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- CAPA - Manchete principal: “Temer troca ministros e põe Torquato na Justiça”
- EDITORIAL – “Juros na crise” avalia que apesar da crise política o cenário econômico se mantém estável. Segundo o jornal, os juros para consumidores começam a cair, ainda que timidamente: “Para pessoas físicas, o juro médio anual caiu de 42%, ao final do ano passado, a 39% em abril; para pessoas jurídicas, houve redução de 20% a 19%”. A Folha considera que com os fatores econômicos continuando na normalidade o Banco Central possa anunciar nova redução da taxa Selic.
- COLUNA PAINEL – TROCA DE MINISTROS: A troca do comando do Ministério da Justiça foi também foi uma sinalização de Temer a Renan Calheiros, hoje um dos principais opositores do governo no Senado. Ele sempre associou a nomeação de Osmar Serraglio para a pasta à influência de Cunha no governo.
- COLUNA PAINEL – MOTIVAÇÃO DA TROCA: Os protestos de quarta-feira (24) foram a gota d’água para a decisão de tirar Osmar Serraglio da Justiça. O ministro não deu as caras no Planalto e irritou o entorno de Michel Temer.
- COLUNA PAINEL – MUDANÇA NO BNDES: Diretores do Banco Central temem que Paulo Rabello de Castro, novo presidente do BNDES, abra linhas de crédito subsidiados para empresas e afete o esforço de controle dos gastos do governo. Dizem que seria “catastrófico” para o país. Com a nomeação de Rabello de Castro e os riscos de descontrole nos gastos do BNDES, dizem pessoas próximas ao grupo, as chances de um corte de 1,25 na taxa Selic está perto de zero.
- COLUNA PAINEL – DIRETAS JÁ: Após o ato deste domingo (28) por eleição direta, no Rio, as frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular preparam evento nos mesmos moldes na avenida Paulista, dia 4. Na quarta (31), haverá um encontro na casa de Paula Lavigne de onde deve sair um manifesto.
- COLUNA PAINEL – AÉCIO NEVES: Afastado do Senado, Aécio Neves (MG) recebeu ministros e dirigentes do PSDB em casa. Deu seu recado: “É prematuro pensarmos em candidaturas enquanto apoiamos um governo cuja agenda nós elaboramos.”
- “Em meio a crise, Temer troca o comando do Ministério da Justiça” - O presidente Michel Temer trocou, neste domingo (28), o comando do Ministério da Justiça. Torquato Jardim assumirá a pasta, substituindo Osmar Serraglio, que será novo ministro da Transparência. O movimento é visto como uma medida para melhorar a interlocução de Temer com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e com o STF (Supremo Tribunal Federal), responsável por conduzir o inquérito contra o peemedebista. A ida de Serraglio para a Transparência mantém o foro privilegiado do deputado federal afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), amigo do presidente. Loures é suplente de Serraglio e assumiu o mandato do deputado após sua ida para o ministério.
- “Novo ministro já criticou Lava Jato e discordou de defesa de Temer no TSE”
- “Ato por Diretas-Já reúne 100 mil em Copacabana, segundo organizadores” - Artistas, políticos e movimentos de esquerda fizeram um ato na praia de Copacabana, neste domingo (28), pedindo a saída do presidente Michel Temer e eleições diretas. Durante as apresentações de Caetano Veloso e Milton Nascimento, os organizadores estimam que havia 100 mil presentes. A polícia não divulga estimativa de público. Caetano descreveu o ato como um momento importante da história do Rio de Janeiro e pediu a saída de Temer repetidas vezes. Ao longo da tarde, passaram pelo palco Martnalia, Maria Gadú, Criolo e outros. O ato foi organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem grupos sindicais e movimentos de esquerda. O ator Wagner Moura comandou a manifestação, chamando ao palco artistas e fazendo pronunciamentos. Quando nossos netos perguntarem onde estávamos neste dia, diremos que estávamos na praia, ouvindo música boa e lutando pela democracia do nosso país, disse. A reportagem cita algumas das músicas cantadas pelos artistas que participaram, reproduz trecho da fala do deputado Alessandro Molon, cita a opinião de Guilherme Boulos sobre o ato e aponta alguns dos outros políticos que estavam presentes.
