Artigo recém lançado do professor Simon Marginson discute o crescimento em ritmo sem precedentes do ensino superior no mundo, que inclui agora um terço dos jovens em idade universitária. A tendência de crescimento rápido, levando para sistemas de alta participação (ou High Participation Systems, HPS), se espalhou dos países de renda alta e zonas pós-soviéticas para a maioria dos países de renda média e alguns de baixa renda.
Aponta-se que o crescimento é alimentado, principalmente pelas ambições das famílias para avançar ou manter posição social. No entanto, a expansão nem sempre é acompanhada por acesso mais igual a instituições de elite e a qualidade do ensino superior em massa é muitas vezes problemática.
Segundo o autor, em países de renda baixa e média, a expansão do ensino superior não é suficiente para construir uma maior inclusão social. Para o autor, cinco condições podem fortalecer o papel social positivo do ensino superior. Em primeiro lugar, se o financiamento do ensino superior é feito em grande parte a partir de fontes públicas: se taxas são cobradas, pode haver exclusão de grupos de renda baixa. Em segundo lugar, se a provisão do setor privado desempenha um papel insignificante como nos países nórdicos ou é estritamente regulada para garantir a inclusão social e a qualidade, como na Coreia do Sul e Japão. Terceiro, se a estratificação institucional é modesta: funções de pesquisa e de formação profissional devem ser amplamente distribuídas. Em quarto lugar, garantir autonomia das instituições autônomas de famílias poderosas, a fim de maximizar a oportunidade para estudantes de baixa renda. Finalmente, se o âmbito da regulação social é estendido para melhorar a equidade na seleção do mercado de trabalho de pós-graduação.
O estudo traz, portanto, importantes pontos para a análise do ensino superior brasileiro, apesar de não falar diretamente do mesmo. Em especial, mostra argumentos para o fortalecimento da regulação do setor privado, fortalecimento das instituições de ensino superior públicas, desconcentração de recursos econômicos e humanos no sistema, entre outros, se o objetivo é caminhar para uma sociedade mais justa e com mais oportunidade para os jovens de renda baixa.
Aponta-se que o crescimento é alimentado, principalmente pelas ambições das famílias para avançar ou manter posição social. No entanto, a expansão nem sempre é acompanhada por acesso mais igual a instituições de elite e a qualidade do ensino superior em massa é muitas vezes problemática.
Segundo o autor, em países de renda baixa e média, a expansão do ensino superior não é suficiente para construir uma maior inclusão social. Para o autor, cinco condições podem fortalecer o papel social positivo do ensino superior. Em primeiro lugar, se o financiamento do ensino superior é feito em grande parte a partir de fontes públicas: se taxas são cobradas, pode haver exclusão de grupos de renda baixa. Em segundo lugar, se a provisão do setor privado desempenha um papel insignificante como nos países nórdicos ou é estritamente regulada para garantir a inclusão social e a qualidade, como na Coreia do Sul e Japão. Terceiro, se a estratificação institucional é modesta: funções de pesquisa e de formação profissional devem ser amplamente distribuídas. Em quarto lugar, garantir autonomia das instituições autônomas de famílias poderosas, a fim de maximizar a oportunidade para estudantes de baixa renda. Finalmente, se o âmbito da regulação social é estendido para melhorar a equidade na seleção do mercado de trabalho de pós-graduação.
O estudo traz, portanto, importantes pontos para a análise do ensino superior brasileiro, apesar de não falar diretamente do mesmo. Em especial, mostra argumentos para o fortalecimento da regulação do setor privado, fortalecimento das instituições de ensino superior públicas, desconcentração de recursos econômicos e humanos no sistema, entre outros, se o objetivo é caminhar para uma sociedade mais justa e com mais oportunidade para os jovens de renda baixa.
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