias dos oposicionistas e trouxeram grande mal-estar aos monarquistas. "até aí, nada de novo; mas, para agravar, falaram-se coisas mais do que malévolas sobre a vida privada de D. Pedro II, contaram-se casos que faziam dele um furioso da libido". As garotas de pouca idade faziam pano de fundo e a nitroglicerina para seus opositores. A questão do simulado roubo das jóias da coroa foi explorado por muitos como Raul Pompéia, Artur Azevedo e José do Patrocínio. Raul Pompéia escreveu "As Jóias da Coroa" e, recentemente, charges, desenhos satíricos de Agostini, Belmiro de Almeida e Asmodeu foram reunidos aos textos dos três no livro "Um Monarca da Fuzarca" (Relume-Dumará).
Pelo sim, pelo não D. Pedro II, em 16 de novembro de 1889, quando soube que o marechal Deodoro da Fonseca era o chefe do novo regime exclamou - "estão todos malucos!".
Quanto a Dom Pedro I, parecemos ser um pouco mais condescendentes, dando-nos possibilidades de escrevermos livros intitulados, por exemplo, "As maluquices do Imperador", de Paulo Setúbal. Vez por outra surgem alterações como quando do lançamento de "Chalaça" de José Roberto Torero. Duílio Crispim Farina, mesmo respeitoso produziu um outro livro diremos, incômodo. Mesmo respeitoso e ganhador do prêmio José Almeida Camargo (1975) da Associação Paulista de Medicina, o livro tratava de um tema dito íntimo, e discorria o livro sobre o "Tempo de Vida, Doença e Morte na Casa de Bragança (Ramo do Brasil)", enfim sobre os achaques, a epilepsia do primeiro imperador e as convulsões do segundo. Sequer a citação de Joaquim Nabuco na página de rosto ajudava dissimular a intromissão - "a missão da monarquia no Brasil não tem exemplo na história das dinastias. O primeiro Imperador criou a nacionalidade, o segundo constituiu a nação e sua filha, numa curta regência, aproveitando o que ela mesma havia iniciado, realizou a abolição, fundando a igualdade social.
Mas Pedro II foi sua própria vitima na história. Provocava escândalos que geravam artigos, peças, romances e muitas charges. A sua má fama contrapunha-se à sua ousadia em busca das modernidades e da cultura. Sergio Gomes de Paula escreve que os enredos de suas histórias faziam as delícias dos oposicionistas e trouxeram grande mal-estar aos monarquistas. "até aí, nada de novo; mas, para agravar, falaram-se coisas mais do que malévolas sobre a vida privada de D. Pedro II, contaram-se casos que faziam dele um furioso da libido". As garotas de pouca idade faziam pano de fundo e a nitroglicerina para seus opositores. A questão do simulado roubo das jóias da coroa foi explorado por muitos como Raul Pompéia, Artur Azevedo e José do Patrocínio. Raul Pompéia escreveu "As Jóias da Coroa" e, recentemente, charges, desenhos satíricos de Agostini, Belmiro de Almeida e Asmodeu foram reunidos aos textos dos três no livro "Um Monarca da Fuzarca" (Relume-Dumará).
Pelo sim, pelo não D. Pedro II, em 16 de novembro de 1889, quando soube que o marechal Deodoro da Fonseca era o chefe do novo regime exclamou - "estão todos malucos!".
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