- “Eventual sucessor de Temer, Rodrigo Maia é alvo de três investigações” - Primeiro na linha sucessória em uma eventual queda do presidente Michel Temer, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é um nome que agrada ao mercado para tocar a agenda de reformas, mas responde a três inquéritos que apuram suspeitas de uso do mandato para favorecer empresas. Nas três investigações, em curso no STF (Supremo Tribunal Federal), o democrata é suspeito de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por supostos recebimentos de propina para beneficiar o grupo Odebrecht e a OAS por meio de Medidas Provisórias (MPs) –o que ele nega.
- “Lobista da J&F repetia que era dono da maior bancada do Congresso” - Sentado à mesa do restaurante Figueira da Vila, em Brasília, Ricardo Saud gostava de repetir que era o dono da maior bancada do Congresso. A políticos que ocupavam cadeiras ao seu redor, o lobista da J&F (dona da JBS, uma das maiores processadoras de carne do mundo) vangloriava-se que a maior bancada da Câmara e do Senado não era a do PMDB, PSDB ou PT. Era a dele. Ao contrário de empresas como a Odebrecht, que autorizava vários funcionários a acertar pagamentos ilícitos com políticos, a J&F concentrava a função em um único personagem: Saud. Saud era também o responsável por levar os recados dos irmãos Joesley e Wesley Batista à cúpula dos partidos. Uma das missões, dada em 2014, foi tentar convencer o presidente do PP, Ciro Nogueira, a mudar de lado, abandonando Dilma Rousseff (PT) para apoiar a chapa de Aécio Neves (PSDB) ao Palácio do Planalto. Em um jantar às vésperas da convenção do PP, Saud entregou a Ciro um pedaço de papel em branco. Pediu para que o senador indicasse o valor que queria da JBS para apoiar o tucano. Ciro, que nega a história, recusou a oferta, segundo a Folha apurou.
- “Procuradoria quer R$ 10,9 bi para fechar acordo de leniência com J&F”
- “Estados dão foro privilegiado a vereadores, auditores e até delegados”
- “Joias mais valiosas compradas por Cabral não foram encontradas pela PF”
- ENTREVISTA: TORQUATO JARDIM, ministro da Justiça – “Preocupação com tempo de prisões temporárias é do STF, diz Jardim” - Alçado ao Ministério da Justiça no auge da tensão entre o presidente Michel Temer e os operadores da Lava Jato em Brasília, Torquato Jardim não esconde a que veio. Horas após sua indicação, em entrevista à Folha, disse que "vai avaliar" mudanças no comando da Polícia Federal. O novo ministro também defendeu que outras associações do Ministério Público Federal, além da ANPR (Associação Nacional de Procuradores da República), façam listas para disputar o comando da PGR (Procuradoria-Geral da República), hoje nas mãos de Rodrigo Janot.
- O sr. pretende mexer no comando da Polícia Federal?
- Eu vou avaliar. Vou ouvir a recomendação do presidente, de outras personalidades que conhecem o assunto, fazer o meu próprio juízo de valor e decidir. Não vou me precipitar nem antecipar nada.
- Como o sr. recebe as críticas de entidades, como a associação de delegados da PF, à sua nomeação?
- Não li nada, não sei.
- Divulgaram nota dizendo receber as notícias de troca no ministério com preocupação.
- Estou em Maceió, vim com o presidente vistoriar a área de enchentes. Não li nada. Preciso conhecer as notas para poder falar.
- O sr. foi nomeado para melhorar a interlocução do governo com os tribunais superiores?
- Historicamente o Ministério da Justiça sempre foi o canal de comunicação do Executivo com o Judiciário. De modo que esse papel dentre todos os que tenho que desempenhar é o que menos me preocupa. Tenho 40 anos de experiência, advoguei em todos os tribunais. Fui assessor do STF, ministro do TSE. Eu conheço a lógica da magistratura.
