segunda-feira, 9 de abril de 2018

Editora 34 lança O HOMEM QUE PLANTAVA ÁRVORES, do escritor francês Jean Giono

O homem que plantava árvores
Jean Giono
Tradução de Cecília Ciscato e Samuel Titan Jr.
Ilustrações de Daniel Bueno
Projeto gráfico de Raul Loureiro

Coleção Fábula | 64 p. | 15 x 22,5 cm | 238g | ISBN 978-85-7326-691-7| 2018 - 1ª edição | R$ 49,00  

Escrita por Jean Giono em 1953 e traduzida para inúmeros idiomas, esta breve narrativa é considerada um dos mais cativantes manifestos ecológicos e humanistas da literatura do século XX. Trazendo a história de um solitário pastor de ovelhas que dedica sua vida a reflorestar uma inóspita região do sul da França, O homem que plantava árvores demonstra como o renascimento da natureza pode também transformar as relações humanas. O livro foi adaptado para o cinema, recebendo o Oscar de melhor curta-metragem de animação em 1988.
Certa vez, caminhando sozinho pelo sul da França, um rapaz se vê em maus lençóis: a paisagem é desértica, o vento ruge como uma fera, os vilarejos estão em ruínas e não se encontra água em nenhum lugar. Quando já vai perdendo a esperança, vê ao longe uma silhueta, que talvez seja um tronco isolado — mas é, na verdade, um velho pastor de ovelhas, que lhe dá água e abrigo. Só que esse não é um pastor como os outros. Quieto e calado, Elzéard Bouffier dedica-se mais que tudo a semear árvores: carvalhos, bordos, faias, bétulas e salgueiros, que planta em toda parte. Os anos passam, os encontros se repetem, a região vai cobrando outros ares e vida nova, sem que ninguém saiba como se produziu tamanha transformação — ninguém, a não ser os leitores desta fábula inspiradora de Jean Giono.
Sobre o autor:
Jean Giono nasceu em 1895 na cidadezinha de Manosque, na Provença. Abandonou os estudos em 1911 para trabalhar num banco. Em 1915 foi convocado para lutar na infantaria francesa. Após o fim da Primeira Guerra, casou-se com Élise Maurin e começou a escrever. Em 1929 Giono publicou o romance Colline, cujo êxito lhe deu a oportunidade de dedicar-se integralmente à literatura. Ao longo da década de 1930, publicou diversos romances, como Que ma joie demeure (1935), além de ensaios contra o novo conflito que se aproximava. Durante a ocupação alemã e no pós-guerra o autor passou por tempos difíceis, mas conseguiu trabalhar em dois grandes ciclos de romances: as Crônicas romanescas, entre as quais se destacam Un roi sans divertissement (1947), Les Âmes fortes (1950) e Le Moulin de Pologne (1952); e a série em torno do per sonagem Angelo Pardi, que lhe valeu grande sucesso com Le Hussard sur le toit (1951) e Le Bonheur fou (1957). Em seus últimos anos de vida explorou também outros gêneros, como no ensaio histórico Le Désastre de Pavie (1962). Faleceu em 1970, em Manosque. Escrito em 1953, O homem que plantava árvores esperou até 1980 para ter sua primeira edição em livro na França; e em 1988 uma adaptação da obra dirigida por Frédéric Back ganhou o Oscar de melhor curta de animação.

Sobre o ilustrador:
Nascido em São Paulo em 1974, Daniel Bueno é ilustrador e quadrinista. Em 2001, formou-se em arquitetura na Universidade de São Paulo, onde também realizou um mestrado sobre Saul Steinberg (2007). Já colaborou com mais de cinquenta revistas e jornais, além de ter ilustrado diversos livros. Premiado no Brasil e no exterior, recebeu o Jabuti pelas ilustrações para Um garoto chamado Rorbeto, de Gabriel o Pensador (2006), O melhor time do mundo, de Jorge Viveiros de Castro (2006) e A janela de esquina do meu primo, de E. T. A. Hoffmann (2010), que também mereceu uma menção honrosa na Feira do Livro Infantil de Bolonha. Desde 2016 é professor da Escola Britânica de Artes Criativas, em São Paulo.

Sobre os tradutores:
Cecília Ciscato nasceu em São Paulo, em 1977. Graduada em Letras pela Universidade de São Paulo (2011), é também mestre em língua francesa pela Université Paris Descartes (2015). Traduziu para o português o Discurso do prêmio Nobel de literatura 2014, de Patrick Modiano (2015), e, para a coleção Fábula, Que emoção! Que emoção? (2016), de Georges Didi-Huberman, e Outras naturezas, outras culturas, de Philippe Descola (2016).
Samuel Titan Jr. nasceu em Belém, em 1970. Estudou filosofia na Universidade de São Paulo, onde leciona Teoria Literária e Literatura Comparada desde 2005. Editor e tradutor, organizou com Davi Arrigucci Jr. uma antologia de Erich Auerbach (Ensaios de literatura ocidental, 2007) e assinou versões para o português de autores como Adolfo Bioy Casares (A invenção de Morel, 2006), Gustave Flaubert (Três contos, 2004, em colaboração com Milton Hatoum), Voltaire (Cândido ou o otimismo, 2013) e Prosper Mérimée (Carmen, 2015).

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