Michel Temer completou um mês de governo no dia 12 de junho, e a semana de 8 a 15 de junho foi marcada pela divulgação de duas pesquisas de opinião pública de avaliação desse período. A primeira pesquisa nacional de avaliação do governo Temer, divulgada pela MDA-CNT, foi realizada entre os dias 2 a 5 de junho, e a segunda, pela Vox Populi, entre os dias 7 e 9 do mesmo mês. A leitura de ambas nos permite afirmar que o governo ilegítimo não corresponde às expectativas da população.
A pesquisa Vox Populi confirma os resultados apontados pela MDA. Em ambas, a avaliação negativa do governo interino de Temer equivale à de Dilma no final de seu mandato, somente 11% o avaliam positivamente, 33 % o avaliam como regular. A MDA apontou que 30% e 34% têm uma avaliação negativa desse primeiro mês de gestão (eram 28%, segundo a MDA). Duas em cada dez pessoas não souberam ou não quiseram avaliar o novo governo.
Excluindo-se os que não responderam, a avaliação negativa do governo Temer chega a 43%, enquanto a positiva não supera 14%, um saldo negativo de 39 pontos percentuais. A maior taxa de avaliação positiva do governo Temer está na região Sul (24%), enquanto no Nordeste somente 10% o avaliam positivamente e a avaliação negativa chega a 49%.
Segundo a Vox Populi, a formação da equipe ministerial foi avaliada negativamente por mais de um terço da população (36%), 32% consideram a equipe como regular e 11% a avaliam positivamente. Mais de um terço (36%) desaprova a redução do número de ministérios, e dois terços desaprovam a ausência de mulheres na equipe ministerial (63%), muito embora 33% considerem esse erro grave na formação do ministério. E 30%, embora considerem um erro, não atribuem gravidade ao fato.
Também cerca de um terço (36%) dos entrevistados acreditam que com Temer na Presidência o Brasil não vai mudar, 32% acham que o Brasil deve piorar e apenas 21% acreditam que o Brasil vai melhorar com ele. Quase o mesmo índice (32%) considera o governo Temer pior do que esperava, 16% acham que está tão ruim quanto esperavam, 16% acham que está melhor do que esperavam e 7% tão bom quanto achavam que ia ser.
A segunda pesquisa aprofunda a expectativa negativa em relação a aspectos econômicos do governo interino, já apontados pela MDA, segundo a qual 33% acreditavam que o emprego irá piorar nos próximos meses. Na da Vox Populi, esse índice chega a 52%; 21% acham que não vai mudar; e o mesmo índice que o desemprego vai diminuir.
Entre as medidas econômicas de caráter privatista, metade da população considera ruim e prejudicial tanto o fim do monopólio da Petrobras sobre o pré-sal quanto ao aumento de privatização de concessões de rodovias e aeroportos (50%, ambas). Apenas 25% acham que o fim do monopólio da Petrobras sobre o pré-sal não vai prejudicar o Brasil, e 31% acham o mesmo sobre a privatização das concessões das rodovias e aeroportos.
Nos aspectos ligados às políticas sociais, a expectativa com o governo interino é ainda mais negativa: 56% acham que os programas sociais vão piorar, e o mesmo índice (18%) acredita que não vai mudar ou vai melhorar, segundo a Vox Populi.
As medidas referentes às políticas sociais anunciadas foram consideradas impopulares e, entre as avaliadas, o aumento da idade para aposentadoria foi entendida como ruim e prejudicial por 77% da população. Mais da metade (55%) acha que durante o governo Temer o respeito aos direitos dos trabalhadores irá piorar. Além disso, a restrição de verbas para o programa Minha Casa Minha vida é considerada ruim e prejudicial para 54%, ao passo que 48% acham igualmente ruim e prejudicial a redução do número de pessoas que recebem o Bolsa Família.