- “Governo federal gasta R$ 107 bi só com subsídios” - No momento em que se esforça para cortar despesas para reduzir o deficit orçamentário, o governo de Michel Temer gastou cerca de R$ 107 bilhões com subsídios financeiros em 2016, segundo auditores do TCU (Tribunal de Contas da União). O número é praticamente o mesmo de 2015. No entanto, naquele ano os subsídios bateram em R$ 107,7 bilhões inflados pelo pagamento de despesas atrasadas, as chamadas pedaladas fiscais do governo Dilma Rousseff. Sem as pedaladas, os gastos são significativamente superiores aos de 2015. Só com o PSI (Programa de Sustentação do Investimento), por exemplo, o governo gastou R$ 20 bilhões em 2015 que deveriam ter sido pagos em 2014. Desconsiderando apenas esse valor, o crescimento dos subsídios em 2016 seria, portanto, de 22%. No relatório enviado ao TCU a que a Folha teve acesso, o Ministério da Fazenda destaca que o efeito da crise fez aumentar em quase 1,5 ponto percentual o custo de captação de recursos pelo Tesouro Nacional usados depois para os repasses subsidiados a empresas. Ainda segundo a Fazenda, essa alta representou R$ 10,7 bilhões em subsídios para os empréstimos do BNDES, do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), dos fundos constitucionais e do Fundo da Marinha Mercante (FMM).
- “Contrapartidas de subsídio à indústria não foram cumpridas, afirma TCU” - Levantamento do TCU (Tribunal de Contas da União) há quatro anos revelou que cinco dos principais programas de estímulo à indústria brasileira por meio de subsídios foram mantidos sem a garantia de que as contrapartidas fossem cumpridas. Nesse relatório, os auditores analisaram as leis de informática, a Lei do Bem, o Padis (semicondutores e displays), o PATVD (TV digital) e o Inovar-Auto, que consumiram cerca de R$ 52 bilhões até o final de 2016. O caso mais gritante foi o da lei da informática, um programa voltado aos fabricantes de computadores. Entre 2006 e 2014, foram mais de R$ 25 bilhões em incentivos via descontos no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) —as empresas deveriam ter investido 5% disso como contrapartida em pesquisa e desenvolvimento. Em 2010, houve uma auditoria nesses números e se descobriu que metade das 510 empresas beneficiadas não tinha efetivado as contrapartidas. O caso está sob investigação do Ministério Público Federal em Campinas (SP). O governo também enfrenta dificuldades para conseguir reduzir gastos assumidos em gestões passadas. Um exemplo é o PSI (Programa de Sustentação do Investimento), lançado na crise de 2008 para garantir empréstimos ainda mais subsidiados do BNDES ao setor produtivo. O programa já foi cancelado, mas exige gastos de cerca de R$ 10 bilhões com contratos remanescentes. De acordo com o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, para reduzir o impacto dessa herança nas contas públicas, foram renegociadas as taxas de juros dos contratos, algo que ocorreu com PSI, Crédito Agrícola e Plano Safra. Alguns programas acabam se mostrando insustentáveis. O Fies (para financiamento do ensino superior), por exemplo, precisou ser refeito e será relançado em junho. Entre 2013 e 2014, foram financiados cerca de 700 mil estudantes. A inadimplência acima de 50% gerou perdas bilionárias e obrigou o Tesouro a destinar R$ 2,6 bilhões para ajustar as contas. Hoje, a inadimplência está em 24%. Para o TCU, o programa é ineficaz porque ajudou empresas do setor a aumentarem seus ganhos e beneficiou, em sua maioria, estudantes que não precisavam dos recursos.
- “Fracasso da reforma da Previdência pode ser atenuado por medidas provisórias” - Se a crise política inviabilizar totalmente a tramitação da reforma da Previdência, o governo Temer ou um eventual substituto ainda terá alternativa. Parte das medidas propostas como emenda constitucional pode ser tomada por legislação ordinária (medida provisória, por exemplo), o que reduz muito as dificuldades políticas para aprová-las.
