O boletim Emprego em Pauta do Dieese aponta que, em 2016, o aumento do desemprego ocorreu junto com o crescimento da quantidade de postos de trabalho que oferecem baixa proteção. Além disso, as novas contratações formais foram realizadas com salários menores.
Para o Dieese, o quadro no mercado de trabalho para 2016 só não foi pior porque, no ano, houve crescimento de 800 mil empregados sem carteira. “Se por um lado esses empregos contribuíram para a redução do número de desocupados, por outro, ampliaram a precarização do emprego com contratações desprotegidas, revertendo tendência de formalização do mercado de trabalho, marca positiva do mercado de trabalho na última década”. O boletim também avalia que a Indústria de Transformação foi o setor que mais eliminou postos de trabalho em 2016. Também o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou retração nos vínculos com carteira assinada. O saldo foi de destruição de 1,3 milhão de postos formais de trabalho em 2016. Em dezembro de 2016, o salário médio dos trabalhadores admitidos foi 17% menor do que o dos desligados. As negociações coletivas também tiveram resultados desfavoráveis para a maioria das categorias profissionais: apenas 23,4% tiveram, em 2016, reajustes acima da inflação, alterando tendência dos últimos anos. Para 2017, o “mercado” aposta em uma ligeira recuperação da economia, mas deve ser um ano difícil para os trabalhadores. | |
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terça-feira, 14 de março de 2017
Dieese: Boletim emprego em pauta
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F Perseu Abramo
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