Olinda: Segundo Guia Prático, Histórico e Sentimental de Cidade Brasileira
Autor - Gilberto Freyre
Feliz a cidade que pode oferecer ao viajante ou estudioso um guia como este dedicado a Olinda por Gilberto Freyre. O subtítulo esclarece que se trata de um "2º guia prático, histórico e sentimental de cidade brasileira" (o primeiro foi dedicado a Recife), mas na verdade é muito mais do que isso: um pequeno curso sobre a história, a vida, os hábitos e as tradições da velha cidade pernambucana.
Didático pela distribuição e abrangência dos temas, como qualquer guia que se preze, o seu texto é um exemplo de antididatismo, termo empregado aqui como sinônimo de clareza, graça e liberdade de expressão, sem nada de professoral.
Com aquela reverência e aquela malícia que nascem do amor, e alguns toques de sentimentalismo, Gilberto Freyre fala dos velhos sobrados, tão característicos da cidade, com seus muxarabis, suas reminiscências da vida patriarcal, alguns tão penetrados "de influências mouras ou mouriscas", desperta a atenção para a alma encantadora das ruas em ladeira, para a paisagem formada por velhas igrejas, coqueiros e cajueiros, praias de verdes mares bravios de onde partem as jangadas rumo ao mar alto.
Ao retrato da terra se junta a atividade do homem e a formação histórica da cidade, desde aquele dia em que o donatário da capitania, vendo a bela paisagem, exclamou: "Oh! linda!" Com tal nome, claro que a cidade teria de ser privilegiada e reverenciada na literatura e nas artes plásticas, como informa o autor.
Histórico e sentimental, o guia é antes de tudo prático. Ensina o leitor a se locomover na cidade, a saber admirá-la e a descobrir a sua originalidade. E depois de tanta consulta às suas páginas e de tanto andar, ao chegar nos altos da cidade e olhar em redor, o visitante por força há de concordar com o autor que em Olinda "tudo se irmana franciscanamente para completar" a "paisagem ao mesmo tempo cristã e brasileira". E inesquecível.
Autor - Gilberto Freyre
Feliz a cidade que pode oferecer ao viajante ou estudioso um guia como este dedicado a Olinda por Gilberto Freyre. O subtítulo esclarece que se trata de um "2º guia prático, histórico e sentimental de cidade brasileira" (o primeiro foi dedicado a Recife), mas na verdade é muito mais do que isso: um pequeno curso sobre a história, a vida, os hábitos e as tradições da velha cidade pernambucana.
Didático pela distribuição e abrangência dos temas, como qualquer guia que se preze, o seu texto é um exemplo de antididatismo, termo empregado aqui como sinônimo de clareza, graça e liberdade de expressão, sem nada de professoral.
Com aquela reverência e aquela malícia que nascem do amor, e alguns toques de sentimentalismo, Gilberto Freyre fala dos velhos sobrados, tão característicos da cidade, com seus muxarabis, suas reminiscências da vida patriarcal, alguns tão penetrados "de influências mouras ou mouriscas", desperta a atenção para a alma encantadora das ruas em ladeira, para a paisagem formada por velhas igrejas, coqueiros e cajueiros, praias de verdes mares bravios de onde partem as jangadas rumo ao mar alto.
Ao retrato da terra se junta a atividade do homem e a formação histórica da cidade, desde aquele dia em que o donatário da capitania, vendo a bela paisagem, exclamou: "Oh! linda!" Com tal nome, claro que a cidade teria de ser privilegiada e reverenciada na literatura e nas artes plásticas, como informa o autor.
Histórico e sentimental, o guia é antes de tudo prático. Ensina o leitor a se locomover na cidade, a saber admirá-la e a descobrir a sua originalidade. E depois de tanta consulta às suas páginas e de tanto andar, ao chegar nos altos da cidade e olhar em redor, o visitante por força há de concordar com o autor que em Olinda "tudo se irmana franciscanamente para completar" a "paisagem ao mesmo tempo cristã e brasileira". E inesquecível.
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