Segundo a primeira pesquisa nacional de opinião realizada após o golpe, em 12 de maio, pela MDA, apenas um terço (33%) sabe que o que motivou o pedido de impeachment foram as pedaladas fiscais. A maior parte o atribui a corrupção no governo federal (44%) ou a tentativas de obstrução da Operação Lava-Jato (37%). Apesar de a corrupção ser apontada como o principal motivador do processo de impeachement, a pesquisa Vox Populi indica que 44% acreditam que o combate a corrupção vai piorar no governo Temer, enquanto 26% acham que vai melhorar.
A maior parte da população (69%) considera que o impeachment não é a solução para o Brasil, e quase o mesmo índice (67%) pensa que o Brasil deveria fazer uma nova eleição para presidente ainda neste ano. Segundo a pesquisa da MDA, a antecipação da eleição para presidente de 2018 para este ano é a preferência de metade da população.
Segundo a Vox Populi, a formação da equipe ministerial foi avaliada negativamente por mais de um terço da população (36%), 32% consideram a equipe como regular e 11% a avaliam positivamente. Mais de um terço (36%) desaprova a redução do número de ministérios, e dois terços desaprovam a ausência de mulheres na equipe ministerial (63%), muito embora 33% considerem esse erro grave na formação do ministério. E 30%, embora considerem um erro, não atribuem gravidade ao fato.
Também cerca de um terço (36%) dos entrevistados acreditam que com Temer na Presidência o Brasil não vai mudar, 32% acham que o Brasil deve piorar e apenas 21% acreditam que o Brasil vai melhorar com ele. Quase o mesmo índice (32%) considera o governo Temer pior do que esperava, 16% acham que está tão ruim quanto esperavam, 16% acham que está melhor do que esperavam e 7% tão bom quanto achavam que ia ser.
A segunda pesquisa aprofunda a expectativa negativa em relação a aspectos econômicos do governo interino, já apontados pela MDA, segundo a qual 33% acreditavam que o emprego irá piorar nos próximos meses. Na da Vox Populi, esse índice chega a 52%; 21% acham que não vai mudar; e o mesmo índice que o desemprego vai diminuir.
Entre as medidas econômicas de caráter privatista, metade da população considera ruim e prejudicial tanto o fim do monopólio da Petrobras sobre o pré-sal quanto ao aumento de privatização de concessões de rodovias e aeroportos (50%, ambas). Apenas 25% acham que o fim do monopólio da Petrobras sobre o pré-sal não vai prejudicar o Brasil, e 31% acham o mesmo sobre a privatização das concessões das rodovias e aeroportos.
Nos aspectos ligados às políticas sociais, a expectativa com o governo interino é ainda mais negativa: 56% acham que os programas sociais vão piorar, e o mesmo índice (18%) acredita que não vai mudar ou vai melhorar, segundo a Vox Populi.
As medidas referentes às políticas sociais anunciadas foram consideradas impopulares e, entre as avaliadas, o aumento da idade para aposentadoria foi entendida como ruim e prejudicial por 77% da população. Mais da metade (55%) acha que durante o governo Temer o respeito aos direitos dos trabalhadores irá piorar. Além disso, a restrição de verbas para o programa Minha Casa Minha vida é considerada ruim e prejudicial para 54%, ao passo que 48% acham igualmente ruim e prejudicial a redução do número de pessoas que recebem o Bolsa Família.
Segundo a primeira pesquisa nacional de opinião realizada após o golpe, em 12 de maio, pela MDA, apenas um terço (33%) sabe que o que motivou o pedido de impeachment foram as pedaladas fiscais. A maior parte o atribui a corrupção no governo federal (44%) ou a tentativas de obstrução da Operação Lava-Jato (37%). Apesar de a corrupção ser apontada como o principal motivador do processo de impeachement, a pesquisa Vox Populi indica que 44% acreditam que o combate a corrupção vai piorar no governo Temer, enquanto 26% acham que vai melhorar.
A maior parte da população (69%) considera que o impeachment não é a solução para o Brasil, e quase o mesmo índice (67%) pensa que o Brasil deveria fazer uma nova eleição para presidente ainda neste ano. Segundo a pesquisa da MDA, a antecipação da eleição para presidente de 2018 para este ano é a preferência de metade da população.
