A
Cinemateca de Curitiba apresenta de 4 a 8 de março a mostra “Mulheres
no Cinema”, dedicada a revelar o olhar feminino através do cinema. O
contingente de cineastas brasileiras ganhou impulso nos anos 70, mas foi
a partir de 1990 que a presença das mulheres atrás das câmeras
tornou-se crescente.
Na
mostra serão exibidos 11 filmes de longa e curta-metragem, de sete
diretoras brasileiras – Helena Solberg, Tata Amaral, Sandra Kogut,
Liliana Sulzbach, Joana Nin, Suzana Amaral e Lúcia Murat. A entrada é
gratuita. Confira a programação:
4 de março, quarta-feira
18h VIDA DE MENINA – Helena Solberg (2005, 102’)
Vida de Menina é baseado no diário de Helena Morley, que viveu em Diamantina, Minas Gerais, após a abolição da escravatura. Helena Morley é uma adolescente que conta o seu cotidiano num diário, que chamou a atenção de grandes escritores.
Classificação Indicativa: 12 anos
20h CARMEN MIRANDA: BANANA IS MY BUSINESS – Helena Solberg (1994, 92’)
Este documentário narra a vida e carreira de Carmen Miranda,
símbolo hollywoodiano do espírito latino-americano na década de 1940. O
documentário conta a sua história de vida em uma série de etapas: suas
raízes e ascensão ao estrelato no Brasil, seu desenvolvimento como cantora e atriz nos Estados Unidos, sua atuação na Broadway em Nova York e, em seguida, na indústria cinematográfica, a assinatura do contrato com a 20th Century Fox em Los Angeles, além de seu retorno ao Brasil e seus últimos anos de vida, antes de sua morte trágica.
Classificação Indicativa: Livre
5 de março, quinta-feira
18h ANTONIA – Tata Amaral (2006, 90’)
Vila
Brasilândia, periferia de São Paulo. Preta (Negra Li), Barbarah (Leila
Moreno), Mayah (Quelynah) e Lena (Cindy) são amigas desde a infância e
sonham em viver da música. Elas deixam o trabalho de backing vocal de um
conjunto de rap de homens para formar seu próprio conjunto, o qual
batizam de Antônia. Descobertas pelo empresário Marcelo Diamante
(Thaíde), elas passam a cantar rap, soul, MPB e pop em bares e festas da
classe média. Mas quando o sonho delas parece começar a se tornar
realidade, o cotidiano de violência, machismo e pobreza em que vivem
afeta o grupo.
Classificação Indicativa: 12 anos
20h UM CÉU DE ESTRELAS – Tata Amaral (1997, 70’)
Dalva, cabeleireira no bairro da Mooca, em São Paulo, vence um concurso e ganha uma passagem para Miami, e vê sua chance de mudar de vida e sair da vida opressiva que leva ao lado do metalúrgico
Vítor. Enquanto arruma as malas para viajar no dia seguinte, pensa em
como contar a separação ao violento marido — então ele chega. Toda a
ação se passa no interior da casa, o que contribui para aumentar o clima
de tensão e asfixia.
Classificação Indicativa: 16 anos
6 de março, sexta-feira
18h MUTUM – Sandra Kogut (2007, 89’)
Mutum
quer dizer mudo. Mutum é uma ave negra que só canta à noite. E Mutum é
também o nome de um lugar isolado no sertão de Minas Gerais, onde vivem
Thiago e sua família. Thiago tem dez anos e é um menino diferente dos
outros. É através do seu olhar que enxergamos o mundo nebuloso dos
adultos, com suas traições, violências e silêncios. Ao lado de Felipe,
seu irmão e único amigo, Thiago será confrontado com este mundo,
descobrindo-o ao mesmo tempo em que terá de aprender a deixá-lo.
Classificação Indicativa: Livre
20h UM PASSAPORTE HÚNGARO – Sandra Kogut (2002, 71’) e LÁ E CÁ – Sandra Kogut (1995, 29’)
“Um
Passaporte Húngaro”, da cineasta e videoartista brasileira Sandra
Kogut, é um filme que utiliza diferentes tecnologias para construir uma
narrativa em que a diretora está fortemente presente. Trata-se de um
filme em que a esfera da vida privada está em primeiro plano, indo ao
encontro de uma realidade midiática que esvazia cada vez mais a esfera
pública em favor da intimidade. Contudo, diferentemente do que
assistimos na televisão, o filme articula de maneira singular
experiências pessoais com a história e a memória coletivas, imprimindo
deslocamentos importantes tanto em relação à produção midiática quanto
ao documentário clássico político e aos filmes autobiográficos mais
correntes.
correntes.
O curta “Lá e Cá” nos brinda com um delicioso passeio guiado por Regina Casé pela estética e espírito do subúrbio carioca.
Classificação Indicativa: Livre
07 de março, sábado
20h O CÁRCERE E A RUA – Liliana Sulzbach (2004, 80’) e VISITA ÍNTIMA – Joana Nin (2005, 16’)
O
documentário “O Cárcere e a Rua” (2004), dirigido por Liliana Sulzbach,
mostra o choque da soltura de três entrevistadas da penitenciária
feminina Madre Pelletier, cuja rotina é perfilada desde o momento que
ingressam no sistema carcerário, à transação ao regime semiaberto e à
liberdade. Com sensibilidade, a diretora retrata a experiência de três
realidades e subjetividades diferentes: a de Cláudia, a de Daniela e a
de Betânia, conseguindo aprofundar com leveza, não sem densidade, a
psicologia do feminino num cotidiano dominado pela solidão e pelas
perdas.
“Visita Íntima” investiga a obstinada fidelidade de namoradas e esposas de detentos de um presídio paranaense.
Classificação Indicativa: 12 anos
8 de março, domingo
16h A HORA DA ESTRELA – Suzana Amaral (1985, 96’)
Macabéa
(Marcélia Cartaxo) é uma imigrante nordestina, que vive em São Paulo.
Ela trabalha como datilógrafa em uma pequena firma e vive em uma pensão
miserável, onde divide o quarto com outras três mulheres. Macabéa não
tem ambições, apesar de sentir desejo e querer ter um namorado. Um dia
ela conhece Olímpico (José Dumont), um operário metalúrgico com quem
inicia namoro. Só que Glória (Tamara Taxman), colega de trabalho de
Macabéa, tem outros planos após se consultar com uma cartomante
(Fernanda Montenegro).
18h QUASE DOIS IRMÃOS – Lúcia Murat (2003, 102’)
Quase
Dois Irmãos representa a maturidade da diretora Lúcia Murat, que vem
desenvolvendo coerente e corajosa trajetória no cinema.
Classificação Indicativa: 16 anos
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