segunda-feira, 9 de março de 2015

OIT: tendências do emprego juvenil, pobreza e desigualdade no mundo

OIT: tendências do emprego juvenil, pobreza e desigualdade no mundo
Segundo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que apresenta perspectivas para o mercado de trabalho mundial nos próximos anos, quase 74 milhões de jovens entre 15 e 24 anos estavam procurando emprego em 2014, tendo uma taxa de desemprego (13%) quase três vezes maior que a dos adultos, apesar de a porcentagem de jovens nessa faixa etária com ensino superior ter subido desde 2007 em 26 dos 30 países analisados. Em 2015, estima-se que o desemprego juvenil suba a 13,1% e permaneça nesse nível até 2018.

Segundo o relatório, também o progresso na redução da pobreza diminuiu: ainda existe uma tendência positiva da redução da pobreza em nível global, mas em ritmo menor e, ao final dessa década, um em cada 14 trabalhadores no mundo ainda viverá em condições de extrema pobreza.
Já a desigualdade continua a crescer na maioria dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Quanto às desigualdades de gênero, o começo da crise diminuiu algumas diferenças no mercado de trabalho pois as perdas de emprego foram concentradas em setores dominados por homens, mas a recuperação dos empregos também se deu em setores dominados por estes (como a construção). Em geral, as mulheres continuam apresentando taxas de desemprego mais altas e taxas mais baixas de emprego, bem como têm mais riscos de empregos vulneráveis.
O relatório mostra ainda que grande parte dos novos empregos estão sendo criados no setor de serviços privado, que empregará mais de um terço da força de trabalho global em 5 anos. Serviços públicos na saúde, educação e administração também terão aumentos (menores), atingindo mais de 12% do emprego total. Por outro lado, o emprego industrial deve se estabilizar em menos de 22% do emprego global, em grande parte mantido pela indústria da construção enquanto a indústria manufatureira continua a desempregar.
Por trás dessas tendências, há importantes fatores estruturais, como a diminuição do crescimento da força de trabalho (parcialmente associado ao crescimento da população idosa em algumas partes do mundo), grandes mudanças na demanda por habilidades e persistentes desigualdades de renda. No caso da mudança das demandas por habilidades, a queda da demanda por atividades com média qualificação especialmente nas economias ditas avançadas pode ser um fator que contribui para o aumento da desigualdade nesses locais.
Para ler mais:
World employment and social outlook: trends 2015 – ILO/OIT
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* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade da sua autora, não representando a visão da FPA ou de seus dirigentes.
 

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