Dissertação de mestrado defendida por Henrique Bosso da Costa no Departamento de Ciência Política da USP traz um estudo de caso sobre o Prouni, criado em 2005, com o propósito de abrir espaço para uma demanda reprimida de jovens de classes baixas no ensino superior.
Com o Programa, o governo passou a dar isenções fiscais às Instituições de Ensino Superior (IES) privadas em troca da concessão de bolsas de estudo. Para o autor, o Prouni se legitima no discurso oficial como uma política de emergência: atua para colocar rapidamente o maior contingente possível de jovens com poucas perspectivas no ensino universitário e, portanto, tirá-los do subemprego, ao mesmo tempo, aquecendo o setor empresarial de educação. Está inserido no pacto de governabilidade que permitiu a execução de reformas graduais com a inclusão de vastos contingentes da população no mercado formal de trabalho e no acesso ao consumo.
O autor acompanhou na pesquisa as dinâmicas de vida e aspectos ideológicos de bolsistas do Prouni. Porém, o autor chama a atenção para o fato de que, em um contexto de crescimento do ensino superior, 95% dos empregos criados entre 2003 e 2012 pagavam até 1,5 salário mínimo: o Prouni lhes dá a possibilidade de alguma saída de relações mais precárias de trabalho, mas a qualidade das vagas em disputa impede o “salto” para a classe média a que muitos aspiram.
Com o Programa, o governo passou a dar isenções fiscais às Instituições de Ensino Superior (IES) privadas em troca da concessão de bolsas de estudo. Para o autor, o Prouni se legitima no discurso oficial como uma política de emergência: atua para colocar rapidamente o maior contingente possível de jovens com poucas perspectivas no ensino universitário e, portanto, tirá-los do subemprego, ao mesmo tempo, aquecendo o setor empresarial de educação. Está inserido no pacto de governabilidade que permitiu a execução de reformas graduais com a inclusão de vastos contingentes da população no mercado formal de trabalho e no acesso ao consumo.
O autor acompanhou na pesquisa as dinâmicas de vida e aspectos ideológicos de bolsistas do Prouni. Porém, o autor chama a atenção para o fato de que, em um contexto de crescimento do ensino superior, 95% dos empregos criados entre 2003 e 2012 pagavam até 1,5 salário mínimo: o Prouni lhes dá a possibilidade de alguma saída de relações mais precárias de trabalho, mas a qualidade das vagas em disputa impede o “salto” para a classe média a que muitos aspiram.
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