O homem que plantava árvores
Jean Giono
Tradução de Cecília Ciscato e Samuel Titan Jr.
Ilustrações de Daniel Bueno
Projeto gráfico de Raul Loureiro
Coleção Fábula | 64 p. | 15 x 22,5 cm | 238g | ISBN 978-85-7326-691-7| 2018 - 1ª edição | R$ 49,00
Escrita por Jean Giono em 1953 e traduzida para inúmeros idiomas,
esta breve narrativa é considerada um dos mais cativantes manifestos
ecológicos e humanistas da literatura do século XX. Trazendo a história
de um solitário pastor de ovelhas que dedica sua vida a reflorestar uma
inóspita região do sul da França, O homem que plantava árvores
demonstra como o renascimento da natureza pode também transformar as
relações humanas. O livro foi adaptado para o cinema, recebendo o Oscar
de melhor curta-metragem de animação em 1988.
Certa vez, caminhando sozinho pelo sul da França, um rapaz se vê em
maus lençóis: a paisagem é desértica, o vento ruge como uma fera, os
vilarejos estão em ruínas e não se encontra água em nenhum lugar. Quando
já vai perdendo a esperança, vê ao longe uma silhueta, que talvez seja
um tronco isolado — mas é, na verdade, um velho pastor de ovelhas, que
lhe dá água e abrigo. Só que esse não é um pastor como os outros. Quieto
e calado, Elzéard Bouffier dedica-se mais que tudo a semear árvores:
carvalhos, bordos, faias, bétulas e salgueiros, que planta em toda
parte. Os anos passam, os encontros se repetem, a região vai cobrando
outros ares e vida nova, sem que ninguém saiba como se produziu tamanha
transformação — ninguém, a não ser os leitores desta fábula inspiradora
de Jean Giono.
Sobre o autor:
Jean Giono nasceu em 1895 na cidadezinha de Manosque, na Provença.
Abandonou os estudos em 1911 para trabalhar num banco. Em 1915 foi
convocado para lutar na infantaria francesa. Após o fim da Primeira
Guerra, casou-se com Élise Maurin e começou a escrever. Em 1929 Giono
publicou o romance Colline, cujo êxito lhe deu a oportunidade
de dedicar-se integralmente à literatura. Ao longo da década de 1930,
publicou diversos romances, como Que ma joie demeure (1935),
além de ensaios contra o novo conflito que se aproximava. Durante a
ocupação alemã e no pós-guerra o autor passou por tempos difíceis, mas
conseguiu trabalhar em dois grandes ciclos de romances: as Crônicas romanescas, entre as quais se destacam Un roi sans divertissement (1947), Les Âmes fortes (1950) e Le Moulin de Pologne (1952); e a série em torno do per
sonagem Angelo Pardi, que lhe valeu grande sucesso com Le Hussard sur le toit (1951) e Le Bonheur fou (1957). Em seus últimos anos de vida explorou também outros gêneros, como no ensaio histórico Le Désastre de Pavie (1962). Faleceu em 1970, em Manosque. Escrito em 1953, O homem que plantava árvores esperou
até 1980 para ter sua primeira edição em livro na França; e em 1988 uma
adaptação da obra dirigida por Frédéric Back ganhou o Oscar de melhor
curta de animação.
Sobre o ilustrador:
Nascido em São Paulo em 1974, Daniel Bueno é ilustrador e quadrinista.
Em 2001, formou-se em arquitetura na Universidade de São Paulo, onde
também realizou um mestrado sobre Saul Steinberg (2007). Já colaborou
com mais de cinquenta revistas e jornais, além de ter ilustrado diversos
livros. Premiado no Brasil e no exterior, recebeu o Jabuti pelas
ilustrações para Um garoto chamado Rorbeto, de Gabriel o Pensador (2006), O melhor time do mundo, de Jorge Viveiros de Castro (2006) e A janela de esquina do meu primo,
de E. T. A. Hoffmann (2010), que também mereceu uma menção honrosa na
Feira do Livro Infantil de Bolonha. Desde 2016 é professor da Escola
Britânica de Artes Criativas, em São Paulo.
Sobre os tradutores:
Cecília Ciscato nasceu em São Paulo, em 1977. Graduada em Letras pela
Universidade de São Paulo (2011), é também mestre em língua francesa
pela Université Paris Descartes (2015). Traduziu para o português o Discurso do prêmio Nobel de literatura 2014, de Patrick Modiano (2015), e, para a coleção Fábula, Que emoção! Que emoção? (2016), de Georges Didi-Huberman, e Outras naturezas, outras culturas, de Philippe Descola (2016).
Samuel Titan Jr. nasceu em Belém, em 1970. Estudou filosofia na
Universidade de São Paulo, onde leciona Teoria Literária e Literatura
Comparada desde 2005. Editor e tradutor, organizou com Davi Arrigucci
Jr. uma antologia de Erich Auerbach (Ensaios de literatura ocidental, 2007) e assinou versões para o português de autores como Adolfo Bioy Casares (A invenção de Morel, 2006), Gustave Flaubert (Três contos, 2004, em colaboração com Milton Hatoum), Voltaire (Cândido ou o otimismo, 2013) e Prosper Mérimée (Carmen, 2015).
segunda-feira, 9 de abril de 2018
Editora 34 lança O HOMEM QUE PLANTAVA ÁRVORES, do escritor francês Jean Giono
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Editora 34
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