- “Novo Refis permitirá compensar dívidas de até R$ 15 milhões”
- “Justiça suspende liminar que permitia a Doria recolher usuários à força”
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- CAPA – Manchete principal: “Crise faz governo traçar plano B para reforma”. Embaixo dessa manchete foi colocada uma foto grande de Caetano Veloso ao lado de Milton Nascimento no ato pelas eleições diretas em Copacabana. Ao lado da foto uma pequena manchete: “MPB pede renúncia”.
- “Mudança estratégica” - A pouco dias do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do caso envolvendo o seu mandato, o presidente Michel Temer nomeou ontem o jurista Torquato Jardim, ex-ministro do TSE, como novo titular do Ministério da Justiça. Torquato, que deixará o Ministério da Transparência, substituirá Osmar Serraglio que, por sua vez, assumirá a pasta da Transparência. Nos bastidores, Temer teve dois objetivos: reconquistar o comando sobre a Polícia Federal (PF), subordinada ao Ministério da Justiça, e aumentar a influência do governo sobre o TSE. A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) divulgou uma nota em que demonstrou preocupação com a notícia da substituição. De acordo com a entidade, a categoria foi surpreendida, até porque desconhece qualquer proposta de Torquato para a pasta. “É natural que qualquer mudança no comando do Ministério da Justiça gere preocupação e incerteza sobre a possibilidade de interferências no trabalho realizado pela Polícia Federal”, diz um trecho do comunicado. Na nota assinada pelo presidente da ADPF, Carlos Eduardo Sobral, a entidade defende a rápida aprovação, no Congresso, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 412/2009, que garante a autonomia funcional, administrativa e orçamentária à Polícia Federal. É mencionada, ainda, na carta, preocupação com “interferências políticas, cortes de recursos e de investimentos que prejudiquem as ações da Polícia Federal”.
- “Ofensiva jurídica e política foi traçada no fim de semana” - O presidente Michel Temer se reuniu com caciques do PMDB na noite de sábado e traçou os próximos passos do que chamou de ofensivas jurídica e política para tentar conter a crise envolvendo sua permanência na Presidência da República. Temer disse a aliados que “não sai” do cargo e que vai “resistir”. Com um comportamento mais firme e exaltado do que o habitual, segundo aliados, Temer avisou que tomará todas as medidas jurídicas e políticas a seu alcance, inclusive com recursos ao próprio Judiciário, em caso de decisão desfavorável no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
- “Não saio da Presidência. Vou resistir e endurecer (no discurso) mais do que já endureci. E vou entrar com recurso até o fim (ao falar sobre um desfecho desfavorável no TSE)”, disse Temer, de acordo com aliados que estiveram com ele no Jaburu.
- “‘Fora, Temer’ e ‘Diretas já’ em Copacabana” - Caetano Veloso, Milton Nascimento e outros nomes da música estiveram em ato na Praia de Copacabana que pediu a renúncia de Michel Temer e a realização de eleições diretas. Segundo os organizadores, partidos de esquerda e movimentos sociais, o evento reuniu 100 mil. A PM não fez estimativa. Ao som de Caetano Veloso, cantando “Podres poderes”, partidos políticos e movimentos sociais de oposição ao governo Temer esperam ter iniciado ontem, na Praia de Copacabana, uma jornada de atos pelo Brasil a favor das eleições diretas antecipadas para presidente. Os organizadores pretendiam repetir cenas do movimento das Diretas Já, de 1984, mas na manifestação na Avenida Atlântica, entre as ruas Siqueira Campos e Figueiredo Magalhães, o público só mostrou força quando músicos mais famosos, liderados por Caetano e Milton Nascimento, subiram no trio elétrico para cantar seus hits.
- A reportagem reproduz um trecho de uma fala do ator Wagner Moura, cita a presença de Alessandro Molon e Lindbergh Faria e aponta alguns dos artistas presentes no ato.
