Ontem, 12 de junho, Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, estudos da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostram a dimensão do problema do trabalho infantil no mundo. Segundo a OIT, de 20 a 30% das crianças em países de baixa renda saem da escola e entram no mercado de trabalho até os 15 anos de idade. Também, segundo a instituição, existem 168 milhões de crianças envolvidas em situações de trabalho infantil no mundo, sendo que 120 milhões delas têm entre cinco e 14 anos de idade.
Estudo da OIT em doze países (incluído o Brasil) também aponta a correlação entre trabalho na infância e a probabilidade de, na idade adulta, ter trabalhos precários, sejam eles não remunerados (no lar, por exemplo) ou com baixos salários. Além disso, o estudo mostra que grande porcentagem dos jovens de 15 a 17 anos (cerca de 47,5 milhões de jovens) realiza trabalhos considerados de risco: em vários países, os trabalhos de risco são, na verdade, maioria nessa faixa etária.
No Brasil, a maior concentração de trabalhos de risco para jovens de 15 a 17 anos está na agricultura, segundo o estudo. Ainda para o Brasil, estudos mostram que, em 2013, ainda existiam 3,5 milhões de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil.
Os dados mostram que permanece a tarefa de avançar de forma sustentável rumo à erradicação definitiva do trabalho infantil no Brasil e no mundo. Assim, a OIT advoga pela importância da educação gratuita e de qualidade, políticas públicas de combate ao trabalho infantil, bem como defende a inclusão de uma meta nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável a serem lançados esse ano relativa ao seu combate.
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