O processo de cassação de Eduardo Cunha na Comissão de Ética da Câmara
Para finalizar e não menos importante, no final da tarde do dia 14/6, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou a cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha. O processo, que se deve à acusação de mentir e ocultar informações sobre contas no exterior à CPI da Petrobras, foi instalado em outubro e marcado por inúmeras manobras do acusado para retardar seu andamento, sendo o mais longo da história da Comissão de Ética, com oito meses de duração.
A aprovação se deu por 11 votos a favor da cassação e 9 contra. O voto da deputada Tia Eron (PRB-BA), que faltou na sessão passada e ainda não tinha declarado seu voto, surpreendeu, sendo favorável à cassação de Cunha. Wladimir Costa (PRB-BA) mudou seu voto durante a sessão, evitando o empate, que teria levado a decisão ao presidente da Comissão, José Carlo Araújo (PR-BA). Votaram a favor da cassação deputados do PT, PSDB, DEM, PSB, PRB e SD. As legendas PMDB, PP, PTB e PR votaram contra, representando núcleo duro de apoio a Eduardo Cunha.
O advogado de Eduardo Cunha, Marcelo Nobre, afirmou que vai recorrer da aprovação do pedido de cassação do mandato do deputado à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, para onde o processo caminha e a partir da próxima terça feira, 21, e deve pedir uma pena mais branda para Cunha, como a suspensão de seu mandato por 3 meses. Só então a votação segue para o plenário da Câmara, onde são necessários 257 dos 513 votos para a perda do mandato. Se aprovada a perda do mandato, os processos de Cunha saem do Supremo e vão para as mãos do juiz Sergio Moro, responsável pelos réus da Lava Jato sem foro privilegiado.
A Justiça Federal do Paraná decretou, nesta terça feira, 14/6, bloqueio dos bens e a quebra de sigilo fiscal de Eduardo Cunha e sua mulher, a jornalista Cláudia Cordeiro Cruz, em resposta à ação que investiga o envolvimento de Cunha com recebimento de propinas na exploração de poços de petróleo pela Petrobras em Benin, na África.
Para finalizar e não menos importante, no final da tarde do dia 14/6, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou a cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha. O processo, que se deve à acusação de mentir e ocultar informações sobre contas no exterior à CPI da Petrobras, foi instalado em outubro e marcado por inúmeras manobras do acusado para retardar seu andamento, sendo o mais longo da história da Comissão de Ética, com oito meses de duração.
A aprovação se deu por 11 votos a favor da cassação e 9 contra. O voto da deputada Tia Eron (PRB-BA), que faltou na sessão passada e ainda não tinha declarado seu voto, surpreendeu, sendo favorável à cassação de Cunha. Wladimir Costa (PRB-BA) mudou seu voto durante a sessão, evitando o empate, que teria levado a decisão ao presidente da Comissão, José Carlo Araújo (PR-BA). Votaram a favor da cassação deputados do PT, PSDB, DEM, PSB, PRB e SD. As legendas PMDB, PP, PTB e PR votaram contra, representando núcleo duro de apoio a Eduardo Cunha.
O advogado de Eduardo Cunha, Marcelo Nobre, afirmou que vai recorrer da aprovação do pedido de cassação do mandato do deputado à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, para onde o processo caminha e a partir da próxima terça feira, 21, e deve pedir uma pena mais branda para Cunha, como a suspensão de seu mandato por 3 meses. Só então a votação segue para o plenário da Câmara, onde são necessários 257 dos 513 votos para a perda do mandato. Se aprovada a perda do mandato, os processos de Cunha saem do Supremo e vão para as mãos do juiz Sergio Moro, responsável pelos réus da Lava Jato sem foro privilegiado.
A Justiça Federal do Paraná decretou, nesta terça feira, 14/6, bloqueio dos bens e a quebra de sigilo fiscal de Eduardo Cunha e sua mulher, a jornalista Cláudia Cordeiro Cruz, em resposta à ação que investiga o envolvimento de Cunha com recebimento de propinas na exploração de poços de petróleo pela Petrobras em Benin, na África.
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