- “Citado na delação do dono da JBS, Wagner Rossi nega envolvimento ilegal com grupo”
- “Proposta de R$ 8 bi da JBS por leniência é rejeitada” - O Ministério Público Federal (MPF) rejeitou uma proposta de R$ 8 bilhões feita pelo grupo J&F, dos empresários e delatores Joesley e Wesley Batista, para fechar acordo de leniência. O MPF, que havia pedido R$ 11 bilhões, agora fixou em R$ 10,99 bilhões sua nova contraproposta nas negociações.
- “Empresa dos Kassab usava ‘notas frias’, afirma Wesley” - Citada na delação da JBS como emissora de “notas fiscais frias” para justificar o pagamento de propina ao ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, a Yape Assessoria e Consultoria teve suas atividades encerradas em janeiro deste ano. Foi na mesma época, segundo delatores, que a JBS decidiu suspender os repasses mensais que fazia desde a década passada à consultoria ligada ao presidente licenciado do PSD. Kassab constou como sócio da empresa até junho de 2014. A partir de então, a sociedade passou a ser dividida entre cinco dos seus irmãos e um de seus sobrinhos.
- “Irmã de Aécio pediu para JBS comprar imóvel”
- “Cabral e presos da Lava-Jato em Benfica”
- “Justiça barra internação compulsória na Cracolândia”
- “Alternativa para a Previdência” - Diante do receio de que a crise política inviabilize a aprovação da reforma da Previdência, a equipe econômica já pensa em alternativas para conter o crescimento das despesas com benefícios. São medidas que poderão entrar em vigor imediatamente, por meio de medida provisória (MP) ou projeto de lei. Entre elas estão a elevação do tempo mínimo de contribuição na aposentadoria por idade nas áreas urbana e rural, atualmente em 15 anos, e a redução do valor da pensão por morte, que hoje é integral, independentemente do número de dependentes. Também faz parte do cardápio o fim da fórmula 85/95 (soma de tempo de contribuição e idade para mulheres e homens, respectivamente), que entrou em vigor em dezembro de 2015 e permite o benefício integral. Outra possibilidade avaliada seria tornar proporcional o valor da aposentadoria por invalidez, que hoje é integral (a exceção seriam os acidentes de trabalho). Até a fórmula de cálculo do valor da aposentadoria — baseada atualmente em 100% das maiores contribuições — pode ser alterada via MP. O problema é o alcance limitado desses mudanças em comparação à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287 — que altera as regras de aposentadoria para todos os brasileiros, com exceção dos militares — e que teve sua tramitação prejudicada pela crise política. As propostas alternativas valeriam apenas para os trabalhadores do setor privado (INSS) e comprometeriam dois grandes objetivos da proposta enviada ao Congresso: a fixação de idade mínima para aposentadoria e a convergência do regime previdenciário no país.
- “Sem reforma da Previdência, Fazenda vê PIB estagnado este ano”
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- CAPA – Manchete principal: “Novo ministro questiona inquérito contra Temer”
- EDITORIAL – “Poder e responsabilidade” afirma que o Ministério Público tornou-se o que é hoje graças à Constituição de 1988. O texto aponta trechos da Carta Magna até que trata da fiscalização do MP que é feita apenas por um conselho formado pelo próprio MP. Segundo o Estadão, isso é “uma excrescência da ordem constitucional brasileira”. O controle deveria ser externo. O jornal critica a postura dos procuradores envolvidos na Lava Jato porque considera que eles agem como “purificadores da vida institucional do país”.
- EDITORIAL – “O autor da crise” argumenta que a falta de lideranças permite que Luiz Inácio Lula da Silva figure como um candidato viável à presidência da República mesmo sendo “o responsável direto, em todos os aspectos, pela devastadora crise que o país atravessa”. O texto acusa Lula pelos problemas econômicos do país, afirma que o seu comportamento é cínico, demonstra inconformismo com a inércia da sociedade, afirma que “tudo o que de ruim se passa no Brasil converge para Lula”, o aponta como o cérebro do esquema de corrupção na Petrobrás, o acusa de ter loteado o BNDES. Depois de várias outras acusações, o editorial é concluído com a seguinte frase: “que Deus – ou a Justiça – nos livre de tamanha desgraça.”
