segunda-feira, 2 de março de 2015

Cinemateca apresenta mostra dedicada às cineastas brasileiras

A Cinemateca de Curitiba apresenta de 4 a 8 de março a mostra “Mulheres no Cinema”, dedicada a revelar o olhar feminino através do cinema. O contingente de cineastas brasileiras ganhou impulso nos anos 70, mas foi a partir de 1990 que a presença das mulheres atrás das câmeras tornou-se crescente.
Na mostra serão exibidos 11 filmes de longa e curta-metragem, de sete diretoras brasileiras – Helena Solberg, Tata Amaral, Sandra Kogut, Liliana Sulzbach, Joana Nin, Suzana Amaral e Lúcia Murat. A entrada é gratuita. Confira a programação:

4 de março, quarta-feira

18h VIDA DE MENINA – Helena Solberg (2005, 102’)
Vida de Menina é baseado no diário de Helena Morley, que viveu em Diamantina, Minas Gerais, após a abolição da escravatura. Helena Morley é uma adolescente que conta o seu cotidiano num diário, que chamou a atenção de grandes escritores.
Classificação Indicativa: 12 anos

20h CARMEN MIRANDA: BANANA IS MY BUSINESS – Helena Solberg (1994, 92’)
Este documentário narra a vida e carreira de Carmen Miranda, símbolo hollywoodiano do espírito latino-americano na década de 1940. O documentário conta a sua história de vida em uma série de etapas: suas raízes e ascensão ao estrelato no Brasil, seu desenvolvimento como cantora e atriz nos Estados Unidos, sua atuação na Broadway em Nova York e, em seguida, na indústria cinematográfica, a assinatura do contrato com a 20th Century Fox em Los Angeles, além de seu retorno ao Brasil e seus últimos anos de vida, antes de sua morte trágica.
Classificação Indicativa: Livre

5 de março, quinta-feira

18h ANTONIA – Tata Amaral (2006, 90’)
Vila Brasilândia, periferia de São Paulo. Preta (Negra Li), Barbarah (Leila Moreno), Mayah (Quelynah) e Lena (Cindy) são amigas desde a infância e sonham em viver da música. Elas deixam o trabalho de backing vocal de um conjunto de rap de homens para formar seu próprio conjunto, o qual batizam de Antônia. Descobertas pelo empresário Marcelo Diamante (Thaíde), elas passam a cantar rap, soul, MPB e pop em bares e festas da classe média. Mas quando o sonho delas parece começar a se tornar realidade, o cotidiano de violência, machismo e pobreza em que vivem afeta o grupo.
Classificação Indicativa: 12 anos

20h UM CÉU DE ESTRELAS – Tata Amaral (1997, 70’)
Dalva, cabeleireira no bairro da Mooca, em São Paulo, vence um concurso e ganha uma passagem para Miami, e vê sua chance de mudar de vida e sair da vida opressiva que leva ao lado do metalúrgico Vítor. Enquanto arruma as malas para viajar no dia seguinte, pensa em como contar a separação ao violento marido — então ele chega. Toda a ação se passa no interior da casa, o que contribui para aumentar o clima de tensão e asfixia.
Classificação Indicativa: 16 anos

6 de março, sexta-feira

18h MUTUM – Sandra Kogut (2007, 89’)
Mutum quer dizer mudo. Mutum é uma ave negra que só canta à noite. E Mutum é também o nome de um lugar isolado no sertão de Minas Gerais, onde vivem Thiago e sua família. Thiago tem dez anos e é um menino diferente dos outros. É através do seu olhar que enxergamos o mundo nebuloso dos adultos, com suas traições, violências e silêncios. Ao lado de Felipe, seu irmão e único amigo, Thiago será confrontado com este mundo, descobrindo-o ao mesmo tempo em que terá de aprender a deixá-lo.
Classificação Indicativa: Livre

20h UM PASSAPORTE HÚNGARO – Sandra Kogut (2002, 71’) e LÁ E CÁ – Sandra Kogut (1995, 29’)  
“Um Passaporte Húngaro”, da cineasta e videoartista brasileira Sandra Kogut, é um filme que utiliza diferentes tecnologias para construir uma narrativa em que a diretora está fortemente presente. Trata-se de um filme em que a esfera da vida privada está em primeiro plano, indo ao encontro de uma realidade midiática que esvazia cada vez mais a esfera pública em favor da intimidade. Contudo, diferentemente do que assistimos na televisão, o filme articula de maneira singular experiências pessoais com a história e a memória coletivas, imprimindo deslocamentos importantes tanto em relação à produção midiática quanto ao documentário clássico polí­tico e aos filmes autobiográficos mais
correntes.
O curta “Lá e Cá” nos brinda com um delicioso passeio guiado por Regina Casé pela estética e espírito do subúrbio carioca.
Classificação Indicativa: Livre

07 de março, sábado

20h O CÁRCERE E A RUA – Liliana Sulzbach (2004, 80’) e VISITA ÍNTIMA – Joana Nin (2005, 16’)
O documentário “O Cárcere e a Rua” (2004), dirigido por Liliana Sulzbach, mostra o choque da soltura de três entrevistadas da penitenciária feminina Madre Pelletier, cuja rotina é perfilada desde o momento que ingressam no sistema carcerário, à transação ao regime semiaberto e à liberdade. Com sensibilidade, a diretora retrata a experiência de três realidades e subjetividades diferentes: a de Cláudia, a de Daniela e a de Betânia, conseguindo aprofundar com leveza, não sem densidade, a psicologia do feminino num cotidiano dominado pela solidão e pelas perdas.
“Visita Íntima” investiga a obstinada fidelidade de namoradas e esposas de detentos de um presídio paranaense.
Classificação Indicativa: 12 anos

8 de março, domingo
16h A HORA DA ESTRELA – Suzana Amaral (1985, 96’)
Macabéa (Marcélia Cartaxo) é uma imigrante nordestina, que vive em São Paulo. Ela trabalha como datilógrafa em uma pequena firma e vive em uma pensão miserável, onde divide o quarto com outras três mulheres. Macabéa não tem ambições, apesar de sentir desejo e querer ter um namorado. Um dia ela conhece Olímpico (José Dumont), um operário metalúrgico com quem inicia namoro. Só que Glória (Tamara Taxman), colega de trabalho de Macabéa, tem outros planos após se consultar com uma cartomante (Fernanda Montenegro).

18h QUASE DOIS IRMÃOS – Lúcia Murat (2003, 102’)
Quase Dois Irmãos representa a maturidade da diretora Lúcia Murat, que vem desenvolvendo coerente e corajosa trajetória no cinema.
Classificação Indicativa: 16 anos

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