Os limites entre a vida pessoal e pública de D. Pedro II ao tema do Encontro com a Palavra, evento mensal do Graciosa Country Club, nesta quinta-feira (28/5). A partir das 19h30, a psicóloga e analista junguiana Maria de Lourdes Bairão Sanchez explica sua pesquisa que busca compreender aspectos psicológicos desta figura histórica, no encontro nomeado “O sacrifício do imperador”.
“A ideia central é a de que Pedro Alcântara teve que fazer um grande sacrifício para se tornar Dom Pedro II”, conta Maria de Lourdes. Apaixonado por letras e pesquisas científicas, aos 14 anos se viu dividido entre seus desejos e o título de imperador, para o qual vinha sendo preparado. Foi o segundo e último monarca brasileiro. “Mas ele não sacrificou uma vida pela outra”, explica a analista, “vida pessoal e atividade política se tornam uma só coisa, Dom Pedro II consegue, mesmo sendo introvertido e lidando com a vida pública, realizar perspectivas individuais por ter conseguido integrar seus desejos aos aspectos políticos”.
A pesquisa de Maria de Lourdes sobre o monarca começou no ano passado, para um congresso anual da Associação Junguiana do Brasil, do qual faz parte. “O tema era ‘Alma Brasileira: luzes e sombras’, e como trabalhei muito com questões negras e indígenas, decidi pensar também outro aspecto, relembrando minha família portuguesa”, explica a psicóloga, que também é Presidente do Instituto Junguiano do Paraná. Entre sua base de pesquisa, entraram documentos históricos e livros como “As barbas do Imperador”, de Lilia Moritz Scharcz, uma biografia de Dom Pedro II.
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