- “Temer troca o comando da Justiça, alvo de críticas” – Segundo a reportagem, a troca é mais uma tentativa de melhorar a interlocução do governo com o Judiciário. Além disso, o jornal afirma que Serraglio era visto como um ministro “fraco” e o estopim teria sido a tentativa da PF de ouvir Michel Temer. O Estadão apurou que a mudança teria haver também com a Operação Carne Fraca. Segundo o jornal, duas delações premiadas estariam sendo fechadas citam Serraglio.
- “Presidente vai ao NE para mostrar governo ativo”
- ENTREVISTA: TORQUATO JARDIM, ministro da Justiça – “Torquato questiona abertura de inquérito contra o presidente”
- A circunstância do encontro entre Temer e o empresário Joesley Batista não deveria ter sido mais transparente?
- O presidente Temer foi procurador-geral do Estado de São Paulo, secretário de Segurança do Estado de São Paulo, 24 anos parlamentar, seis dos quais presidente da Câmara dos Deputados, então ele tem a cultura parlamentar. A cultura do parlamentar é muito informal, ele conversa com quem o procura, porque ele vive do voto. A imagem que qualquer parlamentar tem que projetar é a da pessoa afável, acessível a qualquer hora e qualquer lugar. Isso é da cultura de qualquer parlamentar, em qualquer parlamento, de qualquer país.
- Mas receber um empresário que está sendo investigado, à noite, na residência oficial e fora da agenda, não abre margem para questionamento?
- A hora eu não me preocupo porque o parlamentar, você sabe, começa a trabalhar meio-dia e acaba as 2h. Você vai ao Congresso de manhã e está vazio, as sessões duram até depois da meia-noite. Eu diria que a conduta do presidente não foi algo estranho à cultura de um parlamentar.
- E não foi algo estranho à cultura de um presidente?
- Ele levou para a Presidência a cultura parlamentar. Os generais levaram a cultura do quartel. Cada um leva o seu passado. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso era muito descontraído, ele levava a familiaridade do parlamentar e do professor que pode a qualquer hora conversar com os seus alunos. É uma questão de cultura.
- Ele não deveria ter tido uma posição mais rigorosa diante das revelações de Joesley?
- Não posso comentar sem o laudo técnico da fita. Se a fita tem 70 manipulações como fala um dos peritos, e é um perito famosíssimo, o Molina (Ricardo Molina, contratado pela defesa do presidente Temer para fazer uma análise dos áudios), então eu não sei se aquilo ali não é montagem de diálogo, eu preciso esperar o laudo.
- O sr. acha que a gravação não é motivo para investigar o presidente?
- Primeiro, precisa ficar esclarecido se o empresário, quando vai falar com o presidente, se ele já estava comprometido com delação ou não. Se ele foi por conta própria, essa gravação é clandestina e ilegal. Se ele já estava em processo de delação, surge um outro problema constitucional muito sério, já que uma ação controlada contra um presidente da República tem que ter a autorização prévia de um ministro do Supremo Tribunal Federal, e isso não houve, sabidamente não houve. Então, ela é nula também. E mais, há abuso de autoridade, há crime funcional de quem autorizou a gravação.
- “Artistas comandam ato no Rio por saída de Temer e ‘diretas-já’” – A reportagem afirma que milhares de pessoas se reuniram no Rio para pedir a saída do presidente Michel Temer e a convocação de eleições diretas. O texto cita a estimativa da organização de que 100 mil pessoas estiveram presentes e os artistas que tocaram e estiveram presentes. A reportagem ainda aponta que estiveram presentes políticos de diferentes partidos de esquerda, reproduz trecho da fala do senador Randolfe Rodrigues e cita outros parlamentares que discursaram: Wadih Damous (PT), Alessandro Molon (Rede) e Lindberh Farias (PT). O jornal afirma que “embora fosse um ato político, a maioria do público ignorou a presença dos parlamentares e quis saber mesmo de tietar os artistas” e que todos os artistas que passaram pelo palco, em algum momento, entoaram o grito “Fora Temer”.
