A rua da literatura e a literatura da rua
de Ivete Lara Camargos Walty
- Coleção:
- Humanitas
- Ano | Edição:
- 2014 | 1ª
- Páginas:
- 270
- Dimensão:
- 22,5 x 1,06 x 15,5 cm
- Peso:
- 400 g
Este livro delineia as configurações da rua como metonímia de passagens na literatura e em outras produções culturais brasileiras, por meio de suas interseções: o segmento dos marginalizados e excluídos como objeto da narrativa literária em tempos diversos e os tipos de produção em que tal segmento se faz também sujeito.
A partir do conceito de
passagens, de Walter Benjamin (2006), pretende-se delinear, na narrativa
urbana brasileira, uma história da rua, tomada como um conceito que
varia no tempo e no espaço, conforme a concepção urbanista que a rege,
que, por sua vez, associa-se às relações político-econômicas de cada
época.
A autora americana Jane Jacobs (2003), por exemplo, questionou o modernismo no início dos anos 60, ressaltando a idéia de rua como espaço do encontro e da diversidade e não apenas de circulação, como a viam os urbanistas modernos, a exemplo daqueles que projetaram Brasília. Jane Jacobs também lembrou a todos que uma rua segura não é aquela que está cheia de muros e grades, mas a que está cheia de gente, perto o suficiente para escutar o que ali acontece.
É a partir dessa idéia da rua como um possível espaço de trocas culturais que se intenta analisar suas configurações presentes em diferentes momentos da narrativa urbana brasileira.
Por isso mesmo, além dos conceitos de passagens e de rua, buscam-se, como conceitos mediadores, aqueles de espaço público, transculturação e multiculturalismo, sempre associados à questão da pobreza ou da exclusão social. A imagem da rua como espaço físico-geográfico e político-social será ainda alargada para o exame da construção da própria história da literatura brasileira como uma possível via (ou vias) de circulação de textos diversos, levando em conta seu contexto de enunciação e recepção. Explique-se: será examinado o tratamento que a história da literatura dá às obras analisadas com as possíveis referências à rua como espaço público de intervenção política e social.
A autora americana Jane Jacobs (2003), por exemplo, questionou o modernismo no início dos anos 60, ressaltando a idéia de rua como espaço do encontro e da diversidade e não apenas de circulação, como a viam os urbanistas modernos, a exemplo daqueles que projetaram Brasília. Jane Jacobs também lembrou a todos que uma rua segura não é aquela que está cheia de muros e grades, mas a que está cheia de gente, perto o suficiente para escutar o que ali acontece.
É a partir dessa idéia da rua como um possível espaço de trocas culturais que se intenta analisar suas configurações presentes em diferentes momentos da narrativa urbana brasileira.
Por isso mesmo, além dos conceitos de passagens e de rua, buscam-se, como conceitos mediadores, aqueles de espaço público, transculturação e multiculturalismo, sempre associados à questão da pobreza ou da exclusão social. A imagem da rua como espaço físico-geográfico e político-social será ainda alargada para o exame da construção da própria história da literatura brasileira como uma possível via (ou vias) de circulação de textos diversos, levando em conta seu contexto de enunciação e recepção. Explique-se: será examinado o tratamento que a história da literatura dá às obras analisadas com as possíveis referências à rua como espaço público de intervenção política e social.
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