- “JBS fez ‘dossiê’ sobre coronel amigo do presidente”
- “Países apuram elo entre JBS e empreiteiras” – A questão é que empresas offshore citadas nas delações da JBS também aparecem em inquérito sobre construtoras brasileiras.
- “Em colapso, indústria naval já demitiu quase 50 mil e tem dívida bilionária” – Dos 40 estaleiros instalados no país, 12 estão parados e o restante opera bem abaixo da capacidade.
- “Governo ainda calcula arrecadação do novo Refis”
- “Congresso debate reformas pós-Temer”
- “Após delações, sócio oculto da JBS é mistério” – Justiça mantém protegidos por senha documentos que, em tese, contam quem criou a Blessed Holdings LLC que é sócia do grupo desde 2009.
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- CAPA – Manchete principal: “Piora da crise política deve arrefecer corte de juros”
- “Crise põe alta do PIB em risco de 'falso positivo'” - Diante da crise política que se abriu após a delação da JBS, é praticamente consenso entre os economistas que a recuperação será mais demorada - a divergência é em relação à duração e extensão do impacto negativo do momento de incerteza.
- “Com fim do 'efeito agrícola', retração no 2º tri é cenário de metade dos analistas”
- “Para economistas, saída de Maria Silvia é vitória dos 'inimigos do capitalismo'” - Os economistas do mercado e da academia receberam com surpresa e desagrado a notícia da saída de Maria Silvia Bastos Marques do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) na última sexta. Expressões como vitória dos "inimigos do capitalismo" ou das "viúvas do Bolsa-empresário" foram usadas para manifestar a visão de que o governo Michel Temer optou pela composição com a parcela do setor produtivo, capitaneada pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), que vinha fazendo duras críticas ao Banco durante a gestão de Maria Silvia. Em síntese, afirmavam que o BNDES vinha travando a liberação de recursos num momento de dificuldades das empresas. Apesar de Maria Silvia ter afirmado que saiu por motivos pessoais no fim da tarde de sexta-feira, os sinais indicam que ela se antecipou a uma decisão do governo de acomodar a insatisfação de parte da indústria, a ameaça de greve dos funcionários do banco e a pressão do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, para que acelerasse a liberação de recursos. Já a leitura de um experiente economista do mercado é diferente. "Acho que ela não aguentou mais as pressões dos capitalistas inimigos do capitalismo [referindo-se a associações do setor industrial]. É uma notícia muito ruim para a economia brasileira", disse. "Eu achei uma péssima notícia, porque ela estava fazendo uma boa gestão", afirma o professor da Fundação Getulio Vargas, Aloísio Araújo, que destaca a devolução, em dezembro, de R$ 100 bilhões do BNDES ao Tesouro. Para Araújo, é preciso manter a agenda que vinha em curso no banco de fomento.
- “’Conjuntura complicada é para ser superada’, diz Rabello”
- “’Os sinais são péssimos’, diz Lazzarini” - "É tudo péssimo. Ou é sinal de que o governo não está percebendo a gravidade da situação e a importância de blindar sua equipe técnica, que é excelente. Ou é um governo que já está perdendo a credibilidade e não vai ter condições de atrair boas pessoas técnicas, o que é fundamental agora", diz. "Em um momento de instabilidade como o atual, tudo o que não precisávamos é de uma mudança de equipe", afirma Lazzarini, que prefere ainda não arriscar opinião a respeito do substituto de Maria Silvia.
- “Investimento estrangeiro em infraestrutura sobe 500% no ano” - O ingresso de capital externo para atividades de infraestrutura no Brasil cresceu mais de 500% no primeiro quadrimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2016, atingindo a marca de US$ 11,4 bilhões. O fluxo representa mais de 50% do investimento direto no país para operações de participação no capital registrado pelo Banco Central (BC) de janeiro a abril, um total de US$ 21,5 bilhões. Analistas de mercado projetam, no entanto, que esse desempenho poderá sofrer uma diminuição acentuada a partir deste mês, em virtude da nova crise política que envolve diretamente o presidente Michel Temer, embora essa reação não signifique que investidores e operadores de infraestrutura "estejam desistindo do país".
- “Temer nomeia Torquato Jardim para Justiça”
- “Titular da Justiça assume como pivô da defesa de Michel Temer”
- “Definição de regra será essencial para medir força de Maia em indireta”
- “Só 2% aprovam atuação de deputado”
- “PT revive dilema com possibilidade de eleição” - A possibilidade de uma eleição indireta para a Presidência após eventual renúncia ou afastamento de Michel Temer pode levar o PT ao mesmo dilema vivido no segundo turno do pleito para o comando da Câmara após a queda de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em julho de 2016. Na época, as opções eram Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Rogério Rosso (PSD-DF). O primeiro havia sido um dos articuladores da deposição de Dilma Rousseff. O segundo era ligado a Cunha. A questão que dividiu os petistas podia ser resumida assim: apoiar um arquirrival DEM que fora um dos principais defensores do impeachment, sabotando o próprio discurso do golpe, ou não votar em ninguém, aumentando o risco de ver um aliado de Cunha vencer? Dos 58 nomes da sigla, cerca de 30 foram de Maia, que acabou vencendo. O resto não apoiou ninguém. Com eleição indireta, o PT sabe que não tem chance de colocar um candidato próprio ou próximo para vencer. Apoiar alguém muito comprometido com a agenda liberal de Temer, como o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) ou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), está fora de cogitação. Mas o ex-ministro de Lula Nelson Jobim, segundo as palavras de um experiente petista, seria "mais palatável". Não significaria abandonar a bandeira das diretas. Mas colocar menos embaraços, não hostilizar, preservar espaço para pacificação. Uma situação assim voltaria a dividir a bancada. A diferença, afirma esse petista, é que agora Lula tende a acompanhar o processo mais de perto. "Não seria algo tão frouxo como foi na eleição de Maia."
- “Artistas pedem no Rio 'Diretas Já' e 'Fora Temer'” - O evento de ontem na Praia de Copacabana que pediu a antecipação de eleições diretas para a presidência da República contou com forte presença de artistas e políticos de oposição ao governo do presidente Michel Temer. Caetano Veloso, Wagner Moura, Sophie Charlote, Daniel de Oliveira, Marcelo Freixo (Psol-RJ) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foram alguns dos nomes mais populares entre o "showbizz" e o mundo político presentes. Mas esse sucesso entre artistas ainda não foi capaz de mobilizar uma multidão. Estimativa dos organizadores - a Polícia Militar do Rio não fez projeção sobre o número de presentes - apontou para 100 mil participantes. O fato é que o grupo que pedia "Diretas Já" e "Fora Temer" ocupava menos de um quarteirão entre as ruas Figueiredo de Magalhães e Siqueira Campos. Mas se engana quem acha que os números são considerados fundamentais nesse primeiro comício-protesto a favor de antecipar as eleições presidenciais. Diversos políticos presentes ao evento foram claros ao lembrar que em 1984, apesar dos comícios apinhados, a emenda Dante de Oliveira não foi bem sucedida. Mas todos eles ressaltaram que a mobilização popular foi fundamental para eleger Tancredo Neves no Colégio Eleitoral e para proporcionar a instalação da Assembleia Constituinte.
A reportagem cita apenas a presença de parlamentares do PSOL e Rede.
- “Governo fecha acordo sobre novo Refis” - Entendimento entre Fazenda e deputados é para que a nova MP do Programa de Regularização Tributária, conhecido como Refis, seja publicada entre hoje e amanhã. Pelo acordo, só poderão acumular o benefício de usar créditos para abater as dívidas atrasadas com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e a Receita Federal e também receber desconto nas multas e juros as empresas e pessoas físicas com débitos menores de R$ 15 milhões.
- “Força-Tarefa propõe à J&F multa de R$ 11 bi a ser paga em 13 anos”
- “Crise política freia expectativa com Copom agressivo”
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